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5. UM OLHAR SOBRE OS TELEJORNAIS

5.4 ROTINAS E TECNOLOGIA

5.4.2 Rede Globo

Nas relevâncias dos portais do grupo no fazer telejornalístico na Rede Globo percebe-se que os grupos de comunicação precisam de um veículo de comunicação que atenda a demanda de informações que se apresenta cada vez mais rápida, catalisadas pelas tecnologias pulverizadas na sociedade. Contudo, abre-se a perspectiva de que na ampla quantidade de informações distribuídas nas sociedades liberais democráticas, por meio das mídias digitais, perceber a necessidade de credibilidade destas mesmas informações. São nestes pontos que se inserem os portais dos grupos de comunicação:

Com o avanço da internet, você tem que ter um veículo que possa competir com as informações. Hoje você vê acontecendo alguma coisa, você já filma com o celular imediatamente. É espontâneo! A diferença que há é entre a agilidade e a seriedade. Televisão tem que ter por obrigação, inclusive por respeito ao telespectador, e também ao personagem, tem que ter a convicção a confirmação de que aquilo aconteceu, então todo mundo: - ah! eu vi logo na internet! Você viu na internet, mas não viu com seriedade. Todo veículo tem seu portal que é exatamente para competir, para informar mais rápido e mais amplamente. Você vê no Jornal Nacional, ou Jornal Hoje, porque ali tem informação completa (Repórter de Rede Globo Nordeste, em entrevista concedida para esta pesquisa).

A agilidade de distribuição dos portais nos grupos permite uma reorganização de distribuição dos factuais, tendo o portal como saída prioritária. “Se a gente está como informação na mão. A gente joga! O fatual entra primeiro no G1, porque é para onde vai para o mundo. Estou falando das notícias fatuais. As investigativas, aí ainda, de alguma forma, prevalecem o modelo anterior” (Chefe de Redação da Globo Nordeste, em entrevista concedida para esta pesquisa). A equipe portal G1 coopera com as equipes dos telejornais na cobertura dos fatos do dia, bem como na sugestão de cobertura e compartilhamento de imagens.

Em alguns momentos tem a equipe da TV lá. A equipe do G1 está em outros pontos da cidade. O G1 liga para o repórter da TV, pergunta como estão as coisas por aí onde você está. Aí o repórter descreve. A gente também liga para os repórteres do G1 - onde eles estão, como é que estão as coisas por aí? Então às vezes o repórter do G1 consegue registrar alguma coisa, mesmo que não seja com imagem, mas passa a informação para a gente. Então, há uma troca de informações mútua do telejornal como o G1 (Apresentadora do NETV 2ª edição , em entrevista concedida para esta

pesquisa).

Entre as equipes do portal e da TV existem uma colaboração produtiva e uma proximidade física pela configuração da própria redação, espaços integrados, que favorecem a naturalização da integração das rotinas produtivas entre meios.

Com relação aos portais do G1 e GE já há uma proximidade física, o espaço físico integra G1, Ge, TV e outros setores. As equipes são diferentes, são separadas, mas eventualmente, quando existem outras atividades paralelas, a gente repassa as sugestões de pauta ou recebe também. Às vezes vem do próprio GE.com ou do G1, alguma sugestão. Por exemplo, acontece um acidente no centro da cidade, a equipe de reportagem da TV está indo fazer, mas aí a equipe do G1 já tem outras ocupações, e aí o que acontece? O repórter com os celulares, que os celulares corporativos têm o recurso de gravação de vídeos ou tirar fotografias. Então, ele registra aquele evento e envia para a redação do G1, por exemplo, e isso já otimiza o tempo e o pessoal do G1 consegue publicar com a fotografia de um repórter da TV (Coordenador de Jornalismo do G1 e GE, Chefe de redação do departamento de Jornalismo de TV, Editor e Apresentador do ABTV 2ª edição, em entrevista concedida para esta pesquisa).

O portal G1, pela proximidade nas redações da rede televisiva, além da colaboração, acaba desafiando e alterando a produção noticiosa nas redações da TV.

