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Resultados da geração de tecnologias para o trabalhador;

CAPÍTULO III Abordagem Metodológica

Tecnologias 19. Resultados da geração de tecnologias para o trabalhador;

Resultados da EPT

21. A inserção dos egressos no mercado de trabalho; 22. A inserção do estudante no mercado de trabalho; 23. Identificar o itinerário formativo dos egressos dos IF;

24. Fatores de equidade (egressos da rede pública, da rede privada); 25. Perfil socioeconômico dos concluintes;

26. A percepção do estudante com relação ao professor; 27. A percepção do estudante com relação ao curso;

28. A percepção do estudante de como ele se vê como cidadão; 29. A satisfação do estudante com a instituição de ensino;

30. Distinguir os resultados do ensino técnico integrado à educação básica, do ensino técnico concomitante e do técnico subsequente.

Fonte: entrevistas com gestores, docentes e egressos dos Institutos Federais (2011)

A partir dos temas levantados, dispostos no Quadro 12, partimos para a elaboração dos indicadores específicos da educação profissional nos IF, conforme previsto nos objetivos deste estudo.

4.2. Indicadores da Educação Profissional e Tecnológica Federal

A princípio, quando este estudo foi iniciado, poderíamos supor que dentro dos sistemas de avaliação da educação básica e superior a EPT entraria como uma espécie de intersecção. No entanto, com base em Bertolin e Rezende e Jannuzzi, a proposta de construção de um painel de indicadores para subsidiar uma análise sistêmica nos pareceu mais adequado. Dessa forma, a construção de um painel de indicadores específicos da educação profissional tornou-se um dos nossos objetivos.

Pretendia-se, a partir da percepção dos atores dos Institutos Federais identificar as especificidades da EPT, entretanto, o que se mostrou realmente específico foram três elementos: a docência para a EPT, pelos aspectos pedagógicos e institucionais; a pesquisa pelo caráter educacional envolvendo estudantes do ensino médio, do PROEJA, da graduação e da pós- graduação, de forma a aproximar a instituição de sua realidade na qual está inserida a fim de colaborar no desenvolvimento local; e os egressos, pela possibilidade de atuação em rede, os Institutos teriam ferramentas para realizar uma preparação do estudante para prestar informações de um a dois anos após a conclusão do curso.

Dessa forma, para construir um painel de indicadores específicos decidiu-se tomar por base o painel da educação superior, elaborado por Bertolin (2007) e acrescentar os cursos técnicos de nível médio, as especificidades citadas e os resultados nos exames do ensino médio, o

ENEM. O painel da educação básica elaborado por Rezende e Jannuzzi (2008) também foi considerado.

Com base em Jannuzi (2004), Belloni (2003) e Cassiolato (2007), analisamos as três especificidades citadas acima (docentes, pesquisa e egressos) a partir de critérios de avaliação de política pública tais como eficácia, eficiência, efetividade, sustentabilidade e equidade.

Os docentes, especialmente a capacitação do docente para a EPT, cuja especificidade apontada envolve a formação pedagógica e a formação específica para educação profissional, podendo-se incluir o corpo técnico da instituição e um espaço de discussão sobre a EPT, se insere no critério de eficácia e de sustentabilidade do processo educacional. O primeiro como elemento que gera a qualidade do processo educacional e o segundo como a capacidade de que os resultados obtidos se mantenham e produzam seus efeitos ao longo do tempo.

Consta na Lei 11.892/08 como um dos objetivos ministrar em nível de educação superior ―cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com vistas na formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e para a educação profissional.‖ Essa seria a condição, pré-estabelecida por Lei, de se desenvolver uma política de formação específica para profissionais da EPT.

Sobre a pesquisa produzida nos IF, ela está relacionada aos critérios de eficácia e eficiência.

