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e mobilidade das bancas nas teses de programas brasileiros de pós-graduação

3. Resultados e discussões

Antes de mostrar as relações entre as ciências analisadas são apresentados, brevemente, os dados que caracterizam a CI e CC individualmente.

Inicia-se, apresentando na tab. 1, os 20 autores mais citados na área de Ciência da Informa- ção nas 20 teses analisadas. Observa-se que se trata de um grupo, relativamente, predominante que pode ser considerado, até certo ponto, um núcleo de autores, visto que juntos receberam 12% de todas as citações. Percebeu-se, porém, que a CI citou 1069 autores, mas, desse total, apenas 261 chegaram a ter mais de uma citação.

Tabela 1. Os 20 autores mais citados nas teses defendidas nos programas de Ciência da Informação

Fonte: dados da pesquisa

Já a tab. 2 apresenta os 20 autores mais citados nas teses da área de CC. Percebe-se que a quantidade global de citações é menor na CC (1337) quando comparada com a CI (1751). A quantidade de citações pelo grupo dos 20 autores mais citados é parecida, mas a importância relativa desse grupo de pesquisadores na CC é mais importante que na CI. Em outras palavras, a CC concentra suas citações em um número menor de autores. A partir desses dados, constata-se que a dinâmica de produção do conhecimento dessas duas áreas é diferente e, em certa medida, já existem indícios de que a área de CI é mais interdisciplinar quando comparada com a de CC. Entretanto, a CC se assemelha com a CI, em relação ao grupo de autores com menos de duas citações. Ou seja, a maioria dos autores identificados foi citada apenas 1 vez nessas teses, de maneira semelhante que a CI, ou seja, percebeu-se que a CC citou 884 autores, mas desse total somente 189 chegaram a ter mais de uma citação.

Tabela 2. Os 20 autores mais citados nas teses da área de Ciência da Comunicação

Fonte: dados da pesquisa

Pode-se observar, com esses dados preliminares, que existem afinidades ou relações entre a CI e a CC, visto que já se pode constatar que autores citados na CI também foram citados na CC. Provavelmente, as duas áreas buscam fundamentos em fontes bastante parecidas para construir suas pesquisas. Apenas para exemplificar, destaca-se que o pesquisador José Luiz Braga é o pesquisador mais citado em ambas as áreas (26 vezes citados na CI e 21 na CC).

A fim de aprofundar o estudo das relações entre a CC e a CI, foi realizada a análise de cocitação com o Ucinet, representada, graficamente, na fig. 2. Ela ilustra, ao centro, os 198 autores que foram cocitados (citados tanto pela CC quanto pela CI) e o total de 1170 cocitações (citações recebidas por esse conjunto de autores). Salienta-se que o universo é de 884 autores e 1137 citações em CC (aglomerado à esquerda) e 1069 autores e 1751 citações em CI (aglome- rado à direita). Assim, o total de autores citados pelas áreas foi de 1716, os quais receberam o total de 3088 citações. A partir desse conjunto de dados, destaca-se que 12% dos autores foram cocitados e a quantidade de cocitações dos trabalhos desses autores corresponde a 38%.

Figura 2. Autores citados nas teses das áreas de CI (direita), nas teses de CC (esquerda) e cocitados pelas áreas (ao centro)

Fonte: dados da pesquisa

Esses resultados são muito expressivos, pois evidenciam que existem importantes relações, que podem ser consideradas interdisciplinaridades, entre a CI e a CC. Observa-se, também, que existem evidências de que em teses essas relações são mais perceptíveis quando comparadas com artigos científicos. Em uma pesquisa realizada com dados de citação de revistas científicas nas áreas de CC e CI, Maricato e Reis (2014) identificaram uma relação quantitativamente menor, ou seja, uma relação entre as duas áreas de apenas 1% dos autores cocitados e 4% de cocitações destes. Portanto, pode-se inferir que a pesquisa apresentada em forma de artigo científico, pro- vavelmente pela sua forte objetividade, deixa transparecer menos relação interdisciplinar do que em outros tipos de pesquisas, tais como teses e dissertações.