Nos G1s locais já é outra dinâmica, eles trouxeram para nós a urgência de se apurar com cuidado, claro, de conseguir manter atualizada aquela informação. Porque antes na TV tinha até uma certa comodidade, o material gravado, qualquer coisa você coloca na nota pé ou coloca na cabeça. Hoje não! Aquela coisa o G1 já deu, cancela o que tem, esquece o que gravou, vai lá e grava um stand-up e devolve com a informação mais atualizada possível. Talvez o G1 consiga se aprofundar um pouco mais, porque a TV acaba sendo guiada pelo fatual e talvez alguns segundos de arquivos que a gente coloque ali na reportagem, para contextualizar. A gente ainda tem a limitação do feed que é oferecido para o local (Editor e Apresentador do

ABTV 1o edição da TV Asa Branca, Editor e Apresentador do jornal das 7 da Globo

FM, em entrevista concedida para esta pesquisa).

Os portais compartilham a mesma redação dos telejornais em rede, mas possuem linhas editorias diferentes, mesmo nos momentos de colaborações entre meios digital e televisivo.

Tem o "Vc no G1" que é a ferramenta colaborativa, que quando as pessoas mandam informações que não são da nossa linha editorial a gente encaminha para redação da TV Asa Branca. A gente não conseguiu ainda entrar totalmente no telejornal. O jornalismo da TV Asa Branca vem sofrendo algumas modificações de estética e de linha editorial. Tiveram algumas modificações e nossa linha editorial é diferente, e está muito mais veiculada a central em São Paulo, do que aqui. Apesar de a gente ter nossa linha editorial vinculada ao Grupo Nordeste de Comunicação. Por exemplo, os links que aprecem nos telejornais da TV Asa Branca têm que ser do G1, é uma recomendação da Globo Nacional. Quando se precisa de uma informação a mais, a redação do telejornalismo fala com a redação do portal, a gente faz um trabalho em conjunto e prepara uma matéria para o portal, que tenha mais informações complementares à matéria da TV (Editor e Repórter do G1, em entrevista concedida para esta pesquisa).

Na relevância do portal G1, no fazer telejornalístico na Rede Globo, encontra-se na necessidade de se ter um veículo que atenda a demanda de informações de rápida distribuição, em um cenário de ampla tecnologia digital. A velocidade de distribuição e disponibilidade dos conteúdos nos portais colabora para a reorganização da prioridade da distribuição dos factuais, nos grupos de comunicação que formam as redes televisivas, conservando a credibilidade ou relação de confiança. Outro fator significativo é o compartilhamento do espaço físico da redação com o G1, que contribui para criar desafios e colaborações nas rotinas produtivas, que coloca gradativamente o perfil de profissional polivalente multimídia. Entretanto, as linhas editorias do veículo televisivo e o digital são diferentes na construção das notícias, podendo caminhar para uma divergência entre meios.

Na abordagem das ferramentas tecnológicas nas rotinas produtivas na Rede Globo evidencia-se a utilização de smartphones, tablets e as redes sociais na produção noticiosa:

(Na redação) usa o telefone celular, o telefone fixo e a Internet. Agora o whatsapp, a gente está usando bastante, porque quando a gente precisa de fotos das polícias que eles não têm como mandar por e-mail, eles mandam pelo whatsapp e até de telespectadores mesmos, que querem sugerir algum problema. Às vezes tem um número de alguém aqui da redação que manda uma foto pelo whatsapp, para que se possa entender como é o problema. Facilita até para a apuração antes de fazer a matéria, para a gente visualizar aquele problema (Coordenadora de Produção e Reportagem da TV Asa Branca, em entrevista concedida para esta pesquisa). As redes sociais são utilizadas como canais digitais de interação entre o fazer produtivo na redação do telejornal e as fontes.

abrangência, e quando não tem alguém que conhece um policial, que recebe e que envia para gente. O whatsapp, eu acho que é a ferramenta mais poderosa que está sendo utilizado ultimamente. (Ainda há a busca de) blogs na região, sites na região, e perfis e sites de prefeitura, assim é basicamente essas (ferramentas): facebook, twitter, whatsapp e celular. O facebook eu olho pelas hastagh, se está acontecendo algo, com o nome da cidade, o nome do município para ver se estão falando algo (Editor e Repórter do G1, em entrevista concedida para esta pesquisa).

