• Nenhum resultado encontrado

7. OBSERVAÇÕES FINAIS

7.4. Recomendação para Trabalhos Futuros

Diante das implicações dos resultados e das limitações indicadas na pesquisa, recomenda-se a elaboração de estudos futuros com o intuito de trazer novos conhecimentos para a área de gestão de sistemas de informação e proporcionar maior robustez aos resultados encontrados.

Inicialmente, propõe-se a realização de estudos envolvendo variáveis não consideradas na presente pesquisa, buscando identificar outros fatores antecedentes ao comportamento de resistência a sistemas de informação.

Recomenda-se também desenvolver escalas de medição dos fatores antecedentes à resistência a sistemas de informação identificados teoricamente. A utilização de instrumentos diversos de coleta de dados poderá reforçar ou refutar os resultados obtidos no estudo em tela.

Buscando verificar a capacidade de extrapolação dos resultados apresentados, pode-se: (a) pesquisar a percepção dos usuários, ao invés da percepção dos gestores de TI; (b) realizar pesquisas congêneres em outras localidades, identificando o grau de influência da cultura regional na resistência à sistemas ERP; e (c) utilizar outros tipos de sistema de informação como objeto de resistência – e.g. sistema contábil, internet banking e Petição eletrônica50.

Como outra possibilidade para desenvolvimento de estudos na área, pode-se buscar, também, compreender melhor o fator Inclinação Pessoal como antecedente à resistência a sistemas de informação, possíveis impactos do fator no funcionamento de novos sistemas adotados pela corporação, e formas de mitigar a ação do referido fator em processos de implantação de sistemas ERP.

50

Sistema de informação utilizado pelo Superior Tribunal de Justiça para recebimento via internet de documentos relacionados a atos processuais (Supremo Tribunal de Justiça, 2010).

Também pode ser considerada a possibilidade de realizar estudos baseados em entrevistas de profundidade com o intuito de aprofundar o conhecimento na área de gestão em tecnologia da informação. Entrevistas em profundidade buscam obter relatos de experiências, gerando reportes autênticos. Tal abordagem suporta a exploração da percepção e da experiência, com o objetivo de descrever e explicar os fenômenos a partir do ponto de vista do respondente (BERENDS, 2011).

Para estudos na área de comportamento organizacional, pode-se buscar entender a relação entre o fator Inclinação pessoal e a influência de experiências anteriores dos usuários, apresentada por Martinko, Henry e Zmud (1996) como influente na resistência das pessoas à implantação de novos sistemas de informação.

Finalmente, estudos longitudinais poderão oferecer uma perspectiva diferente da apresentada, possibilitando a compreensão da dinamicidade de fenômeno do comportamento de resistência a sistemas de informações.

94

REFERÊNCIAS

ALBERTIN, A. L.; ALBERTIN R. M. M. Tecnologia de Informaçăo e Desempenho Empresarial no Gerenciamento de seus Projetos: um Estudo de Caso de uma Indústria. RAC, Curitiba, v. 12, n. 3, p. 599-629, Jul./Set., 2008.

ANTUNES, M. T. P.; ALVES, A. S. A adequação dos sistemas Enterprise Resources Planning (ERP) para a geração de informações contábeis gerenciais de natureza intangível: um estudo exploratório. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, São Paulo, v. 10, n. 27, PP. 161-174, Abr./Jun., 2008.

ARANHA, F. ZAMBALDI, F. Análise fatorial em Administração. São Paulo: Cengage Learning, 2008, 152.

BADESCU, M.; GARCES-AYERBE, C. The impact of information technologies on firm productivity: Empirical evidence from Spain, Technovation, v. 29, n. 2, pp. 122-129, fev., 2009.

BARNEY, J. Firm Resources and Sustained Competitive Advantage. Journal of

Management, v. 17, n. 1, pp. 99-120, 1991.

BERENDS, L. Embracing the Visual: Using Timelines with In-depth Interviews on Substance Use and Treatment. The Qualitative Report, v. 16, n. 1, pp. 1-9, Jan., 2011.

BLUNCH, N. Introduction to Structural Equation Modeling Using SPSS and AMOS. Thousand Oaks, CA: Sage, 2008, p. 270.

BOCK, G.; FLORES, E.; LATUMAHINA, D.; CHENG, H.; LAM V. T.; CHAN, S.; SOEHARTO, R.; KANG, Y. J. Integrating ERP Systems in a Decentralized Company: A Case Study: Research Note, Journal of Information Technology Case and Application

BOTELHO, D.; ZOUAIN, D.M. Pesquisa quantitativa em administração. São Paulo: Atlas, 2006.

