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Estudo de caso de uma universidade de massa

4.2 Relato do caso da Universidade A

Em 1967, três estudantes universitários, que aqui serão chamados de H, I e J, resolveram abrir um curso de madureza em São Paulo (cursinho de iniciativa particular, precursor do supletivo, que preparava os candidatos ao exame de madureza). Os três iriam, eles mesmos, ministrar as aulas. No início, o prédio que alugaram tinha disponibilidade para apenas seis salas de aula. Já no primeiro ano de funcionamento, as salas estavam todas ocupadas, o que os obrigou a alugar mais espaço e contratar alguns colegas de universidade para também darem aulas. No final de 1969, o curso já tinha adquirido algum prestígio no bairro, devido à qualidade do seu corpo docente e aos resultados de aprovação obtidos pelos seus alunos nos exames de madureza. Com isso, o prédio passou a ficar pequeno para abrigar todos os que procuravam o curso. Era o início do “milagre brasileiro” (1968-1973), quando a economia brasileira caminhava muito bem, com taxas de crescimento do PIB em torno de 9,5% (IPIB. Valores do PIB brasileiro). Nessa época, havia um grande número de pessoas que tinham abandonado os estudos para trabalhar e procuravam o curso de madureza para poder se titular no primeiro e segundo graus, visando, com isso, uma melhoria nos seus ganhos e na

sua posição social. A maior parte dos alunos trabalhava durante o dia e estudava à noite: cerca de 85% dos alunos cursavam o período noturno e o restante tinha aulas pela manhã.

No início de 1970, os sócios H e I, discordando do sócio J, alugaram um prédio mais bem localizado comercialmente, com 14 salas de aula e mais espaço para a secretaria, sala dos professores, diretoria, sala de coordenação pedagógica e uma pequena lanchonete. Achando que o risco era muito alto, pois o aluguel do novo prédio era pelo menos cinco vezes maior do que o antigo, o sócio J preferiu afastar-se do negócio, vendendo sua parte na empresa para o sócio H, que passou a ser majoritário.

Como no bairro não havia outros cursos de madureza, e devido ao prestígio conseguido, já no ano seguinte as salas de aula foram todas ocupadas por alunos, o que obrigou os sócios a ampliar o corpo docente. Na época, com a finalidade de se manter o nível de qualidade dos docentes, instituiu-se um processo de admissão de docentes no qual o professor que pretendesse ministrar aulas devia, além de apresentar um currículo, submeter-se a uma aula-teste, quando se verificava sua voz, a clareza de sua lousa e sua desenvoltura perante a platéia, que nesse teste era composta de professores e dos proprietários do curso. Outro fato interessante era a forma de pagamento dos professores. O valor de hora-aula tinha três escalas, sendo que a posição do professor em uma delas dependia de uma pesquisa feita mensalmente com os alunos. Concomitantemente às aulas, os professores também redigiam apostilas que eram distribuídas aos alunos, pois na época não existia no mercado material didático que abrangesse o conteúdo programático do curso de madureza na forma compactada em que eram ministrados os cursos, com duração de 6 a 12 meses.

Devido ao sucesso do empreendimento, os sócios passaram a pensar em ampliar suas atividades, sondando a possibilidade da aquisição de outros cursos menores em bairros adjacentes. Quando essa oportunidade apareceu, na metade de 1972, as reservas monetárias dos sócios não eram suficientes, o que os obrigou a pedir dinheiro emprestado a um amigo que fazia parte do corpo docente e que tinha lucrado no eufórico mercado de ações da época. No início de 1973, após uma greve dos professores que ministravam aulas na matriz e que resultou na demissão da maioria do corpo docente original (os professores da filial recém- adquirida não participaram da greve), o sócio I também se afastou, o que fez com que o sócio H ficasse com todas as cotas da sociedade. Porém, por força da legislação existente, para que a empresa pudesse manter-se como uma sociedade civil por cotas de responsabilidade

limitada, uma pequena parcela das cotas foi passada para o secretário do curso, que era funcionário desde o início das atividades.

