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A operacionalização de

processos de reconhecimento,

validação e certificação de

competências profissionais –

guia de apoio

• Maria Francisca Simões

• Maria Pastora Silva

Recursos e Dinâmicas

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Recursos e Dinâmicas

Lisboa, 2008

A operacionalização de

processos de reconhecimento,

validação e certificação de

competências profissionais –

guia de apoio

Maria Francisca Simões

Maria Pastora Silva

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Título:

A operacionalização de processos de reconhecimento, validação e certificação de competências profissionais- guia de apoio

Editor:

Agência Nacional para a Qualificação, I.P. (1ª edição, Dezembro 2008)

Coordenação:

Maria do Carmo Gomes Maria Francisca Simões

Autores:

Maria Francisca Simões Maria Pastora Silva

Design Gráfico:

Modjo Design, Lda.

Adaptação do Design e Paginação:

Jacinta Gonçalves Regina Andrade

ISBN:

978-972-8743-46-8

Ficha técnica

A operacionalização de processos de reconhecimento, validação e certificação profissional / Maria Francisca Simões, Maria Pastora Silva. - (Recursos e Dinâmicas ; 2) ISBN 978-972-8743-47-5

I - SILVA, Maria Pastora CDU 331

377

Biblioteca Nacional de Portugal – Catalogação na Publicação

Agência Nacional para a Qualificação, I.P.

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Índice

Introdução

7

1. Enquadramento: compreender o RVCC profissional

11

1.1 Os processos de RVCC profissional no contexto europeu e nacional

1.2 Consolidação dos processos de RVCC profissional

1.3 Referenciais de RVCC profissional: complementaridade entre

reconheci-mento e formação

13

14

14

2. Características do processo de RVCC profissional – etapas,

intervenientes e duração

17

2.1 Etapas

2.2 Intervenientes

2.3 Duração

19

25

28

3. Aplicação dos instrumentos de apoio aos processos de RVCC

profissional

31

3.1 Tipos de instrumentos de apoio aos processos de RVCC profissional e

sequência de aplicação

3.2 Plataforma informática de avaliação de candidatos no âmbito do RVCC

profissional

3.3 Dar a conhecer o Referencial de RVCC profissional

3.4 Preencher a Ficha de percurso profissional e de formação

3.5 Construir o Portefólio

3.6 Aplicar os instrumentos do “kit de avaliação”

3.7 Elaborar a Acta da sessão de júri de certificação

3.8 Definir o Plano Pessoal de Qualificação (PPQ)

3.9 Emitir o Certificado de Qualificações e o Diploma

3.10 Definir o Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP)

33

37

37

38

38

39

51

51

53

53

Glossário

55

Anexos

61

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(7)



Índice de Figuras

Figura 1 – Etapas de intervenção dos Centros Novas Oportunidades

Figura 2 – Sequência de aplicação dos instrumentos de apoio aos processos

de RVCC profissional

Índice de Quadros

Quadro 1 – Etapas dos processos de RVCC profissional nos Centros Novas

Oportunidades

Quadro 2 – Intervenientes e principais actividades

Quadro 3 – Duração de referência das actividades

Quadro 4 – Suportes de disponibilização dos instrumentos de apoio aos pro-

cessos de RVCC profissional

Quadro 5 – Exemplo de Guião de entrevista (excerto)

Quadro 6 – Exemplo de Grelha de observação de desempenho em posto de

trabalho (excerto)

Quadro 7 – Exemplo de Grelha de exercício prático (excerto)

19

33

20

26

28

36

45

48

50

(8)
(9)



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(11)



O reconhecimento, validação e certificação de competências profissionais visa contribuir para o aumento dos níveis de qualificação formal da população activa através da valorização das competências profissionais adquiridas ao longo da vida nos diversos contextos, bem como proporcionar uma nova oportunidade de formação para aqueles que não completaram ou abandonaram precocemente a formação nos sistemas de educação formal.

A operacionalização dos processos de RVCC profissional pressupõe a existência de capacidade técnica adequada nas equipas dos Centros Novas Oportunidades, assim como a existência de instrumentos de avaliação específicos “kits de avaliação” que permitam verificar o domínio que os candidatos têm das competências associadas a uma determinada qualificação.

Neste âmbito, o Guia que agora se apresenta é uma ferramenta de apoio à preparação das equipas e, em sequência, ao desenvolvimento dos processos de RVCC profissional na rede de Centros Novas Oportunidades. A informação nele constante não substitui a necessidade de as equipas intervenientes no processo – em particular tutores e avaliadores de RVC – terem de frequentar formação específica antes de iniciarem as suas funções.

O documento define a natureza e as especificidades dos processos de RVCC profissional, nas suas diversas etapas, respectivos intervenientes e duração de referência. Explicita, também, a forma como os diversos instrumentos de apoio ao RVCC profissional devem ser utilizados no âmbito do trabalho desenvolvido por/com cada candidato.

Por se tratar de uma ferramenta de apoio às equipas técnico-pedagógicas dos Centros Novas Oportunidades, este documento possui um carácter dinâmico. Neste sentido, deverá ir incorporando os ajustamentos que se julguem necessários, em função da evolução do contexto de referência do RVCC profissional, a nível europeu e nacional, bem como das próprias dinâmicas que se forem definindo a partir do trabalho de terreno desenvolvido pelos Centros Novas Oportunidades neste domínio de intervenção.

(12)
(13)

11

Enquadramento:

compreender o RVCC

profissional

(14)
(15)

1

1. Enquadramento: compreender o RVCC profissional

1.1 Os processos de RVCC profissional no contexto

europeu e nacional

A educação e a formação assumem um papel central na resposta aos novos desafios que se colocam, hoje, na União Europeia: a globalização, o envelhecimento da população, a emergência e utilização crescente de novas tecnologias e a consequente necessidade de actualização e aquisição de competências. Tais desafios requerem um incremento do investimento no capital humano e na necessária adaptação dos sistemas de educação e formação.

O investimento no capital humano relança, não só a necessidade de se investir na formação inicial, mas também a necessidade premente de se apostar na formação contínua, num esforço de atrair adultos já inseridos no mercado de trabalho para que invistam na sua qualificação, procurando condições de desenvolvimento de novas oportunidades profissionais através do reforço das competências necessárias face aos actuais contextos profissionais e de trabalho.

A aposta na educação e na formação profissional induz, também, a estruturação e competitividade dos mercados de trabalho e do tecido económico no seu todo. A educação e a formação assumem, assim, um papel decisivo na transição para uma sociedade e economia baseadas no conhecimento1.

A situação portuguesa em matéria de educação/formação é conhecida: uma das principais vulnerabilidades da economia nacional encontra a sua explicação nas reduzidas qualificações da população activa, sendo igualmente baixo o nível médio de habilitações da população em geral, o que constitui um dos mais sérios constrangimentos ao desenvolvimento sustentado do país2.

Os défices de qualificação inicial da população activa portuguesa e o desenvolvimento de novos factores de competitividade exigem que trabalhadores e empresas invistam em formação contínua, em particular os indivíduos que não completaram ou frequentaram percursos de qualificação formais.

Neste âmbito, e apesar dos elevados défices de qualificação, importa questionar: Não será esta população bastante mais

qualificada informalmente do que as estatísticas parecem apresentar? Não serão muitos os casos de impossibilidade formal de demonstrarem as qualificações correspondentes aos saberes efectivamente detidos?

