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Capítulo II | Dimensão Investigativa

Anexo 13 Reflexão XI da Prática Pedagógica em contexto de 1º CEB

Durante esta semana saliento as propostas que, para mim, foram mais ricas de aprendizagem. No primeiro dia, a colega trabalhou com os alunos na área do Estudo do Meio, proporcionando-lhes a realização de algumas experiências que tinham como objetivo conhecer as características dos materiais e classifica-los de acordo com essas mesmas características. Na minha opinião, estas experiências deviam ter sido feitas em pequenos grupos. Penso que teriam sido mais enriquecedoras em termos de conhecimento pois considero importante que os alunos, contactem com os materiais e os experimentem/explorem com as suas próprias mãos, observando os resultados e formando a sua própria opinião de acordo com as conclusões a que chegaram. De seguida, acho que teria sido mais interessante provocar o diálogo com os alunos no sentido de partilharem as suas observações e discutirem, por grupos, os resultados a que tinham chegado. O registo podia ter sido feito através da escrita ou até de ilustrações com as respectivas legendas. Deste modo, penso que nem todos os objectivos foram cumpridos, pois na minha opinião, os alunos não tiveram a oportunidade de assumir uma atitude permanente de pesquisa e experimentação tal como planeado. No entanto, penso que os alunos chegaram ao objetivo principal proposto pela colega que pretendia que as crianças identificassem as propriedades dos materiais.

De acordo com o Currículo Nacional do Ensino Básico (2007) “no 1º ciclo, o professor deve proporcionar aos alunos oportunidades de se envolverem em aprendizagens significativas – isto é, que partam do experiencialmente vivido e do conhecimento pessoalmente estruturado – que lhes permitam desenvolver capacidades instrumentais cada vez mais poderosas para compreender, explicar e actuar sobre o Meio de modo consciente e criativo”.

À tarde, a colega trabalhou com os alunos no projeto que está desenvolver com a turma. Assim, levou um mapa previamente feito e foi colando alguns cartões com os animais que vivem em África, Rússia e Portugal, pois já tinham trabalhado numa das aulas anteriores. Penso que esta proposta poderia ter sido mais bem explorada, uma vez que não são só animais que podemos encontrar nestes países. Acho que, aqui, também se podia ter feito referência às comidas, trajes e tradições destas culturas, representando-as também em cartões e colando nos países estudados. Acho que teria sido, também, relevante abordar as bandeiras destes países e, por curiosidade, ouvir os seus hinos. No dia seguinte, e com o objetivo de, durante a manhã, rever alguns conteúdos estudados durante o ano, a colega levou um jogo, à semelhança do Trivial para adultos. Para este jogo fizemos uma série de cartões com questões nas áreas do Português, da Matemática e do Estudo do Meio, com base nos manuais estudados. Na minha opinião, acho que as regras do jogo não foram bem claras aquando da sua apresentação. No entanto, com o decorrer do jogo, os alunos foram percebendo a sua dinâmica. Além disso, penso que seria mais interessante e justo, para os alunos, serem eles a escolher os cartões e não a estagiária, pois mesmo sem querer tinha tendência para escolher a questão selecionada. Durante o jogo, pude verificar que os alunos, por vezes, têm dificuldade em partilhar a resposta que consideram certa com os seus colegas de grupo, pelo que é importante incutir, nestas crianças, o sentido de partilha e respeito pelas respostas dos colegas de maneira a chegarem a uma resposta.

Durante esta semana fiquei muito satisfeita por saber que a turma tinha adotado um “Bicho da Seda” pois achei muito pertinente o modo como surgiu. Uma vez que no teste intermédio de Português falava de uma borboleta, um dos alunos ficou sensível a este

33 assunto e levou este animal para a sala para que os colegas pudessem observar as suas características abordadas pelo texto apresentado no teste. Assim, durante os dias seguintes, os alunos puderam acompanhar as transformações deste animal. Penso que teria sido relevante fazer-se o registo desta observação e expor num painel da sala essas transformações.

De acordo com o Currículo Nacional do Ensino Básico (2007) “cabe ao professor organizar e gerir o processo de ensino-aprendizagem de modo a promover o desenvolvimento de competências que integram o saber; o saber-fazer e o saber-ser e, assim, assegurar e garantir a qualidade das aprendizagens de todos os alunos.”

No dia dedicado à celebração do Dia Mundial da Criança fomos até ao Estádio Magalhães Pessoa. Este dia foi, sem dúvida, rico em aprendizagens, pois foi, na minha opinião muito importante experienciar este momento e conhecer as regras de segurança e os cuidados a ter nestas deslocações feitas em grupo, como o uso dos coletes refletores por parte dos professores e de indicações de “stop” para despertar a atenção dos condutores para deixarem passar os grupos nas passadeiras. Além disso, foi também importante, observar a forma como os alunos vão identificados para mais facilmente os reconhecermos quando estão em grupo, como a cor do chapéus e a identificação que levavam ao pescoço com o nome e o contacto telefónico do professor no caso de se perderem. Ainda de salientar a importância de escolher o melhor trajeto a fazer com um grupo grande de crianças evitando assim o trânsito automóvel e o cumprimento dos horários no sentido de cumprir com o programa previamente estabelecido. Penso que, em dias de saída ao exterior, é importante também ter um jogo de grupo preparado em mente para, num momento “morto”, conseguirmos captar a atenção de todos os alunos e concentrá-los num mesmo lugar, controlando assim o comportamento do grupo. Tive a oportunidade de poder experimentar durante este dia e acho que foi um momento muito positivo, pois os alunos estavam entusiasmados e, quando foi preciso interromper, para regressar à escola, quiseram continuar o jogo no recreio.

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