Os resultados parecem relevantes e indicam relações interdisciplinares interessantes entre as áreas, possibilitando melhor compreensão do fenômeno e propiciando uma melhor construção de ambas. Januário (2010) afirma que “a relação interdisciplinar entre a CI e a CC tem sido cada vez mais estudada dentro de suas áreas de modo a, entre outros aspectos, aproximá-las através das suas particularidades e semelhanças.” (Januário, 2010: 162)

Para uma melhor compreensão dessa dinâmica, apresenta-se na tab. 3 os autores mais coci- tados (que receberam no mínimo dez citações). É interessante observar que esse conjunto de 35 autores receberam 47% do total de cocitações (18% das citações de todo o universo). Portanto, esses dados apresentam um conjunto de autores, extremamente, relevantes para se conhecer os autores que favorecem o diálogo entre as áreas de CC e CI.

Destaca-se, porém, que existem assimetrias na distribuição de citações entre as áreas. Na tab. 3, pode-se perceber, por exemplo, que os autores Braga, Barbero, Castells, Maldonad e Cogo têm, relativamente, uma média de citação similar entre as áreas de CC e CI. Já os autores Quéré, Bourdieu e Verón apresentam uma quantidade citação acentuada para a CC. Por outro lado, os autores Fausto Neto e França foram mais citados pela CI.

Tabela 3. Lista dos autores mais cocitados (no mínimo dez citações) nas teses das áreas de CI e CC com alguns termos que remetem às temáticas de pesquisa

Fonte: dados da pesquisa

Evidencia-se na tab. 3, pelos assuntos de pesquisa dos autores cocitados, que os assuntos e autores da área da CC são predominantes, em relação aos assuntos e autores da área de CI. Além disso, é nítida a busca de autores das ciências humanas e sociais, não havendo, entre os mais citados, autores das áreas de exatas ou biológicas.

A partir da tab. 3, pode-se defender a tese de que há maior abertura da CI em relação às outras áreas, inclusive com a CC, podendo, portanto, ser considerado um campo mais interdisciplinar (do que a CC). Isso fica ainda mais evidente quando se analisa a fig. 3, que apresenta a relação entre a CI e a CC por meio das titulações do orientador e componentes da banca. Entende-se que a dinâmica apresentada pode ser utilizada para afirmar que as relações interdisciplinares são maiores na CI do que na CC.

Na fig. 3, apresenta-se quadrados em azul, que representam as teses das áreas de CI e CC e círculos em vermelho representam as titulações de graduação, mestrado e doutorado dos membros da banca. A área de CI está disposta à esquerda e a CC à direita. Observa-se, ao

centro, as titulações que coocorrem, ou seja, as formações em que há mobilidade ou interação de pesquisadores entre as duas áreas, quer seja na formação do orientador ou de um dos membros das bancas (quer seja em nível de graduação, mestrado e doutorado).

Ressalta-se que as cinco titulações mais recorrentes na área de CC foram: Ciência da Infor- mação (43; 24%); Biblioteconomia (17; 10%); Ciências da computação (16; 9%); Sociologia (16; 9%); e Comunicação (13; 7%). Essas cinco titulações mais recorrentes na CI, representam 105 (60%) ocorrências de um total de 176.

Na CC, as cinco titulações com maior representatividade foram: Comunicação (44; 42%); Letras (19; 18%); Literatura (07; 7%) e Sociologia (6; 6%); e Comunicação e Semiótica (5; 5%). Esse conjunto das cinco titulações que mais ocorrem na CC, totalizam 81 (78%) ocorrências, de um total de 104. Constata-se, com esses dados, que a CI possui um conjunto de áreas com as quais mantém relações mais pulverizadas quando comparada com a CC. Apesar dessa constata- ção, os dados demonstram algumas das principais relações mantidas pelas duas áreas a partir da formação dos membros das bancas.

Figura 3. Relação entre as titulações (graduação, mestrado e doutorado) dos participantes das bancas de avaliação das teses de CI e de CC.

Fonte: Dados da pesquisa

Constata-se, na fig. 3, uma maior abertura das bancas de CI para participantes com forma- ções diferentes em relação às bancas da CC. Essa abertura da CI chega, inclusive, às áreas exatas com as engenharias (civil, mecânica, química, ambiental, elétrica, de produção e de sistemas e comunicação) e informática. Comportamento diferente ao da CC, que da área de exatas remeteu a apenas duas formações de membros das bancas, no caso, na área de engenharia civil.