De facto, após alguns anos de experiência profissional, os indivíduos adquirem saberes e desenvolvem competências que lhes permitem desempenhar uma determinada actividade profissional, não raras vezes, com grande eficiência e eficácia, sem que, todavia, detenham declaração oficial e formal que as comprove. Estas aprendizagens devem ser formalmente reconhecidas, num quadro de valorização dos cidadãos em que relevam os processos de RVCC e de formação contínua ajustada às situações individuais, potenciando, assim, o acesso a níveis mais elevados de qualificação formal.

A melhoria da produtividade e competitividade da economia nacional evidencia a necessidade de promoção acelerada da qualificação dos activos, contexto no qual o reconhecimento e a validação de competências adquiridas em contextos não formais e informais assumem uma estratégia de particular relevância.

Igualmente, o impacto destes processos de RVCC é promotor de práticas de aprendizagem ao longo da vida, de responsabilidade e de valorização social do conhecimento técnico e científico e da cultura.

Considerando que a capacidade multiplicadora da aquisição de competências ao longo da vida é influenciada pelo nível de qualificação de base de cada pessoa, a promoção da qualificação da população adulta vai, certamente, concorrer para o aumento da eficácia dos resultados e da eficiência do investimento em formação contínua.

As actuais orientações políticas nacionais, bem como os programas e as medidas que as concretizam, reflectem uma diversidade e complementaridade de respostas aos desafios aqui mencionados. De facto, tal observa-se num conjunto de medidas recentes que regulam, directa ou indirectamente, os sistemas de educação e formação nacionais, entre os quais se destacam:

• a Iniciativa Novas Oportunidades, que define as principais estratégias de promoção da qualificação de jovens e

1 Valente, A. C. (2006). “Para um Sistema Nacional de Qualificações: algumas reflexões”. Revista Sociedade & Trabalho, nº 28.

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1

adultos, nomeadamente através da evolução de todas as ofertas qualificantes de dupla certificação; de um forte incremento da formação através de cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) de nível básico e secundário e de dupla certificação; do alargamento das possibilidades de acesso a percursos de qualificação por parte dos activos empregados, através da modularização da formação em unidades de curta duração e do ajustamento das ofertas à procura, nomeadamente através de processos de reconhecimento, validação e certificação de competências; do alargamento da rede de Centros Novas Oportunidades; e da regulamentação de um conjunto de vias de conclusão do nível secundário de educação para quem abandonou este nível de ensino sem o completar (Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de Outubro).

• o Sistema Nacional de Qualificações, que é criado através do Decreto-Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro, com o grande objectivo de promover a elevação da formação e dos níveis de qualificação da população portuguesa, nomeadamente através dos instrumentos específicos previstos para o efeito, como é o caso do Quadro Nacional de Qualificações e do Catálogo Nacional de Qualificações.

• o Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013, que estabelece os instrumentos de apoio financeiro para o desenvolvimento das estratégias definidas.

Pela sua enorme relevância para os processos de RVCC profissional, deve aqui destacar-se o Sistema Nacional de Qualificações, criado no final do ano de 2007. No seu âmbito, define-se que as qualificações (escolares e profissionais) de nível não superior podem ser obtidas, quer por via da frequência de formação, quer por via do desenvolvimento de um processo de reconhecimento, validação e certificação de competências. Em termos mais específicos, estabelece-se até que a qualificação da população adulta pode resultar de um processo combinado de RVCC (que permite a certificação de algumas competências), seguido de formação (definida à medida das necessidades do candidato, identificadas através do processo de RVCC). O Decreto-Lei que cria o Sistema Nacional de Qualificações indica também que o Catálogo Nacional de Qualificações é o instrumento que contém o conjunto de referenciais de formação e de competências para a operacionalização dos processos de formação e de RVCC, conforme adiante especificado, no ponto 1.3. Finalmente, é ainda de referir a Portaria nº 370/2008, de 21

de Maio, que regula a criação e o funcionamento dos Centros Novas Oportunidades, e que especifica que o reconhecimento, validação e certificação de competências profissionais pode ser uma das dimensões de intervenção aí operacionalizadas.

1.2 Consolidação dos processos de RVCC profissional

Os processos de reconhecimento, validação e certificação de competências, enquanto instrumentos ao serviço da qualificação de activos com competências adquiridas em contextos não formais e informais devem ser encarados como uma via que proporciona qualificações de educação-formação sem qualquer distinção valorativa das obtidas nos sistemas formais de educação-formação. A garantia de que este processo conduz a certificações valorizadas socialmente, quer para os cidadãos, quer para os sistemas de educação-formação, quer ainda para o mercado de trabalho, é tanto mais importante quanto se constata, de facto, que os diplomas atribuídos pelo reconhecimento da experiência adquirida devem estar em igualdade de circunstâncias com os títulos obtidos pelas vias formais, à luz do Decreto-Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro. Porém, tratando-se de perspectivas e metodologias inovadoras nos sistemas de educação-formação devem envidar-se esforços para se afirmar e consolidar estes dispositivos como via de acesso à certificação, enquanto forma de potenciar o seu reconhecimento social e a legítima posição num contexto de diversificação de percursos de qualificação.

A certificação das qualificações produzidas nos contextos informais e não formais baseia-se, forçosamente: i) na existência de referenciais de qualidade, metodologias de avaliação exigentes e rigorosas do ponto de vista das técnicas, dos instrumentos e dos critérios; ii) na sua aplicação, de acordo com os padrões estabelecidos intencionalmente e que reflectem as exigências dos desempenhos profissionais, sociais e individuais.

1.3 Referenciais de RVCC profissional:

com-plementaridade entre reconhecimento e

formação

No Catálogo Nacional de Qualificações3, a cada qualificação

corresponde um perfil profissional, um referencial de formação (que, por sua vez, integra um referencial de formação de base e um referencial de formação tecnológica, este último correspondente ao referencial da saída profissional específica)

3 Disponível em www.catalogo.anq.gov.pt (Agência Nacional para a Qualificação I.P.).

(17)

1

e um referencial de competências (que, por sua vez, integra um

referencial específico para o RVCC escolar e outro para o RVCC profissional).

É com base no referencial de RVCC profissional (específico de cada qualificação) que são construídos os instrumentos de avaliação – “kit de avaliação” – a partir dos quais se operacionalizam os processos de RVCC profissional nos Centros Novas Oportunidades.

Os três elementos que integram cada qualificação no Catálogo Nacional de Qualificações estão fortemente interligados:

• os perfis profissionais explicitam o conjunto de actividades associadas às qualificações, bem como os saberes, saberes-fazer e saberes-ser necessários para a execução das actividades; • os referenciais de qualificação organizados em unidades de

formação de curta duração, de 25h e 50h, capitalizáveis e certificáveis de forma autónoma, constituem a resposta formativa necessária para a obtenção de cada qualificação (formação de base e formação tecnológica);

• os referenciais de competências e, em particular, os refe- renciais de RVCC profissional são concebidos a partir dos referenciais de formação tecnológica e estão organizados em unidades de competência e tarefas, permitindo avaliar o grau de domínio que os candidatos têm dos saberes-fazer, bem como de saberes e saberes-ser, necessários ao exercício de uma determinada profissão.

Em concreto, há uma forte correspondência entre as unidades de formação de curta duração (UFCD) dos referenciais de formação específicos a cada saída profissional e as unidades de competência (UC) dos referenciais de RVCC profissional. Este facto permite que, em função das competências em falta, identificadas através dos processos de RVCC profissional, o candidato possa ser encaminhado para um percurso de formação flexível e ajustado às suas necessidades específicas. Assim se legitima a afirmação de que, para além da sua função certificadora, os processos de RVCC profissional se baseiam em metodologias que permitem o posicionamento dos candidatos em percursos formativos ajustados às suas necessidades e expectativas de qualificação.

