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Segundo o professor Eduardo Cypriano, citado no texto, a superlua não é um momento conveniente para se observar as crateras lunares Por que este

momento não é adequado para a visualização das crateras presentes na Lua?

A maioria dos alunos conseguiu responder corretamente, pois o índice de acertos foi de aproximadamente 78% (29 de 37). Enquanto cerca de 22% (8 de 37) dos alunos não responderam satisfatoriamente à questão.

Diante dos resultados, pode-se concluir que a maioria dos alunos compreendeu o fenômeno da Superlua e outros assuntos tratados durante a aula. Eles também aprimoraram notavelmente a sua capacidade de dialogar, bem como de respeitar as opiniões dos demais estudantes.

Após a conclusão desta atividade foi exibido o vídeo “Sistema Solar” com duração de aproximadamente 7min e disponível no link

<https://youtu.be/aJhEMg934TU> Este vídeo apresentou informações básicas sobre o Sistema Solar como, por exemplo: o Sol é uma estrela, nomes e quantidade de planetas e suas respectivas distâncias em relação ao Sol, movimento de translação, órbita elíptica dos planetas, além de incorporar noções sobre satélites naturais, sistemas e galáxias.

Os alunos se concentraram bastante durante a exibição do vídeo. Ao término da sessão, eles foram estimulados a expressar as suas impressões sobre o mesmo.

A professora conduziu os diálogos, nos quais foram enfatizados alguns aspectos constantes na atividade diagnóstica, tais como quantidades de planetas do Sistema Solar, planetas mais próximos e mais distantes do Sol, maiores planetas desse sistema e a órbita elíptica dos planetas em seu movimento de translação em torno do Sol. Enfatizou-se ainda a questão do Sol como fonte de energia responsável pela existência da vida no planeta Terra e a ideia de Galáxia, contribuindo dessa forma para lançar as ideias iniciais sobre o conceito de galáxias.

Os alunos afirmaram que não tinham conhecimentos sobre a origem dos nomes dos planetas e do Sol; eles consideram a informação como interessante. Eles ficaram surpresos quando uma das cenas demonstrou, em escala, o tamanho do Sol e dos planetas: eles não imaginavam que o Sol tinha dimensões bem maiores do que as dos planetas. Foi um momento muito produtivo, pois a maioria dos estudantes ficou à vontade para se expressar.

Diante das falas dos alunos ficou claro que a maioria deles, após a exibição do vídeo, conseguia assimilar que o Sistema Solar é composto por 8 planetas além de conseguir identificá-los por nomes.

Após a conclusão do segundo plano de aula desta unidade, a professora encaminhou uma atividade sobre o Sistema Solar. Foi uma pesquisa bibliograficamente orientada e realizada de modo extraclasse. Esta atividade teve como intuito ampliar os conhecimentos dos alunos em relação ao Sistema Solar e fornecer-lhes base para o assunto que seria tratado no terceiro plano de aula.

Os alunos realizaram atividade extraclasse conforme as instruções e a entregaram no prazo indicado pela professora.

O terceiro plano de aula, “O Sistema Solar e sua presença no Universo” proporcionou, entre outras tarefas, a realização de atividades práticas. Nestas aulas foram enfatizados a distância dos planetas em relação ao Sol (em escala), os tamanhos dos planetas em relação ao tamanho do Sol (em escala) e a presença da Terra no Universo.

A atividade inicial deste plano foi desenvolvida através de um trabalho em equipe com vistas a estudar a distância dos planetas em relação ao Sol (em escala). Esta atividade já foi descrita anteriormente no Capítulo 5 desta dissertação.

Durante a execução desta atividade os alunos foram estimulados a interagir entre si, e dessa forma tiveram a oportunidade de falar e de ouvir as diversas opiniões dos integrantes do grupo. Eles utilizaram equipamentos de medidas tais como régua e fita métrica. Foi um momento muito envolvente, os alunos participaram ativamente desse processo de construção do seu conhecimento.

