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Gestão do Conhecimento X Gestão Escolar Pública nas

2 REVISÃO DA LITERATURA

4.1 GRUPO FOCAL

4.1.5 Resultados do grupo focal

Os resultados são apresentados sob a forma de narrativa tem como objetivo principal extrair as experiências dos gestores de escolas públicas no desempenho de sua função, identificar os fatores que possam facilitar ou inibir a troca de experiências (condicionantes) e ainda, identificar experiências bem sucedidas (inovações) na gestão escolar.

QUADRO 4- Condicionantes identificadas no Grupo focal

Condicionantes identificados na reunião do grupo focal 1. Dificuldades para formação continuada de gestores e educadores

2. Não acompanhamento e acomodação por parte dos docentes dos avanços tecnológicos, dificultando a comunicação com os estudantes, que já vivem no que foi denominado como “ambiente multimodal” (complexo).

3. Dificuldades para acompanhar as mudanças administrativas e pedagógicas. 4. Excesso de Burocracia, sobretudo para execução orçamentária.

5. Mudanças frequentes das regras de controle da aplicação de recursos previstos nos orçamentos. 6. Falta de clareza em relação aos processos de controle administrativos.

7. Tempo de gestão insuficiente para conclusão de projetos e descontinuidades administrativas 8. Falta da participação da Comunidade

9. Tempo insuficiente para o registro de experiências 10. Imagem pública das escolas

11. Iniciativas de gestão bem sucedidas, mas não compartilhadas, sobretudo por falta de tempo para registro.

12. Existência do Fórum de Diretores das Escolas da Rede, que já tem servido para a discussão e troca de experiência entre diretores.

13. Desconhecimento dos papeis de todos os agentes do processo educativo e não compromisso com as respectivas responsabilidades.

14. Necessidade de abordagem sistêmica e integração com outros serviços públicos de segurança e saúde. 15. Número de integrantes da gestão insuficiente.

16. Falta de recursos tecnológicos. 17. Violência

18. Falta de mais investimento para a Educação- escassez de recursos financeiros. 19. Dificuldade para inovação

20. Falta de valores da família

O primeiro participante comentou sobre a importância da formação continuada para o gestor e para os professores. De acordo com este participante, o aluno está cada vez mais interessado pelas tecnologias, com facilidade para fazer várias atividades ao mesmo tempo o qual denominou de ambiente “multimodal”. Este fenômeno de certo modo, propõe uma reflexão sobre a atitude que deve ser tomada em sala de aula ou na gestão, pois apesar do contexto atual das tecnologias, alguns educadores e gestores estão acomodados. E devido a tantas responsabilidades que a escola absorveu ao longo do tempo, o gestor não consegue acompanhar todas estas mudanças, tanto pedagógicas quanto administrativas. Outro aspecto bastante discutido por este participante foi em relação à burocracia da gestão escolar. Foi unânime o entendimento de que a formação dos diretores está aquém do que eles desejam, sendo assim, eles não estão conseguindo desenvolver todos os trabalhos da forma que gostariam e alegam que a sua formação não consegue atender a questão da burocracia, tanto em relação aos programas quanto o acesso a informações. A burocracia é um condicionante que pode inibir a gestão do conhecimento. Esta burocracia muitas vezes em forma de Leis,

processos e programas precisa ser atendida de forma muito veloz. Além do fator tempo que é insuficiente para execução de tantas tarefas, observou-se ainda, que estes processos burocráticos não são fixos, pois são objetos de constantes mudanças, por exemplo, as regras para aplicação dos recursos na escola podem ser alteradas a cada ano. A formação do gestor está baseada no conhecimento tácito, na ação cotidiana.

QUADRO 5: Experiências de sucesso identificadas no Grupo Focal

Experiências bem sucedidas Descrição

Feira cultural interna Exposição dos trabalhos dos alunos no ambiente escolar

Feira cultural externa Exposição dos trabalhos dos alunos de Educação Infantil ao Ensino Médio em espaço aberto no centro de Taguatinga para toda a comunidade

Participação do responsável nos

trabalhos da escola Participação da mãe de um aluno para confecção de fantasias para projeto da escola Percepção positiva de um pai de

aluno. Conscientização de um pai com iniciativa de um abaixo assinado para construção da calçada ao redor da escola. Parceria - Equipe multidisciplinar Parceria com Secretaria de Saúde (uma enfermeira e uma médica) para orientar as alunas sobre higiene pessoal e sexualidade; Secretaria de Segurança e Ministério Público.