A correspondência entre as UFCD e as UC não é, contudo, directa, dada a natureza eminentemente prática dos processos de RVCC profissional que, necessariamente, partem da observação/

avaliação dos desempenhos profissionais dos candidatos, isto é, daquilo que estes sabem, ou não, fazer.

De facto, enquanto que no contexto formativo existem algumas UFCD marcadamente teóricas, o processo de RVCC profissional baseia-se na prática profissional dos candidatos. Embora os conteúdos teóricos possam ser imprescindíveis para viabilizar essa prática, dificilmente serão, no entanto, directamente observáveis, como acções autónomas, o que, aliás, não é o objectivo de avaliações desta natureza.

Assim se explica que os referenciais de RVCC profissional se estruturem em unidades de competência (UC) que, por sua vez, se desdobram num conjunto de tarefas concretas e observáveis, através das quais os candidatos demonstram o domínio das competências requeridas para a validação/certificação.

Esta opção implica, pois, que as tarefas tenham um pendor acentuadamente funcional (conceito de skills), razão pela qual são definidas a partir dos objectivos e conteúdos funcionais e operacionalizáveis de cada uma das UFCD.

Tal não significa, porém, que os objectivos e conteúdos das UFCD, exclusivamente relacionados com os conhecimentos teóricos e os saberes sociais e relacionais, devam ser excluídos dos instrumentos de avaliação, como se constata ao analisar cada um dos referenciais construídos para os processos de RVCC profissional.

De sublinhar que as competências adquiridas são avaliadas através da execução de tarefas específicas, pelo que estas duas expressões (competências/tarefas) são indissociáveis ao longo deste documento, mesmo quando apenas se refira a expressão “tarefas” (p.ex.: validação de tarefas).

A necessidade de procurar assegurar a correspondência entre UC e UFCD é essencial dado que ambas correspondem à unidade mínima certificável no âmbito do Catálogo Nacional de Qualificações.

(18)
(19)

1

Características

do processo de RVCC

profissional – etapas,

intervenientes e duração

(20)
(21)

1

2.1 Etapas

Os processos de RVCC profissional são desenvolvidos nos Centros Novas Oportunidades e constituem uma dimensão de intervenção prioritariamente dirigida a cidadãos com 18 ou mais anos de idade, empregados e desempregados. Permitem, quer a certificação das competências profissionais adquiridas em contextos não formais e informais, quer ainda a identificação de necessidades de formação para a aquisição de novas competências, num quadro de aprendizagem ao longo da vida.

Como estabelecido na Portaria nº 370/2008, de 21 de Maio, um candidato que se inscreva num Centros Novas Oportunidades deve passar por um processo de acolhimento, diagnóstico e encaminhamento, sendo que, entre as várias alternativas possíveis, este encaminhamento pode ser feito também para um processo de RVCC profissional.

Em termos metodológicos, os processos de RVCC profissional estruturam-se em três grandes etapas que, nos seus contornos e objectivos genéricos, coincidem com as etapas do RVCC escolar: reconhecimento de competências, validação de competências e certificação de competências.

A figura seguinte ilustra as etapas aqui mencionadas:

2. Características do processo de RVCC profissional – etapas, intervenientes e duração

Figura 1 - Etapas de intervenção dos Centros Novas Oportunidades

ETAPAS DO PROCESSO DE RVCC PROFISSIONAL

Definição do Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP) (após processo de RVCC) A. Acolhimento B. Diagnóstico C. Encaminhamento D1. Reconhecimento de competências D2. Validação de competências (Sessão de validação) D3. Certificação de competências (Júri de Certificação) Certificação Total (Certificado de Qualificações e Diploma) Certificação Parcial (Certificado de Qualificações) Encaminhamento para um percurso de formação (cursos EFA, formação modular) numa

entidade formadora Auto-formação ou formação em posto de trabalho Certificação Total Certificado de Qualificações e Diploma

Modalidades educativas e formativas

exteriores ao Centro Novas Oportunidades D. Processo de reconhecimento, validação e certificação de competências escolares e/ou

profissionais

Emissão de um Plano Pessoal de Qualificação (PPQ) (quando é necessário adquirir

conhecimentos e competências profissionais)

(22)

0

O q ua dro 1 p erm ite cla rifi ca r a n atu re za d e c ad a u m a d es tas et ap as , o s r es pe ctiv os in ter ve nie nte s, e o s in str um en to s e p ro du to s q ue n es se âm bit o s ão u tiliz ad os e pro du zid os , re sp ec tiv am en te:

Quadro 1 – Etapas dos processos de RVCC profissional nos Centros Novas Oportunidades

Etapas de Inter venção dos Centros Novas Oportunidades A. Acolhimento B. Diagnóstico C. E nc am inh am en to

Eixos estruturantes do processo de RVCC profissional

D1. Reconhecimento de competências D2. V alidação de competências D3. Certificação de competências Actividades • Atendimento e inscrição do candidato no Centro Novas Oportunidades; • Esclarecimento sobre: a missão do Centro Novas Oportunidades; as diferentes fases do processo a realizar , a possibilidade de encaminhamento para ofertas educativas e formativas ou para o processo de reconhecimento, validação e certificação de competências; e a calendarização prevista para a etapa de diagnóstico. • Análise do perfil do candidato, recorrendo a sessões de esclarecimento, análise curricular , entrevistas individuais e colectivas ou a outras estratégias adequadas, de acordo com a metodologia de acolhimento, diagnóstico e encaminhamento

nos Centros Novas

Oportunidades. • Identificação da(s) resposta(s) mais adequada(s) face à análise do perfil do candidato anteriormente desenvolvida e ao conjunto das modalidades de educação e formação existente a nível local ou regional; • Encaminhamento resultante de um acordo/processo de negociação entre a equipa do Centro Novas Oportunidades e o candidato. • Contratualização entre o

candidato que irá desenvolver

processos de RVCC e o

Centro Novas Oportunidades,

segundo modelo disponível;

Calendarização das

actividades do processo que

o Profissional de RVC vai

desenvolver com o candidato;

Desenvolvimento de

processos de identificação

e valorização dos saberes

e competências adquiridos

ao longo da vida, através de

um conjunto de actividades,

assentes na metodologia de

balanço de competências e

na utilização de instrumentos

de mediação para construção

do Portefólio, bem como das

fichas trabalhadas na etapa de

diagnóstico; (*) • Preenchimento da Ficha de percurso profissional e de formação; •

Preparação apoiada (em graus

diferentes) do Portefólio.

(*) O candidato pode já ter

desenvolvido o processo de

identificação e valorização de

competências e a construção

do Portefólio, em outro

momento, ou Centro Novas

Oportunidades, e para outro

fim.

Preenchimento da Grelha de

auto-avaliação;

Análise das competências com

base na Ficha de percurso

profissional e de formação, no

Portefólio e na Grelha de

auto-avaliação, face ao referencial

de RVCC profissional; • Preenchimento da Ficha de análise do Portefólio; • Organização do Portefólio

tendo em conta as reflexões

efectuadas sobre os saberes e

as competências profissionais

adquiridos nos diversos

contextos, não descurando

a importância da recolha do

maior número e variedade

de comprovativos credíveis e

relevantes para o processo;

• Aplicação de outros instrumentos de avaliação, designadamente do Guião de entrevista técnica, da Grelha de obser vação de desempenho em posto de trabalho e da Grelha de

exercício prático, de forma a

avaliar os conhecimentos e as

competências profissionais

adquiridos, bem como

verificar a adequabilidade,

relevância e fiabilidade dos

elementos/comprovativos

recolhidos;

Lançamento dos resultados do

processo de reconhecimento

na plataforma informática de

avaliação de candidatos no

âmbito do RVCC profissional.

