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Parte I – Introdução

2. Resultados e Discussão

Os animais incluídos neste estudo tinham uma idade que variava entre os 3 e os 9 anos.

O grupo com metrite apresentava uma média de idades de 4 ±1,2 anos, sendo estes valores semelhantes aos do grupo controlo (P= 0,579) (Figura 7).

Figura 7 - Distribuição etária do número de animais em cada grupo.

O diagnóstico de metrite dispersou-se por diferentes semanas após o parto. A maior parte dos casos de metrite (n=11; 57,9%), foram diagnosticados entre a primeira e a segunda semana pós-parto, sendo detetados apenas 8 casos clínicos (42,1%) nas semanas seguintes (Figura 8). Estes resultados são suportados pelos trabalhos de Sheldon et al, (2008), que refere que 25 a 40% dos casos de metrite são diagnosticados nas duas primeiras semanas após o parto e que, em 20% dos casos, a doença progride posteriormente para endometrite. Embora no nosso estudo os valores encontrados sejam superiores (57,9% de casos nas duas primeiras semanas vs. 42,1% nas semanas seguintes), a incidência da patologia apresenta alguma variabilidade, em particular devido aos critérios de classificação da mesma. Por outro lado, não podemos excluir os reflexos do período socioeconómico delicado que o sector leiteiro atravessa atualmente, e que poderá também condicionar as práticas de maneio e de prevenção da doença utilizadas nas explorações. Uma redução na mão- de-obra, ou uma atitude menos proactiva na identificação e correção de situações clínicas poderão resultar num maior número de vacas afetadas.

3 Anos 4 Anos 5 Anos 6 Anos 7 Anos 8 Anos 9 Anos

Controlo 3 11 6 2 0 0 1 Metrite 5 6 4 3 1 0 0 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% N ú m e ro d e A n im ais

Figura 8 - Distribuição dos animais pelos grupos metrite e controlo em função das semanas pós-parto.

Três das fêmeas diagnosticadas com metrite (15,8%) eram primíparas, sendo as restantes 16 multíparas (84,2%). O grupo controlo integrava dois animais primíparos (8,7%), sendo as restantes 21 fêmeas multíparas (91,3%).

Os animais dos dois grupos encontravam-se distribuídos de forma relativamente semelhante (P = 0,448) segundo a paridade, com exceção do grupo de vacas de puerpério normal e segunda lactação (n=14) que eram num número superior às vacas com metrite do mesmo escalão (n=7) (Figura 9). A média da paridade nos animais do grupo controlo foi 2,5 ±1,2, e de 2,5 ±0,9 no grupo metrite. O diagnóstico de metrite pós-parto foi mais frequente em fêmeas com 2 e 3 partos (36,8% e 31,5% respetivamente), sendo menos comum nas fêmeas primíparas ou com quatro ou mais partos (15,8% em ambos os casos).

Figura 9 - Distribuição do número de animais por paridade nos grupos com e sem diagnóstico de metrite.

3 5 8 6 2 6 2 3 4 3 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1ª spp 2ª spp 3ª spp 4ª spp ≥ 4 spp Metrite Controlo n 3 2 7 14 6 4 3 2 0 2 4 6 8 10 12 14 16

Parto 1 Parto 2 Parto 3 Parto ≥ 4

Metrite Controlo

Nem a idade nem a paridade foram associadas à ocorrência de

0,579 e 0,448, respetivamente), o que neste trabalho poderá ser devido à pequena dimensão da amostra em cada categoria de paridade. No entanto, é controversa a existência de um eventual efeito da idade e o da paridade das vacas leiteiras sobre a ocorrência de metrite no período pós-parto (Kaneene e Miller 1994). Alguns estudos reportam a existência de uma associação positiva entre a ocorrência de metrite e o aumento da idade, assim como com o número de partos ou o número de lactações (Etherington et al. 1985, Bruun et al. 2002, Urton et al. 2005), existindo também estudos que descrevem uma maior incidência em fêmeas primíparas (Bartolome et al. 2014). Contudo, outros existem que, à semelhança do trabalho agora apresentado, referem a ausência de uma associação entre estes parâmetros (Grohn et al. 1990, Bartlett et al. 1986). Esta discrepância de resultados poderá ser devida a diferenças na categorização da idade e/ou da paridade das fêmeas nos diferentes estudos. Ainda assim, a existência de uma associação significativa entre a ocorrência de metrite e o primeiro parto, segundo alguns autores, pode estar relacionada com uma predisposição das fêmeas primíparas para lesões a nível do canal obstétrico aquando do parto, o que aumenta o risco de desenvolvimento de infeção uterina (Bruun et al. 2002).