Renovação de cadeiras

universitárias Solicitação junto a GRET de revestimento das cadeiras utilizadas pelos alunos, porém em estado precário e que estavam machucando os alunos. Projeto – Alimentação Saudável Construção de horta no interior da escola. Esta horta é mantida por um professor aposentado. As verduras e legumes são utilizados no almoço e lanche dos alunos da Educação Integral.

Festa cultural mês agosto Parceria dos pais, os quais foram os protagonistas, depois de conscientização da importância de sua parceria. Este festa ocorreu após conscientização por parte do diretor. A partir desta feira cultural foi possível o diretor explicar aos pais sobre a construção do PPP.

CED- Melhor contato com os

alunos Para discutir sobre os objetivos da escola logo no início do ano letivo, o diretor se reúne com os estudantes no auditório daquela escola, para discutirem juntos, as regras estabelecidas pela escola. Outra iniciativa, é o contato direto do diretor com os alunos nos corredores da escola.

Estratégia - Diminuição da

Evasão escolar O diretor percebeu a relação entre: matar aula = entrar sem uniforme= entrar sem carteirinha. Após esta observação buscou identificar os alunos que entravam sem uniforme e sem carteirinha para evitar a facilidade de fugir das aulas.

Tema: Diversidade Concurso Beleza Negra para explorar de forma positiva a beleza da mulher negra, evitando assim, os xingamentos entre alunas.

Ação social Parcerias com SESC, SESI, Policia civil, Clínica dentária, Delegacia da criança e adolescente, Delegacia da mulher, Centro de Saúde em uma ação social aberta a comunidade local.

Sala de vídeo Sala adaptada com recursos eficazes. Criou-se uma oficina de plataforma do MEC com aulas prontas, sugestões e ambiente interativo.

O processo burocrático na administração do dinheiro público requer muito tempo e dedicação do gestor, e os orçamentos precisam ser feitos em tempo hábil, com dedicação e responsabilidade. Sente-se uma necessidade de repensar os cuidados com os orçamentos, com os fornecedores, com a parte documental, sem esquecer a dimensão pedagógica. Observou-se que todos os participantes perceberam que a burocracia é necessária para que haja transparência, mas ao mesmo tempo, exige muito empenho e tempo do gestor. A título de exemplo, foi falado sobre os livros de controle da escola, que apesar de serem necessários

precisam ser escritos de forma mais clara e objetiva, transparente e direta. Foram percebidas conexões (teia) entre os processos referentes ao ensino aprendizagem, às estruturas, finanças e administração. Essa teia só faz sentido se for trabalhada na sua totalidade, o que requer pensamento sistêmico. O conhecimento adquirido ao longo da gestão contribui para uma visão crítica das ações realizadas.

De acordo com o referido participante, devido a vários fatores externos, a escola desenvolveu um modelo de separação, se referindo aos muros, e aos arames farpados acima dos muros. O participante falou sobre a necessidade de trancar os portões da escola à chave e lançou um questionamento: que escola é essa? A violência que está ocorrendo no interior da escola não foi criada neste espaço, mas foi trazida de fora para dentro. O gestor precisa ser enérgico e não aceitar esta situação porque a escola não produz violência. Foi relatado um caso observado pelo gestor, que demonstrou a falta de valores entre mãe e filho. Algumas situações observadas pelos participantes é a falta de compromisso dos pais com a educação dos filhos. Os participantes corroboram que a escola sozinha não dá conta, pois os pais não estão cumprindo sua função, e estão deixando para a escola toda a responsabilidade pela educação dos filhos. O grande desafio para o gestor é tentar romper a imagem negativa da escola. Contudo, se não houver uma maior preocupação dos pais em relação a seus filhos, logo a mídia estará noticiando a presença do Batalhão Escolar no jardim de infância para resolver questões de violência.

