• Nenhum resultado encontrado

EB1 DE IGREJA – VILA BOA DE QUIRES - MCN

Entrevistada 1: Sempre às ordens!

FIM

ENTREVISTA D. C (Auxiliar de Acção Educativa)

Entrevistadora: D. Célia, pronto, enquanto auxiliar era a pessoa que se calhar, na prática, tinha mais contacto com estes meninos, não é? Acompanhava-os no recreio...

Lembra-se, a primeira vez que viu estes meninos ou, sendo aqui da comunidade, lembra-se de ouvir falar na família, por exemplo?

Entrevistada: Sim, lembro-me. Pronto, depois dos pais terem sido presos, é que me lembro mais deles...

Entrevistadora: Dos pais estarem detidos...

Entrevistada: Sim.

Entrevistadora: Eles estavam com os avós?

Entrevistada: Sim. Antes não, não me lembro assim... Depois lembro-me, pronto, dos professores me chamarem à atenção. Quando eles fugiram, aqui da escola, e foram comprar chiclas ao café.

Entrevistadora: Eles foram comprar chiclas?

Entrevistada: Sim, só que eu não os encontrei!

Entrevistadora: Ai a senhora andou à procura deles nesse dia!?

Entrevistada: Eu andei à procura deles e a mais um menino aqui da escola.

Entrevistadora: E diga-me uma coisa, nessa altura, o V já estava aqui na escola, ou foi só o C?

Entrevistada: Já estavam os dois.

Entrevistadora: Já estavam os dois! Foi logo no primeiro ano em que o V cá esteve?

Entrevistada: Sim... Ai, não, para aí no segundo. Não, estavam já os dois irmãos.

Entrevistadora: Então foi já no segundo ano do V.

Entrevistada: Sim. Pronto, eles fugiram e as professoras vieram-me pedir, a ver se os encontrava e fui directamente a casa e não os encontrei.

Entrevistadora: Nessa altura eles já estavam a morar com os avós!?

Entrevistada: Não. A mãe tinha vindo a casa ou qualquer coisa, de certo.

Entrevistadora: Pois, devia estar numa precária, numa saída precária.

Entrevistada: E eu cheguei a casa dos avós paternos e então a avó disse-me: “Venha comigo que é lá em baixo.” E eu fui lá...

Entrevistadora: Então foi a casa da D. D?

Entrevistada: Da D. D... e a avó, a mãe da D. D, disse-me para eu não entrar. Mas eu como sou curiosa...

Entrevistadora: Claro, curiosa que é e, fez muito bem...

Entrevistada: Pronto, fui saber quem é que estava lá em casa. E ela apareceu toda despenteada...

Entrevistadora: E ela apareceu?

Entrevistada: Apareceu. Com a porta meia aberta...

Entrevistadora: Consegue descrever-me o espaço que viu?

Entrevistada: Sei. Vi o quarto dos meninos! Que era logo à entrada. Abria-se a porta e...

Entrevistadora: Abria-se a porta e era um quarto!

Entrevistada: Era um quarto. E nessa divisão...

Entrevistadora: O que é que tinha?

Entrevistada: Tinha uma divisão a dividir o quarto dos meninos com o quarto das ovelhas! Eram ovelhas!

Entrevistadora: Ovelhas?

Entrevistada: Ovelhas a seguir ao quarto dos meninos. Foi o que eu vi. Fiquei tão, pronto, [imperceptível] avó dos meninos [imperceptível] e fiquei para trás, depois então não vi mais nada.

Entrevistadora: Dentro do quarto que, alegadamente seria das crianças, o que é que tinha lá dentro? Que objectos?

Entrevistada: Eu só vi – como é que se chama aquilo?

Entrevistadora: Um colchão? Um divã?

Entrevistada: Um divã e não vi mais anda. Só vi o divã e as roupas todas a “monte” e vi as ovelhas da outra parte, da divisão, aquilo era baixinho...

Entrevistadora: Então, no fundo, eles moravam parecia uma corte?