Por outro lado, as fêmeas primíparas por estarem na sua primeira lactação encontram-se menos predispostas a apresentarem défices metabólicos pronunciados no período de transição, e por isso mesmo ultrapassáveis de forma mais eficaz do que em vacas pluríparas, que provém de uma lactação prévia (Lessard et al. 2004).

A maioria das fêmeas utilizadas neste estudo mostrava uma condição corporal relativamente uniforme e dentro dos limites desejados no peri-parto (Figura 10), sendo a média de 3 numa escala de 5: a média de cada grupo foi de 2,95 ± 0,28 nas fêmeas diagnosticadas com metrite, e de 3 ± 0,20 nas vacas com pós-parto normal. Em ambos os grupos a moda e a mediana da condição corporal correspondeu a 3.

Não foi encontrada associação estatística entre a condição corporal das

contrariar a bibliografia encontrada, que refere que a condição corporal da vaca leiteira terá um papel preponderante para o pós-parto do animal no que respeita à ocorrência de patologias do pós-parto, incluindo a metrite (Hoedemaker et al. 2009, Bicalho et al. 2010, Sordillo 2016). No entanto, a pequena variabilidade dos níveis de condição corporal poderá estar na origem dos nossos resultados, já que a maior parte dos animais evidenciava condição corporal ideal ao parto, sendo os extremos de magreza e obesidade praticamente inexistentes. Os dados do nosso estudo, por outro lado, sugerem que os proprietários das vacarias nele representados mantêm os seus

animais sob um maneio nutricional adequado no final da gestação e durante o período de transição.

As situações relacionadas com a facilidade ao parto (eutócico vs. distócico) encontravam-se igualmente distribuídas pelos dois grupos de animais (Figura 11): foram registados 21% e 17% de partos distócicos respetivamente para os grupos metrite e controlo, não sendo estas diferenças estatisticamente significativas.

Figura 11 - Classificação e frequência do tipo de parto das fêmeas incluídas nos grupos com metrite e de

controlo.

A ocorrência de distócia é apontada como um dos fatores predisponentes para a ocorrência de metrite, não só pela maior probabilidade de quebra da integridade uterina, mas também pelo maior risco de patologias predisponentes da metrite, nomeadamente a retenção placentária (Correa et al. 1993, Bruun et al. 2002, LeBlanc et al. 2002b). Assim, seria de esperar que existisse uma associação positiva entre o tipo de parto e a ocorrência da doença. Contudo, no nosso estudo isso não se

79% 21%

Metrite

83% 17%

Controlo

Eutócico Distócico 0% 20% 40% 60% 80% 100% 1 2 2,5 3 3,5 4 5 Controlo 0 0 1 19 1 0 0 Metrite 0 1 1 16 3 0 0 condição corporal

Figura 10 - Distribuição das fêmeas de acordo com a sua condição corporal (pontuada numa escala de 5

verificou (2= 0,682), o que poderá ter a ver com o facto de a amostra ser relativamente pequena, ou ainda pela distribuição do período de diagnóstico ser mais longa do que o tradicionalmente contemplado para a caracterização de metrite pós- parto (Sheldon et al. 2006).

Em contraste, encontrou-se uma forte influência da existência de retenção placentária sobre a incidência de metrite. A ocorrência prévia de retenção placentária foi registada em 14 (73,3%) e 5 (21,7%) animais nos grupos com diagnóstico de metrite e controlo, respetivamente (Figura 12). A ocorrência de retenção placentária no 2 =0,020) nos animais do grupo metrite (14 em 19; 73,3%) do que nos animais do grupo controlo (5 em 21; 21,7%) (Figura 12).

Figura 12 – Representatividade de retenção placentária no último parto em vacas dos grupos metrite

(n=19) e controlo (n=23).