Considerando as ferramentas tecnológicas no fazer telejornalístico, na Rede Globo, como smartphones, tablets e as redes sociais, contribuem para uma aproximação maior entre a redação e as fontes. Neste sentido, a adoção das ferramentas tecnológicas, refere-se à configuração das mesmas como canais de interação entre os jornalistas na redação e os repórteres nas ruas, bem como, entre a redação e o telespectador, no compartilhamento de conteúdos, além de fontes oficiais, como as policiais. Tal adoção, de caráter sócio-técnico, no processo de construção da notícia, por meio de canais, altera o modo de interação e proximidade entre as equipes, as fontes oficiais e o público.

Nas buscas por atualizações tecnológicas na Rede Globo apresentam-se algumas formas de atualização na aquisição de artefatos tecnológicos: “O setor de engenharia sempre participando das feiras internacionais, Feira de Las Vegas - além de receber da Sony (sugestões). Eles (setor de engenharia) sabem o tipo de drone que deve ser usado, eles estão sempre atualizados com o que há de mais moderno” (Repórter de Rede da Globo Nordeste, em entrevista concedida para esta pesquisa). Embora existam setores nos grupos de comunicação que busquem com mais frequência inovações tecnológicas, a própria rede oferece cursos de atualização para os profissionais, de forma discreta.

Como a Asa Branca é uma afiliada, a Rede Globo tem um sistema de treinamento: Projeto Uniglobo. Ele está ligado às várias atividades que fazem parte do dia a dia da emissora. Então, no Uniglobo tem cursos oferecidos anualmente para os jornalistas. Então, de certa forma, vai renovando o aprendizado, trazendo novos entendimentos também a respeito da prática da profissão. (Entretanto) não há uma orientação sobre atualização das ferramentas. Eu acho que são apresentadas algumas alternativas, mas ainda não chegou a um apontamento, tanto nesta parte de treinamento, em relação à rede, quanto à própria emissora, de que o profissional deve ou não utilizar este ou aquele elemento tecnológico para otimizar a produção (Coordenador de Jornalismo do G1 e GE, Chefe de redação do departamento de Jornalismo de TV, Editor e Apresentador do ABTV 2ª edição, em entrevista

concedida para esta pesquisa).

Em geral, as próprias rotinas produtivas estão abertas a experimentos, que acabam gerando experiências positivas e podem ser repetidas em outras situações, em uma tendência de tentativas.

A gente criou um grupo no whatsapp para trocar informações mais rápidas entre produção e reportagem e acaba agilizando muito. Ontem mesmo começou com um

tablet dentro do estúdio para acompanhar os comentários nas redes sociais, do que se fala no ABTV. A gente tem uma determinação da Globo de não poder citar o nome. Já a Central Globo de Produção tem uma maior liberdade, a Central Globo de Jornalismo não. A gente encontrou uma maneira de utilizar, não chama em momento algum de twitter ou facebook, chamamos de redes sociais. Mas quando eu peço para colocar uma Hastagh, eu já direciono o público para determina rede social, e em dois dias tivemos um número bem interessante. Acho que é uma troca, a empresa provoca isso na gente, e a gente também tenta provocar isso na empresa, uma maior liberdade de uso. A gente está conversando para que apesar da limitação que a Globo impõe, , porque ela tem muito cuidado com os usos das redes sociais, no âmbito nacional. Ela foi uma das últimas (redes televisivas) a ir liberando nos programas (Editor e Apresentador do ABTV 1ª edição da TV Asa Branca, Editor e Apresentador do jornal das 7 da Globo FM, em entrevista concedida para esta pesquisa).

