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a) resultados das operações da Companhia, em especial: (i) descrição de quaisquer componentes importantes da receita;

Receita Líquida

2017 A.V. 2016 A.V. A.H.

Comércio físico 11.000.183 60,7% 10.372.345 54,7% 6,1% Comércio eletrônico 7.120.777 39,3% 8.601.311 45,3% -17,2%

2015 A.V. 2014 A.V. A.H.

Comércio físico 9.746.712 52,0% 8.737.797 52,3% 11,5% Comércio eletrônico 9.013.779 48,0% 7.963.835 47,7% 13,2% No varejo físico, a Companhia se dedica ao comércio de varejo de produtos de consumo, por meio de 1.306 lojas no exercício social findo em 2017, e 1.127, 1.041 lojas físicas nos exercícios findos em 2016 e 2015, respectivamente.

Em 2017, o crescimento do Marketplace permitiu à B2W Digital acelerar a mudança do seu modelo de negócios, de e-commerce (Vendas Diretas/1P) para modelo híbrido de plataforma digital (combinação de Vendas Diretas/1P, Marketplace/3P e Serviços). O ano de 2017, marcou a transição do Plano Estratégico de transformação do modelo de negócios (2017-2019), com a migração de itens/linhas de produtos do 1P para o 3P. Em 2017, importante ano de transição para a Companhia, a B2W Digital apresentou crescimento de 3,1% no GMV Total (indicador que considera todas as vendas transacionadas na plataforma, incluindo vendas diretas de estoque próprio e de terceiros na plataforma de Marketplace). Esse crescimento foi principalmente impulsionado pelo Marketplace, que cresceu 108,0% no período.

(ii) fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais.

Em 2017, as principais variáveis macroeconômicas apresentaram resultados em linha com o movimento de princípio de retomada do crescimento da economia brasileira. O Produto Interno Bruto (PIB) do País, segundo dados divulgados pelo IBGE, apresentou um avanço de 1,0%, com a economia brasileira voltando a crescer após dois anos de recessão. Diante deste cenário, o varejo apresentou avanço no volume de vendas de 2,0% em 2017, o melhor resultado da série histórica divulgada pelo IBGE desde dezembro de 2014. Ainda, a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou uma taxa acumulada de 2,95%, a menor variação anual desde 1998 sendo o primeiro resultado abaixo do piso estabelecido pelo regime de meta do Conselho Monetário Nacional – em vigor desde 1999.

Apesar do cenário desafiador de retomada e dos baixos níveis de inflação, a Companhia acredita que a combinação do amplo mix de produtos, baixa concentração de vendas nas diversas categorias ofertadas dentro das lojas, potencial de expansão e modelo múltiplo e complementar geram oportunidades de ganho de mercado. Durante 2017, a Lojas Americanas controladora apresentou crescimento de 6,1% na receita líquida, de 4,5% na receita líquida no conceito “mesmas lojas” e de 3,6% no EBITDA Ajustado, atingindo 20,0% de margem EBITDA Ajustada no exercício. Os resultados alcançados demonstram a resiliência do modelo de negócio.

10.2 - Resultado operacional e financeiro

crescimento em mercadorias de menor valor, como produtos de higiene e beleza e alimentos. A “Intenção de Consumo das Famílias – ICF”, publicada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC), foi menor em todos os meses de 2016 quando comparado ao mesmo período de 2015, o índice permanecendo ao longo do ano abaixo da zona de indiferença, o que indica uma percepção de insatisfação com a situação atual. O cenário tributário brasileiro foi sensivelmente alterado no início do ano, principalmente em relação ao ICMS através de medidas como o Convênio 92/2015 que alterou a substituição tributária de diversas mercadorias negociadas pela Companhia, juntamente com a elevação da carga tributária em 19 estados e ainda com a Emenda Constitucional 87/2015 que estabeleceu a transição progressiva do pagamento que deixa de ser integralmente recolhido pelo estado de origem da mercadoria e passa ser pago parte na origem e parte no destino. Nos últimos meses de 2016, começaram a surgir sinais de melhoria no cenário econômico nacional, como a redução da SELIC e a aprovação de medidas que visam maior controle dos gastos públicos, porém os seus efeitos apenas poderão ser percebidos ao longo do próximo ano. Apesar do cenário desafiador, a Companhia apresentou um crescimento de 3,3% na receita bruta e realizou a abertura de 93 lojas em 2016 no comércio físico apresentando um crescimento de 7,6% na receita bruta. No e-commerce, houve a aceleração da migração das vendas diretas para o modelo de Marketplace, que é um serviço de vendas comissionado para terceiros através da plataforma de negócios da Companhia.