De acordo com a bibliografia disponível, 25 a 55% dos casos de MPP possuem um historial de RP prévia (LeBlanc 2008). Pensa-se que a razão desta associação resulte de uma combinação de fatores, como as lesões que ocorrem no endométrio, o estabelecimento de um meio ótimo para a invasão e crescimento bacteriano e a supressão, associada à presença de BEN, da capacidade fagocitária dos leucócitos (Beagley et al. 2010). No entanto, no trabalho agora apresentado, a frequência encontrada de RP em vacas com metrite foi superior à sugerida por Leblanc. Contudo, partindo da premissa proposta por este autor, que sugere que tanto a RP como a MPP são consequência de um sistema imunitário deprimido, característico do período de transição, iniciado há pelo menos duas semanas antes do parto, teria sido vantajosa uma monitorização cuidada do pré-parto das vacas leiteiras incluídas. A quantidade de matéria seca ingerida, a evolução da condição corporal e a medição dos CC no pré-

73,7 21,7 26,3 78,3 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Grupo metrite Grupo controlo

sem RP com RP

parto permitiriam tirar conclusões mais precisas, relativamente aos fatores individuais que poderão ter originado esta diferença pelo motivos previamente mencionados tal não foi possível.

No presente trabalho, o risco relativo para a ocorrência de metrite em vacas com RP ao parto foi quase 3 vezes superior (RR=2,974) ao encontrado em animais sem RP (RR= 0,295). A razão de probabilidades (odd ratios) estimada neste trabalho mostra que os animais com RP teriam uma probabilidade 10 vezes mais elevada de terem um diagnóstico positivo de metrite (OR= 10,080 para IC de 95%; 2,430 – 41,880). Estes resultados estão de acordo com os descritos na bibliografia consultada, em que o OR varia entre 3,5 e 9,9 (Dohoo e Martin 1984, Curtis et al. 1985, Opsomer et al. 2000, Opsomer 2008).

A medição de corpos cetónicos no sangue para determinação da cetonemia foi realizada em 21 animais, das quais 10 foram relativas a vacas com diagnóstico de metrite e as outras 11 representaram fêmeas com pós-parto normal. Os valores das médias de ambos são semelhantes (P=0,704), embora os valores sejam numericamente mais baixos nas vacas controlo (0,84± 0,40 mmol/L) que no grupo metrite (1,11± 0,91 mmol/L); Também os valores da mediana refletem a mesma semelhança entre os dois grupos (0,85 mmol/L e 0,80 mmol/L, no grupo metrite e controlo, respetivamente). O diagrama de extremos e quartis, representado na Figura 13, mostra esta semelhança, permitindo ainda observar uma dispersão maior de valores em relação à mediana no grupo metrite, quando comparado com o controlo.

Sem possibilidade de comparar com valores circulantes de CC no momento do diagnóstico e os que existiriam por altura do parto, podemos apenas suspeitar de que as vacas incluídas no estudo já tenham conseguido inverter em grande parte o desequilíbrio metabólico associado ao período de transição. No entanto, deveremos ter em atenção que o número limitado de amostras leva a que esta informação deva ser interpretada com cuidado.

Aplicando os critérios de classificação de cetonemia para diagnóstico de condições de cetose, resumem-se na Figura 14 a distribuição de animais pelas categorias sem cetose, com cetose subclínica e com cetose clínica, segundo a semana pós-parto em que se realizou a medição.

Figura 13 - Diagrama de extremos e quartis para os valores circulantes de corpos cetónicos (em mmol/L)

nos grupos metrite e controlo.

Figura 14 - Nível de cetonemia nas fêmeas do grupo controlo e metrite, ao longo das semanas pós-parto

(spp): sem cetose (0,0 a 1,1 mmol/L), com cetose subclínica (1,2 a 2,9 mmol/L) e com cetose clínica (> 2,9 mmol/L).

O risco relativo (RR) para a existência de metrite em animais com cetonemia (CC≥ 1,2; i.e., cetonemia subclínica e clínica, em conjunto) é maior em animais com concentrações de CC aumentadas (RR= 2,2), comparativamente com animais apresentando CC em valores normais (RR= 0,733), o que é suportado pela bibliografia consultada (Duffield et al. 2009, Ospina et al. 2010).