Em janeiro de 1974, o sócio H recebeu parte de uma herança de seu avô e com esses recursos pagou a entrada para aquisição do Colégio K, de primeiro e segundo graus, muito tradicional na região, com mais de 30 anos de funcionamento. O número de alunos do colégio estava em declínio, porém ele ainda tinha bastante prestígio. A intenção do sócio H era, com a aquisição do colégio, reduzir os riscos do negócio, passando a ter maior estabilidade no seu fluxo de caixa. Uma parcela considerável do total de alunos do curso de madureza se renovava a cada seis meses, pois os exames para titulação dos alunos, promovidos pelo Estado, tinham um ciclo semestral. Isso não ocorria com os cursos regulares de primeiro e segundo graus, que tinham duração maior, de forma que seus alunos permaneciam por vários anos na instituição. O sócio H tinha também a intenção de aumentar substancialmente o número de alunos do Colégio K, compondo uma mescla de professores do seu curso de madureza com os professores dos cursos regulares de primeiro e segundo graus, criando assim uma nova dinâmica docente. Além disso, o Colégio K funcionava nos três períodos, diferentemente do curso supletivo, onde a maioria dos alunos cursava o período noturno. Com a aquisição, o espaço físico deixou de ser uma limitação, pois o Colégio K tinha instalações bastante amplas, disponibilizando cerca de 30 salas de aula durante o dia, além de quadras esportivas, um grande pátio interno, lanchonete e diversas salas para administração.

Em março de 1974, com um expressivo aumento das matrículas no Colégio K, as melhores perspectivas se realizaram, em grande parte devido ao prestígio que a administração do curso de madureza tinha na região e que se transferiu para o novo empreendimento. O colégio, que sob a antiga administração tinha fechado o ano de 1973 com cerca de 600 alunos, passou a ter 1.200 alunos. O curso de madureza também evoluiu bem e passou de 600 alunos no final do ano anterior para cerca de 800 alunos. Nesse mesmo ano, a denominação do curso de madureza alterou-se para “curso supletivo” (BRASIL. Lei 5692/71, 1971 e Parecer CFE 699/72, 1972), passando este a ter duração determinada (dois anos para o primeiro grau e um ano e meio para o segundo grau), com regulamentação específica feita pela Secretaria de Educação do Estado.

Com o fluxo de caixa mais estável, o sócio H adquiriu as cotas da sociedade do seu antigo secretário e passou-as a seu pai, ficando, em termos práticos, como único dono do empreendimento. Em outubro de 1974, adquiriu mais uma escola, esta já em São Bernardo do

Campo. Apesar de ter somente 80 alunos no curso, ela estava localizada em um excelente ponto comercial, ocupando um prédio com capacidade para 25 salas de aula, além de instalações para laboratórios, quadra de esportes, secretaria, cantina, pátio, etc. Essa unidade também se mostrou uma excelente aquisição, pois no início de 1976 já contava com 1.200 alunos, computando-se o supletivo de primeiro e segundo graus e os cursos regulares que foram implantados. Nesse mesmo ano, a rede de ensino (novo nome do empreendimento a partir de 1975) tinha cerca de 4.100 alunos matriculados nos seus diversos cursos.

No final de 1976, a rede adquiriu o primeiro imóvel próprio, um antigo laboratório em Santo André, que foi adaptado para se tornar mais uma unidade educacional a partir de 1977. Esse crescimento manteve-se nos anos seguintes, quando foram abertas unidades nos bairros paulistanos do Brooklin e Tatuapé, e ainda mais duas unidades no mesmo bairro da sede original. Uma dessas unidades estava em um prédio próprio que passou a abrigar os alunos que ocupavam o antigo imóvel do curso de madureza.

Em 1980, a rede de ensino contava com cerca de 9 mil alunos em sete unidades educacionais. A mantenedora estava localizada no mesmo bairro de São Paulo em que suas atividades se iniciaram. A rede possuía uma estrutura administrativa bastante descentralizada, com cada unidade funcionando de forma quase autônoma, com um diretor local responsável, e pagando por horas-aula valores diferenciados, geralmente acima do mercado local.

