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Este item consiste em apresentar esquemas de sínteses das relações sócio espaciais pretendidas no projeto. Serão dois os níveis de relações, a macro que apontará os principais aspecto s de relação entre o terreno e sua área de en torno, e a micro, que mostrará as relações entre os ambientes.

No tocante às relações no nível macro, observa -se a importância de se ter um centro empresarial acessível e próximo a vias bem conectadas e fornida s de pontos de transporte público. Deve-se lembrar também de destinar espaços para estacionamento e para guarda de bicicletas.

Seguindo ao nível micro, observa -se no diagrama a seguir como se interligariam os edifícios nesta prop osta:

Figura 47 – Diagrama Geral da proposta. Fontes: Elaborad o p ela autora.

Pelas calçadas, o usuário pedestre teria dois acessos ao lote, sendo o acesso 01 direcionado à Av. Governador Juvenal Lamartine e o acesso 02 à Av. Prudente de Morais. Vindo de carro, o usuário poderia utilizar o estacionamento do e difício 01 e logo depois adentrar pelo acesso 01 ou poderia usar o acesso 03, exclusivo para carros, motos e bicicletas que levam ao estacionamento do edifício 02. Pelos acessos 01 e 02 se chegaria ao edifício 01 através de uma passarela que interliga ria os dois edifícios. Os que

utilizariam o estacionamento do edifício 02, poderiam acessar os outros andares d o edifício 02 pela circulação vertical do prédio.

Outro fluxo seria o de prestadores de serviço de entrega e abastecimento (figura 48), já que a proposta dispõe de espaços de aluguel e um restaurante. Através do acesso 03, exclusivo para carros e motos, o veículo de entrega chegaria à baia de carga e descarga de modo a não interromper o fluxo da via. Após descarregada a mercadoria, a mesma seria levada ao edifício 01 ou a um corredor de serviço até a chegada ao estacionamento térreo do edifício 02, onde poderia ser distribuíd a pela circulação vertical de serviço do prédio.

Figura 48 – Diagrama de fluxo de carga e descarga. Fontes: Elaborad o p ela autora.

Focando no edifício 01, o diagrama a seguir mostra que após acessar a circulação central d o edifício pelos acessos 01 ou 02, chega-se aos espaços para aluguel, aos banheiros acessíveis, ao depósito (de uso exclusivo dos funcionários) e à circulação vertical composta por uma escada e um elevador que levam ao pavimento de serviço 01, apenas para funcionários, e à cobertura do prédio que é um teto verde para contemplação. Após a chegada na cobertura o usuário que deseja acessar o edifício 02 deve continuar andando por uma passarela até chegar ao pavimento de recepção do edifício 02.

Figura 49 – Diagrama de relação entre os acessos e ambientes do edifício 01. Fontes: Elaborad o p ela autora.

Chegando-se ao edifício 02, acessado pela passarela, adentra-se pelo pavimento de recepção, onde o usuário seria direcionado aos outros andares ou à administração ou auditório presentes no p avimento. Chegando -se pelo estacionamento térreo através do acesso 03, o visitante pode estacionar nas vagas rotativas d o pavimento térreo ou do andar 01. Os estacionamentos no subsolo 01 e 02 são compostos por vagas privativas para as unidades empresariais. O conjunto de ambientes de serviço está localizado também nos andares de estacionamento.

Através do acesso pela circulação vertical do pavimento de recepção, se pod e chegar aos pavimentos cow orking, comp ostos por salas de reunião, copa, bateria de banheiros, estar, espaço para jogos e o salão de trabalho; aos pavimentos c omerciais, compostos por salas p ara aluguel sendo cada uma provida de banheiro; aos p avimentos corp orativos, formados por andares inteiros ou salas de grandes dimensões para grandes empresas; ao restaurante ou à plataforma de resgate. O pavimento interativo, que se localiza entre os pavimentos comerciais e os corp orativos, é acessado também pela circulação vertical e é um pavimento de

uso comum que objetiva promover interação entre os usuários do edifício através de espaços de descanso, leitura e conversa.

Figura 50 – Diagrama de relação entre os pavimentos, acessos e ambientes do ed ifício 02.

6. PROPOSTA ARQUITETÔNICA

Este capítulo será subdividido em 4 subitens que tratarão respectivamente do conceito do p rojeto (alusivo ao desenvolvimento das ideias p ara criação da p roposta ), o partido arquitetônico, os estudos preliminares e por fim o memorial descritivo e justificativo. No item dos estudos preliminares será abordado o p rocesso de tomada de decisão de algumas soluções espaciais e volumétricas findando na proposta final através do memorial descritivo, justificativo e da apresentação de perspectivas.

6.1 Conceito

Após o desenvolvimento da pesquisa e das análises apresentadas nos capítulos anteriores do referencial teórico, empírico, programação e condicionantes do projeto, pôde -se dar início ao processo projetual. O primeiro passo foi a d efinição de um conceito que pudesse guiar, mesmo que de modo abstrato, a concepção do projeto.

Sabendo que o objetivo da proposta era o desenvolvimento de um centro empresarial que trabalhasse as diretrizes do Design Biofílico como meio de reaproximar o homem à natureza, foi buscado um conceito que através da forma envolvesse aquilo que há em comum entre estes dois elementos: a vida biológica. Foi escolhido então o conceito de Flor da Vida (exp licitado no subitem 4.3.1), forma geométrica que contém em si o padrão da criação e da vida em todo lugar.

A ideia partiu de se utilizar um padrão geométrico reconhecido há anos, pelas mais diversas civilizações, na criação de uma prop osta arquitetônica que metaforicamente demonstrasse a diversidade da vida e da criação através d a

aplicação variada de padrões advindos da Flor da Vida na construção do projeto.

Observando o padrão geométrico da Flor da Vida (figura 51), foi obtida a primeira figura representativa do padrão: o hexágono. Formado p or 6 lados e 6 ângulos iguais, o padrão hexagonal é encontrado das mais variadas formas na naturez a (como nos cascos das tartarugas ou nos favos de mel) e carrega características interessantes: somente o formato hexagonal possibilita menor quantidade de material empregado, com a forma mais adequada em economia de espaço e maior capacidade de armazenamento, além de a forma conferir solidez à estrutura por ter todos os seus lados co mpartilhados com outras células sem a perda de espaço útil entre as mesmas.

Tendo em vista tais características e a simbologia advinda da Flor da Vida, adotou-se o padrão hexagonal de lado 3 e altura 3, como módulo p ara o desenvolvimento geral do projeto . Sua aplicação deverá aparecer de variadas formas: na formação dos andares, em estruturas de cobertura, de forma simples, retorcida, etc. simbolizando a diversidade da criação .

Figura 51 – Flor da vida e forma hexagonal advinda da mesma. Fonte: Elaborad o p ela autora a p artir d e

Um outro padrão encontrado na Flor da Vida é o das esferas cruzadas (figura 52). No projeto esse padrão será abordado, assim como no Arcades de Tel Aviv, através da criação da estrutura em arcos, de modo que o conjunto destes, em 3D, reflita o cruzamento de esferas encontrado no padrão d a Flor da Vida . Exp licita-se ainda a utilização do arco como forma estrutural resistente a grandes esforços e compressões.

Figura 52 – Cruzamento de esferas no Padrão da Flor da Vida e rebatimento da característic a no p rojeto .

Fonte: Elaborad o p ela autora a p artir d e

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