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Reencarnação missionária

No documento 7030265 Umbanda a ProtosIntese cOsmica f (páginas 73-75)

EVOLUÇÃO NO PLANETA TERRA

ZONA SUBCROSTAL INFERIOR

A. REENCARNAÇÃO DO SER ESPIRITUAL COM O CORPO

C.2. Reencarnação missionária

Como o próprio nome está dizendo, o Ser Espiritual que reencarna nessa condição o faz

debaixo de uma séria missão, missão essa de âmbito grupai e coletivo diante da coletividade kármica afim. Diante de sua coletividade sempre está muito avançado em conhecimentos e sentimentos, por isso é o líder natural, embora a maioria deles assim não se qualifique, achando-se na verdade igual aos demais do grupo ao qual pertença. Esses Seres Espirituais são possuidores de uma excelsa modéstia, aliás nem cogitam da soberba; agem de forma natural, seus atos não são forçados nem estereotipados. Isso o diferencia dos demais, as suas ações são sempre muito naturais e verdadeiras. Seus ideais visam o bem comum, não estão interessados na projeção pessoal. Ao contrário, esquivam-se polidamente de qualquer movimento nesse setor. Assim como para muitos fere o desdém alheio, para eles fere o elogio ou a gratidão. Não estamos afirmando com isso que são Seres Espirituais perfeitos. Não, não o são, mas estão próximos da perfectibilidade relativa aos seus planos afins. Quando encarnados, estão sempre em posição de comando vibratório e isso não é imposto. Ao contrário, os outros é que os aclamam naturalmente e se assim não fazem, pelo menos respeitam-nos, na certeza de estarem ouvindo a voz de um grande instrutor, embora eles, mais uma vez frisamos, se julguem apenas iguais. A sua conduta não difere dos demais. Às vezes poderia até ser diferente, mas para evitar o "endeusamento" e a figura extrema e prejudicial do mito, agem igual aos demais. Têm os mesmos desejos, têm os mesmos anseios, os mesmos obstáculos, as doenças às vezes os incomodam, têm dissabores, como também seus próprios desencontros afetivos e emotivos. Mas aí é que está o valor desses missionários, pois mesmo sendo iguais a todos, até nos problemas do dia-a-dia, conseguem ser instrutores dos demais. Todos são possuidores de um penetrante intelecto, o qual está atenuado a fim de não ferir outros seus irmãos não tão aquinhoados neste plano. Têm profundos conhecimentos filosóficos, os quais procuram colocar em prática. São, é claro, Seres Espirituais experientes, mormente nos Conceitos e Princípios da Lei Divina. Com isso, afirmamos que o verdadeiro missionário não diz que o é. Falam mais alto seus exemplos do que suas palavras. Embora sejam Seres Espirituais em reencarnação missionária, com toda a assistência astral e espiritual que merecem, não estão isentos dos entrechoques vibratórios

por correntes de pensamentos inferiores emitidas por Seres Espirituais, quer encarnados ou desencarnados, despeitados e contrariados por aquela reencarnação missionária. Assim, muitos deles às vezes padecem de patologias insidiosas, muito principalmente no seu sistema cardiovascular, através dos sucessivos choquês vibratórios em seu aura e dos choques emocionais devidos a contrariarem profundamente as ações negativas que se atiram sobre eles.

E claro que os mesmos têm potentíssimos meios de se autodefender, e até de emitir certas classes de formas-pensamento coágulo-elementais, os quais formam verdadeiro cinturão magnético de defesa e ataque se necessário, numa espécie de dardo vibratório magnético que contunde o atingido na forma de praticamente paralisar sua vontade e sua ação. Esse artifício é muito usado pelo Ser Espiritual superior, quer seja ele na Umbanda um Orisha Intermediário (vide Capítulo XI) ou Guia, o qual, quando desce em compromisso ou missão às regiões do submundo astral, às vezes se vê obrigado a utilizar esse artifício mágico. E uso da magia astromental, a qual é movimentada pela vontade, projetando-se no alvo através da matéria astral. Alguns Exus Guardiães, Emissários da Luz para as Sombras, também usam esse artifício e outros mais contundentes. Mas voltando ao ser Espiritual cuja reencarnação é a missionária, é o mesmo detentor de grandes créditos e somente está encarnado em virtude de seus altos sentimentos de fraternidade espiritual pelos seus irmãos menos esclarecidos.

Muitos deles trouxeram grandes contribuições para as Ciências, visando melhorar o nível de vida do Ser Humano e de sua saúde; outros mudaram através de sua forma de pensar a atitude de muitos, isso no campo da filosofia; outros surgiram na política e nas ciências sociais, visando a um equilíbrio maior entre os segmentos e as classes sociais; outros nas artes e nos esportes, todos visando atrair as massas e com elas caminhar para novos padrões conscienciais;

em suma, que a grande massa avance na senda da evolução.