Entre 1981 e 1982, por decisão do sócio H, ocorreram profundas modificações na forma de gerir o negócio, reduzindo-se a autonomia dos diretores locais. Ele criou uma diretoria administrativa e uma diretoria pedagógica, que respondiam diretamente à mantenedora e supervisionavam todas as unidades escolares. As horas-aula passaram a ser pagas em apenas três faixas de valor para todos colégios. Em 1983, com a rede atingindo cerca de 10 mil alunos, esse processo de centralização tornou-se mais patente, com a realização de avaliações dos alunos bimestrais e finais unificadas, com o mesmo conteúdo programático e realizadas nos mesmos dias e horários em todas unidades. Essa centralização trouxe alguns problemas. No aspecto legal, surgiram conflitos na interface com as diversas delegacias de ensino que supervisionavam as unidades e que procuravam respeitar as características locais de aprendizado. Também surgiram problemas no relacionamento com os professores e alunos. Tendo perdido a autonomia anterior, os professores sentiam-se sem ter a quem recorrer nas suas necessidades. Possivelmente em decorrência disso, sobreveio uma

estagnação no crescimento do número de alunos, que passou a oscilar entre 9 mil e 10 mil entre 1983 e 1985.

Em 1984, a rede adquiriu outra escola em São Paulo, inclusive o prédio, que apesar de ter poucos alunos oferecia instalações bastante amplas, sendo a mantenedora transferida para esse imóvel em 1985. A partir desse ano, o sócio H teve a percepção de que os cursos supletivos iriam tornar-se antieconômicos em um futuro próximo, tanto pela abertura de cursos supletivos gratuitos nas escolas do município e do estado, como também porque o “milagre brasileiro” havia se exaurido. Entre 1981 e 1984, o PIB brasileiro teve um crescimento negativo de 1% (IPIB. Valores do PIB brasileiro). A estagnação da economia provocou um nível muito alto de desemprego, justamente nas camadas da população adulta que não tinham a titulação de primeiro e segundo graus e que eram exatamente aquelas que procuravam os cursos supletivos. Ele também percebeu que os colégios da rede, com cursos regulares anuais administrados de forma centralizada, perderiam cada vez mais sua competitividade e lucratividade, tanto pela concorrência, que oferecia uma maior personalização no atendimento aos alunos e professores, como pelas estritas regras de reajuste de mensalidades impostas pelo governo. Mas talvez a razão mais forte fosse a limitação, exigida pela Secretaria da Educação, de um aluno por metro quadrado de sala de aula e de um máximo de 50 alunos por sala. Em uma reunião com os diretores de unidades, H chegou a anunciar: “A partir de agora, nosso negócio será o terceiro grau”. Segundo suas declarações, essa decisão deveu-se em grande parte ao fato de, para o terceiro grau, não haver limitação do MEC para o número de alunos por sala. Também pesou na decisão o fato de que, na época, o número de candidatos para ingresso nos cursos superiores superava em muito o número de vagas. As escolas públicas e privadas não conseguiam atender a demanda. Ainda outro fator relevante para essa decisão era a não fiscalização das mensalidades dos cursos superiores por parte do MEC, com sua administração centralizada em Brasília, diferentemente das mensalidades dos cursos de primeiro e segundo graus, que eram fiscalizadas pelas Secretarias da Educação de cada estado. Naquela época, o reajuste das mensalidades das escolas de primeiro e segundo graus era um fator muito relevante tanto para a lucratividade das escolas quanto para a situação econômica das famílias. Por outro lado, os padrões de qualidade das escolas mantidas pelo governo tinham caído muito, fazendo com que aumentasse a procura de escolas privadas, principalmente pela classe média. Como os salários perdiam cada vez mais seu poder de compra devido à inflação, o governo era levado a interferir nos reajustes das anuidades. Essa situação na questão das anuidades gerava uma grande visibilidade na mídia,

prejudicando o prestígio das escolas que discordavam da interferência do Estado na sua política de preços. Enquanto isso, nas escolas de nível superior, os aumentos não tinham o mesmo impacto na mídia, pois o número dessas escolas e o número de alunos envolvidos eram pouco representativos em comparação com aqueles das escolas de primeiro e segundo graus.

