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A estrutura institucional básica do sistema financeiro brasileiro foi estabelecida em 1964, por meio da lei de reforma bancária. Essa legislação criou o Conselho Monetário Nacional - CMN, como a agência normativa responsável por estabelecer políticas de moeda e crédito que promovessem o desenvolvimento econômico e social, bem como a operação do sistema financeiro. O Conselho Monetário Nacional - CMN é presidido pelo Ministro da Fazenda, incluindo o Ministro do Planejamento e o Presidente do Banco Central.

A Lei de Reforma Bancária

Visão geral

A lei de reforma bancária regulamenta o Sistema Financeiro Nacional, composto pelo Conselho Monetário Nacional - CMN, pelo Banco Central, pelo Banco do Brasil, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES e por diversas instituições financeiras dos setores público e privado. Essa lei concede ao Conselho Monetário Nacional - CMN o poder para controlar os limites de empréstimo e capital, aprovar orçamentos monetários, estabelecer políticas de taxas de câmbio e juros, supervisionar atividades relacionadas aos mercados de

bolsa de valores, regulamentar a constituição e o funcionamento de, entre outros, instituições financeiras dos setores público e privado, conceder autoridade ao Banco Central para emitir papel-moeda e estabelecer níveis de exigências de reserva, além de determinar diretivas gerais relacionadas aos mercados bancário e financeiro.

Principais limitações e restrições para as instituições financeiras

De acordo com a lei de reforma bancária, as instituições financeiras não podem: - operar no Brasil sem a aprovação prévia do Banco Central;

- investir em ações de outra empresa, a não ser que o investimento tenha recebido a aprovação prévia do Banco Central, com base em determinadas normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional - CMN. Esses investimentos podem, no entanto, ser feitos por meio da unidade de banco de investimento de um banco de serviços múltiplos ou por um banco de investimento;

- possuir bens imóveis, exceto se a instituição ocupar essa propriedade. Quando o bem imóvel é transferido para uma instituição financeira como pagamento de uma dívida, a propriedade deve ser vendida em um ano, com exceção de casos autorizados de outra forma pelo Banco Central;

- emprestar mais de 25% de seu patrimônio de referência para uma única pessoa ou grupo;

- conceder empréstimos para ou garantir as transações de qualquer empresa que detenha mais de 10% de seu capital, salvo em certas circunstâncias e sujeita à aprovação prévia pelo Banco Central;

- conceder empréstimos para ou garantir as transações de qualquer empresa em que detenha mais de 10% do capital, com exceção de empréstimos a subsidiárias de arrendamento mercantil; e

- conceder empréstimos para ou garantir transações de seus diretores e conselheiros, ou familiares de seus diretores ou conselheiros, ou para qualquer empresa em que os diretores e conselheiros, ou seus familiares, detenham mais de 10% do capital.

Disposições especiais relacionadas à estrutura de capital

As instituições financeiras podem ser organizadas como agências de empresas estrangeiras ou empresas que podem ter seu capital dividido em ações com e sem direito a voto; no entanto, não mais de 50% de seu capital pode ser representado por ações sem direito a voto.

Regulamentação do Banco Central

Visão geral

O Banco Central implementa as políticas de moeda e crédito estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional - CMN, além de controlar e supervisionar todas as instituições financeiras dos setores público e privado. Qualquer alteração nos estatutos de uma instituição financeira, qualquer aumento em seu capital ou qualquer estabelecimento ou transferência de seu principal local de negócio ou qualquer agência (no Brasil ou no exterior) devem ser aprovados pelo Banco Central. A aprovação do Banco Central é necessária para permitir que uma instituição financeira possa ser incorporada a uma outra ou ainda para aquisição de outra instituição financeira ou em conexão com uma transação que resulte em mudança de controle de uma instituição financeira. O Banco Central também determina os requisitos de capital mínimo, os limites do ativo permanente, os limites de empréstimo e os requisitos de reserva compulsória.