Outro participante afirmou que desenvolver o trabalho coletivo visando derrubar os “muros”, refletir, discutir com o grupo e dividir responsabilidades ainda é algo frustrante, pois os segmentos da escola ainda não entenderam o sentido do democrático e da gestão participativa. O conselho escolar também é outro segmento que ainda não entendeu sua verdadeira importância dentro da escola. Outro fator inibidor da gestão do conhecimento é a “violência”, que de acordo com gestores, a violência está levando os jovens à falta de interesse pelos estudos e, a escola na tentativa de solucionar o problema busca ajuda junto ao Conselho Tutelar, a Gerência Regional de Ensino e principalmente as famílias, porém os diretores percebem que ninguém consegue resolver o problema. Os próprios pais afirmam que não dão conta mais da situação e mais uma vez a escola precisa buscar soluções mirabolantes para conseguir a atenção deste aluno para o ensino aprendizagem, de alguma forma.

Foi falado sobre o Fórum de diretores de escolas públicas, organizado pela Gerência Regional de Ensino de Taguatinga para a troca de experiências entre os gestores. A participação no Fórum é importante para que o gestor possa, através de suas narrativas, identificar experiências positivas em outro estabelecimento de ensino e analisar a

possibilidade da aplicação destas experiências em sua escola. Este Fórum surgiu no ano de 2012, ele foi e continua sendo um espaço onde se compartilha conhecimento e observa-se ainda seu valor simbólico: o reconhecimento do trabalho do gestor. Um participante afirmou que neste Fórum as narrativas positivas revigoram as forças do gestor em continuar buscando ou aplicando as experiências dos colegas na solução de problemas em sua escola.

Um terceiro participante afirmou que a escola é um espaço de todos, então é importante também a aplicação das experiências de outras escolas, mesmo estando a escola inserida em comunidade diferente, mas que estas experiências podem ajudar em situações semelhantes. A escola é um espaço de formação não somente do aluno, mas de todos os agentes. Neste sentido, o dia de quarta-feira é destinado à coordenação coletiva em que devem ser tratados os assuntos pedagógicos. O participante afirmou que se existe um trabalho pedagógico eficaz a escola existe, a escola é movimento, é ação. No ano de 2012, houve duas avaliações institucionais com a participação dos profissionais e da comunidade para discutir e avaliar as ações que foram praticadas durante o ano. O participante destacou a importância da comunidade e do Conselho escolar no envolvimento do processo de construção da educação de qualidade. Sobre descontinuidade administrativa o participante afirmou que este fato não altera seu trabalho. Outro participante questionou a dificuldade de gerir uma escola com poucos recursos e que o gestor trabalha porque ama, porque gosta de se aventurar em conhecer mais, já que não há motivação com relação à questão financeira. Apesar da mudança de governo os problemas continuam os mesmos, para as escolas. Para exemplificar, o quarto participante citou uma experiência de ter feito parte de uma equipe diretiva de uma entidade que estava passando por muitos problemas, durante algum tempo esta equipe conseguiu equilibrar o setor e colocar os processos em andamento de forma eficiente e eficaz, porém observa-se que isto não é considerado pelo governo, pois não importa quão bem os responsáveis estejam desempenhando suas funções, quando muda o governo, muda também os cargos de confiança e não há preocupação com relação à continuidade dos trabalhos que já vinham sendo desenvolvidos. Outro aspecto apresentado pelo participante foi sobre o espaço físico das escolas. Algumas direções de escola até conseguem planejar atividades e projetos para melhoria da qualidade do ensino, porém em muitos casos há o problema de escola com espaço limitado e instalações inadequados para determinada atividade e que esta falta de apoio por parte do governo, dificultaria a qualidade de ensino. Como exemplo de compartilhamento de conhecimento, foi discutida uma iniciativa chamada Feira Cultural que apresenta os trabalhos realizados pelos alunos ao longo do ano, esta feira além de ser divulgada no interior da escola para toda a comunidade local, há ainda uma maior divulgação

que abrange todas as escolas de Taguatinga, com trabalhos de alunos da educação infantil ao ensino médio, em um espaço aberto a comunidade. Foi mencionado ainda, sobre as ações da semana da família.