BYRD T. A.; PITTS J. P.; ADRIAN A. M.;DAVIDSON N. W. Examination of a Path Model Relating Information Technology Infrastructure With Firm Performance. Journal of Business

Logistics, v. 29, n. 2, pp. 161 – 187, 2008.

CAMPANA, A.N.; TAVARES, M.C.; SILVA, D. Modelagem de Equações Estruturais: Apresentação de uma abordagem estatística multivariada para pesquisas em Educação Física.

Motricidade, vol.5, no.4, pp.59-80, Dez., 2009.

CARVALHO NETO, S. Dimensões de Qualidade em Ambientes Virtuais de

Aprendizagem. São Paulo: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da

Universidade de São Paulo, 2009. 256p. Tese (Doutorado) – Curso de Doutorado em Administração, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

DAVENPORT, T. Putting the Enterprise into the Enterprise System. Harvard Business

Review, v. 76, n. 4, Jul./Ago., pp. 121-131, 1998.

DAVIS, F.D. Perceived Usefulness, Perceived Ease of Use, and User Acceptance of Information Technology. MIS Quarterly, v. 13, n. 3, pp.319-34013, Set., 1989.

DELAMARE, S. L. D. Modelagem de Equações Estruturais na Melhoria da Gestão. In: XXII

Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP, 2002, Curitiba.

DITTRICH, R.; FRANCIS, B.; HATZINGER, R.; KATZENBEISSER, W. W. A paired comparison approach for the analysis of sets of Likert-scale responses. Statistical Modelling, v. 7, n. 1, pp. 3–28, Mar., 2007.

DURHAM, C. A.; KING, R. P. Principles of Principal Component Analysis. Journal of Food

96

GAETE, L. Análise da Resistência a Sistemas de Informação: a Percepção dos Gestores de Tecnologia da Informação Acerca de Sistemas ERP. Rio de Janeiro: EBAPE/FGV, 2010. 168p. Dissertação (Mestrado) – Curso de Mestrado Profissional Executivo em Gestão Empresarial, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro,2010.

GALLAGHER, D.; TING, L.; PALMER, A. A journey into the unknown; taking the fear out of structural equation modeling with AMOS for the first-time user. The Marketing Review, v. 8, n. 3, Ago., 2008.

GARVER, M. S.; MENTZER, J. T. Logistics Research Methods: Employing Structural Equation Modeling to Test for Construct Validity. Journal of Business Logistics, v.20, n. 1, Mar., 1999.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. – São Paulo: Atlas, 2002.

GUASCH, A.; PIERA, M. À.; CASANOVAS, J.; FIGUERRAS, J. Modelado y simulación: aplicación a procesos logísticos de fabricación y servicios. Barcelona: Edicions UPC, 2002.

GUPTA, M.; KOHLI, A. Enterprise resource planning systems and its implications for operation function. Technovation, v. 26, n. 5-6, pp. 687-696, Mai., 2006.

HAIR, J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.; BLACK, W. C. Multivariate data

analisys, 5. ed. Prentice Hall, Upper Sanddle River, New Jersey, 1998.

HIRSCHHEIM, R.; NEWMAN, M.Information systems and user resistance: theory and practice. Computer Journal, v. 31, n. 5, pp. 398-408, Out., 1988.

HOOPER, D.; COUGHLAN, J.; MULLEN, M. R. Structural Equation Modelling: guidelines for determining model fit. Electronic Journal of Business Research Methods, v. 6, n. 1, pp. 53-60, Set., 2008

IRIONDO, J. M.; ALBERT, M. J.; ESCUDERO A. Structural equation modeling: an alternative for assessing causal relationships in threatened plant populations. Biological

Conservation, v. 113, n. 3, pp. 367-377, Out., 2003.

JACOBS, F.R.; BENDOLY, B. Enterprise resource planning: developments and directions for operations management research, European Journal of Operational Research, v. 146, n. 2, pp. 233–240, Abr., 2003.

JOIA, L. A.; FERNANDES, C. C. C. Resistência à Implementação de Sistemas Informatizados na Administração Pública: o Caso da Folha de Pagamentos. IN: Anais do XXXII Enanpad, Rio de Janeiro, RJ, Set., 2008.

_____, L. A. Sources of resistance to G2G endeavors: Evidence from a case study in the Brazilian context, Information Technology for Development, v.13, n. 3, pp. 233-251, Set., 2007.