Balanço das

competên-cias pré-adquiridas pelo

candidato e comprovadas

através do processo

de RVCC profissional,

relevantes para a saída

profissional face à qual

está a ser avaliado;

Auto e hetero-avaliação

das competências com

base no Portefólio

e, se necessário, na

entrevista técnica ou por

demonstração prática; • Identificação das competências detidas e/ou em falta; • Encaminhamento do candidato para continuação do processo de RVCC ou para Sessão de júri de certificação; • Definição da versão preliminar do Plano Pessoal de Qualificação (PPQ); • Verificação/validação da aquisição das competências definidas no PPQ, nos casos em que o candidato regressa ao Centro Novas Oportunidades

após percurso de

auto-formação ou de auto-formação no posto de trabalho; • Preparação da Sessão de júri de certificação. • Certificação das competências com base no Portefólio

(que, quando houve

encaminhamento para auto-formação ou formação no posto de trabalho, inclui os respectivos comprovativos/ evidências); • Registo em acta das competências certificadas; • Emissão do PPQ do candidato (caso

este tenha obtido

uma certificação

parcial), que indica

qual a resposta mais

adequada para aquisição

das competências consideradas em défice no processo de RVCC (cursos EF A, formações modulares, auto-formação, prática em contexto de trabalho); • Emissão do Certificado de Qualificações e,

quando seja o caso, do

(23)

1

Quadro 1 – Etapas dos processos de RVCC profissional nos Centros Novas Oportunidades (cont.)

Etapas de Inter

venção

dos Centros Novas Oportunidades

A. Acolhimento B. Diagnóstico C. E nc am in ha m en to

Eixos estruturantes do processo de RVCC profissional

D1. Reconhecimento de competências D2. V alidação de competências D3. Certificação de competências Instrumentos e Produtos

Ficha de inscrição (disponível no SIGO); Material informativo diverso (p. ex.: documentação relativa ao Centro Novas Oportunidades e à natureza das inter

venções que

nele

têm

lugar

, bem

como às diferentes modalidades de educação e formação).

Metodologia de acolhimento, diagnóstico e encaminhamento de candidatos; Material informativo diverso; Portefólio (se o candidato já for portador de um)

.

Metodologia de acolhimento, diagnóstico e encaminhamento de candidatos; Material informativo diverso.

Modelo de contrato (disponível no SIGO); Metodologias/instrumentos de mediação; Referencial de RVCC profissional; Ficha de percurso profissional e de formação; Portefólio; SIGO.

Portefólio; Fichas preenchidas na etapa de diagnóstico; Ficha de percurso profissional e de formação; Grelha de auto-avaliação; Ficha de análise do Portefólio; Tipologias de comprovativos das tarefas que o candidato sabe executar; Guião de entrevista técnica; Grelhas de obser

vação

directa no posto de trabalho e exercícios a desenvolver em prática simulada;

Plataforma Informática de avaliação de candidatos no âmbito do RVCC profissional.

Portefólio; Ficha de análise do Portefólio; Guião de entrevista técnica; Grelhas de obser

vação

directa no posto de trabalho e exercícios a desenvolver em prática simulada;

Plataforma informática de avaliação de candidatos no âmbito do RVCC profissional.

Portefólio; Kit de avaliação; Acta da sessão de certificação; Plano Pessoal de Qualificação (PPQ); Certificado de Qualificações e Diploma; Plano de Desenvolvimento Pessoal; Plataforma informática de avaliação de candidatos no âmbito do RVCC profissional; SIGO.

Inter

venientes

Administrativo.

Técnico de diagnóstico e encaminhamento.

Técnico de diagnóstico e encaminhamento.

Profissional de RVC.

Tutor de RVC (por vezes, o profissional de RVC também apoia o preenchimento da Grelha de auto-avaliação).

Equipa de validação (profissional de RVC + tutor de RVC + avaliador de RVC); Avaliador externo (na preparação do júri de certificação).

(24)



Etapas A, B e C – Acolhimento, Diagnóstico e Encaminhamento

As etapas A, B e C, comuns a qualquer candidato que se inscreva num Centro Novas Oportunidades, desenvolvem-se segundo a metodologia de acolhimento, diagnóstico e encaminhamento, disponível em www.anq.gov.pt. Não constituindo etapas específicas do processo de RVCC profissional, apresenta-se aqui apenas um resumo da sua natureza e objectivos.

Na etapa de acolhimento o candidato preenche a ficha de inscrição (disponível no SIGO) e estabelece um primeiro contacto com o Centro Novas Oportunidades, sendo-lhe genericamente explicada a missão e as actividades nele desenvolvidas. É nesta etapa que deve iniciar-se a recolha, partilha e análise de informação relativa ao candidato, para que possa potenciar-se a construção da melhor resposta, em função das suas características específicas.

Esta informação está na base do processo de diagnóstico. A partir da análise e do aprofundamento dessa informação, complementada com entrevistas e com o preenchimento de instrumentos/fichas de diagnóstico especificamente previstas para o efeito, o técnico de diagnóstico e encaminhamento “traça” o perfil do candidato e identifica possíveis respostas de qualificação.

Em sede de entrevista individual, a proposta de diferentes respostas de qualificação é debatida e negociada com o candidato, podendo daí resultar a necessidade de reequacioná-la. Quando se constate que o candidato deve ser encaminhado para um processo de RVCC profissional, o técnico informa-o sobre a natureza e o objectivo desta modalidade. No entanto, antes deste encaminhamento é importante diagnosticar se o candidato deverá, também, desenvolver um processo de RVCC escolar, que lhe garanta a possibilidade de, com base num processo de dupla certificação, vir a obter uma qualificação de nível 2 ou 3, e correspondente nível de escolaridade (9.º ou 12.º ano de escolaridade).

Etapa D1 – Reconhecimento de competências

Uma vez acordada a decisão relativamente ao desenvolvimento do processo de RVCC, a relação do candidato com o Centro Novas Oportunidades é contratualizada através de uma minuta própria de contrato, disponível no SIGO.

Assim, o reconhecimento de competências profissionais

inicia-se com o profissional de RVC e prolonga-inicia-se com a intervenção do tutor de RVC. Procede-se à identificação, valorização e reconhecimento das competências que o candidato detém, com base numa metodologia de balanço de competências e/ou na mobilização de um conjunto de instrumentos específicos. A partir desse “exercício”, é construído o Portefólio do candidato, composto pelo conjunto de documentos que atestam as competências que este detém, face ao referencial de RVCC profissional que estará na base do seu processo avaliativo. Constituindo-se como um conjunto de evidências e comprovativos relativamente às competências adquiridas, o Portefólio tem um carácter dinâmico, na medida em que vai sendo construído/enriquecido ao longo do processo de RVCC profissional.

Na etapa de reconhecimento de competências, o profissional de RVC e o tutor de RVC trabalham para o mesmo fim – a consolidação do Portefólio do candidato. A sua intervenção distingue-se, no entanto, pela abordagem necessariamente mais global que o profissional de RVC faz, recorrendo à metodologia de balanço de competências e à história de vida do candidato, e pela abordagem mais específica que é garantida pelo tutor de RVC, enquanto técnico da área profissional em que se desenvolve o processo de RVCC, focalizada nas unidades de competência do referencial associado à saída profissional em causa.