No que se refere à busca por atualização tecnológica na Rede Globo, evidenciam-se algumas ações realizadas pelo próprio setor de engenharia da Rede, que contribuem para atualização da estrutura tecnológica dos grupos que compõem a rede televisiva. Contudo, no que se refere aos treinamentos do profissional propriamente dito, a rede oferece alguns cursos de atualização de forma discreta, em que atualização é mais focada no estrutural do que no profissional. Observa-se que nas próprias rotinas cotidianas de construção da notícia, são feitos experimentos com adoção de ferramentas digitais, que acabam colaborando para o aprimoramento tecnológico no fazer jornalístico.

As mudanças nas rotinas nos telejornais evidenciam a aceleração da produção e o uso de redes sociais como ferramenta de integrar as redações e as equipes de repórteres nas ruas, em um fazer polivalente funcional:

A informação mais imediata, esta capacidade, eu acho que é a questão de agilizar. Por exemplo, uma equipe sai para cumprir uma pauta, no meio do caminho tem um outro fato, então ele viu e fotografa, e manda pelo whatsapp. Já é algo relevante por que já vai ser uma prestação de serviço para aquela comunidade, esta capacidade de conseguir fazer mais de uma atividade ao mesmo tempo, o repórter não se deve ater apenas aquela pauta, que ele saiu da redação para cumprir é algo positivo (Coordenador de Jornalismo do G1 e GE, Chefe de redação do departamento de Jornalismo de TV, Editor e Apresentador do ABTV 2ª edição, em entrevista concedida para esta pesquisa).

Na rotina produtiva existe cada vez mais o uso de estruturas digitais, como canais de interação com o público, por onde ocorre sugestão de pauta; e com os canais de integração, que possibilitam a oferta de reportagem para os telejornais da rede televisiva.

A gente começa o dia vendo o que tem na internet. Então, hoje ela é fundamental, principalmente por conta dos e-mails, porque a gente recebe muitos e-mails, muitas sugestões legais de pautas surgem por e-mail. A gente manda por e-mail, às vezes manda até a imagem por e-mail (para o Jornal Nacional) do problema para que eles possam visualizar, e aí, a gente liga para reforçar que mandou o e-mail e para ter um retorno (Coordenadora de Produção e Reportagem da TV Asa Branca, em entrevista concedida para esta pesquisa).

As tecnologias móveis e os sites de busca também são utilizados como fontes de informações para a construção de pautas. “Altera demais, e altera para melhor. Porque todos nós fazemos uso de internet e de celulares. Eu vivo fazendo matérias especiais no Brasil ou fora. Eu recebo e-mail diariamente com sugestão de pauta, e aí é só pesquisar no google. Além do e-mail o contato com as pessoas é por telefone” (Repórter de Rede da Globo Nordeste, em entrevista concedida para esta pesquisa). As tecnologias aplicadas às rotinas produtivas como fator de otimização do fazer jornalísticos, para equipes nas redações, e nas relações de interação entre redação e os repórteres nas ruas.

Você consegue produzir mais, a informação chega mais rápido, hoje com o microfone se adapta ao Iphone e se pode gravar o off pelo Iphone, e mandar pela internet. A gente comprou câmeras menores para eles (repórteres) terem na frente (dos carros). São câmeras que nos ajudam a tornar o noticiário cada vez melhor e mais próximo do que acontece na cidade. Nós temos a GoPro, a gente tem ferramentas de vídeos, as facilidades do celular, as facilidades do e-mail. Eu sou do tempo do telex, passei pelo fax, então o e-mail, ele facilita a vida porque as pessoas respondem com uma riqueza de detalhes que às vezes no telefone poderiam ter incorreções. O celular facilita muito você pode ouvir as pessoas onde elas estiverem. Antigamente você passava texto pelo telefone, hoje você leva seu computador, manda, e a equipe recebe aqui já o texto, já pode ir adiantando a página, crédito e reportagens (Diretora de Jornalismo da Globo Nordeste, em entrevista concedida para esta pesquisa).

A adoção das tecnologias digitais vem substituindo procedimentos e canais de integração mecânicos e analógicos nas rotinas produtivas no jornalismo televisivo. Tais adoções, algumas vezes refletem na redução de custos operacionais, no tamanho das equipes que operam os artefatos tecnológicos, na construção das notícias.