Entrevistada: Era, parecia uma corte.

Entrevistadora: A senhora não chegou a ver se tinha cozinha?

Entrevistada: Não. Não, só vi a parte de onde ela abriu que tinha a divisão do quarto dos meninos e a divisão da tal corte.

Entrevistadora: E apareceu-lhe a D. D de lá de dentro?

Entrevistada: Sim, de dentro e disso que os meninos não estavam em casa. Mas não se incomodou em ir procurá-los

Entrevistadora: Nem procurar? Não ficou aflita?

Entrevistada: Não, não.

Entrevistadora: O aspecto dessa mãe, nesse dia? Consegue descrever-me, tem memória do aspecto dela?

Entrevistada: Dela? Um horror. Nem tem descrição.

Entrevistadora: Qual era a roupa? Se tinha cuidado com o cabelo?

Entrevistada: Roupa, pronto, estava de saia, saia escura e blusa também e, os cabelos todos... Trazia os cabelos soltos mas todos gordurosos!

Entrevistadora: Engordurados?

Entrevistada: Oleosos. Toda suja. Via-se mesmo que ela, pronto, alcoolizava-se muito...

Entrevistadora: Bebia álcool...

Entrevistada: De noite e tudo e, depois dormia assim até às tantas.

Entrevistadora: Pois. Deitava-se a dormir, bebia o álcool e deitava-se a dormir.

Entrevistada: Deitava-se a dormir e, de certo, nem dava fé de os meninos irem para a escola nem nada.

Entrevistadora: A senhora estava, há pouco, dizer-me que os meninos quando vinham para a escola, vinham sempre com muito pouca higiene, não é?...As mãos?

Entrevistada: Sim. As unhas muito sujas, ainda cheguei, várias vezes, a meter-lhes as unhas em lixívia. [imperceptível] cortava-lhes e ajeitava-lhes as unhas todas.

Entrevistadora: Aqui na escola?

Entrevistada: Fazia isso aqui, na casa de banho, ia lá mete-las no lavatório, com um bocadinho de lixívia e depois ao fim cortava-lhes as “unhinhas”.

Entrevistadora: Normalmente tentava que os outros meninos não se apercebessem?

Entrevistada: Claro. Era, fazia aquilo secreto, não ia chamar os meninos.

Entrevistadora: Claro (risos).

Entrevistada: Quando eles chegavam à sala e mostravam as mãozinhas dos meninos eles diziam: “Ah, estes aqui vêm com as mãos lavadinhas”.

Entrevistadora: Pois.

Entrevistada: E lavava-lhes a cara, muitas vezes. Lavava-lhes a carinha muitas vezes.

Entrevistadora: Em termos de vestuário? Que tipo de roupa é que eles traziam? Acha que havia uma distinção de Verão/ Inverno? Eles traziam roupa de Inverno no Inverno?

Entrevistada: Sim, sim. No Verão, às vezes! Era o que tinham. E de Inverno, às vezes, pronto, andavam mal agasalhados.

Entrevistadora: De t-shirt? Ou de roupa...?

Entrevistada: Casacos, assim, às vezes...Em cima uns dos outros!

Entrevistadora: Mesmo de Verão?

Entrevistada: De Verão não, nem tanto, mas traziam camisolas que não eram apropriadas para a estação.

Entrevistadora: Disse-me, há pouco, falando do calçado...

Entrevistada: O calçado, coitadinhos deles, calçado muito grande...

Entrevistadora: Mas traziam sapatos?

Entrevistada: Às vezes sapatilhas. Usavam muito sapatilhas, tanto de Verão como de

Inverno.

Entrevistadora: Mas chegou a aperceber-se que eles traziam calçado de adulto, por exemplo?

Entrevistada: Sim, sim.

Entrevistadora: [imperceptível].

Entrevistada: Ou alguém que lhes dessem. [imperceptível]

Entrevistadora: Pois, falou-me há pouco dumas sapatilhas, 41, não é?

Entrevistada: Sim, 41/42.

