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A caracterização da complexidade demonstrou que as questões sobre grande número de elementos que interagem dinamicamente, grande diversidade de elementos, variabilidade inesperada forneceram algumas recomendações: Manter um bom nível de investimento em tecnologia; as atividades diárias são muito dinâmicas, não existindo uma rotina operacional fixa, isso proporciona um bom nível de aprendizado para a equipe que deve ser sempre capacitada e atualizada; a variabilidade das atividades são intensas em algumas funções, deve- se buscar soluções que possam reduzi-la. Quanto a resiliência no que tange às folgas para execução das atividades não são muito significativas, mas a segurança das instalações oferece um nível de confiabilidade excelente. Os colaboradores reconhecem que o nível de

complexidade das atividades é elevado, porém os resultados apresentados garantem que a segurança do sistema elétrico obedece ao exigido pelos órgãos fiscalizadores.

A análise de complexidade funcional mostrou que há uma grande interdependência entre as atividades e que o processo de retroalimentação deve ser o mais rápido e exato possível para garantir novas informações e um bom nível de aceitação nas tomadas de decisão. A melhor forma para o controle da variabilidade cosiste no fato de que a equipe responsável esteja o mais preparada possível para responder às ameaças, monitorar o sistema, antecipar-se às ocorrências e sempre divulgar o aprendizado das situações que deram certo, e, quando não ocorrer, investigar o acontecimento procurando a solução e divulgando a informação da solução proposta para que não venha a se repetir.

A caracterização estrutural do processo de operação e controle do sistema elétrico é bastante diversificado, possui uma grande quantidade de funcionários e parceiros envolvidos (agentes). O bom funcionamento do sistema está diretamente ligado a existência de uma harmonia entre as equipes do ONS e dos Agentes.

A avaliação dos potenciais forneceu uma visão de forma geral. Assim, aqueles que são fortes devem ser aperfeiçoados e os que não satisfazem, devem ser tomadas as medidas possíveis para sua evolução.

A análise de correlação apresentou resultados estatisticamente significativos para os potenciais de resiliência e para a complexidade relativa excetuando-se a caracterisitica de resiliência. Quando se associou as duas avaliações para verificação da correlação apresentou o resultado que a grande diversidade de elementos está bem correlacionada com todos os potenciais de resiliência, elementos que interagem de forma direta são fracamente correlacionados para os potenciais de antecipar e aprender e de forma pouco significativa com os demais. A variabilidade inesperada não está correlacionada com os potenciais de resiliência. A tabela 19 apresenta as recomendações práticas em sete colunas: a recomendação em si, dados empíricos que a justificam, etapas do framework que produziram esses dados, como realizar, diretrizes de gestão de SSTC, potencial de resiliência associado e a influência da recomendação sobre a resiliência do sistema.

Tabela 19 - Recomendações, justificatva e influência para resiliência do sistema.

RECOMENDAÇÃO JUSTIFICATIVA ETAPA COMO

DIRETRIZES DE GESTÃO DE SSTC POTENCIAL DE RESILIÊNCIA

INFLUÊNCIA PARA A RESILIÊNCIA DO SISTEMA

Rotatividade de membros das equipes de turno

Variabilidade em função do horário de trabalho, estação do ano ou em função de eventos externos. Etapa 2.1

Incentivar a rotatividade dos membros das equipes fixas com outras equipes que desempenham a mesma função Incentivar a diversidade de perspectivas ao tomar decisões APRENDER E ANTECIPAR

Alcançar trocas de experiência fortalecendo o conhecimento entre todos os membros da equipe de operação em tempo real.

Evitar tomar decisões sem informações consistentes e com credibilidade

Incerteza quanto aos

objetivos. Etapa 2.1

Capacitar o operador e orientá-lo a não tomar decisões sem dados reais

Incentivar a diversidade de perspectivas ao tomar decisões

APRENDER E

RESPONDER Melhora a confiança e a capacidade de solução de problemas

Redução do índice de registro de situações imprevistas

Situações imprevistas com frequência durante a realização das atividades.

