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7. RESIDÊNCIA SOCIAL E PRÁTICAS EXITOSAS EM SEGURANÇA PÚBLICA

7.3 RESIDÊNCIA SOCIAL EM PERNAMBUCO

Com vistas a uma das mais bem sucedidas instituições na área da Segurança de Políticas Públicas, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, localizada na cidade do Recife, apresenta uma descentralização organizada e eficaz sobre a Inteligência.

Com a aplicação da política pública Pacto pela Vida e o uso do instrumento de Inteligência em Segurança Pública, o Estado de Pernambuco através de seus agentes e gestores conseguiu diminuir a criminalidade no território pernambucano. Eis o que esboça o site da SDS:

Em 2007, data marco do Pacto pela Vida, ocorreram 1.294 mortes contra 826 neste ano. Desde o início do Pacto pela Vida - PPV, o primeiro trimestre de 2014 apresentou a maior diminuição em números absolutos de homicídios. No mesmo período em 2007, data marco do PPV, ocorreram 1.294 mortes contra 826 neste ano. O que representa uma redução de 40,9% na taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais – CVLI, por 100 mil habitantes, na comparação dos períodos. ―O Pacto pela Vida é um modelo de gestão por resultados, assim sendo, estamos sempre mudando nossa forma de atuação. As correções do ponto de vista do policiamento ostensivo quanto das ações de polícia judiciária já foram discutidas para que os ajustes necessários sejam feitos e Pernambuco continue reduzindo a violência‖, disse o Secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho.

Creio que, um dos pontos desta eficácia, seja o colocar deste planejamento da Segurança de Políticas Públicas em uma secretaria que não a própria Secretaria de Segurança Pública - SSP, mas a de Defesa Social. Isto fez com que a comunidade, a sociedade pernambucana se aproximassem do Estado e este delas.

A esta integração da Segurança Pública pelas finalidades das ações de Governo, os direitos do cidadão como educação, saúde, moradia, trabalho, lazer e o convívio pela paz social, pela ordem pública foram respeitados e a criminalidade diminuída.

A Estrutura Organizacional da Secretaria de Defesa Social do Pernambuco- SDS/PE, para o cumprimento de suas finalidades, está disponível no site da SDS/PE, no qual apresenta:

Para cumprimento de suas finalidades, a estrutura organizacional da Secretaria de Defesa Social se dá por funções e por sistemas, agindo para cumprimento das ações programáticas do Governo, constantes do Plano Plurianual de Investimentos, da Lei de Diretrizes Orçamentárias; dos orçamentos anuais do Estado, e das diretrizes e políticas públicas traçadas pelas Câmaras temáticas do Conselho Deliberativo de Políticas e Gestão Públicas, visando fim determinado e controle de resultados. A estrutura básica da Secretaria de Defesa Social, por funções, é a constante no seu Regulamento, aprovado pelo Decreto nº 30.290, de 21 de março de 2007.

A estrutura básica, por sistemas, é representada pela Secretaria Executiva de Defesa Social, Secretaria Executiva de Gestão Integrada, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, gerências e superintendências administrativamente subordinadas ao Secretário de Defesa Social e, no caso das superintendências, vinculadas tecnicamente em sua atuação, às Secretarias de Planejamento, da Fazenda e de Administração e Reforma do Estado.

O que se pode observar na gestão pública no Governo de Pernambuco é uma descentralização na gestão para maiores e melhores resultados, porém com uma mediação do Chefe de Estado, pelo Poder Executivo garantindo a continuidade dos programas como o Pacto pela Vida.

À Segurança de Políticas Públicas tem-se ainda o apoio da Inteligência em Segurança Pública que fortalece o processo decisório para um saldo positivo na erradicação da criminalidade e da violência no Estado.

Da mesma forma que ocorre no Estado, pela descentralização da gestão, mas com um gestor intermediador do processo de construção do conhecimento para as práticas exitosas, na ISP de Pernambuco ocorre o mesmo procedimento o que garante à sociedade uma aplicação de política pública a favor das instituições policiais.

O envolvimento de atores da ISP deve ser salvaguardado, na sua totalidade, bem como, todo o aparato desta especialidade, por se tratar de um instrumento sensível e cobiçado por forças adversas.

