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ORIENTADOR DE ESTÁGIO

O orientador de estágio assumiu um papel fundamental de supervisionamento de todas as ações o que contribuiu para que a estagiária se sentisse sempre acompanhada. Este assume, no FC Porto, departamento de comunicação, um papel muito ativo tendo inicialmente a função de diretor e posteriormente uma transferência de cargo para o Departamento de Relações Externas e Informação do Futebol. Com uma postura profissional e com uma relação interpessoal próxima ter acesso a todo o tipo de informação necessária, resposta a qualquer questão ou até mesmo aconselhamento, foi sempre muito simples.

O acompanhamento e supervisionamento operacional, referente ao departamento dos conteúdos, foram atribuídos ao Alberto Barbosa e ao João Pedro Barros, apesar do primeiro ter acompanhado de forma mais próxima e ativa todas as tarefas realizadas. Foram elementos fundamentais na rotina da estagiária pois acompanharam-na em tarefas de escrita de notícias, artigos, conferências de imprensa e crónicas.

No setor da assessoria o acompanhamento, bastante positivo, foi assegurado pelo Rui Cerqueira e pela Diana Fontes que acompanharam e ilustraram as ações de assessoria do clube englobando as CI, as acreditações de jornalistas, os relatórios de jogo e todo o funcionamento de preparação de eventos desportivos.

6.4

CONTEÚDOS

REFLEXÃ O CRÍ TIC A E COMPETÊNCIA S ADQ UIRID A S

87 Como referimos anteriormente a área dos conteúdos concebe,

valida, recolhe, trata e pública todas as informações sobre o clube (cria uma linguagem uniforme). Toda esta comunicação é

realizada online, através de email institucional ou através do site

fcporto.pt.

Após um longo acompanhamento do comportamento dos

ambientes dos clubes portugueses no ciberespaço, Borba

(2008a) refere que existe uma grande semelhança entre os três clubes de maior expressão (FC Porto, SLB e SCP) com os conteúdos dos clubes ingleses, entretanto com uma perspetiva inferior em termos de eficiência. A maior parte das ferramentas aplicadas é de função informativa, em especial nos clubes de menos prestígio. A exceção vai para que apresentam portais exemplares com foco na informação, negócios e relacionamento, como é o caso do FC Porto.

O texto corrido, sem hiperligações é o utilizado nos conteúdos do

site do clube. Tal pode ser explicado pelo facto da gestão do site

ser realizada por uma empresa independente que presta esse serviço ao clube. Seriam necessários mais recursos humanos para que as vantagens desta nova tecnologia fossem utilizadas com todas as suas características.

Vieira (2009) vai de acordo com esta afirmação, referindo que apesar de todas estas potencialidades inerentes ao multimédia destaca que a introdução de multimédia no jornalismo

online transporta alguns obstáculos para os profissionais da comunicação: (i) falta de conhecimento dos jornalistas sobre a mais-valia de contar a história com recurso a elementos multimédia; (ii) falta de conhecimento dos editores/responsáveis sobre a mais-valia de contar a história com recurso a elementos multimédia; (iii) falta de meios técnicos para colocar em prática os elementos multimédia; (iv) falta de recursos humanos (Vieira, 2009).

Falar do formalismo online que não se faz, aquilo que se

pretende é comunicação institucional online que ainda não esta subordinada às exigências do jornalismo online. Continua a adotar uma estrutura tradicional.

6.5

ASSESSORIA

O departamento de assessoria cria, gere, controla e regulariza a relação com os OCS. Trata-se de funções bastante específicas e bem delineadas e coordenadas desde o início da época para todos os jogos de todos os campeonatos onde o clube participa. Estas são as ações cíclicas dos assessores do FC Porto. Existem depois algumas ações pontuais com pedidos de entrevistas ou organização de eventos que exigem um trabalho um pouco diferente que não tive oportunidade de acompanhar.

REFLEXÃ O CRÍ TIC A E COMPETÊNCIA S ADQ UIRID A S

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O trabalho que realizei em conjunto com a Diana Fontes foi de aprendizagem simples. É um trabalho que exige grande pesquisa e organização, sendo necessária uma constante atualização da informação que passa nos OCS. Também o relacionamento com os jornalistas é importante e facilita muito o bom desempenho das funções (Rodrigues et al., 2007) e foi visível durante o estágio.

Podemos refletir um pouco mais acerca dos limites do “bom relacionamento” com os jornalistas, já que, como sabemos, o objetivo dos OCS é obter o maior número de informações possível e conseguir alguma exclusividade dessa informação. No mundo desportivo, e mais especificamente, no mundo do futebol, esta busca incessante é ainda maior, o que obriga os assessores a definir limites sobre “o que” e “quando” a informação deverá ser cedida. Isto vem de encontro às conclusões encontradas por Ruão (2008) onde refere que a relação com os OCS (em particular a imprensa desportiva) constitui um formato clássico de comunicação nestas instituições, e é tida como o canal mais eficaz na emissão das mensagens aos sócios. O autor dá o exemplo do diretor do departamento de conteúdos do FC Porto que destaca “o horizonte vastíssimo proporcionado pelos OCS” na atuação comunicativa da instituição. São estratégias bem delineadas e que protegem ao máximo a organização desportiva. Trabalhos como receber pedidos de acreditações dos jornalistas, acredita-los para as respetivas zonas do estádio e recebe-los em dias de jogo, na bancada de imprensa e na sala de CI, exige, mais do que conhecimentos teóricos, prontidão e capacidade de resolver conflitos que eventualmente surjam. O mesmo se aplica na elaboração dos dossiers de jogo e na pesquisa e

elaboração dos dossiers de transferências de jogadores das

equipas adversárias do clube.

6.6