JOSHI, K. A model of Users Perspective on Change: The case of Information Systems Technology Implementation. MIS Quaterly, v. 15, n. 2, pp. 229-240, Jun., 1991.

KARSAK, E. E.; ÖZOGUL, C. O. An integrated decision making approach for ERP system selection. Expert Systems with Applications, v. 36, n.1, pp. 660–667, Jan., 2009.

KIM H, KANKANHALLI A. Investigating User Resistance to Information Systems Implementation: A Status Quo Bias Perspective. MIS Quarterly, v. 33, no. 3, pp. 567-582, Set., 2009.

KIM, J. W.; KIM, E.J. The Impacts of IT Investment Directions and Strategies of Supply Chain management (SCM) Implementing Enterprises on Business Performance.

International Journal of Business Research, v. 9, n. 4, 2009.

KLING, R. Social analyses of computing: theoretical perspectives in recent empirical research. Computing Survey, v. 12, n. 1, pp. 61-110, Mar., 1980.

98

LAPOINTE, L.; RIVARD, S. A Multi-Level Model of Resistance to Information Technology Implementation. MIS Quarterly, v. 29, no. 3, Set. 2005.

LEME, M. F. P.; ZYLBERSZTAJN, D. Determinantes da Escolha de Arranjos Institucionais: Evidências na Comercialização de Fertilizantes para Soja. Revista de Economia e Sociologia

Rural (RER), v. 46, n. 2, pp. 517-546, Abr./Jun., 2008

MALHOTRA, N. K. Pesquisa em marketing: uma orientação aplicada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. 719 p.

MARKUS M. L. Power, Politics and MIS Implementation. Communications of the ACM, v. 26, no. 6, Jun., 1983.

_____; TANIS, C.; VAN FENEMA, P. C. Multisite ERP Implementations. Communications

of the ACM, v. 43, n. 4, Abr., 2000.

_____. Technochange management: using IT to drive organizational change. Journal of

Information Technology, v. 19, n. 1, pp. 4-20, Mar., 2004.

MARTINKO M.J.; HENRY J.W.; ZMUD R.W. An Attributional Explanation of Individual Resistance to the Introduction of Information Technologies in the Workspace. Behaviour &

Information Tecnology, v. 15, n. 5, pp. 313-330, Set., 1996.

MELVILLE N.; KRAEMER K.; GURBAXANI V. Information Technology and Organizational Performance: An Integrative Model of IT Business Value, MIS Quarterly, v. 28, no. 2, pp. 283-322, Jun., 2004.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 2000.

MOSCAROLA, J.; TRIKI, A.; CHAABOUNI, A. Usage d’un ERP (Enterprise Resource Planning) et processus de gestion: cas d’une entreprise agroalimentaire. La Revue des

Sciences de Gestion, Direction et Gestion, v. 45, n. 243-244, pp. 143-151, Mai./Jun., 2010.

MUKHOPADHYAY, T; COOPER, R.B. Impact of management information systems on decisions, Omega, v. 20, n. 1, pp. 37-49, Jan., 1992.

_____, LERCH , F. J.; MANGAL, V. Assessing the impact of information technology on labor productivity. Decision Support Systems, v. 19, n. 2, pp. 109-122, Fev., 1997.

NISBETT, R. E.; WILSON, T. D. The Halo Effect: Evidence for Unconscious Alteration of Judgments. Journal of Personality and Social Psychology, v. 35, n. 4, pp. 250-256, Abr., 1977.

NOV, O.; YE, C. Users’ Personality and Perceived Ease of Use of Digital Libraries: The Case for Resistance to Change. Journal of the American Society for Information Science and

Technology, n; 59, v. 5, pp. 845–851, Mar., 2008.

OLIVEIRA, L. C. B. Uma Proposta de Modelo Para Avaliação de Websites de Comércio

Eletrônico: Aplicação ao Varejo de Virtual de CD’s. Rio de Janeiro: EBAPE/FGV, 2003.

188p. Dissertação (Mestrado) – Curso de Mestrado Profissional Executivo em Gestão Empresarial, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro,2003.

OREG, S. Personality, context, and resistance to organizational change. European Journal

of Work and Organizational Psychology, v. 15, n. 1, pp. 73-101, Mar., 2006.

PADILHA, C. C. P.; MARINS F. A. S. Sistemas ERP: características, custos e tendências.

Revista Produção, v. 15, n. 1, pp. 102-113, Jan./Abr., 2005.