Em todos os setores religiosos eles têm surgido, na ânsia de incrementar o progresso e a evolução de seus confrades. Não poderia, no Movimento Umbandista, ser diferente. Na atualidade, temos raros desses médiuns que chamamos de "médiuns de karma missionário". Os conceitos que expressam em seus humildes "terreiros", "tendas" ou "cabanas", estão muito à frente da grande massa umbandista. Seus terreiros não são em geral locais de grandes massas, atingem as massas populares através da literatura consciente e que tem o verdadeiro aval da Cúpula da Corrente Astral da Umbanda. Além de suas obras serem esclarecedoras e orientadas, se pautam nos profundos conhecimentos do mediunismo, da Doutrina Secreta de nossa Corrente, do magismo em sua mais pura essência. O médium de karma missionário é também, dentro de seu grau, um médium-magista, o qual sem dúvida tem a assistência direta de um Orisha Intermediário ou vários. Sua mediunidade se prende mais aos aspectos mais sutis, tais como sensibilidade psicoastral, psicometria astrofísica e clarividência, além de ser versado nas artes divinatórias, ou seja, ter conhecimentos positivos sobre a astrologia esotérica, quiromancia e sobre a arte de movimentos, através de um sistema fixo e outro móvel, aquilo que ficou vulgarizado como manipular magicamente os búzios ou o mais profundo em suas raízes, as quais veremos mais adiante, o OPONIFÁ — com os coquinhos de dendê.10 Na verdade, esse sacerdote, com todos os

conhecimentos conquistados através de profunda maturação espiritual em várias encarnações, é que realmente recebe a outorga do Astral, nas Ordens e Direitos de Trabalho. Em outras palavras, os direitos no magismo e mediunismo foram adquiridos através de várias experimentações, sendo pois um direito conquistado. As Ordens ou a Ordenação vêm na época certa, através de seu próprio "Guia Superior", que é um MAGO filiado à

10. O OPONIFÁ é um instrumento oracular originário do Planalto Central Brasileiro, do seio da Raça Tupy, que depois substituiu o instrumento oracular e os "coquinhos" (que não eram de dendê) pelas itapossangas, tembetás e itaobymbaés colocados dentro de uma cabaça, no chamado

Mbaracá. Em terras etíopes e egípcias, e depois persas, é que surgiu o dendê, e de lá veio para o Brasil. Hoje, no Brasil onde nasceu, sabemos que

alguns raríssimos Filhos de Umbanda manipulam o verdadeiro oponifá com os 21 dendês em um tabuleiro especial, pois na África o mesmo já não existe mais; o que restou foram alguns Sacerdotes, que conhecem uma porção de historietas, os Itanifá, mas que, em verdade, só acertam mesmo pela intuição...

CONFRARIA DOS MAGOS BRANCOS, o qual se

responsabiliza pelo seu adepto, que por ora se encontra encarnado. Após o desencarne, esses médiuns retornam, após períodos variáveis, às suas Escolas de Iniciação do Astral Superior. É por tudo isso que, no passado distante e glorioso, em pleno seio da Raça Vermelha, depois estendido para a África (no Egito) e Ásia (na Índia), o Sacerdote que possuía esse Grau de Iniciação era chamado de BABALAWO. O vocábulo baba'awô, que por alterações fonéticas e semânticas é vocalizado como

babalawo, significa PAI DO MISTÉRIO ou

SACERDOTE DO MISTÉRIO. Em outro capítulo, deixaremos clara a semântica desses termos, que infelizmente hoje perderam sua verdadeira função.

Ao terminarmos, precisamos informar que esses médiuns missionários são raríssimos. Dentre aqueles que passaram pelo planeta, citaremos o cavalo do

Caboclo 7 Encruzilhadas — o Filho ZÉLIO

FERNANDINO DE MORAES, o qual astralmente, não materialmente, preparou para a Umbanda de RAIZ, para a verdadeira Umbanda, o advento do PAI GUINÉ DE ANGOLA, mano de Corrente que, através de seu médium, WOODROW WILSON DA MATTA E SILVA, deu nova fisionomia para o Movimento Umbandista, levantando véus importantíssimos para o porvir. Suas obras levarão de 30 a 40 anos para serem totalmente assimiladas pela grande massa umbandista. Mas é inegável que, de 32 anos até hoje, os conceitos expressos pelo Filho Matta e Silva fizeram e fazem Escola, sendo no momento da literatura umbandista o que a Corrente Astral de Umbanda recomenda para aqueles que querem conhecer uma Umbanda sem mitos e sem fantasias. De forma alguma estamos menosprezando outros autores encarnados; a todos eles nosso carinho e compreensão, mas no que tange ao Movimento Umbandista, dentro de sua real pureza, o que mais alcançou, não há dúvidas, foi o Filho Matta e Silva, e só.

D. REENCARNAÇÃO DO SER

No documento 7030265 Umbanda a ProtosIntese cOsmica f (páginas 73-75)