Para o Governo de Estado de Pernambuco e sua Secretaria de Defesa Social - SDS, em seu Plano de Trabalho Projeto de Fortalecimento do Sistema Estadual de Inteligência de Segurança Pública de Pernambuco – PFSISPP, de 2008:

A sociedade brasileira vem sendo aterrorizada nos dias atuais pela ação das organizações criminosas que agem em nosso país. Pernambuco exibe hoje níveis alarmantes de criminalidade, ostentando um dos maiores índices de homicídios no Brasil, principalmente por armas de fogo. A ação organizada e sistemática de grupos criminosos envolvidos com o narcotráfico, roubos a bancos, a veículos e ainda grupos de extermínios, parece dar causa a boa parte dessa situação. O sigilo que cerca as atividades de traficantes de drogas, quadrilhas especializadas em diversas tipificações criminais, implica na necessidade de aprimorar processos que envolvem a Inteligência como parceira da clássica investigação policial realizada pelos órgãos de segurança pública.

A atuação Inteligência em Segurança Pública desempenhada pela SDS, com continua qualificação e aperfeiçoamento de seus agentes, promovendo a integração operacional: Inteligência e Polícia, Inteligência e Investigação, fortalecendo a luta contra a criminalidade, contra a violência no Estado, passou e é, como nas demais agências de Inteligência, vista como o inimigo oculto das forças adversas, as organizações criminosas que, a todo instante, reorganiza-se para enfrentar o Poder Público e combater, eliminando seus adversários que neste caso são os agentes da lei, policiais e agentes da inteligência, os quais não deixam de ser policiais.

A partir do entendimento da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco – SDS/PE de que, para se realizar uma política pública de segurança pública era preciso, antes de mais nada, agir com a preparação de seus agentes para a ampliação de suas ações conjuntas com a esfera pública, saúde, trabalho, social, lazer.

A estruturação da Inteligência em Segurança Pública no Estado de Pernambuco coube na missão da SDS em ―promover a defesa dos direitos do cidadão e da normalidade social, através dos órgãos de segurança pública, integrando as ações do Governo‖, conseguiu auxiliar as decisões dos gestores para um desenvolver com eficácia do programa Pacto pela Vida. Com o olhar científico crítico analítico da ISP, o Estado passou a trabalhar com outros padrões.

Mudar paradigmas estabelecidos como certos. Olhar para trás e observar o que pode ser melhorado sobre a forma tradicional de realizar Segurança Pública e promover um estado de paz à sociedade é preciso investir, aprimorar, qualificar, dar condição de vida digna aos operadores do sistema de Segurança Pública, como apresenta o Projeto de Fortalecimento do

As formas tradicionais de investimentos em segurança pública, ainda que extremamente necessárias, parecem não ser suficientes para produzir o impacto necessário sobre a violência, conforme esperado pelas autoridades e a sociedade em geral. Assim é que o fenômeno da criminalidade vem demandando a mobilização de novos recursos humanos e tecnológicos disponíveis.

Ou seja, para uma mudança no Sistema de Segurança Pública, investir apenas não é o suficiente para que se tenham resultados favoráveis para a sociedade como a redução da criminalidade, da violência. É necessário um todo de preocupação sobre aqueles que desenvolvem a Segurança Pública e, especificadamente, para aqueles que operacionalizam, realizam a Atividade de Inteligência em Segurança Pública.

É preciso que o Estado, não só o de Pernambuco, mas o do Rio Grande do Sul, o da Bahia, o do Distrito Federal e os demais percebam que a atividade da ISP não está a contenta, pois não basta uma eficácia na prática de inteligência por um agente bem formado ―nas técnicas de inteligência, equipamentos diferenciados e que permitam uma ação sigilosa e eficaz onde as informações provenientes da busca e coleta não sejam alvo de ações dos elementos adversos‖ (PFSISPP, 2008, p. 3).

Não nos cabe apenas a salvaguarda e proteção das informações e conhecimento produzidos para subsidiar os governos, os gestores máster nas tomadas de decisões. É preciso uma preocupação muito maior a proteção, salvaguarda de seus agentes, dos métodos e procedimentos, das técnicas, do sistema operacional como um todo, para que ações danosas de forças adversas não interfiram no processo, não cooptem e mitiguem agentes e informações, não destruam o instrumento de Inteligência em Segurança Pública.