O Banco Central monitora o cumprimento dos requisitos contábeis e estatísticos. As instituições financeiras devem enviar demonstrações financeiras auditadas anual e semestralmente, demonstrações financeiras trimestrais, sujeitas a

uma revisão limitada, bem como demonstrações financeiras não auditadas mensalmente, preparadas de acordo com as normas do Banco Central, as quais devem ficar registradas no Banco Central. Instituições financeiras abertas também devem enviar demonstrações financeiras trimestrais à Comissão de Valores Mobiliários - CVM, as quais estão sujeitas a uma revisão limitada. Além disso, as instituições financeiras devem divulgar ao Banco Central todas as transações de crédito, de câmbio, de exportação e importação, e qualquer outra atividade econômica relacionada. De modo geral, essa divulgação é feita diariamente pelo computador e por meio de relatórios e declarações periódicos. De acordo com as normas do Banco Central, devemos revezar os auditores de nossas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o método da legislação societária a cada quatro exercícios fiscais.

Requisitos de adequação de capital

Desde janeiro de 1995 as instituições financeiras brasileiras devem cumprir o Acordo da Basiléia quanto à adequação de capital de risco, modificado conforme descrito a seguir.

Em geral o Acordo da Basiléia exige que os bancos mantenham um índice de capital em relação aos ativos e determinados itens fora do balanço patrimonial, determinado em uma base ponderada por risco, de pelo menos 8%. Pelo menos metade do capital exigido deve ser formado pelo capital de Nível 1, enquanto o restante deve ser formado pelo capital de Nível 2. O capital de Nível 1, ou o capital principal, inclui o capital social (ou seja, ações ordinárias e ações preferenciais permanentes não cumulativas), reserva de capital, os lucros acumulados e determinadas reservas divulgadas, menos o ágio. O capital de Nível 2, ou capital complementar, inclui as reservas “ocultas”, as reservas de reavaliação de ativos, as reservas gerais para devedores duvidosos, a dívida subordinada e outros instrumentos quase de capital (tais como ações preferenciais cumulativas, ações preferenciais de longo prazo e instrumentos híbridos de capital e dívida). Existe também a limitação quanto ao valor máximo de determinados itens do capital de Nível 2. Para avaliar a adequação do capital dos bancos de acordo com as diretrizes de adequação de capital de risco, o capital do banco é avaliado com base no valor agregado de seus ativos e exposições fora do balanço patrimonial, como garantias financeiras, cartas de crédito e contratos de taxas de juros e câmbio, os quais são ponderados de acordo com as categorias de risco.

A legislação brasileira segue de perto as disposições do Acordo da Basiléia. As principais diferenças entre a legislação brasileira e o Acordo da Basiléia são:

- o índice mínimo de capital para ativos, determinado com base no risco ponderado é 11%;

- o risco ponderado atribuído a certos ativos e os valores de conversão de crédito diferem um pouco daqueles estabelecidos pelo Acordo da Basiléia; e

- o índice de capital para ativos de 11% mencionado anteriormente deve ser calculado com base na consolidação de todas as subsidiárias financeiras (consolidação parcial), bem como a partir de julho de 2000 pela consolidação completa, ou seja, incluindo todas as subsidiárias financeiras e não financeiras; ao realizar essas consolidações, as instituições financeiras brasileiras devem considerar todos os investimentos no Brasil ou no exterior sempre que a instituição financeira mantiver, direta ou indiretamente, individualmente ou em conjunto com outros sócios, (i) direitos que assegurem uma maioria nas resoluções corporativas da entidade investida, (ii) poder para eleger ou dispensar a maioria da administração da entidade investida, (iii) controle operacional da sociedade investida caracterizado pela administração comum e (iv) controle corporativo efetivo da entidade investida caracterizado pelo total da participação no capital mantida pela administração, pessoas físicas ou jurídicas controladoras, entidades relacionadas e a participação acionária detida, direta ou indiretamente, por meio de fundos de investimento. Durante a preparação das demonstrações financeiras consolidadas, as instituições financeiras que sejam relacionadas por controle operacional real ou por operação no mercado sob o mesmo nome ou mesma marca comercial também devem ser consideradas para fins de consolidação.