A gente trabalhava com máquina de escrever, então os scripts eram datilografados em quatro vias. Era um teleprompter de esteira, a gente colocava as páginas na esteirar e uma lente jogava no espelho para o apresentador. As ilhas de edição, na época a TV Pernambuco, final da década de 80, possuíam uns equipamentos U- matic, com fitas magnéticas. Deste o começo da televisão, da máquina de escrever, a gente já tinha xerox na redação, tínhamos a comunicação entre as emissoras como telex. Depois, eu fui para a TV Manchete na TV Tribuna. Houve a chegada do sistema Betacam de fita magnética. E qual era a interferência? Você diminuía um componente na equipe de reportagem. Porque no U-matic, tinha o cinegrafista com a câmera no ombro e do lado dele tinha que andar uma outra pessoa com um gravador a tiracolo, que era onde a fita ficava, pois a fita não estava no corpo da câmera, os cabos para manter o gravador ficavam em uma mala muito pesada. No sistema seguinte, a fita já faz parte do corpo da câmera, e aí a gente usava o sistema Betacam e Hi-8. Isso dava uma agilidade maior para o cinegrafista se locomover. Com um pouco mais de agilidade já interferia nas matérias. Porque as fitas tinham uma duração maior, (permitia) gravar uma matéria em uma multidão, a gente tinha muito mais mobilidade, é fato. Os primeiros sistemas de redação de texto já eram no computador na primeira metade da década de 90. Hoje, ninguém usa mais fita, há algum tempo mudou para disco. O disco já fechou porque agora é o cartão de memória. Então, está tudo indo muito rápido (Chefe de Redação da Globo Nordeste,

em entrevista concedida para esta pesquisa).

Os canais digitais de interação com o público também vêm se alterando com as mídias digitais, amplia-se a colaboração da sociedade, mas ainda refletem uma adoção de caráter experimental das mídias digitais, nas rotinas produtivas noticiosas.

Antigamente as pessoas participavam também, mas elas recorriam ao telefone e nem todo mundo tinha telefone em casa, então era por orelhão, então era assim que eram passadas as informações (de sugestão) das pautas, que eram passadas para a redação. Com o advento da internet, facilitou muito. As pessoas se sentem mais próximas, ainda não há, eu acredito, nos telejornais, uma participação mais efetiva, eu digo direta dos telejornais, durante a exibição do telejornal. No panorama geral dos telejornais, acho que estão existindo testes, há ainda um ambiente experimental (Coordenador de Jornalismo do G1 e GE, Chefe de redação do departamento de Jornalismo de TV, Editor e Apresentador do ABTV 2ª edição, em entrevista concedida para esta pesquisa).

Ferramentas digitais como as redes sociais colaboram para a interação da redação com o público, bem como alterações nas rotinas produtivas, na indicação de temas para compor as pautas, como sugestão indireta.

Como a informação hoje circula de maneira mais fácil, e a rede social interferiu nisso, indiretamente como sugestão de pauta, mas não é uma sugestão direta. Muitas pessoas sugerem diretamente, eles marcam seu perfil e dizem: - vai render muito uma reportagem na minha comunidade, para mostrar tal coisa. Então é neste sentido, porque a gente tem muito cuidado, a gente não sai replicando o que a gente vê (Apresentadora do NETV 2ª edição, em entrevista concedida para esta pesquisa).

Os Blogs também colaboram para alterações das rotinas produtivas, no sentido dos desafios que os mesmos apresentam às mídias tradicionais.

Com a chegada destes blogs, o rádio a gente já sabe que ele tava no fato, primeiro que os outros veículos, mas eu acho que os blogs estão ganhado muita força e o que acontece com a expansão destes blogueiros, é eles estarem lá na noticia assim como no rádio. Então, eu acho que a agilidade destes outros veículos de comunicação obriga o telejornalismo a ter uma agilidade maior (Coordenadora de Produção e Reportagem da TV Asa Branca, em entrevista concedida para esta pesquisa). Na produção da notícia nos meios de base digital contribui como fator de aceleração dos processos nas redações.

A internet, banda larga, foi que a gente começou realmente a trabalhar com informações vindas da internet e isso para mim foi a principal mudança. Foi o que