O ano de 2015, foi marcado pelo desdobramento natural das crises política, social e econômica, que repercutiram negativamente na “Intenção de Consumo das Famílias – ICF” que reduziu de 36,1% entre janeiro e dezembro de 2015. Nesse contexto, ocorreu um acirramento drástico da concorrência, com todos buscando conquistar os mesmos poucos clientes. Ou seja, o ano terminou um pouco mais difícil do que começou, superando as previsões menos otimistas para o ano. Realizamos a abertura de 92 lojas e apresentamos um crescimento de 11,9% da receita bruta.

O PIB é formado por diversos fatores macroeconômicos que definem basicamente o nível de aquecimento da economia. De modo geral, a Companhia apresenta baixa correlação com a variação do PIB ao longo dos anos. Em períodos de aquecimento da economia a Companhia se beneficia pelo aumento do nível de consumo, porém menos que o comércio especialista, devido as características generalistas da Companhia, porém em períodos de desaquecimento da economia a Companhia, ainda que afetada adversamente, é menos afetada do que o comércio especialista.

A tabela abaixo indica a evolução dos índices macroeconômicos de maior relevância para as atividades da Companhia nos exercícios fiscais de 2017, 2016 e 2015:

Exercícios fiscais findos em 31/12

2017 2016 2015 Crescimento do PIB (%) (1) 1,0 (4,6) (3,8) Inflação (IGP-M) (%) (2) (0,52) 7,2 10,5 Inflação (IPCA) (%) (3) 2,95 6,3 10,7 CDI (%) (4) 9,93 14,0 13,2 TJLP (%)(5) 7,1 7,5 6,3 Taxa SELIC (%)(6) 7,0 14,1 13,4 Valorização (desvalorização do real perante o Dólar)

1,5 (16,5) 47,0

Taxa de câmbio (fechamento) R$ por US$1,00(7)

3,3 3,3 3,9

Taxa média de câmbio R$ por US$1,00(8)

3,2 3,5 3,3

10.2 - Resultado operacional e financeiro

(2) Índice Geral de Preços ao Mercado, conforme divulgado pela FGV. (3) Índice de Preços ao Consumidor Amplo, conforme divulgado pelo IBGE. (4) Taxa média dos certificados de depósito interbancário no Brasil.

(5) Taxa de Juros de Longo Prazo (“TJLP”) exigida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (“BNDES”) em seus financiamentos nessa modalidade.

(6) Taxa básica de juros, conforme estabelecida e divulgada pelo Banco Central do Brasil. (7) Taxa de câmbio (venda) no último dia de cada exercício, conforme divulgada pelo Banco Central do Brasil.

(8) Média da taxa de câmbio (venda) no último dia de cada mês, conforme divulgada pelo Banco Central do Brasil.

b) variações das receitas atribuíveis a modificações de preços, taxas de câmbio, inflação, alterações de volumes e introdução de novos produtos e serviços

A receita da Companhia é impactada diretamente pelas alterações no volume de vendas, modificações de preços bem como pela introdução de novos produtos em seu portfólio. Como varejista, a Companhia repassa as variações nos custos (positivas ou negativas) para seus clientes, podendo este repasse afetar seu volume de vendas. Além disso, mudanças tributárias e na legislação poderão afetar as métricas de receita e custos da Companhia. Variações cambiais afetam diretamente os preços dos produtos importados.

c) impacto da inflação, da variação de preços dos principais insumos e produtos, do câmbio e da taxa de juros no resultado operacional e no resultado financeiro da Companhia, quando relevante.

Um aumento significativo da inflação poderá afetar os custos e despesas operacionais da Companhia.

Substancialmente, todos os gastos em caixa e despesas operacionais da Companhia são realizados em Reais e tendem a aumentar de acordo com a inflação porque os fornecedores de mercadorias e prestadores de serviços tendem a elevar os preços para refletir as perdas em virtude da inflação.

No que se refere à variação cambial, a Companhia continua reafirmando seu compromisso com a política conservadora de aplicação do caixa, manifestada pela utilização de instrumentos de hedge em moedas estrangeiras para fazer frente a eventuais flutuações do câmbio, seja em relação ao passivo financeiro, seja para sua posição de caixa total. Estes instrumentos anulam o risco cambial, transformando o custo da dívida para moeda e taxa de juros locais (em percentual do CDI).

No que se refere a taxas de juros, a alta das taxas de juros poderá impactar no custo de captação de empréstimos pela Companhia como também no custo do endividamento, vindo a causar aumento de suas despesas financeiras. Este aumento, por sua vez, poderá af etar adversamente a capacidade de pagamento de obrigações assumidas pela Companhia, na medida em que reduzirá sua disponibilidade de caixa. Descasamentos entre índices contratados em ativos versus passivos e/ou altas volatilidades nas taxas de juros, ocasi onam perdas financeiras para a Companhia.

10.3 - Eventos com efeitos relevantes, ocorridos e esperados, nas demonstrações