Após o encerramento desta primeira fase, os grupos apresentaram os seus trabalhos para toda a turma. Quase todos os grupos conseguiram realizar a atividade com sucesso. No entanto, um dos grupos adotou uma escala diferente da escala indicada na atividade e não conseguiu expressar a distância dos planetas ao Sol em escala. A escala indicada na atividade foi de 1 centímetro para 10 milhões de quilômetros (1:1012).

Um dos alunos (aluno A) do grupo que não conseguiu realizar corretamente a tarefa fez o seguinte questionamento:

- Por que o nosso trabalho está diferente dos trabalhos dos outros grupos?

O trabalho produzido pelo grupo que não utilizou a escala adequada está representado na figura 10.

Figura 10: Fotografia do trabalho realizado pelo grupo que não utilizou a escala indicada

Fonte: Arquivo pessoal

A pergunta do aluno suscitou uma discussão sobre a escala que foi adotada pelo grupo. Após discussões, os alunos do grupo e os demais chegaram a conclusão de que o referido grupo havia utilizado uma escala de medidas inapropriada e que não reproduzia, a distância (em escala) dos planetas em relação ao Sol.

Um dos grupos apresentou o trabalho e enfatizou que usou a escala na qual 1 cm equivaleria a 10 milhões de quilômetros. O trabalho foi exposto para a turma e está representado na figura 11.

Figura 11: Fotografias dos trabalhos de grupos que usaram a escala indicada

Turma: 3º B

Turma: 3º A Fonte: Arquivo pessoal

Um aluno, denominado de aluno C, fez o seguinte comentário:

_ Nossa! Como o Sol fica distante da Terra!

_ Imagine se fosse mais pertinho, acho que a gente ia morrer queimado, pois não “tô” nem aguentando o calor hoje.

_Olhando assim, parece que tá tão pertinho!

Estes comentários levaram os alunos a concluir que Mercúrio deveria ser o planeta mais quente do Sistema Solar em virtude de ser o planeta mais próximo ao Sol. A professora, no entanto, enfatizou que o planeta com temperatura mais elevada era Vênus, em virtude de sua atmosfera ser muito densa e, proporcionar um

forte efeito estufa que ocorre no planeta. Concluíram também que a Terra recebe luz e calor na proporção ideal para manter à existência da vida.

A segunda atividade prática tinha como foco apresentar os tamanhos dos planetas em relação ao Sol em escala. Esta atividade também está descrita na unidade didática 1 (Capítulo 5 desta dissertação).

Os alunos realizaram esta atividade conforme as instruções e ficaram impressionados quando o balão de látex (representando o Sol) foi comparado às bolinhas de papel (representando os planetas). Eles e elas não imaginavam que o Sol seria muito maior do que os planetas. O parâmetro de tamanho para eles era a Terra (“A Terra é enorme”), no entanto quando comparada ao tamanho do Sol, esta ideia foi sendo desconstruída e os alunos adquiriram noções de que os tamanhos (“grandes” ou “pequenos”) são relativos.

A realização das atividades práticas foi extremamente proveitosa tanto do ponto de vista da aprendizagem conceitual quanto do ponto de vista do desenvolvimento da oralidade e da capacidade de ouvir e emitir opiniões por meio do trabalho coletivo.

A participação dos alunos foi muito intensa. Eles demonstraram um grande interesse por assuntos astronômicos. A realização de atividades práticas, diferenciadas das dos exercícios formais propostos pelo livro didático, apresentam um enorme potencial para despertar o interesse e motivar o aluno a estudar Física.

Após o término das atividades práticas, os alunos assistiram a exibição do vídeo Pálido Ponto Azul, disponível no link em <http://youtu.be/4_tiv9v964k>. O comportamento dos alunos durante a exibição do filme foi de extrema atenção e concentração. Ao terminar a exibição, eles tiveram um comportamento espontâneo e surpreendente: eles começaram a aplaudir fortemente o filme! Os aplausos demonstraram o quanto eles consideraram o vídeo interessante.