Etapa 2.1 Reduzir a variabilidade do processo Apoiar a visibilidade de processos e resultados RESPONDER E

ANTECIPAR Redução da complexidade e preocupação

dos operadores Redução da variabilidade por excesso de responsabilidade de trabalho Pequenas alterações/ variabilidade nas atividades podem gerar mudança significativa no resultado final. Etapa 2.1 Reduzir a variabilidade do processo e orientar o profissional a compartilhar situações que possam comprometer o sistema. Monitorar conseqüências não intencionais de melhorias e mudanças RESPONDER

Uma melhor divisão das responsabilidades, um pequeno acréscimo na equipe aumenta a resiliência, diminuindo-se a variabilidade.

RECOMENDAÇÃO JUSTIFICATIVA ETAPA COMO DIRETRIZES DE GESTÃO DE SSTC POTENCIAL DE RESILIENCIA

INFLUÊNCIA PARA A RESILIÊNCIA DO SISTEMA

Aumento das folgas para execução de atividades

Ausência de folgas para a

execução das atividades Etapa 2.1

Aumentar os recursos e capacitação profissional

Folga de design RESPONDER E ANTECIPAR

Poder realizar sua atividade com garantia de recursos adicionais para a manutenção das atividades no padrão normal operacional aumenta a resiliência do sistema

Uso do modelo funcional do processo utilizando recursos como o FRAM

Trabalho planejado versus

o realizado Etapa 2.2

Procurar aproximar o trabalho planejado do realizado

Folga de design RESPONDER, MONITORAR E

APRENDER

Identificar as diferenças entre o trabalho planejado e o realizado e fazer as devidas adequações.

Uso do modelo funcional do processo utilizando recursos como o FRAM

Trabalho planejado versus

o realizado Etapa 2.2

Entender as ativividades críticas do processo

Folga de design RESPONDER, MONITORAR E

APRENDER

Identificar as diferenças entre o trabalho planejado e o realizado e fazer as devidas adequações.

Compreender a caracterização estrutural da empresa

Compreender como a empresa e seu processo de trabalho funcionam

Etapa 2.3

Utilizar o FRAM para a caracterização estrutural Monitorar e entender a lacuna entre trabalho imaginado e trabalho realizado APRENDER E RESPONDER

Conhecer o processo e quem é o responsável por cada uma de suas etapas melhora a resiliência Desenvolver o potencial “Responder” Melhorar o potencial responder Etapa 3.1 Facilitar o trabalho cotidiano para o profissional possa responda de forma eficaz as ocorrências. Incentivar a diversidade de perspectivas ao tomar decisões. RESPONDER

Melhorar o potencial de resposta da equipe e consequentemente da organização.

RECOMENDAÇÃO JUSTIFICATIVA ETAPA COMO DIRETRIZES DE GESTÃO DE SSTC POTENCIAL DE RESILIENCIA

INFLUÊNCIA PARA A RESILIÊNCIA DO SISTEMA Desenvolver o potencial “Monitorar” Melhorar o potencial monitorar Etapa 3.1 Compreender a variabilidade do processo para que se possa realizar a avaliação de riscos e monitorá-la Incentivar a diversidade de perspectivas ao tomar decisões. RESPONDER E MONITORAR

Como na atividade de operação, supervisão e coordenação de sistemas elétricos podem acontecer situações imprevisíveis, a capacidade de resposta é totalmente dependente de uma boa condição de monitoramento. Um bom monitoramento fornece condições para se preparar uma forma de responder.

Desenvolver o potencial “Antecipar” Melhorar o potencial antecipar Etapa 3.1 Desenvolvimento do conhecomento para melhorar a experiência das atividades. Estágios periódicos em outras sedes da corporação. Incentivar a diversidade de perspectivas ao tomar decisões. RESPONDER E ANTECIPAR

Situações imprevisíveis irão acontecer no processo de operação do sistema elétrico, a capacidade de antecipação é dependente de uma boa condição de monitoramento e experiência profissional que manterá a equipe em alerta Desenvolver o potencial “Aprender” Melhorar o potencial aprender Etapa 3.1 Divulgar o conhecimento e experiências aos membros de todas as equipes. Investimento no orçamento anual para capacitação e treinamento

Apoiar a visibilidade de processos e resultados

APRENDER O aprendizado com os acontecimentos

diários é importante, pois fortalecem a capacidade de responder e monitorar. Reforçando que todo conhecimento só tem valor quando for disseminado. capacidade de responder e monitorar.

