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Regulamentação pelo CGSN (arts 117 a 119 da Resolução 94/2011).

No documento SIMPLES NACIONAL INSTRUTORA CLAUDIA ROVERI (páginas 65-70)

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

REGRAS COMPLEMENTARES (ART 55)

7.2. Regulamentação pelo CGSN (arts 117 a 119 da Resolução 94/2011).

A restituição foi regulada pelos arts. 117 e 118 da Resolução 94/2011, que instituíram as seguintes regras:

01) Entende-se como restituição a repetição de indébito decorrente de valores pagos indevidamente ou a maior pelo contribuinte, por meio do DAS (art. 117, parágrafo único).

02) A ME ou EPP somente poderá solicitar a restituição de tributos abrangidos pelo Simples Nacional diretamente ao respectivo ente federado, de tributos de sua competência tributária (art. 118, caput).

03) O ente federado que analisar a restituição deverá certificar-se da existência do crédito a ser restituído, pelas informações constantes nos aplicativos de consulta no Portal do Simples Nacional (art. 118, § 1°, inc. I).

04) Uma vez processada a restituição, registrá-la no aplicativo específico do Simples Nacional, para bloqueio de novas restituições ou compensações do mesmo valor (art. 118, § 1°, inc. II).

05) O procedimento para o pedido de restituição deverá ser aquele previsto na legislação de cada ente federado (art. 118, § 2°).

06) Os créditos decorrentes da restituição poderão ser objeto de compensação junto a Fazenda do próprio ente federado (art. 118, § 3°).

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Já a compensação deverá ser feita através de um aplicativo a ser disponibilizado pela Receita Federal (art. 119, caput), e tem as seguintes regras:

01) Será permitida a compensação tão somente de créditos para extinção de débitos junto ao mesmo ente federado e relativos ao mesmo tributo.

02) Os créditos compensados serão aqueles oriundos de período para o qual já tenha sido apropriada a respectiva DASN apresentada pelo contribuinte, até o ano- calendário 2011, ou a apuração validada por meio do PGDAS-D, a partir do ano- calendário 2012.

03) As demais regras são as mesmas já previstas na LC 123/06.

8 – Obrigações Acessórias – o novo PGDAS e o DEFIS

8.1 – A função do PGDAS-D.

A nova obrigação acessória das empresas optantes do Simples Nacional está assim configurada na lei:

01) As informações prestadas no novo programa de cálculo do Simples Nacional têm caráter declaratório, constituindo confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e contribuições que não tenham sido recolhidos resultantes das informações nele prestadas.

02) Essas informações deverão ser fornecidas à Secretaria da Receita Federal do Brasil até o vencimento do prazo para pagamento dos tributos devidos no Simples Nacional em cada mês, relativamente aos fatos geradores ocorridos no mês anterior.

03) Ou seja, o PGDAS-D é o documento definitivo de constituição de dívida, e portanto, passível de inscrição em dívida ativa sem a necessidade de processo prévio de fiscalização ou de lançamento de ofício.

Além das regras gerais já previstas na LC 123/06, a Resolução 94/11 prevê no art. 37- A a forma de retificação do PGDAS-D:

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01) A alteração das declarações feitas no PGDAS-D poderá ser feita por retificação, que terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, substituindo-a integralmente.

02) A retificação servirá para declarar novos débitos, aumentar ou reduzir os valores de débitos já informados.

03) A retificação não produzirá efeitos quando tiver por objeto alterar os débitos:

03.1) já tenham sido enviados à PGFN para inscrição em DAU, ou, com relação ao ICMS ou ao ISS, transferidos ao Estado ou Município que tenha efetuado o convênio; ou

03.2) em relação aos quais a ME ou EPP tenha sido intimada sobre o início de procedimento fiscal.

04) Após a remessa para inscrição na DAU ou a transferência para os Estados e Municípios com convênio, a retificação só poderá ser feita nos casos em que houver prova inequívoca da ocorrência de erro de fato no preenchimento da declaração. Essa retificação poderá ser efetuada pela União como regra geral, ou excepcionalmente, pelos Estados e Municípios com convênio para transferência do ICMS e do ISSQN.

8.2 – DEFIS – Declaração de Informações Socioeconômicas

A DEFIS foi regulamentada no art. 25 da LC 123/06, que tem as seguintes regras:

01) Foi criada ainda uma nova declaração que também tem caráter declaratório, e que deverá ser única e simplificada, e que conterá as informações socioeconômicas e fiscais do ano fiscal do contribuinte.

02) Essa nova declaração deverá ser compartilhada entre os entes federativos, e tambem terá caráter de confissão de dívida, e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e contribuições que não tenham sido recolhidos resultantes das informações nele prestadas.

03) A lei ainda determina que a situação de inatividade seja comunicada ao Fisco conforme estipulado pelo CGSN.