Entrevistadora: E os miúdos calçariam o quê? 35 ou 36?

Entrevistada: Sim, 35/36.

Entrevistadora: Pronto, eles começam a andar aqui na escola, entretanto a senhora é detida, vocês apercebem-se dessa mudança?

Entrevistada: Sim.

Entrevistadora: Quando a senhora regressa para casa, os meninos voltam a morar com ela?

Entrevistada: Sim.

Entrevistadora: E então? Houve alguma mudança?

Entrevistada: [imperceptível] era um tio deles que era padre, que era filho do pai paterno. E então, [imperceptível] já traziam mais livros e era esse tio que lhes pagava os livros. [imperceptível].

Entrevistadora: Dava-lhes material?

Entrevistada: Dava.

Entrevistadora: Foi a única altura então em que eles tinham livros, que traziam de casa?

Entrevistada: Foi, caderninhos e tudo. [imperceptível] depois [imperceptível].

Entrevistadora: A senhora vinha aqui à escola? A senhora lembra-se de falar com ela?

Entrevistada: Muito pouco, ela vinha aqui, às vezes falar, quando vinha pedir-me se dava boleia ao filho. Se levava o filho para Constance. E outras vezes levava a minha colega. E, nem me fale, eu tinha de chegar a casa e tinha de limpar a carrinha...

Entrevistadora: O carro (risos) era o que lhe ia dizer.

Entrevistada: Era um cheiro, incomodável. E ainda levei, uma vez, a ela, também. Ela veio cá, a mãe.

Entrevistadora: Ela pediu?

Entrevistada: Porque tive pena dela, porque estava muito calor, e então, dei-lhe boleia até ali um bocadinho a baixo da escola, a ela e ao filho. Mas aquilo era um cheiro insuportável.

Entrevistadora: Mas nessa altura acha que ela ainda estava com o marido?

Entrevistada: Não sei, não lhe posso dizer.

Entrevistadora: Não sabe precisar?

Entrevistada: Não. Sei que ainda foi há pouco tempo, quando veio cá o V, que ela já estava fora do marido, mas não sei assim o tempo.

Entrevistadora: Pormenores... Nunca os meninos partilharam consigo esse tipo de informação?

Entrevistada: Não.

Entrevistadora: Eles falavam alguma coisa de casa? Comentavam, como é que eram as vivências em casa?

Entrevistada: Não, uma vez cheguei a dizer-lhe - “Então?” - e ele disse “ As ovelhas estão de um lado e nós estamos do outro”.

Entrevistadora: Ai “as ovelhas estavam dum lado e nós estamos do outro”? Eles achavam isso normal?

Entrevistada: Achavam normal!

Entrevistadora: Acha que os meninos achavam que os outros meninos também viviam da mesma forma? Ou acha que eles sabiam...?

Entrevistada: Eu acho que não. Pelo menos o C não, compreendia bem que os outros...

Entrevistadora: O C?

Entrevistada: Sim. Agora o V não era assim. E aqui, ele era assim um bocadinho... Eu penso, que eles eram amigos, só que ele levava-o por maus caminhos. Porque ele só queria saber de [imperceptível].

Entrevistadora: Só queria fazer asneiras?

Entrevistada: Só queria fazer asneiras. E, então, às vezes, os mais novinhos iam atrás dele. Fazer igual a ele, mas de resto...

Entrevistadora: Entretanto, isto durante o decorrer de 2003/2004/2005, em 2006 a Protecção de Menores, contacta a escola e pede-lhe...

Entrevistada: Sim.

Entrevistadora: Consegue situar, o que aconteceu nessa altura?

Entrevistada: Sim, lembro-me só de virem pedir, pronto, se eu ajudava. Que era só para eu ajudar, para estar lá a atende-la, a chegar-lhe as coisas, e a mãe escusou-se!

[imperceptível] não era preciso [imperceptível].

Entrevistadora: E a senhora que foi a casa dela, ela ainda morava no mesmo sitio?

Entrevistada: Sim, mas não me deixou entrar!