“Conciliar competência e qualidade é uma meta que o gestor precisa atingir, mas em muitos casos para alcançar estes objetivos o diretor ignora a falta de incentivo do governo nas escolas e busca seus próprios meios para atingir uma educação de qualidade, o gestor usa recursos próprios para concluir seus projetos”, afirmou um participante. Outra iniciativa positiva apontada por um dos participantes foi à participação de mães de alunos na confecção de fantasias para apresentação de alunos, e a ajuda de alguns pais para realização de atividades na escola. Esta parceria de pais e alunos nas atividades da escola juntamente com todos os profissionais entende-se como “construir juntos”.

Outras iniciativas apontadas por outro participante foram: a percepção de um pai ao reconhecer o valor de uma ação ao encabeçar um abaixo assinado para construção da calçada ao redor da escola; parceria com uma equipe multidisciplinar composta pela Secretaria de Saúde (uma enfermeira, uma médica) para orientar os alunos sobre higiene pessoal e sexualidade; Ministério Público e Secretaria de Segurança (a questão da violência nas escolas). Outra ação desta escola foi solicitar junto a Gerência Regional de Ensino de Taguatinga um novo revestimento das cadeiras universitárias que estavam em estado precário, saindo lascas e machucando os alunos, mas que eram utilizadas pelos alunos em sala de aula. Este participante reforçou que “muitas vezes coisas simples como a substituição do fogão, ou de uma torneira, ou ainda um portão, é algo muito importante para a escola. Ainda nesta linha de consideração, afirmou que o respeito ao acesso dos alunos cadeirantes (aluno que utiliza cadeira de roda para locomoção) nos ambientes da escola, bem como entrada apropriada (com rampa), sala de aula com espaço para locomoção, banheiro com estrutura adequada para estes alunos também é muito importante”. De acordo com o participante, esta escola desenvolve ainda uma campanha sobre gosto pela leitura, em que é perguntado ao aluno qual livro gostaria de ler. Com esta informação a escola providencia uma busca na biblioteca, caso ocorra a inexistência do livro buscará meios de adquiri-lo de alguma forma e encaminhá-lo ao aluno. A escola objetiva com este projeto desenvolver o gosto pela leitura. Para manter o interesse pelo projeto há uma premiação ao melhor leitor, que será realizada em reunião com todos os pais para que os responsáveis também incentivem os filhos ao hábito de ler. O gestor disse que não adianta a escola ter um acervo cheio de enciclopédias, dicionários, ou livros, se não for uma leitura orientada; a proposta carece de sentido pedagógico. Outro projeto que vem sendo desenvolvido nesta escola é “Alimentação Saudável" em todas as turmas e turnos.

A escola desenvolve um projeto de uma horta, que é mantida por um professor que já se aposentou. As verduras e legumes desta horta são usados no almoço e lanche dos alunos da escola integral (alunos que ficam mais tempo na escola desenvolvendo outras atividades). Nestas refeições não são servidos refrigerantes, mas sucos e água.