Neste sentido, a construção do Portefólio inicia-se com o profissional de RVC, que trabalha com o candidato a identificação das aprendizagens que realizou ao longo da sua vida, nomeadamente através da informação que tenha sido fornecida pelo técnico de diagnóstico e encaminhamento, e através da Ficha de percurso profissional e de formação, que constitui um documento estruturante de apoio ao processo de compilação de elementos/comprovativos e de evidenciação das competências que este detém, e que são consideradas significativas para o processo de RVCC profissional.

Cabe ao tutor de RVC dar continuidade ao trabalho de enriquecimento e evidenciação de competências mobilizando, para o efeito, os instrumentos de avaliação que integram o “kit de avaliação”: Grelha de auto-avaliação, Ficha de análise do Portefólio, Guião de entrevista técnica, Grelha de observação de desempenho em posto de trabalho e exercícios a desenvolver em contexto de prática simulada, de forma a gerar novas evidências ou a aprofundar outras.

(25)



Etapa D2 – Validação de competências

A validação de competências profissionais centra-se no trabalho desenvolvido pelo avaliador de RVC, tutor de RVC e profissional de RVC (numa sessão de validação), em conjunto com o candidato, de análise e avaliação do Portefólio face ao referencial de RVCC profissional da saída respectiva. A partir dessa avaliação são identificadas as competências a validar e as competências por evidenciar e/ou desenvolver.

O avaliador de RVC tem, no âmbito desta etapa, um papel fundamental, pois a ele cabe a análise e avaliação “fina” das tarefas/unidades de competência que o candidato está em condições de validar, com base na análise e validação das evidências que foram trabalhadas anteriormente pelo candidato com o tutor de RVC e com o profissional de RVC.

Para o efeito, a avaliação/validação realizada pelo avaliador de RVC parte dos conteúdos que integram o Portefólio mas, no caso de subsistirem dúvidas, é reforçada pela mobilização dos diversos instrumentos de avaliação (ou de parte deles) incluídos no “kit de avaliação”.

A etapa de validação tem um carácter dinâmico e flexível, que se traduz na possibilidade de se interligar com a etapa de reconhecimento. Tal acontece sempre que, no decorrer do trabalho de reconhecimento de competências, houver momentos de reflexão e balanço relativamente ao processo já desenvolvido pelo candidato, dos quais resulte a valida-ção de algumas tarefas/unidades de competência e, nessa sequência, a continuação do desenvolvimento do trabalho de reconhecimento.

Este modelo de diversificação dos momentos de validação à medida que se vai desenrolando o processo de reconhecimento é opcional, o que significa que só é adoptado pela equipa e, em particular pelo tutor de RVC e pelo avaliador de RVC, se assim o entenderem.

Porém, após a conclusão da etapa de reconhecimento, isto é, quando esteja “percorrido” todo o referencial de RVCC profissional e, como tal, avaliadas todas as unidades de competência que o integram, a realização de uma sessão de validação, perante a equipa de validação (profissional de RVC, tutor de RVC e avaliador de RVC), é obrigatória.

Desta sessão de validação final resulta o “encaminhamento” do candidato para uma sessão de certificação4, na presença de um

júri de certificação que, para além dos três elementos da equipa do Centro Novas Oportunidades mencionados, integra ainda um avaliador externo acreditado e integrante da bolsa nacional. Como indicado na Figura 1, a etapa de validação de compe- tências engloba ainda a situação dos candidatos que, tendo sido encaminhados para um processo de auto-formação ou de auto-formação em posto de trabalho para aquisição das competências profissionais em défice (mediante a definição de um PPQ), regressam ao Centro Novas Oportunidades para validação dos adquiridos.

Nestes casos, o candidato apresenta em sessão de validação no Centro Novas Oportunidades (com a presença do tutor de RVC, do avaliador de RVC e do profissional de RVC) as evidências de que o PPQ foi cumprido. Essa verifica-ção/validação é feita através da análise do Portefólio (agora mais consolidado, tendo em conta as competên-cias entretanto adquiridas), complementada por uma entre-vista ou por uma demonstração prática; isto é, recorrendo à mobilização de algumas partes dos instrumentos de avaliação, relativas às competências que importa validar. Deste processo de validação deve resultar a inclusão de novos elementos/comprovativos devidamente contextualizados no Portefólio, de forma a explicitar e demonstrar/fundamentar o domínio das novas competências entretanto adquiridas. Após a validação de unidades de competências, o candidato é proposto a júri de certificação.

Quando, a partir da definição de um PPQ, o encaminhamento é feito para um percurso de formação flexível (cursos EFA ou formação modular), para uma entidade formadora acreditada, o candidato não regressa ao Centro Novas Oportunidades para efeitos de avaliação. Nesta situação, compete à entidade formadora, após a conclusão do processo formativo do candidato, atribuir-lhe a certifica-ção a que tenha direito, nomeadamente através da atribuicertifica-ção de: Certificado de Qualificações, que atesta as competências adquiridas através desse processo formativo; Diploma, quando as competências adquiridas através da formação, associadas às competências certificadas anteriormente, garantam a

4 No âmbito do processo de RVCC profissional não está previsto o desenvolvimento de formações complementares, desenvolvidas pelos Centros Novas Oportunidades.

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possibilidade de obtenção de uma dupla certificação5.

No final da etapa de validação, a equipa do Centro Novas Oportunidades deve articular-se com o avaliador externo, para efeitos da sessão de júri de certificação.

Etapa D3 – Certificação de competências

O processo de RVCC fica concluído com a etapa de certificação de competências, que se centra na realização de uma sessão de júri de certificação, sendo posteriormente emitidos o Certificado de Qualificações e o Diploma devidamente homologados pelo Director do Centro Novas Oportunidades com competência certificadora.

A sessão de certificação realiza-se na presença de um Júri de certificação nomeado pelo Director do Centro Novas Oportunidades, e necessariamente constituído pelo profissional de RVC, pelo tutor de RVC, pelo avaliador de RVC e por um avaliador externo.

Esta sessão centra-se na análise do Portefólio do candidato e, se o Júri de certificação assim o entender, na exposição oral ou demonstração prática do domínio de uma ou outra competência, por parte do candidato. A realização deste “exercício”, no âmbito da sessão de certificação, não põe, no entanto, em causa os resultados globais do processo anteriormente desenvolvido pela equipa do Centro Novas Oportunidades com o candidato e, em particular, o processo de validação de competências profissionais, anteriormente realizado.

De facto, entre o final da etapa de validação e a realização da sessão de júri, o avaliador externo tem oportunidade de analisar/avaliar, quer o Portefólio do candidato face às unidades de competência/tarefas validadas, quer ainda a forma como se desenvolveu o processo de RVCC profissional.

O resultado da avaliação deve ser discutido com a equipa técnico- pedagógica em reunião própria para o efeito. Nesse âmbito, o avaliador externo deverá apresentar eventuais dúvidas que tenha relativamente às unidades de competência/tarefas

validadas, para que possam ser mais clarificadas e fundamentadas as opções tomadas pela equipa. Caso as dúvidas subsistam, pode haver necessidade de melhor “explorar” o domínio evidenciado pelo candidato relativamente a determinadas tarefas/competências, no âmbito do processo de reconhecimento6.

Pela sua função, o avaliador externo garante a aferição geral e legitimação social do processo de RVCC de cada candidato e, consequentemente, da própria certificação que lhe é conferida na sequência da sessão de júri de certificação.