Entrevistadora: Não deixou entrar? Fechou logo a porta?

Entrevistada: Não, não fechou a porta, mas pôs-se assim com a porta meia aberta, meia fechada.

Entrevistadora: E ficou a conversar cá fora, consigo! A senhora não conseguiu espreitar?

Entrevistada: Nada.

Entrevistadora: Ali as imediações da casa, o espaço exterior?

Entrevistada: Ai Deus me livre!

Entrevistadora: Consegue fazer-me uma descrição?

Entrevistada: Era mato, só se via mato ao redor. Aquela erva seca [imperceptível].

Entrevistadora: E havia lixo?

Entrevistada: Tinha lixo à entrada da porta.

Entrevistadora: À entrada da porta de casa? Espalhado?

Entrevistada: Sim. Cá fora [imperceptível] mas não vi mais nada porque ela encostou logo a porta e não deixava.

Entrevistadora: Viu ali nas imediações, brinquedos?

Entrevistada: Não, nada, nada.

Entrevistadora: Alguma vez estes meninos trouxeram brinquedos para a escola ou, traziam com eles... ?

Entrevistada: Não, chegaram aquele dia que os meninos traziam carrinhos para brincar, e [imperceptível] e devem ter ido a alguma lixeira e chegaram aqui com carrinhos sem rodas, todos estragados, do lixo, de resto carrinhos deles, não.

Entrevistadora: Nunca se apercebeu que eles tivessem brinquedos, que eles tivessem livros?

Entrevistada: Não, não. Quando era do Natal, que a Junta nos dava para oferecer às crianças, eles ficavam super felizes. Fosse a prenda muito boa ou má, eles achavam sempre bom!

Entrevistadora: Esses meninos traziam lanche?

Entrevistada: Não.

Entrevistadora: Também não! Como é que fazia para contornar? Porque os outros tinham e lanchavam e eles tinham fome. Pediam?

Entrevistada: Não, não. Não pediam, só que se o Sr. Professor perguntava – “Têm lanche?“ Eles depois lanchavam da sala. Então esse professor mandava-me chamar e eu lá ia. Arranjava-lhes o que tinha meu e, dava-lhes o lanche. Partilhava com eles.

Entrevistadora: Diariamente?

Entrevistada: Era diariamente. Eu já trazia, às vezes, a mais já para dar-lhes a eles.

Entrevistadora: Já sabia que eles não iam trazer e trazia a contar com eles!

Entrevistada: Sim, sim. [imperceptível] “lá vais tu carregada com a lancheira” e também era para eles!

Entrevistadora: Pois. Diga-me uma coisa, quando faziam passeios para fora,

passeios da escola, a senhora também acompanhava?

Entrevistada: Sim, sim.

Entrevistadora: Eles levavam aquele lanche para durante o dia?

Entrevistada: Levavam batata frita, era o que eles levavam. Batata frita e, às vezes, sumo. Agora, pão com panado e isso nunca vi. Era só batata frita ou leite.

Entrevistadora: Nunca os viu, por exemplo, a trazer rissóis ou croquetes, aquelas coisinhas todas...?

Entrevistada: Não, não. Só levavam assim, e comiam aquilo. E, às vezes, pediam, aos colegas [imperceptível] e nós também dávamos.

Entrevistadora: Do vosso?

Entrevistada: Sim, do nosso.

Entrevistadora: Vosso, dos professores, partilhavam com eles.

Entrevistada: Sim, partilhávamos com eles.

Entrevistadora: Quando eles foram embora para a EB 2, 3, qual foi o sentimento que a senhora ficou?

Entrevistada: Eu vejo-os, às vezes, [imperceptível] pergunto se está tudo bem com eles [imperceptível] mas eles fogem!

Entrevistadora: Mas porquê, acha que eles têm vergonha?

Entrevistada: De certo... [imperceptível] e estão na mesma coisa!

Entrevistadora: Há quanto tempo é que os viu?

Entrevistada: [imperceptível].

Entrevistadora: Agora em Março?