Para determinados propósitos, o Banco Central estabelece os critérios para a determinação do Patrimônio de Referência para instituições financeiras brasileiras. De acordo com esses critérios, o capital dos bancos é divido em capital de Nível 1 e Nível 2.

- O capital de Nível 1 é representado pelo patrimônio líquido, acrescido das contas de resultado credoras, menos as contas de resultado devedoras, excluindo-se as reservas de reavaliação, as reservas para contingências e as

reservas especiais de lucro relacionadas a dividendos obrigatórios ainda não distribuídos, as ações preferenciais cumulativas e as ações preferenciais resgatáveis.

- O capital de Nível 2 é representado por reservas de reavaliação, reservas para contingências, reservas especiais de lucro relacionadas a dividendos obrigatórios ainda não distribuídos, ações preferenciais cumulativas, ações preferenciais resgatáveis, dívida subordinada e instrumentos híbridos. Conforme mencionado anteriormente, o capital de Nível 2 não pode ultrapassar o capital de Nível 1.

O Patrimônio de Referência é também considerado na definição dos demais limites operacionais das instituições financeiras.

Exposição à moeda estrangeira

A exposição total em ouro e outros ativos e passivos indexados ou vinculados à variação da taxa de câmbio de instituições financeiras, e suas controladas diretas e indiretas, de forma consolidada, não poderá ultrapassar 60% do Patrimônio de Referência.

Liquidez e Regime de Investimento de Ativos Fixos

O Banco Central não permite que bancos múltiplos brasileiros, inclusive o Itaú, possuam, de forma consolidada, ativos permanentes acima de 70% do seu Patrimônio de Referência ajustado. O limite será reduzido para 60% em 30 de junho de 2002 e para 50% em 31 de dezembro de 2002. Os ativos permanentes incluem investimentos em subsidiárias não consolidadas, bem como imóveis, equipamentos e ativo diferido.

Limites de Empréstimos

Uma instituição financeira não deve conceder empréstimos ou adiantamentos, conceder garantias, subscrever ou deter em sua carteira de investimento títulos e valores mobiliários de qualquer cliente ou grupo de clientes afiliados que, em conjunto, ultrapassem 25% do Patrimônio de Referência da instituição financeira.

Depósitos Compulsórios

Atualmente, o Banco Central impõe diversas exigibilidades de reserva para as instituições financeiras brasileiras. Essas exigibilidades de reserva são aplicadas a um amplo leque de atividades e transações bancárias, como depósitos a vista, depósitos em poupança e transações de assunção e compra de dívida . As reservas para depósitos a vista não são remuneradas.

Tratamento de Dívidas Vencidas

As instituições financeiras brasileiras devem classificar suas transações de crédito (inclusive transações de arrendamento mercantil e outras caracterizadas como adiantamentos de crédito) em diferentes níveis e fazer provisões de acordo com o nível atribuído a cada transação. A classificação é baseada na condição financeira do cliente, nos termos e nas condições da referida transação e no tempo em que a transação está em atraso, se for o caso. As transações são classificadas como nível AA, A, B, C, D, E, F, G ou H, sendo AA a classificação mais alta. As classificações de crédito devem ser revisadas mensalmente e, sem prejudicar as provisões adicionais que forem consideradas necessárias pela administração dessas instituições financeiras, provisões devem ser feitas, variando de 0,5% do valor da transação, no caso de transações de nível A, até 100%, no caso de transações de nível H.

acordo com o método próprio de avaliação da instituição financeira ou os critérios de atraso de pagamento do Banco Central, dos dois o mais rigoroso.