Ao centro da fig. 3, é possível observar as coocorrências, ou pontos de confluência entre as áreas de CI e CC. Um fato interessante foi constatar que as bancas da CI estão abertas para participantes com formação em comunicação (13 ocorrências de formação nas bancas da área de CI), mas o contrário não aconteceu, ou seja, não houve nenhum titulado na área de CI que tenha participado de bancas da área de CC. Cabe aqui frisar que a interdisciplinaridade se diferencia

pela intensidade de trocas que realizam entre especialistas, disciplinas e no interior do projeto específico de pesquisa. Sendo assim, a partir da fig. 3 é possível afirmar que a CI possui maior nível de interdisciplinaridade quando comparado com a CC. A CI, além de mostrar um interesse de certas formações para a CI, também apresenta maior interação com especialistas de outras áreas.

4. Conclusões

Os resultados desta pesquisa não vêm esgotar o assunto, pelo contrário, eles trazem vários questionamentos. É sabido que o objeto de estudo da CI é a informação, algo que “na comple- xidade de categoria abstrata, é de difícil apreensão.” (Pinheiro, 1999: 155). Da mesma forma, entende-se que o objeto comunicação também pode ser enquadrado nessa categoria abstrata e de difícil apreensão.

Ficou evidente neste trabalho que interdisciplinaridade quebra o paradigma da ciência mo- derna, a qual busca incansavelmente a especialização. A interdisciplinaridade apresenta-se como possibilidade de trabalhar o conhecimento para soluções de problemas complexos da contempo- raneidade. Esse pensamento fez surgir as ciências interdisciplinares.

Esta pesquisa evidenciou que a CI estabelece com a CC uma relação interdisciplinar, em maior ou menor grau. Portanto, através da análise de coocorrência e cocitação identificaram-se algumas características semelhantes e relações entre elas. Destaca-se que, sobretudo, a recor- rência de autores mais citados pelos dois campos, cujo percentual é relativamente alto (12% dos autores foram cocitados e a quantidade de cocitações dos trabalhos desses autores corresponde a 38%).

No entanto, as relações entre as formações entre as áreas da CI e CC ainda são, relativamente, tímidas e a CI parece mais aberta a essa relação do que a CC. Na verdade, a partir das análises das formações dos membros das bancas, constata-se que a CI apresenta-se mais aberta a relações interdisciplinares de uma maneira geral. Apesar da importância relativa das participações de titulados na área de CC nas bancas de CI, outras áreas, como a Ciência da Computação, possuem maior predominância.

Destaca-se o fato de que as bancas de CI contam com sujeitos com titulação em Comu- nicação, mas não ocorre o contrário na CC. Questionam-se quais fatores levam esse resultado. Seriam as diferenças entre os assuntos pesquisados? Estaria relacionado com a quantidade maior de titulados na área de CC, com relação à CI, no Brasil, que influenciou essa dinâmica?

Entende-se que o crescimento de relações interdisciplinares podem trazer para essas duas áreas “o enriquecimento recíproco através da interação mútua, ou até mesmo do confronto de teorias e métodos.” Entretanto, devido aos desafios, ressalta-se que “não se devem subestimar os obstáculos existentes para a realização da ação interdisciplinar.” (Santos e Rodrigues, 2013: 347)

Acredita-se que esta pesquisa traga subsídios para uma reflexão inicial aos pesquisadores da CI e da CC no sentido de repensarem as contribuições mútuas que essas duas disciplinas podem estabelecer para que haja um ganho mútuo, podendo construir agendas conjuntas de atividades para atender os problemas complexos da atualidade.

Por fim, incentiva-se a realização de novos estudos sobre interdisciplinaridade, com intuito melhor compreender a estruturação dos campos científicos, com vistas a fortalecer as áreas en- volvidas nesses processos interdisciplinares. Com a dificuldade de consenso quanto a concei- tuação do que pode ser entendido como interdisciplinaridade, reconhece-se a dificuldade de se medir o fenômeno, no entanto, defende-se a ampliação do uso dos métodos bibliométricos e cientométricos para melhor compreendê-lo, sobretudo em virtude da possibilidade de mensura- ção quantitativa, propiciando a comparação com outros contextos e disciplinas e a construção de séries históricas.