Quando perguntado se os participantes tinham autonomia para compartilhar conhecimento, um participante afirmou que sim e que ela é baseada no Projeto Político Pedagógico (PPP). A autonomia, de acordo com o participante só tem sentido a partir desse consenso. Os gestores, juntamente com todos os segmentos precisam revisar e reconstruir as ações do PPP. Um dos gestores afirmou que a participação dos pais nos CED (Centros Educacionais) tem sido muito pequena. Na sua gestão foi realizada uma reunião, convocando os pais para entendimento do PPP e, somente 10% dos pais compareceram. Esta ação foi registrada na Ata de ocorrência diárias. Nos CEF (Centro de Ensino Fundamental- 6º ao 9º ano) a atuação do diretor e do pessoal de apoio requer firmeza, na tentativa de manter a disciplina e o aluno dentro de sala. No CED a preocupação maior dos professores é com o conteúdo. Uma das dificuldades encontradas no CED é conseguir juntar todos os professores em uma reunião devido à diferença de carga horária dos professores, uns trabalham 20 horas na escola, outros 40 horas. Construir o PPP neste ambiente onde há professor de ensino fundamental 1(6º a 9º Ano) e ensino médio torna-se um trabalho complicado. Complicado ainda, é obter a participação dos profissionais para compor a burocracia da parte financeira da escola, porque as pessoas reclamam quando não há transparência na prestação das contas. Contudo, quando elas são convidadas a participar, se omitem. O participante observou que há esta diferença entre CEF e CED. No primeiro existe uma proximidade maior dos professores e profissionais com os trabalhos pedagógicos enquanto que no segundo não há esta aproximação dificultando assim, o andamento dos trabalhos. Há também uma grande dificuldade em obter a participação da comunidade nas atividades da escola. Os pais não consideram os trabalhos extraclasses como aula. É necessária uma conscientização por parte da direção aos pais, a fim de esclarecer que os trabalhos extraclasses também fazem parte do processo pedagógico. Uma experiência relatada por este gestor ocorrida em 2010, foi a realização de uma olimpíada durante uma semana de jogos que envolvia todas as disciplinas, mas que antes de ocorrer foi necessário explicar aos pais a importância deste trabalho. Outro exemplo relatado foi sobre uma festa no mês de agosto a qual houve a necessidade de convencer os pais sobre a importância da participação; e através desta conscientização a festa ocorreu e foi um sucesso, mas os pais e os alunos foram os protagonistas desta história por que os pais perceberam a escola. Esta iniciativa foi o caminho encontrado por este gestor para

tentar trazer os pais para a escola e começar a explicar a eles sobre a construção do PPP. Dois motivos da ausência dos pais no CED, segundo o gestor são: os pais alegam que trabalham o dia todo; outro motivo é a maioridade de alguns alunos. Alguns pais demonstram-se interessados pelos estudos do filho somente no quarto bimestre, quando já não há mais nada a fazer. Uma experiência de gestão positiva desenvolvida por este gestor foi: no inicio do ano, ele se reuniu no auditório com os alunos do Ensino Médio (CED) e esclareceu os objetivos da escola. Ele reforçou que os projetos, as ações, os regulamentos precisam ser ditos aos alunos pelo diretor para que haja este primeiro contato; que existe a necessidade da presença do diretor nos corredores dando atenção aos alunos, e juntos discutirem as regras estabelecidas pela escola. Foi discutida ainda, a redução do número de pessoal que compõem a equipe da direção, que não é suficiente devido à grande quantidade de trabalhos que a escola desenvolve e das ações do dia-a-dia que são únicas, impossibilitando o planejamento. O participante comparou a escola a um “tsunami” de acontecimentos, de pais, de professores, de alunos, de comunidade e uso de drogas.

Quando perguntado em que medida a rotatividade e as mudanças administrativas na escola, ajudam ou atrapalham o compartilhamento de experiências, um participante afirmou que há um lado positivo quando os processos e as ações passam de grupo para grupo, ou seja, se um grupo grande dessa equipe diretiva permanecesse na escola, manteria o crescimento, mas quando o resultado é diferente, pessoas que não conhecem a comunidade, este crescimento demora um pouco a acontecer. Quando o gestor não conhece a realidade da escola e os diferentes grupos de interesses, há geração de conflito e atraso nos processos. A rotatividade da direção é importante, mas dentro do grupo, da comunidade. Outro participante afirmou que é preferível ouvir em lugar de falar, para que o gestor saiba de onde deverá partir e onde pretenderá chegar. O participante afirmou que o primeiro ano de gestão é um pouco difícil para quem vem de fora da comunidade, mas a partir do segundo ano o trabalho começa a melhorar. Outro participante disse que antes de estar como gestor, ele trabalhou na escola por dois anos como apoio a direção, e durante este período utilizou dos conhecimentos adquiridos em seu curso de doutorado e propôs medidas simples que resolvessem alguns problemas da escola, considerada problemática. A primeira medida que este gestor teve para evitar a questão da evasão escolar foi identificar os alunos que estavam entrando sem carteirinha e sem uniforme, e traçaram estratégias para evitar a evasão dos alunos. Observou