A eficácia por identificar a qualidade do processo educacional, por ser um recurso metodológico que potencializa o ensino, além de inserir estudantes de diversos níveis de formação, ainda pode aproximar os processos educacionais da realidade local. Essa concepção converge com os comentários da Lei 11.892/08 referente ao inciso II do artigo 6º:

pesquisa enquanto princípio educativo, entendendo-a como o trabalho de produção do conhecimento, como atividade instigadora do educando no sentido de procurar respostas às questões postas pelo mundo que o cerca, como estímulo a criatividade. Ao mesmo tempo coloca como eixo orientador dos processos investigativos as questões suscitadas pelas necessidades sociais considerando as singularidades econômicas, sociais e culturais de cada região. (SILVA, 2009, p. 38)

E a eficiência no sentido da otimização dos recursos utilizados, ou seja, com os mesmos recursos destinados à formação e pesquisa beneficiar além da própria comunidade acadêmica, a comunidade externa local, conforme a citação anterior e a seguinte:

O inciso V determina como uma das finalidades dos Institutos o ensino de ciências, ressaltando que tais instituições ou os profissionais por ela formados ou em formação devem se ocupar particularmente com a aplicabilidade dos conhecimentos científicos. O texto nos indica que também é cara à concepção dos institutos o empirismo nos processos investigativos. Estas características demonstram a opção por uma determinada forma de pesquisar e ensinar que supõe sua base em um problema concreto sob o qual devem ser testadas possíveis soluções, exigindo do educando um posicionamento crítico. (SILVA, 2009, p. 39)

A esse fator acrescentam-se as tecnologias, pois, ao que parece o papel dos IF está mais voltado para o desenvolvimento de tecnologias sociais para soluções locais do que para o desenvolvimento de tecnologias no sentido de superar a ―dependência externa e (o) atraso no âmbito científico-tecnológico‖ (BERTOLIN, 2007, p. 326). Conforme citação abaixo, a distribuição mundial das atividades de ciência e tecnologia é altamente desigual, conforme demonstra a citação seguinte:

de acordo com Guimarães, a distribuição mundial das atividades de ciência e tecnologia é altamente concentrada, conforme demonstram indicadores, tais como gastos em pesquisa e desenvolvimento (indicadores para análise de políticas), nos quais a parcela dos países desenvolvidos está em torno de 97% do total, e patentes e invenções (indicadores de resultados), nas quais a participação os países periféricos gira em torno de 6% do total, incluindo-se, aí, as patentes de propriedade de firmas estrangeira (aproximadamente 80%). Na relação com o PIB, os países periféricos que, devido ao seu processo de desenvolvimento, possuem um sistema científico e tecnológico, relativamente pouco desenvolvido, investem menos em pesquisa e desenvolvimento que as economias industrializadas, que já contam com um sistema de ciência e tecnologia avançado. (CATTANI, 2002, p. 319)

Com relação aos egressos da instituição, há, certamente, uma dificuldade em captar sistematicamente essas informações, mas há também uma necessidade evidente em obtê-las, manifestadas por alguns dos entrevistados e pela tendência atual demonstrada em pesquisas internacionais, conforme Mitchell (et al. 2006) e pelos dados estatísticos da PNAD e do INEP. Dados de egressos correspondem à efetividade social potencialmente, que é um critério que corresponde à adequação da EPT às necessidades técnicas e sociais do estudante e/ou trabalhador, dentro do contexto das transformações sociais e tecnológicas e das implicações em sua vida profissional e social.

Assim, conforme dissemos anteriormente, elaboramos os indicadores demonstrados no Quadro 13, estruturados de forma sistêmica para avaliar e acompanhar a educação profissional,

especificamente na Rede Federal de Educação Profissional. Essa construção seria, na verdade, um ajuste para incluir a educação profissional, no que diz respeito aos cursos técnicos, à Formação Inicial e Continuada – FIC e à extensão, à capacitação docente, à pesquisa aplicada, às publicações científicas por eixo tecnológico e à dedicação do docente nos níveis básico e superior.

Quadro 13 - Indicadores da EPT

Entradas ou Insumos

Investimento em educação

1. Porcentagem de investimento no ensino técnico de nível médio em relação ao PIB;

2. Porcentagem de investimento estatal em EPT em relação ao total investido em educação;

3. Investimento com EPT por discente.

Investimento em

pesquisa 4. Investimento total em pesquisa aplicada.