Assume também um papel de colaboração na definição/indica-ção do percurso de qualificadefinição/indica-ção que o candidato deve prosseguir após conclusão do processo de RVCC, e que se consubstancia na definição de um Plano Pessoal de Qualificação ou de um Plano de Desenvolvimento Pessoal.

O resultado da sessão de certificação pode ser de vários tipos: • se o candidato tiver condições de certificar todas as

unidades de competência consideradas necessárias para a obtenção de um nível 2 ou 3 de qualificação (associada à dupla certificação), é-lhe emitido, não só um Certificado de Qualificações com o registo de todas as unidades de competência certificadas, mas ainda um Diploma (o cumprimento destas duas exigências, certificação de nível escolar e certificação de nível profissional, pode resultar do processo de RVCC escolar e profissional ou da conclusão da valência do profissional quando o candidato, à partida, já possui a valência escolar – p.ex: tem já o 9.º ano e completa apenas a componente profissional no nível correspondente, no quadro do Catálogo Nacional de Qualificações, Referencial de RVCC profissional);

• se o candidato tiver condições de certificar todas as unidades de competência consideradas necessárias para a certificação profissional, mas não detiver o correspondente nível de escolaridade, é emitido apenas um Certificado de Qualificações (que identifica as unidades de competência certificadas);

5 No caso da formação modular permitir a obtenção de uma qualificação do CNQ:

- o candidato para proceder à validação final do seu percurso de formação perante a comissão técnica (prevista no nº 2, do artigo 43º, da Portaria nº 230/2008, de 7 de Março) e obter o Certificado final de Qualificações e o Diploma, deve dirigir-se a um Centro Novas Oportunidades com competência certificadora.

6 Para efeitos de caracterização da etapa da certificação e, em particular, das sessões de júri certificação e seus objectivos, sugere-se a leitura do documento metodológico sobre júris de certificação no âmbito do RVCC escolar, disponível em www.anq.gov.pt. Com as devidas adaptações, o essencial do seu conteúdo (particularmente no que toca à intervenção do avaliador externo, ao trabalho preparatório deste, da equipa e do candidato, e aos conteúdos da sessão de certificação propriamente dita) pode ser desenvolvido no âmbito dos processos de RVCC profissional.

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• se o candidato não tiver condições de certificar todas as

unidades de competência necessárias para a certificação profissional, é emitido um Certificado de Qualificações (certificado parcial, que identifica as unidades de competência certificadas) e é emitido um Plano Pessoal de Qualificação em função das competências profissionais em défice, mediante o qual se faz o seu encaminhamento para um percurso formativo.

Caso o Centro Novas Oportunidades não possua capacidade certificadora, os Certificados de Qualificações e os Diplomas, devidamente assinados pelo Director, têm que ser homologados pelas entidades com essa competência, no âmbito do protocolo assinado, conforme legalmente estabelecido na Portaria nº 370/2008, de 21 de Maio.

Os resultados da sessão de certificação são obrigatoriamente registados em acta, dado que se trata de um acto público.

2.2 Intervenientes

O RVCC profissional é desenvolvido por um conjunto de técnicos, que se articulam entre si, e que têm o seguinte perfil de base:

• Profissional de RVC – detentor de habilitação académica de nível superior, com conhecimento das metodologias e experiência profissional em educação e formação de adultos, nomeadamente no desenvolvimento da metodologia de balanço de competências e da construção de portefólios reflexivos de aprendizagens;

• Formador com funções de tutoria (tutor de RVC) – técnico da área profissional/qualificação em que se desenvolve o processo de RVCC, que deve satisfazer os requisitos do regime de acesso e de exercício da actividade de formador, nos termos da legislação em vigor e deter, preferencialmente, formação e experiência especializadas no domínio da educação e formação de adultos; no caso de processos de RVCC associados a referenciais cujas saídas profissionais estão regulamentadas por legislação específica, ou nas situações em que o regime legal de licenciamento ou acesso a uma actividade económica requeira profissionais devidamente habilitados, o perfil dos tutores de RVC deve cumprir os requisitos específicos definidos para os formadores no quadro da respectiva regulamentação aplicável;

• Formador com funções de validação (avaliador de RVC) – técnico interno ou externo ao Centro Novas Oportunidades que obedece ao mesmo perfil definido para o tutor de RVC;

• Avaliador externo – elemento acreditado pela ANQ e integrante da bolsa nacional de avaliadores externos com reconhecido mérito a nível local/regional, garantindo o cumprimento dos princípios, normas e procedimentos estipulados, contribuindo para a transparência, credibilidade e legitimação social do processo.

Previamente ao trabalho do profissional de RVC intervém o técnico de diagnóstico e encaminhamento que deve ser detentor de habilitação académica de nível superior, possuir conhecimentos sobre as diversas ofertas educativas e formativas destinadas a adultos, bem como sobre técnicas e estratégias de diagnóstico avaliativo e de orientação, conforme explicitado no documento metodológico relativo às etapas de acolhimento, diagnóstico e encaminhamento de candidatos, disponível na página da ANQ na internet.

No quadro 2 sintetizam-se as principais actividades que os vários intervenientes desempenham nos processos de RVCC profissional:

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INTERVENIENTES PRINCIPAIS ACTIVIDADES

Técnico de diagnóstico e encaminhamento

(prévio processo de RVCC)

•Acolher, informar, realizar um diagnóstico e, em função do perfil do candidato, encaminhar para a resposta de qualificação mais

adequada.

•Apoiar o candidato na definição do seu percurso no RVCC profissional e, se necessário, escolar (caso o candidato revele preferência

para ingressar nestes dois processos).

•Registar no SIGO as sessões de diagnóstico e de encaminhamento.

Profissional de RVC •Contratualizar a relação do candidato com o Centro Novas Oportunidades.

•Dar a conhecer o Referencial de RVCC profissional.

•Apoiar o desenvolvimento do processo de reconhecimento e evidenciação de competências adquiridas, sempre que o candidato o

necessite.

•Apoiar o candidato na sistematização de informação relativa ao seu percurso profissional, com base na informação disponibilizada pelo

técnico de diagnóstico e encaminhamento e na Ficha de percurso profissional e de formação.

•Apoiar o candidato no processo de construção e consolidação do Portefólio e, eventualmente, de preenchimento da Grelha de

auto-avaliação, em conjunto com o tutor de RVC.

•Registar no SIGO as sessões de reconhecimento que desenvolve com os candidatos.

Tutor de RVC •Identificar as competências detidas pelo candidato, face ao referencial de RVCC profissional.

•Analisar o Portefólio do candidato e apoiá-lo no processo da sua consolidação.

Mobilizar os cinco instrumentos de avaliação que integram o “kit de avaliação”, para demonstração de competências, por parte do

candidato.

•Registar os resultados de avaliação na plataforma informática prevista para o efeito.

•Informar o candidato sobre as etapas de validação e de certificação, incluindo a respectiva preparação.

•Assegurar os meios humanos e a logística necessários à avaliação do candidato, se necessário em articulação com o coordenador do

Centro Novas Oportunidades.

Equipa de validação (Tutor de RVC, Avaliador de RVC e Profissional de RVC)

• Proceder à análise do Portefólio e verificar a suficiência dos comprovativos, face às competências do referencial de RVCC

profissional.

Validar as competências demonstradas utilizando, quando necessário, os instrumentos de avaliação que constam do “kit de

avaliação”.