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O CGSN regulamentou a nova DEFIS no artigo 66 da Resolução 94/11:

01) A DEFIS será entregue à RFB por meio de módulo do aplicativo PGDAS-D, até 31 de março de cada ano, relativamente aos fatos geradores ocorridos no ano-calendário anterior.

02) No caso de incorporação, cisão total ou parcial, extinção ou fusão, a DEFIS relativa à situação especial deverá ser entregue: no último dia do mês de junho, quando o evento ocorrer de janeiro a abril do ano-calendário; ou no último dia do mês subsequente ao do evento, nos demais casos.

03) Em relação ao ano-calendário de exclusão do contribuinte do Simples Nacional, este deverá entregar a DEFIS abrangendo os fatos geradores ocorridos no período em que esteve na condição de optante, dentro do prazo para entrega do item anterior.

04) A DEFIS pode ser retificada a qualquer momento, independentemente de prévia autorização da administração tributária e terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada. Essa retificação somente terá efeito, caso seja feita antes do início de qualquer ação fiscal, conforme determina o art. 138, parágrafo único do CTN.

05) A exigência da DEFIS não desobriga a prestação de informações relativas a terceiros.

06) A inatividade da ME ou da EPP durante todo o ano-calendário deve ser informada na DEFIS.

07) Considera-se em situação de inatividade a ME ou EPP que não apresente mutação patrimonial e atividade operacional durante todo o ano-calendário.

08) Há uma regra de transição em relação a DASN: ela deverá ser entregue, com relativa aos fatos geradores dos anos de 2007 a 2011, sendo que a DASN referente a 2011 deve ser entregue até 31 de março de 2012. Foram mantido inclusive os prazos de entrega e as penalidades.

09) O CGSN estendeu à DASN todas as regras pertinentes à DEFIS, inclusive dotando-a com o caráter de confissão de dívida. Também previu que a retificação da DASN se conforme o art. 37-A, que regula essa matéria em relação ao PGDAS-D.

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8.3 – Documentos e Livros Fiscais e Contábeis.

As MEs e EPPs optantes ou não pelo Simples Nacional poderão adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operações realizadas, desde que atendidas às disposições do Código Civil e das Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade.

A contabilidade simplificada encontra-se regulamentada pela NBC T 19.13 – Escrituração Contábil Simplificada para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, aprovada pela Resolução CFC 1.115/2007.

8.3.1 – DOCUMENTOS FISCAIS (art. 26, inc. I, §§ 4º A 4º-C da LC 123/06 c/c arts. 57 A 59 da Resolução 94/2011):

A LC 147/2014 introduziu uma importante mudança quanto à capacidade dos entes federativos para estabelecer obrigações acessórias.

Anteriormente, a regra dizia apenas genericamente que estava vedada a imposição de obrigação acessória além daquelas estabelecidas pelo CGSN, que deveriam ter necessariamente características nacionalmente uniformes.

O novo diploma legal foi além e proibiu “a exigência de obrigações tributárias acessórias relativas aos tributos apurados na forma do Simples Nacional além daquelas estipuladas pelo CGSN e atendidas por meio do Portal do Simples Nacional, bem como, o estabelecimento de exigências adicionais e unilaterais pelos entes federativos, exceto os programas de cidadania fiscal” (art. 26, § 4º).

Além disso, impôs outras regras restritivas:

01) Condicionou a obrigatoriedade da escrituração digital à autorização prévia do CGSN, e à disponibilização de ferramenta gratuita para uso da empresa optante (art. 26, § 4º-A).

02) Determinou que a exigência de livros eletrônicos somente pode ser imposta caso seja substitutiva para os livros entregues em meio convencional, cuja obrigatoriedade tenha sido prévia e especificamente estabelecida pelo CGSN (art. 26, § 4º-B).

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03) Restringiu a possibilidade dos entes federados exigir a apresentação de escrituração fiscal digital ou obrigação equivalente àqueles que já tenham norma válida publicada por ente federado até o primeiro trimestre de 2014, obrigando os demais a aguardarem a implantação de sistema nacional uniforme estabelecido pelo CGSN com compartilhamento de informações com os entes federados (art. 26, § 4º-C).

O CGSN já alterou a Resolução 94/2011, incluindo o artigo 61-A, que além de reafirmar o disposto na lei, estabeleceu ainda que:

Com relação à entrega de declarações eletrônicas, ou outra exigência relativa à obrigação acessória, o artigo 61-A da Resolução 94/2011 estipulou que tal regra não se aplica à solicitação de documentos durante procedimento administrativo fiscal, tais como a exibição de livros, documentos ou arquivos eletrônicos e o fornecimento de informações fiscais, econômicas ou financeiras, necessários à fundamentação dos atos administrativos oriundos do procedimento.

No documento SIMPLES NACIONAL INSTRUTORA CLAUDIA ROVERI (páginas 65-70)