Entrevistada: Sim. [imperceptível] a maneira de vestir é quase a mesma.

Entrevistadora: Estavam quase na mesma?

Entrevistada: Sim. [imperceptível].

Entrevistadora: Mas reconheceu o Vítor bem?

Entrevistada: Sim, sim. O C é que veio ter comigo. O V não, o V eu é que fui ter com ele senão ele não vinha. Então fui ter com ele, dei-lhe um beijinho e assim mas ele estava quase na mesma.

Entrevistadora: Acha que estava com um aspecto descuidado na mesma?

Entrevistada: Sim, sim.

Entrevistadora: [imperceptível].

Entrevistada: Foi o hábito, desabituaram-se de certo.

Entrevistadora: A senhora conhece a família alargada? Ou seja, a família do lado do pai, do lado da mãe, de ouvir falar?

Entrevistada: A que conheço melhor é a do lado do pai. Quando fui lá a casa, a senhora foi muito atenciosa.

Entrevistadora: A avó?

Entrevistada: Sim. [imperceptível] a D. D, que era dela [imperceptível].

Entrevistadora: [imperceptível].

Entrevistada: Ela morava perto e podia ir lá tomar banho! [imperceptível] mas ela não aceitou.

Entrevistadora: [imperceptível] ela tinha água? Não sabe onde é que ela ia buscar a água?

Entrevistada: Ia acima à sogra! Penso eu.

Entrevistadora: Com balde?

Entrevistada: Sim, devia ir lá com balde!

Entrevistadora: Pronto, disse-me então que acha que a actualmente a situação mantém-se?

Entrevistada: Acho que sim, pelo menos pela aparência dos meninos, acho que sim.

Entrevistadora: Viu a D. D?

Entrevistada: Não, não me lembro de a ver.

Entrevistadora: Não se lembra de a ver. Pronto, tem assim alguma coisa mais que se lembre?

Entrevistada: Não, assim, que se passasse comigo...

Entrevistadora: Fez sempre o acompanhamento deles naqueles anos todos!?

Entrevistada: Sim. [imperceptível] com carinha suja [imperceptível] o cheiro não o podia tirar... [imperceptível].

Entrevistadora: Claro. Diga-me uma coisa, a senhora trazia roupa se, assim, eventualmente, fosse preciso mudar-lhes a roupa?

Entrevistada: Eu trazia o que podia.

Entrevistadora: Trazia de sua casa?

Entrevistada: Trazia dos meus filhos. E cheguei a dar-lhes as pastas!

Entrevistadora: Mochilas para a escola!

Entrevistada: Mochilas para a escola. Ainda no outro ano [imperceptível].

Entrevistadora: Para levarem para Toutosa?

Entrevistada: Sim, para a EB 2,3. [imperceptível] mas nunca mais tive assim contacto com eles...

Entrevistadora: Qual é que acha que vai ser o futuro deles?

Entrevistada: Ai não sei!

Entrevistadora: E fica com medo daquilo que eles podem seguir?

Entrevistada: [imperceptível].

Entrevistadora: Eles falavam disso?

Entrevistada: Só falavam disso. Que viam o pai a consumir!

Entrevistadora: Acha que eles eram meninos tristes ou eram meninos felizes?

Entrevistada: O C [imperceptível] o V já era mais agressivo. Agora o C não, o C vinha ter connosco.

Entrevistadora: E era um menino triste?

Entrevistada: Eu acho que ele era feliz, pelo menos aqui na escola.

Entrevistadora: E o V mostrava ser um menino mais...?

Entrevistada: O V fechava-se [imperceptível].

Entrevistadora: Em termos de saúde, por exemplo, eles tinham a vacinação em dia?

Entrevistada: [imperceptível] pelo menos que me lembre, que eles faltassem à escola

para irem a consultas, acho que não.

Entrevistadora: Não tem essa memória. Pronto, D. C, muito obrigada pela atenção e disponibilidade.

FIM

ENTREVISTA - Professor A P

Documentos relacionados