Regulamentações e Políticas antes do Ano 2000

As regulamentações atuais relativas à classificação de dívidas vencidas entraram em vigor em março de 2000. Antes dessa data, o Banco Central exigia que todos os bancos classificassem os empréstimos vencidos como em atraso ou inadimplentes. Os empréstimos em atraso eram aqueles cujo pagamento do principal ou dos juros estava atrasado há mais de 60 dias. Quando um empréstimo era classificado como em atraso, precisávamos provisionar 20% do valor do empréstimo à título de provisão para perda potencial se o empréstimo fosse completamente garantido por caução, 50% se parcialmente garantido e 100% se não fosse garantido. Os empréstimos inadimplentes eram aqueles com atraso de pelo menos 360 dias se completamente garantidos por caução, 180 dias se parcialmente garantidos ou 60 dias se não apresentassem garantias. Dependendo do valor e do tipo de garantia, os empréstimos poderiam ser considerados inadimplentes em uma data anterior. Quando um empréstimo ficava inadimplente, precisávamos fazer uma provisão de 100% do valor do empréstimo. Os empréstimos celebrados por instituições financeiras com tomadores do setor público eram considerados como inadimplentes após 60 dias de atraso.

Provisão para créditos de liquidação duvidosa para fins de dedução do imposto de renda

As instituições financeiras brasileiras podem deduzir a Provisão para créditos de liquidação duvidosa como despesas para determinar o lucro tributável. O período após o qual essas deduções devem ser realizadas depende dos valores envolvidos e do tipo de transação.

Empréstimos em moeda estrangeira

As instituições financeiras no Brasil têm permissão para captar fundos expressos em moedas estrangeiras nos mercados internacionais (quer por meio de empréstimos diretos, quer pela emissão de títulos e valores mobiliários de dívida) se o propósito for o de repassar esses fundos no Brasil para empresas e instituições financeiras brasileiras ou investir no mercado brasileiro. Caso contrário, os fundos obtidos nos mercados internacionais podem ser mantidos no exterior e utilizados para outros tipos de transações. O Banco Central pode estabelecer um prazo mínimo para empréstimos em moeda estrangeira. Atualmente, não existe nenhuma exigência de período mínimo, mas os financiamentos internacionais que permanecem no Brasil por um período inferior a 90 dias estão sujeitos ao imposto sobre operações financeiras à taxa de 5% incidente sobre o valor nominal em moeda local do contrato de câmbio em moeda estrangeira celebrado para a entrada de recursos. O Banco Central pode estabelecer requisitos de período mínimo a qualquer momento no futuro.

Empréstimos transnacionais entre pessoas físicas ou jurídicas (inclusive bancos), residentes ou domiciliadas no Brasil, e pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no exterior, não estão mais sujeitas à aprovação prévia do Banco Central, mas dependem do registro declaratório eletrônico pelo Sistema do Banco Central – SISBACEN, um banco de dados de informações forn4ecidas por instituições financeiras ao Banco Central.

Posição da moeda estrangeira

As transações envolvendo a venda e compra de moeda estrangeira no Brasil somente podem ser conduzidas por instituições autorizadas para as realizarem pelo Banco Central. O Banco Central impõe limites às posições de compra e venda de câmbio de instituições autorizadas a operar nos mercados de câmbio. Esses limites variam de acordo com o mercado de câmbio no qual as transações são realizadas, as posições de venda de câmbio dessas instituições e o patrimônio líquido da instituição relevante. As instituições financeiras no Brasil estão sujeitas aos limites a seguir:

- Posição comprada: US$6 milhões para instituições autorizadas pelo Banco Central para realizar operações nos mercados de taxa flutuante e comercial; US$1 milhão para instituições autorizadas pelo Banco Central para realizar operações somente no mercado flutuante, como agências de turismo. Os valores que ultrapassarem esses limites devem ser depositados no Banco Central sem remuneração; e

- 100% do patrimônio líquido ajustado, conforme determinado no Sistema do Banco Central – SISBACEN, um banco de dados de informações forn4ecidas por instituições financeiras ao Banco Central., para posições vendidas no câmbio. Os valores que ultrapassarem esse limite estão sujeitos a encargos pelo Banco Central.

Estabelecimento de escritórios e investimentos no exterior

Para que uma instituição financeira brasileira possa estabelecer escritórios no exterior ou manter, direta ou indiretamente, participações acionárias em entidades no exterior, é necessário:

- obter a aprovação prévia do Banco Central, e

- fornecer ao Banco Central uma declaração pela autoridade fiscalizadora estrangeira (no caso de escritórios estrangeiros, subsidiárias financeiras e outras entidades financeiras (por exemplo, distribuidoras, corretoras ou empresas de arrendamento mercantil) ou pelos diretores executivos ou conselho de administração de instituições financeiras brasileiras (no caso de participações acionárias em entidades não financeiras), garantindo o fornecimento ao Banco Central de informações, dados e documentos relacionados a operações e registros contábeis desses escritórios ou entidades.