RECOMENDAÇÃO JUSTIFICATIVA ETAPA COMO DIRETRIZES DE GESTÃO DE SSTC POTENCIAL DE RESILIENCIA

INFLUÊNCIA PARA A RESILIÊNCIA DO SISTEMA

Redução dos elementos que interagem de forma dinâmica

Reduz a complexidade ruim

Etapa 4 Reduzir a quantidade de envolvidos no processo simultaneamente.

Folga de design RESPONDER Redução da interação dos elementos

reduzirá a ação reativa da equipe

Grande diversidade de Elementos

Aumenta a complexidade boa

Etapa 4 Capacitar a equipe para lidar com essas situações.

Apoiar a visibilidade de processos e resultados RESPONDER E ANTECIPAR

Os potenciais de resiliência aumentaram, pois, a equipe tem a tendência a se preparar para enfrentar essa caracterisitca e consegue se adaptar. Variabilidade inesperada Aumenta a complexidade Etapa 4 Procurar reduzir situações

que causam aumento da variabilidade

Folga de design RESPONDER Enfraquece os potenciais de resiliência,

quanto menor melhor para o sistema

Apoiar a visibilidade de processos e resultados

Reduz a complexidade ruim

Etapa 4 Incentivar a divulgação das informações e experiências vivenciadas ao demais membros da equipe. Apoiar a visibilidade de processos e resultados RESPONDER E MONITORAR

Redução de práticas informais, pois podem abranger inovações úteis ou riscos latentes. A visibilidade deve permitir o monitoramento do desempenho em tempo real e o compartilhamento livre de informações

Folga de design Reduz a complexidade ruim

Etapa 4 Aumentar elementos e investimentos que garantam o aumento da folga necessária para desempenhar as funções

Folga de design RESPONDER As folgas para execução das atividades,

não são muito significativas, mas a segurança das instalações oferece um nível de confiabilidade excelente.

Fonte: Autor

RECOMENDAÇÃO JUSTIFICATIVA ETAPA COMO

DIRETRIZES DE GESTÃO DE SSTC POTENCIAL DE RESILIENCIA

INFLUÊNCIA PARA A RESILIÊNCIA DO SISTEMA Incentivar a diversidade de perspectivas ao tomar decisões Aumenta a complexidade boa

Etapa 4 Incentivar a divulgação das informações e compartilhar situações que possam ter impacto no processo Incentivar a diversidade de perspectivas ao tomar decisões RESPONDER E ANTECIPAR

Aumentar a confiança da equipe e uma maior participação dos colaboradores nas decisões aumenta a confiança e a resiliência.

Monitorar e entender a lacuna entre trabalho imaginado e trabalho realizado e Avaliação dos POP Aumenta a complexidade boa Etapa 3.2 e Etapa 4 Procurar aproximar o trabalho planejado do realizado com atualização dos procedimentos com a participação dos executores das atividades. Monitorar e entender a lacuna entre trabalho imaginado e trabalho realizado. RESPONDER E APRENDER

Tornar os procedimentos operacionais mais claros e com descrições que facilitem a sua utilização por quem for utilizá-los e buscar a maior aproximação do trabalho planejado com o realizado. Dessa forma a equipe fica menos ansiosa e aumenta a resiliência. Monitorar conseqüências não intencionais de melhorias e mudanças Aumenta a complexidade ruim

Etapa 4 Toda situação vivenciada deve ser descrita e compartilhada. Monitorar conseqüências não intencionais de melhorias e mudanças

APRENDER Melhorias e mudanças interagem entre si

e com o ambiente, e isso cria oportunidades para conseqüências não intencionais (Perrow, 1984). Essas conseqüências podem ser benefícios, problemas, falhas ou custos associados à intervenção, portanto reduzindo a resiliência

5 CONCLUSÕES