•Registar os resultados da validação de competências na plataforma informática prevista para o efeito quando estes alterem a avaliação

anteriormente feita pelo tutor de RVC na etapa de reconhecimento; o registo deve ser feito pelo tutor de RVC, articulando para o efeito com a restante equipa.

•Comunicar os resultados de validação ao candidato.

•Verificar/validar, em fase posterior ao encaminhamento, a aquisição das competências em falta, de acordo com os conteúdos do PPQ,

se necessário mobilizando os instrumentos do “kit de avaliação” (esta verificação/validação apenas ocorre nos casos em que tenha sido definido um encaminhamento para auto-formação ou para formação no posto de trabalho e em que, por conseguinte, o candidato regressa ao Centro Novas Oportunidades para validação dos adquiridos).

•Encaminhar o candidato para o júri de certificação.

•Elaborar uma primeira proposta de PPQ.

Júri de certificação (Tutor de RVC, Avaliador de RVC, Profissional de RVC e Avaliador externo)

•Preparar a sessão de certificação.

•Certificar as competências com base no Portefólio do candidato, visando a atribuição de um Certificado de Qualificações ou de um Diploma.

•Elaborar a Acta da sessão de certificação.

•Elaborar a proposta final de Plano Pessoal de Qualificação (quando o candidato não valida as unidades de competência necessárias

para a obtenção de uma certificação profissional), negociado com o candidato.

Coordenador •Dinamizar, coordenar e avaliar as actividades do Centro Novas Oportunidades, e dos processos de RVCC profissional e respectivas equipas.

•Realizar diagnósticos locais de necessidades.

•Promover parcerias, nomeadamente no domínio da identificação e mobilização de candidatos para outras modalidades de educação-formação.

•Apoiar o encaminhamento do candidato após o desenvolvimento do processo de RVCC, nomeadamente através da realização de

contactos com entidades formadoras.

•Seleccionar a equipa do Centro Novas Oportunidades (profissional de RVC, tutor de RVC e avaliador de RVC) interveniente no processo

de cada candidato.

•Divulgar o dispositivo de RVCC junto dos seus potenciais candidatos.

•Assegurar o cumprimento das orientações metodológicas e técnicas divulgadas e emitidas pela ANQ e pelas instituições da tutela.

Director •Nomear o avaliador externo que intervém no processo de cada candidato no âmbito do júri de certificação.

•Proceder, na sequência de resultados positivos perante o Júri de certificação, à emissão do Certificado de Qualificações e do Diploma,

conforme as situações.

•Proceder – caso o Centro Novas Oportunidades se enquadre numa entidade com competência certificadora – à homologação dos

Certificados de Qualificações e Diplomas emitidos por Centro Novas Oportunidades sem essa competência.

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O técnico de diagnóstico e encaminhamento intervém numa

etapa anterior ao processo de RVCC profissional propriamente dito, junto dos candidatos que se inscrevem no Centro Novas Oportunidades. Em função do diagnóstico que for feito (tendo em consideração o percurso escolar e profissional, a experiência de vida e as motivações, necessidades e interesses de cada candidato), este técnico é responsável pelo encaminhamento de cada candidato para um processo de RVCC ou para um percurso de educação e formação exterior ao Centro Novas Oportunidades.

A função do profissional de RVC, no âmbito de cada Centro Novas Oportunidades, deve ser gerida de forma transversal, o que implica que todos os técnicos estejam preparados para trabalhar com candidatos em processos de RVCC, sejam estes de âmbito escolar ou de âmbito profissional.

O perfil de base exigido ao tutor de RVC e ao avaliador de RVC é coincidente (trata-se de formadores das diferentes áreas técnicas de formação profissional), o que significa que um mesmo técnico poderá desempenhar as duas funções de forma alternada, isto é, não podendo nunca acumulá-las no âmbito do mesmo processo de RVC profissional, desenvolvido por um candidato.

O avaliador de RVC intervém no âmbito da etapa de validação e da etapa de certificação (na medida em que deve ser um dos membros do Júri de certificação) podendo ser um técnico interno ou externo ao Centro Novas Oportunidades. Desenvolve um papel de análise “fina” das tarefas/unidades de competência que o candidato poderá validar, face ao referencial de RVCC profissional que está na base do seu processo de avaliação. Garante também um “olhar” técnico mais distanciado do processo do candidato que o do tutor de RVC, reforçando, deste modo, a objectividade com que o processo de evidenciação e validação de competências tem de ser desenvolvido.

Em alguns casos, a abrangência e complexidade dos referenciais de formação tecnológicos a partir dos quais são produzidos os referenciais de RVCC profissional e, em particular, de algumas competências neles constantes, pode implicar o envolvimento de mais do que um técnico com funções de tutor de RVC e/ ou de avaliador de RVC no âmbito do mesmo processo de RVCC. Esta situação pode ocorrer, de forma mais frequente, quando as unidades de competência do Referencial de RVCC profissional têm correspondência com unidades de forma-ção complementares/de aperfeiçoamento, nos referenciais de formação.

A possibilidade de diversificação dos tutores de RVC e avaliadores de RVC intervenientes no processo de avaliação de um mesmo candidato deve limitar-se apenas aos casos em que se afigure como incontornável, na medida em que comporta alguns riscos de descontinuidade e de perda de coesão do processo. De forma a diminuir este risco, cada processo é da responsabilidade de um só tutor de RVC que, se necessário, recorre a outro técnico quando se trata da demonstração de algumas competências específicas que integram o referencial de RVCC profissional. A intervenção pontual deste técnico (que não tem de possuir, forçosamente, experiência no domínio do desenvolvimento de processos de RVCC, mas que tem de possuir conhecimentos técnicos na saída profissional em causa) tem de ser devidamente enquadrada e acompanhada pelo tutor de RVC responsável, o que implica a sua presença e intermediação em todas as sessões/momentos de trabalho desenvolvidos com o candidato.

O avaliador externo, como o próprio nome sugere, é necessariamente externo ao Centro Novas Oportunidades, seleccionado pelo Director do Centro Novas Oportunidades de entre a bolsa de avaliadores externos.

A sua intervenção é feita no âmbito da preparação das sessões de certificação e no âmbito das sessões propriamente ditas, que ocorrem após a etapa de validação. A exemplo do que já está consolidado no âmbito do processo de RVCC escolar que permite a obtenção de certificação escolar de nível básico ou secundário, a figura do avaliador externo integra igualmente os processos de certificação relativos ao RVCC profissional. Esta figura, que centra a sua análise global no Portefólio e no percurso de RVCC de cada candidato, garante também, tal como acontece no caso do RVCC escolar, a aferição global e a legitimação social do processo desenvolvido e, consequentemente, do próprio Certificado de Qualificações/Diploma que é atribuído na sequência da sessão de certificação.

O avaliador externo contribui igualmente, de forma bastante relevante, para a definição do Plano Pessoal de Qualificação e do Plano de Desenvolvimento Pessoal de cada candidato, em função das necessidades e expectativas que este tenha após o processo de RVCC, mas tendo igualmente em consideração as potencialidades e oportunidades geradas pelo contexto local/ regional.

O director e o coordenador do Centro Novas Oportunidades devem exercer, nos processos de RVCC profissional, o mesmo tipo de funções que lhes estão atribuídas no âmbito dos processos de RVCC escolar.