Questionados sobre o motivo dos aplausos, os alunos alegaram diversas motivações, entre as quais:

Aluno D: _ Nunca pensei na Terra desse jeito, como se fosse nada no

Universo!

Aluno E: _ O filme me levou a pensar: como será o futuro da humanidade? Aluno F: _ E aí, professora, será que existe ET de verdade?

A exibição do Pálido Ponto Azul desencadeou, nos alunos, uma série de reflexões. Através dele, os alunos tiveram a oportunidade de perceber o planeta sob um novo olhar e um novo contexto, o contexto do espaço sideral de que o nosso lindo e imponente Planeta, repleto de uma diversidade de vida, nada mais é do que um Pálido Ponto Azul no Universo.

Para encerrar a primeira unidade didática sobre os conceitos básicos de astronomia e o Sistema Solar, houve uma exposição sistematizada do conteúdo, intercalada por slides. Esta apresentação abordou temas como: galáxias, estrelas, planetas, satélites naturais, movimentos de rotação e translação dos planetas, Sistema Solar etc.

Ao término desta unidade didática pode-se perceber que os alunos apresentaram grande interesse em estudar temas referentes à astronomia, que tiveram seus conhecimentos ampliados e suas concepções sobre o Universo sofrearam uma reformulação.

É possível afirmar que houve aprendizagem dos conteúdos abordados. Esta análise ocorre numa perspectiva qualitativa, fundamentadas na análise dos resultados do envolvimento dos alunos durante as atividades (escritas e não escritas) desenvolvidas e nas experiências vivenciadas nesse período letivo.

Em síntese, foi uma experiência produtiva trabalhar conteúdos de Astronomia nas salas de aula do Ensino Médio da EEAC.

7.2.2 Resultados e análises da unidade didática 2- Aprendendo sobre o Sol e outras estrelas

Esta unidade didática abordou os seguintes conteúdos: Noções sobre a composição e estrutura Sol; Comparação do Sol com outras estrelas: tamanhos, massas, temperaturas e cor; O Sol contém energia. A unidade didática foi organizada em dois planos de aulas.

O plano 2.1 denominado “A terra do verão sem noites” previa ter iniciado suas atividades realizando um levantamento sobre os conhecimentos prévios dos alunos em relação ao Sol. Foi aplicado um questionário com questões do tipo abertas. O questionário foi respondido por 48 alunos.

Os resultados encontrados estão expostos na continuação desse texto. Questão 1: O Sol é uma estrela. Por que o Sol é classificado como uma estrela?

Através da análise das respostas dos alunos, constatou-se que os mesmos estabeleceram alguns critérios a partir dos quais classificaram o Sol como estrela. Estes critérios estão representados na Tabela 1.

Tabela 1: Critérios para classificação do Sol como estrela na concepção dos alunos

CATEGORIAS FREQUÊNCIA % A - EMISSÃO DE LUZ 30 62,50 B - TEMPERATURAS ELEVADAS 05 10,40 C - OCORRÊNCIA DA FUSÃO NUCLEAR 07 14,50 D - DEVIDO A SUA MASSA 02 4,20 E - É UM ASTRO 02 4,20 F - NÃO SABEM 02 4,20

Fonte: Respostas da atividade diagnóstica sobre o Sol (Questão 1)

A maioria dos alunos (62,5%) considera que para um astro ser classificado como estrela ele deve ter como característica principal a emissão de luz e cerca de 10,40 % afirmaram que ele deve apresentar temperaturas elevadas. Estes parâmetros, provavelmente, estão em acordo com as observações cotidianas do alunos nas quais eles percebem a luz e o calor emitidos pelo Sol.

A fusão nuclear também se constituiu como uma das categorias oriundas das respostas dos alunos. Acreditamos que, os alunos que concederam esta reposta, foram influenciados pelo audiovisual apresenta em aula anterior.

Outros alunos demonstraram não ter critérios para classificar um astro como estrela e, portanto, colocaram respostas diversas, possivelmente, apenas para não deixar a questão em branco.