Já do final de 1985, devido às dificuldades impostas pelo MEC para a aprovação da abertura de novos cursos superiores, cujo prazo geralmente se estendia por até dois anos, a rede de ensino passou a adquirir faculdades isoladas que já possuíam aprovação do MEC. Eram escolhidas faculdades com cursos que não exigiam grandes investimentos na área laboratorial, geralmente em dificuldades financeiras, o que baixava seu custo de aquisição. Depois que a compra da faculdade era realizada e aprovada no MEC, o que exigia um procedimento legal que não ultrapassava 120 dias, providenciava-se sua transferência para o imóvel em que funcionava a mantenedora da rede em São Paulo.

Nessa mesma época, H decidiu criar uma universidade agrupando as várias faculdades adquiridas. A principal razão era que esse tipo de instituição tinha permissão legal de abrir qualquer modalidade de curso superior, a qualquer tempo, sem aprovação prévia do MEC. Em termos econômicos, isso permitia um melhor aproveitamento dos recursos, pois o investimento feito não teria de aguardar por anos a decisão do governo até ser aprovado e começar a gerar receita. Além disso, podiam-se aproveitar com maior agilidade as oportunidades de mercado, por exemplo, implantando quase que de imediato os cursos que fossem os mais procurados pelos concluintes do segundo grau.

Como primeiro passo para a criação da universidade, foi aberta, no mesmo local da sede da rede, uma nova empresa – esta sem fins lucrativos, porém sob a direção de H –, que passou a ser a mantenedora dessas faculdades isoladas. Isso foi feito porque havia uma exigência legal, na época, de que uma universidade fosse mantida por uma instituição sem fins lucrativos. Além disso, realizou-se uma grande reforma e ampliação no imóvel da sede, com criação de salas de aula com capacidade para 100 a 150 alunos. Esse processo se estendeu até o início da década de 90. Nesse meio tempo, os cursos supletivos foram fechados e também as atividades de alguns colégios da rede foram encerradas.

No início 1990, a rede contava somente com quatro unidades de primeiro e segundo graus, abrigando cerca de 5 mil alunos, o que correspondia a uma redução de cerca de 50% no

número de alunos nesses cursos em relação a 1985. Enquanto isso, as faculdades isoladas haviam alcançado cerca de 3.500 alunos, apesar do desgaste junto aos alunos ocorrido em praticamente todas elas, devido às transferências de sede e aumentos nas anuidades. Apesar dessa situação conturbada, tanto no âmbito do MEC, que fiscalizava a atuação das faculdades, como na sua própria administração interna, a lucratividade das faculdades era sensivelmente maior que dos colégios, principalmente por não haver a limitação do número de alunos por sala, o que permitia uma maior exploração da economia de escala, principalmente nas séries iniciais. Também em 1990, havia sido alcançado o limite mínimo de dez cursos superiores, agrupados conforme o exigido pela legislação e abrangendo as três grandes áreas do conhecimento, denominadas humanas, exatas e saúde, o que era exigido pelo MEC para a criação da universidade.

Em 1992, o MEC autorizou a criação da universidade, que iremos chamar de Universidade A. Nessa época, os colégios da rede haviam reduzido seu número de alunos para cerca de 3.800, abrigados em três unidades educacionais, enquanto os cursos que compunham a recém-criada universidade tinham cerca de 5.200 alunos. É interessante notar que entre 1990 e 1992, enquanto o número de alunos dos colégios da rede decresceu em 24%, o número de alunos dos cursos superiores aumentou em 48,5%. Entre 1992 e 1994, com a abertura de novos cursos, a Universidade A passou a ter cerca de 7.500 alunos, enquanto os colégios reduziam-se para duas unidades, com um total de 2.200 alunos.