PEDHAZUR, E. J.; SCHMELKIN, L. P. Measurement, Design, and Analysis: An Integrated Approach. Hillsdale, N.J.: Lawrence Erlbaum Associates, 1991.

100

PETERSON, P.; FABOZZI, F. J. Capital Budgeting. New York: John Wiley & Sons, 2002.

QUAN J, QING H, HART P. Information Technology Investments and Firms' Performance-- A Duopoly Perspective. Journal of Management Information Systems,;v. 20, n. 3, pp. 121- 158, inverno, 2003.

RANGANATHAN, C.; BROWN, C. V. ERP Investments and the Market Value of Firms: Toward an Understanding of Influential ERP Project Variables. Information Systems

Research, v. 17, n. 2, pp. 145–161, Jun., 2006.

REISINGER, Y; TURNER, L. Structural equation modeling with Lisrel: application in tourism. Tourism Management, v. 20, pp. 71-88, Fev., 1999.

ROACH, S. S. Services Under Siege: The Restructuring Imperative. Harvard Business

Review, v. 69, n. 5, pp. 82-92, Set., 1991.

ROCHA, A. P. S.; PROTIL R. M. Fatores críticos de sucesso na implantação de um sistema CRM em uma empresa de telecomunicações. In: XXVI Encontro Nacional de Engenharia

de Produção – ENEGEP, 2006, Fortaleza.

ROCHA, H. O.; GHOSHAL, S. Beyond Self-Interest Revisited. Journal of Management

Studies, v. 43, n. 3, pp. 585-619, Mai., 2006.

SAATÇIOĞLU, Ö. Y. What determines user satisfaction in ERP projects: benefits, barriers or risks? Journal of Enterprise Information Management, v. 22, n. 6, pp. 690-708, Nov./Dez., 2009.

SCHUMACKER, R. E.; LOMAX, R. G. Beginner's Guide to Structural Equation

SILVA, J. S. F. Modelagem de Equações Estruturais: apresentação de uma metodologia. 2006. 180f.. Dissertação (pós-graduação em engenharia de produção) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006.

SOUZA, C. A.; ZWICKER, R. Sistemas ERP: Conceituação, Ciclo de Vida e Estudos de Casos Comparados. In: SOUZA, C. A. e SACCOL, A. Z. (Org.) Sistemas ERP no Brasil:

(Enterprise Resources Planning): Teoria e Casos, 1ª edição, 2ª reimpressão São Paulo:

Atlas, 2006. Cap. 2, pp. 63-87.

STREINER, D. L. Finding Our Way: An Introduction to Path Analysis. Canadian Journal of

Psychiatry; v. 50, n. 2, pp. 115-122, Fev., 2005

SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Petição eletrônica. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=983 >. Acesso em: 18 nov. 2010.

THEODORSON, G. A.; THEODORSON, A. G. A modern dictionary of sociology. London, Methuen, 1970.

TIPPINS M.; SOHI R.S. IT Competency and Firm Performance: Is Organizational Learning a Missing Link?, Strategic Management Journal, v. 24, pp. 745-761, Ago., 2003.

VERGARA, S.C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. – 10. ed. – São Paulo: Atlas, 2009. p. 94.

VIEIRA, K. M.; MILACH, F. T.; HUPPES, D. Equações Estruturais Aplicadas à Satisfação dos Alunos: Um Estudo no Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Maria. Revista Contabilidade & Finanças, v. 19, n. 48, pp. 65-76, Dec., 2008.

102

WAILGUM, T. ERP Investments Still Top the List for Corporate IT Spending.

Disponível em: <http://www.cio.com/article/507663/ERP_Investments_Still_Top_the_List_for_Corporate_IT

_Spending>. Acesso em: 15 ago. 2010.

WEILL, P. The Relationship between Investment in Information Technology and Firm Performance: A Study of the Valve Manufacturing Sector. Information Systems Research v. 3, n. 4, pp. 307-333, Dez., 1992.

WIERSEMA, M.; BOWEN, H. Corporate diversification: the impact of foreign competition, industry globalization, and product diversification. Strategic Management Journal, v. 29, n. 2, pp.115-132, 2008.

YANG, C.; SU, Y. The relationship between benefits of ERP systems implementation and its impacts on firm performance of SCM. Journal of Enterprise Information Management, v.. 22, n. 6, pp.722 – 752, Nov./Dez., 2009.

YIN, R. K. Estudos de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2005.

YOUNGBERG, E.; OLSEN , D.; HAUSERB , K. Determinants of professionally autonomous end user acceptance in an enterprise resource planning system environment.

Documentos relacionados