Referências

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Maria Beatriz Marques

beatrizmarquesfluc@gmail.com Universidade de Coimbra

Resumo

O objetivo principal deste trabalho é o de analisar o valor da informação e da sua comunicação em função da sua capacidade/utilidade para gerar conhecimento e para aumentar a felicidade do ser humano. Começa-se por uma análise de natureza eti- mológica e concetual e desenvolve-se uma reflexão epistemológica sobre o posicio- namento futuro das Ciências da Informação e da Comunicação. A partir da revisão dos termos/conceitos de informação/comunicação/ conhecimento, pretende-se con- tribuir para a criação de uma linguagem unívoca que assegure o desenvolvimento de duas áreas científicas em crescimento e consolidação. Desenvolve-se uma aborda- gem científica do social e do humano, que desloca o foco da análise das vantagens e das desvantagens da Sociedade da Informação, para se debruçar sobre o impacto do seu uso, reutilização e transformação – conhecimento (o estado de estar informado, o outcome principal do uso da informação) –. Nesta perspetiva, conclui-se sobre a necessidade de “globalizar” o conhecimento com o intuito de combater os crescentes fenómenos sociais da iliteracia, da ignorância e da infoexclusão.

Palavras-chave: teoria e critica da sociedade da informação; informação; comunica- ção; conhecimento; ciência da informação; ciência da comunicação.

Introdução

Iniciamos este trabalho com uma citação do filósofo uruguaio Rafael Capurro (2012:1), a qual reflete uma visão peculiar sobre o futuro da Sociedade dos ‘nativos digitais’: “Who are we at the beginning of the 21st century? We are a globalized humanity driven by science and technology no less than a tribalized humanity cannibalized by all kinds of conflicts and wars based on oil, religion, and mutual exploitation”.

A visão da Sociedade da Informação (SI), ameaçadora para uns e fascinante para outros tantos, conduz-nos a uma reflexão sobre o presente que estamos a construir e sobre os seus efeitos para as gerações vindouras.

A Sociedade em que vivemos, à qual muitos chamam SI ou Sociedade em Rede (Castells, 2003) e outros Sociedade do Conhecimento (SC) (Hargreaves, 2003) ou Sociedade da Apren- dizagem (Pozo, 2004), não é mais do que uma evolução natural da satisfação das necessidades materiais da Sociedade Industrial para a satisfação de um novo tipo de necessidades, muitas delas desconhecidas, porque do domínio do inconsciente, assentes em critérios de natureza ima- terial e espiritual e que contêm a fórmula e a essência do desenvolvimento, do bem-estar e da

tável de saber, de conhecimento, o qual é, atualmente, apanágio de uma elite de privilegiados, de uma minoria de cidadãos que transformam a sua vida e a das suas comunidades em ilhas de excelência individual e coletiva.

Assim, desinformar pode ser visto como um projeto de grupos que dominam o poder pú- blico e privado e que, em lugar de promoverem o conhecimento e a emancipação dos cidadãos, pretendem “entupir-nos” com volumes exarcebados de informação, com o intuito de que não a saibamos manejar, ou então que nos conduza ao lado mais perverso deste fenómeno que é a iliteracia, a ignorância e a “colonização”.

Nesta perspetiva, a informação é um fenómeno global da sociedade atual, enquanto o co- nhecimento, pelo contrário, assume-se, cada vez mais como uma fonte ou fenómeno local, de dimensões geográficas, culturais, políticas, económicas e sociais cada vez mais circunscritas e condicionadas pelo fenómeno da aprendizagem.

Contrariamente ao anunciado por A. Touraine, D. Bell, M. Castells e outros, consideramos, tal como U. Eco, H. Schiller, J. Habermas, A. Giddens, que a sociedade resultante da chamada ‘nova economia’ ou sociedade pós industrial, ou SI, ou sociedade em rede, resultou num au- mento da infoexclusão, do aprofundamento das desigualdades sociais e numa polarização entre nações ricas e nações pobres.

Ao longo da investigação, constatámos a confusão existente entre conceitos e termos. O ci- dadão comum e os meios de comunicação social passaram a utilizar no seu universo vocabular, de uma forma imprecisa, o termo SI para designar as transformações da sociedade contemporâ- nea.

Ora, consideramos determinante a criação de uma linguagem unívoca que assegure o desen- volvimento de duas áreas científicas em crescimento e consolidação – as Ciências da Informação e da Comunicação, e é isso que de imediato tentaremos clarificar.