O aumento no número de alunos da universidade, associado com o aumento da lucratividade, permitiu que a empresa acumulasse uma respeitável reserva de caixa. Isso foi um fator para que, no final de 1994, fosse dado o grande “salto” de crescimento da Universidade A, quando foi adquirido um imóvel localizado em uma área bastante ampla, em um bairro próximo daquele que o curso de madureza inicial foi instalado. Após uma grande reforma realizada ainda em 1994 e com a abertura de mais 12 cursos superiores nas novas instalações, a Universidade A chegou a mais de 10 mil alunos no início de 1995, com a vantagem de que todos alunos do novo prédio (cerca de 2.500) estavam nos primeiros anos, o que permitia prever um crescimento bastante consistente para os anos seguintes.

Na metade de 1995, foi adquirido um outro imóvel em São Bernardo do Campo, que havia pertencido a uma montadora de veículos, bem como duas áreas bastante extensas e muito próximas. No início de 1996, com a nova unidade em funcionamento, a Universidade A passou a abrigar cerca de 14.000 alunos, chegando a 16.000 alunos em 1997. Com esse

crescimento, novas obras de ampliação tiveram de ser realizadas, tanto nos prédios em São Paulo (duas unidades próprias e uma locada que havia abrigado um dos colégios) como em São Bernardo do Campo. Com a entrada em vigor da Lei de Diretrizes e Bases (BRASIL. LEI n. 9.394, 1996), no final de 1996, que permitia que as mantenedoras de instituições de nível superior tivessem fins lucrativos, H decidiu transformar a mantenedora da Universidade A em uma empresa por cotas de responsabilidade limitada. Isso foi feito em 1997, passando a instituição a arcar com todos os impostos, como qualquer outra empresa que vise lucro. H explicou o motivo dessa decisão afirmando: “Não quero dever nenhum favor ao Estado, nem depender dele para gerir meus negócios”.

Em 1998, o número de alunos chegou a 19 mil na universidade e 1.200 nos dois colégios. Nesse ano, realizaram-se grandes investimentos em laboratórios e pesquisa, contrataram-se pesquisadores cubanos para a área da saúde, além de um pesquisador brasileiro radicado há vários anos nos Estados Unidos, que atuava na área de biologia molecular e passou chefiar o respectivo laboratório. Também foram contratados diversos outros profissionais que atuavam em pesquisas, tudo isso com a finalidade de tentar dar um impulso na área de pós-graduação, que até aquele momento não havia se desenvolvido da mesma forma que a graduação. Naquela época, poder-se-ia dizer que a administração da Universidade A era razoavelmente descentralizada, sendo composta de um reitor (H), que também dirigia a mantenedora, três pró-reitores (Administração, Graduação e Pós- Graduação), um diretor para cada campus universitário (três unidades em São Paulo e uma no ABC) e mais dois diretores para os colégios de primeiro e segundo graus remanescentes.

Em 1999, o número de alunos cresceu para cerca de 23 mil nos cursos superiores, o que representou um crescimento anual de 17,4%, porém o número de alunos nos colégios permaneceu estagnado. Com a conclusão das obras de ampliação realizadas nos campi, novamente houve “folga” no caixa da empresa, o que permitiu a aquisição de mais um grande imóvel, agora em Osasco, que foi reformado no mesmo ano, passando a compor mais um campus no ano seguinte.

Em 2000, com o novo campus em operação, o total de alunos de graduação passou para 26 mil, permitindo que se fizesse a aquisição de mais um imóvel, também no mesmo bairro em que o curso de madureza se iniciou, o qual também foi reformado e adaptado, passando a abrigar alunos a partir de 2001. Porém, os cursos de pós-graduação, abrangendo lato e stricto sensu, não conseguiram o desempenho desejado, mesmo com o gasto de uma

considerável quantia em uma campanha publicitária veiculada na TV, que tinha por foco exclusivamente dar maior visibilidade à pós-graduação. Isso que fez com que o sócio H quase extinguisse a pró-reitoria de pós-graduação, dispensando o pró-reitor e assumindo pessoalmente sua gestão. Também em 2000, no segundo semestre, o pró-reitor administrativo demitiu-se por desentendimentos profissionais com H. Isso fez com que este assumisse ainda essa pró-reitoria.

Essa campanha de recentralização de decisões por parte do sócio H estendeu-se pelos anos seguintes. Enquanto isso, de 2000 a 2004, o número de alunos da graduação permaneceu

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