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CENTRAL DEPOSITÁRIA CÂMARA

6.5.2 Retirada de garantia

A retirada de uma garantia é o procedimento inverso ao depósito de garantia, ou seja, por meio do qual determinado ativo deixa de constituir garantia da câmara.

O procedimento de retirada de garantia consiste de três etapas, quais sejam: requisição de retirada, análise da requisição de retirada e, mediante deferimento desta requisição, efetivação da retirada.

Figura 6.2 – Processo de retirada de garantias

6.5.2.1 Requisição de retirada de garantia

A requisição de retirada se dá por meio do registro, no sistema de administração de garantias, da identificação do ativo que se deseja retirar. As requisições de retirada são registradas por participantes de negociação plenos, participantes de liquidação, membros de compensação e bancos emissores de garantias, conforme a finalidade da garantia que se deseja retirar, conforme segue:

Ao participante de negociação pleno e ao participante de liquidação cabe registrar requisições de retirada de garantias próprias e de comitentes sob sua responsabilidade; no caso de garantias de comitentes (ou seja, para a finalidade garantia de operações), a requisição de retirada de determinada garantia deve ser efetuada pelo mesmo participante que a depositou, ou seja, que registrou a correspondente requisição de depósito, mesmo que a garantia tenha sido, ao longo do tempo, distribuída para garantia de operações sob

PNP, PL, MC

1

Requisição de retirada do ativo A como garantia

CENTRAL DEPOSITÁRIA

CÂMARA

Sistema de administração

de garantias

(NGA)

5 Efetivação da retirada, com a atualização do saldo de garantia 3

Se atendidos os critérios da câmara para retirada da garantia: transferência do ativo A para a conta do custodiante do ativo (esta etapa ocorre

em momentos distintos, conforme o ativo)

2

Verificação dos critérios para retirada do ativo A

como garantia

4

Confirmação da transferência do

ativo A para o seu custodiante

6

Confirmação da retirada do ativo A

responsabilidade de outros participantes de negociação plenos ou participantes de liquidação.

Ao membro de compensação cabe registrar requisições de retirada de garantias próprias, ou seja, depositadas para o fundo de liquidação, para adequação de participantes de negociação plenos e participantes de liquidação sob sua responsabilidade aos respectivos saldos operacionais ou como garantia para terceiros (títulos públicos federais).

Ao banco emissor de garantias cabe fazer requisições de retirada de garantias próprias, ou seja, por ele depositadas para adequação do volume de garantias de sua emissão, depositadas pelos participantes, aos limites de aceitação a ele atribuídos pela BM&FBOVESPA. Tais requisições devem ser registradas no sistema de administração de garantias da câmara:

(i) Pelo banco emissor de garantias, caso ele atue como participante com acesso a tal sistema; ou

(ii) Pela câmara, caso ele não atue como participante, mediante instrução do banco emissor de garantias.

Ao fundidor de ouro cabe fazer requisições de retirada de garantias próprias. Tais requisições são registradas pela câmara no seu sistema de administração de garantias, mediante instrução do fundidor de ouro.

Devem ser observados, para qualquer requisição de retirada de garantia, a grade horária estabelecida pela câmara para movimentação de garantias, o horário de funcionamento da correspondente central depositária e o horário de funcionamento dos bancos, nos casos em que estes participam do processo de retirada.

6.5.2.2 Análise da requisição de retirada de garantia - critério de liberação de garantia

Todas as solicitações de retirada de garantia são analisadas pela câmara. O critério de liberação de uma garantia baseia-se na avaliação das carteiras de posições e de garantias de comitentes, participantes de negociação plenos, participantes de liquidação, membros de compensação e bancos emissores de garantia, conforme a finalidade da garantia objeto da requisição de retirada.

A câmara pode indeferir uma solicitação de retirada se: (i) A garantia que se deseja retirar estiver bloqueada; ou

(ii) Em caso de ausência de saldo livre de garantias, o qual é função das garantias requeridas, depositadas e bloqueadas do participante ao qual são atribuídas as

garantias objeto de retirada, e do saldo líquido multilateral em moeda nacional devido na data da solicitação de retirada (D+0) e da previsão do saldo líquido multilateral em moeda nacional devido no dia útil seguinte à data da solicitação de retirada (D+1); ou (iii) A retirada implicar em violação de qualquer limite, ou restrição, estabelecido pela

BM&FBOVESPA.