Os limites operacionais dessas instituições financeiras brasileiras são avaliados de forma consolidada.

Em maio de 2000, o Conselho Monetário Nacional - CMN estabeleceu normas e procedimentos relacionados à operação e manutenção de agências ou subsidiárias existentes no exterior e o investimento direto ou indireto de instituições financeiras brasileiras em instituições financeiras estrangeiras, inclusive:

- que a instituição financeira brasileira tenha estado em operação por pelo menos seis anos,

- o capital integralizado e o patrimônio líquido da instituição financeira brasileira não sejam inferiores aos níveis mínimos estabelecidos pelos regulamentos do Banco Central para a respectiva instituição financeira, somado a um valor igual a 300% do capital integralizado e do patrimônio líquido mínimos exigidos pelos regulamentos do Banco Central para bancos comerciais, e

- a instituição financeira brasileira apresente ao Banco central um estudo de viabilidade econômico-financeira da subsidiária, agência ou investimento.

Financiamento Habitacional

Na qualidade de banco múltiplo que possui uma carteira de financiamento imobiliário, somos obrigados por lei a destinar certo nível de financiamento para fins habitacionais. Uma parcela dos fundos depositados em nossas contas de poupança deve ser utilizada para operações de financiamento imobiliário, inclusive operações de financiamento com o SFH - Sistema Financeiro de Habitação, cuja finalidade é permitir operações de financiamento imobiliário a pessoas físicas de renda mais baixa a taxas de juros reduzidas. O valor remanescente pode ser utilizado em outras operações de financiamento a taxas de mercado regulares, desde que no mínimo metade seja utilizada para operações de financiamento imobiliário.

Tributação de Operações Financeiras

IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras)

O IOF é um imposto sobre operações financeiras. As alíquotas do IOF são alteradas periodicamente de acordo com a política governamental de limitar ou estimular entradas de capital estrangeiro e limitar o crédito a pessoas físicas. Empréstimos externos com prazos inferiores a 91 dias estão sujeitos a uma alíquota de IOF de 5%, que é cobrada no momento da operação de câmbio. Pessoas físicas e empresas atualmente estão sujeitas a uma alíquota de 1,5% de IOF ao ano sobre qualquer financiamento, inclusive operações de financiamento de crédito, descontos e factoring. Uma alíquota de IOF de 2% é atualmente cobrada sobre operações de câmbio relacionadas ao pagamento de despesas com cartão de crédito no exterior. O regime atual não cobra IOF sobre fundos de privatização, fundos de renda fixa, operações interbancárias envolvendo instituições financeiras localizadas no exterior e instituições financeiras locais autorizadas a negociar com câmbio pelo Banco Central e a criação de depósitos de longo prazo efetuados por entidades estrangeiras em instituições financeiras brasileiras.

CPMF (Contribuição Provisória Sobre a Movimentação Financeira)

A CPMF é um imposto sobre operações financeiras cobrado atualmente sobre qualquer débito em conta bancária, à alíquota atual de 0,38%. O produto resultante de sua cobrança é utilizado para financiar o programa nacional de saúde e um programa nacional para eliminar a pobreza. Embora esse imposto tenha sido criado para expirar em junho de 2002, o governo está analisando a possibilidade de convertê-lo em um imposto permanente.

IRF (Imposto de Renda na Fonte)

O IRF é um imposto sobre operações financeiras cobrado sobre o rendimento de aplicações financeiras de renda fixa e o rendimento de operações financeiras realizadas em bolsas de valores brasileiras. O rendimento de aplicações financeiras de renda fixa está sujeito a uma alíquota de 20%. O rendimento de operações financeiras em bolsas de valores brasileiras está atualmente sujeito a uma alíquota de 10%; essa alíquota será aumentada para 20% em 2002.