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2.3 Duração

A duração dos processos de RVCC profissional é variável, podendo tomar-se como referência os valores indicados no quadro seguinte:

5h a 16h 5h a 15h 1h a 4h Até 2 h/candidato Até 1 h/candidato

PROFISSIONAL DE

RVC TUTOR DE RVC AVALIADOR DE RVCEquipa de validação

TUTOR DE RVC PROFISSIONAL DE RVC Júri de certificação PROFISSIONAL DE RVC TUTOR DE RVC AVALIADOR DE RVC AVALIADOR EXTERNO Júri de certificação PROFISSIONAL DE RVC TUTOR DE RVC AVALIADOR DE RVC AVALIADOR EXTERNO Reconhecimento Sessões de

validação Preparação da sessão de certificação Sessão de certificação • Balanço de competências. • Preenchimento e discussão da Ficha de percurso profissional e de formação. • Construção e consolidação do Portefólio. • Análise e consolidação do Portefólio (tendo em conta a possibilidade de inclusão de mais elementos/ comprovativos devidamente contextualizados). • Aplicação dos instrumentos de avaliação “kit de avaliação” necessários e sua integração no Portefólio. • Lançamento dos resultados do processo de reconhecimento na plataforma informática de avaliação de candidatos no âmbito do RVCC profissional.

• Avaliação do Portefólio e eventual

aplicação de instrumentos de avaliação para validação de unidades de competência.

• Lançamento dos resultados

de validação na plataforma informática.

• “Encaminhamento” do

candidato para sessão de júri de

certificação, se reunir condições.

• Definição da primeira versão do

PPQ.

• Verificação da aquisição de

competências de acordo com os conteúdos definidos no PPQ (no caso do candidato regressar ao Centro Novas Oportunidades).

• Análise/avaliação do Portefólio do candidato. • Preparação da sessão de certificação. • Consolidação do PPQ.

• Certificação das competências

com base no Portefólio, visando a emissão do respectivo Certificado de Qualificações e Diploma.

• Elaboração da acta da sessão de

júri de certificação.

• Emissão do PPQ

(encaminhamento para as soluções formativas), negociado com o candidato

TÉCNICO DE DIAGNÓSTICO E ENCAMINHAMENTO Diagnóstico e encaminhamento • Diagnóstico e encaminhamento • Esclarecimento sobre o processo

DIRECTOR DO CENTRONOVAS OPORTUNIDADES Certificação

• Emissão do Certificado de Qualificações e do Diploma

• Homologação do Certificado de Qualificações e do Diploma (no caso dos Centros Novas Oportunidades com competência certificadora).

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A variação do número de horas é fundamentalmente explicada

pela etapa de reconhecimento, dependente que está do grau de exaustividade com que é aplicada a metodologia de Balanço de Competências, do facto de o candidato ser ou não portador de um Portefólio que já contenha evidências das competências profissionais consideradas relevantes, do grau de autonomia que este tem no processo de recolha de comprovativos, e/ou ainda da necessidade de mobilizar de forma mais ou menos exaustiva os vários instrumentos do “kit de avaliação”.

Neste âmbito, caso se verifique a necessidade de aplicar, na íntegra, determinados exercícios em contexto de prática simulada, cujas durações estão definidas em cada “kit de avaliação”, a etapa de reconhecimento pode ter uma duração significativamente alargada, muito para além dos valores de referência indicados no quadro 3.

A duração associada aos momentos de validação é também bastante variada, pois depende do modo de articulação estabelecido entre o tutor de RVC e o avaliador de RVC e, em concreto, de estes definirem ao longo do processo de reconhecimento vários momentos em que, na presença do candidato, as tarefas/unidades de competência vão sendo validadas ou de, pelo contrário, optarem por realizar apenas um momento de validação, após a conclusão da etapa de reconhecimento.

De referir ainda que a duração de cada processo de RVCC profissional está associada à agilidade com que decorrem os procedimentos de avaliação, a qual é independente do número de unidades de competência em condições de serem validadas. Ou seja, um processo de RVCC profissional tanto pode ser ágil porque o candidato consegue demonstrar, em pouco tempo, que executa determinadas tarefas (detém determinadas competências), como porque, ao invés, a equipa, de forma expedita, conclui pela impossibilidade de validar determinadas tarefas/unidades de competência.

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(33)

1

Aplicação dos

instrumentos de apoio

aos processos de RVCC

profissional

(34)
(35)



3. Aplicação dos instrumentos de apoio aos processos de RVCC profissional

Figura 2 – Sequência de aplicação dos instrumentos de apoio aos processos de RVCC profissional

3.1 Tipos de instrumentos de apoio aos processos de RVCC profissional e sequência de aplicação

O desenvolvimento de processos de RVCC profissional assenta na aplicação de um conjunto de instrumentos de distinta natureza. Alguns definem-se como instrumentos de avaliação no processo de evidenciação e de demonstração das competências que o candidato pretende validar e certificar, enquanto que outros são importantes documentos de registo dos resultados de avaliação obtidos e orientadores do percurso de formação a prosseguir.

De entre esses vários instrumentos, destacam-se: a Grelha de auto avaliação, a Ficha de análise do Portefólio, o Guião de entrevista, a Grelha de observação de desempenho em posto de trabalho e a Grelha de avaliação/Ficha de caracterização de exercícios desenvolvidos em contexto de prática simulada, pelo papel determinante que assumem na evidenciação de competências. O conjunto destes vários instrumentos é designado por “kit de avaliação”. A cada saída profissional/qualificação que integra o Catálogo Nacional de Qualificações corresponde um “kit de avaliação”.

O Portefólio constitui-se também como um instrumento fundamental nos processos de RVCC profissional, uma vez que o processo do candidato recai sobre a avaliação dos seus conteúdos. Na verdade, o Portefólio acumula a condição de instrumento de avaliação com a de produto do processo de RVCC, uma vez que vai sendo consolidado à medida que se desenvolve o processo de RVCC, conforme explicitado no ponto 3.5.

Neste capítulo, são apresentados os principais instrumentos de apoio aos processos de RVCC profissional, definindo-se quais os intervenientes, as etapas/momentos do processo em que são aplicados e de que forma são mobilizados. A sequência em que aqui são apresentados corresponde à ordem pela qual devem ser mobilizados, e pode ser esquematizada da seguinte forma:

Reconhecimento Validação (Equipa de validação)

Certificação (Júri de certificação)

Profissional de RVC Tutor de RVC Tutor de RVC Avaliador de RVC Profissional de RVC Avaliador Externo Tutor de RVC Avaliador de RVC Profissional de RVC • Referencial de RVCC profissional • Instrumentos/informação disponibilizada pelo técnico de diagnóstico e encaminhamento • Ficha de percurso profissional e de formação • Portefólio • Portefólio • Grelha de auto-avaliação • Ficha de análise do Portefólio • Guião de entrevista técnica • Grelha de observação de desempenho em posto de trabalho • Exercícios a desenvolver em contexto de prática simulada • Portefólio • Ficha de análise do Portefólio • Guião de entrevista técnica • Grelha de observação de desempenho em posto de trabalho • Exercícios a desenvolver em contexto de prática simulada • Portefólio • Instrumentos do “kit de avaliação”

• Acta da sessão de júri

de certificação - registo das competências certificadas • Plano Pessoal de Qualificação Diagnóstico e encaminhamento Técnico de diagnóstico e encaminhamento

• Instrumentos/informação explorada nesta etapa, de acordo

com a metodologia de apoio às etapas de acolhimento,

diagnóstico e encaminhamento. DIRECTOR DO CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES • Emissão do Certificado de Qualificações e do Diploma • Homologação do Certificado de Qualificações e do Diploma (no caso dos Centros Novas Oportunidades com competência certificadora).

Referências

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