Contrariamente ao esperado, a razão de probabilidades (OR) obtida neste estudo indicou que os animais com níveis de corpos cetónicos menores que 1,2

2 1 1 1 2 4 1 4 1 1 1 1 1 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% S/ Cetose Cetose Subclínica Cetose Clínica S/Cetose Cetose Subclínica Cetose Clínica >4spp 4ªspp 3ªspp 2ªspp 1ªspp

mmol/L, isto é, sem cetose subclínica, ou clínica, teriam uma probabilidade 3 vezes mais elevada de terem um diagnóstico positivo de metrite pós-parto (OR= 3,000 para IC de 95%; 0,411 – 21,881). No entanto é necessário referir que não foi encontrada uma associação positiva entre a presença de valores aumentados de CC e o

2= 0,704).

É frequentemente referida a existência de uma relação positiva entre a ocorrência de cetose e a metrite no pós-parto, em que a presença de valores elevados de CC circulantes estaria associada à ocorrência de MPP (Dubuc et al. 2011, Giuliodori et al. 2013, Berge e Vertenten 2014). Contudo esta informação não é consensual, e existem trabalhos que relatam não ter encontrado qualquer associação entre estes dois problemas (Kaneene e Miller 1994, Curtis et al. 1985, Chapinal et al. 2011).

A falta de consenso reside no facto de a MPP ser uma patologia de etiologia multifatorial que habitualmente surge neste período, podendo os valores aumentados de CC circulantes serem uma consequência da doença e não um fator predisponente. Contudo, a presença de cetose subclínica foi identificada anteriormente ao parto de forma mais frequente do que aquando do diagnóstico da MPP (Duffield 2000). Assim, a variação no delineamento experimental dos diferentes trabalhos que focam a interação entre as duas patologias, poderá estar na origem da falta de concordância entre o resultado dos mesmos.

Para neste estudo conseguirmos identificar a cetose como um potencial fator predisponente da MPP, teria sido importante a realização de medições sequenciais de CC circulantes. Aliada a um maior número de medições, também o momento da realização das mesmas no ciclo reprodutivo da fêmea seria uma condicionante, uma vez que é importante aferir acerca do estado metabólico da vaca leiteira antes do parto e após o mesmo, idealmente antes do aparecimento dos sinais clínicos de metrite assim como a número de animai envolvidos no estudo. Adicionalmente, um maior número de animais incluídos no estudo teria sido de extrema importância.

Considerações Finais

Este estudo, ainda que apresentando algumas limitações, permitiu evidenciar a existência de uma relação positiva entre a metrite pós-parto e a ocorrência prévia de retenção placentária.

Relativamente à definição de metrite pós-parto, esta revelou-se essencial para se poder estimar a incidência da patologia e adequar o tratamento a efetuar (Sheldon et al. 2006). Contudo, em termos práticos, nem sempre se verificou a exata aplicação

da classificação. Isto porque em vários casos o proprietário, ou tratador, deixaram a patologia prolongar-se por mais do que 21 dias, antes de requererem os serviços do médico veterinário e de ser instituída uma terapia adequada.

O tratamento será sempre importante no que se refere à sobrevivência e ao bem-estar dos animais doentes, contudo, a profilaxia desempenha um papel crucial no melhoramento da eficiência produtiva de uma exploração leiteira. O seu objetivo é evitar a infeção e a progressão de doenças, diminuindo o número de intervenções do Médico Veterinário na exploração e as perdas económicas associadas à doença.

Compreendendo o modo como a imunidade da vaca leiteira alta produtora pode ser afetada pelas alterações metabólicas que caracterizam o período de transição, torna-se evidente que o maneio nutricional assume um papel preponderante para a prevenção de patologias de etiologia multifatorial que afetam o peri-parto. Aqui incluem-se não só a metrite pós-parto, mas também a retenção placentária e a cetose, ambas com implicações para o desenvolvimento da infeção uterina (Sordillo 2016, LeBlanc 2014). Partilhando fatores comuns prevenindo-se uma delas as outras poderão vir a estar controladas. Os valores de risco relativo e a razão de probabilidade para a associação entre duas afeções puerperais (metrite/retenção placentária) mostra a necessidade de informar os proprietários e tratadores da necessidade de sinalizar animais com história de retenção placentária para uma monitorização mais apertada, como forma de tentar reduzir a prevalência de metrite nas explorações.

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