O termo garantia bloqueada refere-se à garantia, depositada pelo participante, que não pode ser por ele movimentada em decorrência (i) de ordem judicial recebida pela câmara, sendo objeto de bloqueio, nesse caso, apenas o saldo livre, (ii) do processo de tratamento de uma de requerimento feito pelo sistema de administração de garantias da câmara para tratar eventual falha de liquidação, ou (iii) da percepção da câmara de uma deterioração do risco de crédito do participante.

Conforme mencionado no capítulo 2 (Procedimentos em caso de inadimplência ou situação de devedor operacional) deste manual, todas as garantias associadas a participantes declarados inadimplentes ou caracterizados como devedores operacionais pela câmara permanecem bloqueadas enquanto houver posições e obrigações a liquidar deste participante. Garantias bloqueadas não podem ser retiradas, transferidas ou distribuídas.

Para as solicitações deferidas pela câmara, o volume passível de retirada restringe-se ao valor da garantia constituída pelo ativo que se deseja retirar e aos critérios apresentados nas próximas seções.

Por meio do sistema de administração de garantias da câmara, o participante pode simular a retirada de uma garantia e, com base no resultado da simulação, o qual indica a situação da carteira resultante da efetivação da retirada, decidir sobre requisitá-la ou não.

(a) Liberação de garantias de comitentes

O saldo livre de garantias depositadas para a finalidade de garantia de operações registradas na conta

C

de determinado comitente, sob responsabilidade de um participante de negociação pleno ou participante de liquidação

P

e um membro de compensação

MC

é dado por:

 

 

D

C C C C C

SL D

min

S D1

S D,

min

SLM ,0

Gar Bloqueada

(6.41)

onde

1

C

S D 

: déficit (

S D  

C

1

0

) ou superávit (

S D  

C

1

0

) de garantias para cobertura das operações registradas na conta

C

sob responsabilidade de

P

e

MC

, calculado de acordo com a metodologia CORE, descrita no capítulo 7 (Cálculo de risco) deste manual, considerando (i) as posições de fechamento de

D-1

registradas nesta conta; e (ii) as garantias depositadas para esta conta, até o momento da apuração do saldo livre, em

D

; para fins da regra 1 descrita a seguir, este valor inclui a garantia objeto da requisição de retirada; para fins da regra 3 descrita a seguir, este não valor não inclui a garantia objeto da requisição de retirada;

 

C

S D

: déficit (

S D 

C

 

0

) ou superávit (

S D 

C

 

0

) de garantias para cobertura das operações registradas na conta

C

sob responsabilidade de

P

e

MC

,

conforme

Saldo

CCORE0 definido no capítulo 4 deste manual (Monitoramento de risco intradiário) e de acordo com a metodologia CORE, descrita no capítulo 7 (Cálculo de risco) deste manual, considerando (i) as posições registradas nesta conta até o momento da apuração do saldo livre, em

D

, e (ii) as garantias depositadas para esta conta até o momento da apuração do saldo livre, em

D

; para fins da regra 1 descrita a seguir, este valor inclui a garantia objeto da requisição de retirada; para fins da regra 3 descrita a seguir, este valor não inclui a garantia objeto da requisição de retirada;

D C

SLM

: saldo líquido multilateral em moeda nacional da conta

C

sob

responsabilidade de

P

e

MC

, a ser liquidado na janela de liquidação da data

D

;

SLM 

CD

0

se valor devedor,

SLM 

CD

0

se valor credor e

SLM 

CD

0

se não houver valor a liquidar ou caso o cálculo do saldo livre seja apurado após o encerramento da janela de liquidação; ecaso a retirada de valor em espécie (moeda nacional) e cotas de FIC seja realizada via janela de liquidação, considera-se

SLM 

CD

0

; e

C

Gar Bloqueada

: valor das garantias bloqueadas pela câmara, constituídas pelo ativo objeto da requisição de retirada, depositadas para cobertura das operações registradas na conta

C

.

Denote-se por

VR D A

C*

 ,

o valor disponível para retirada, em

D

, de garantias constituídas

determinado comitente, sob responsabilidade do participante de negociação pleno ou participante de liquidação

P

*e do membro de compensação

MC

*. O critério de liberação de garantias de comitentes é composto das seguintes regras:

Regra 1: A retirada é vedada pela câmara caso seja negativo o saldo livre de garantias de