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3. RESULTADOS/DISCUSSÃO

3.1 Subteste Vocabulário

No subteste Vocabulário, segundo os critérios do WISC III, as categorias de análise utilizadas na avaliação foram a utilização de conceitos, o pensamento abstrato, a riqueza de idéias, o tipo e qualidade da linguagem que reflete o nível de educação da criança. O sujeito, ao definir as palavras, devia utilizar os significados aceitáveis ou reconhecidos no dicionário padrão de nosso país, e a pontuação da resposta foi feita pela qualidade da definição, variando de zero a dois pontos. Se houvesse dúvidas sobre a aceitabilidade da resposta, pedia à criança outro significado. Caso a resposta se apresentasse com lacuna, ou imprecisa ou com dificuldade de decidir o significado da palavra, era pontuada com zero e um ponto respectivamente.

As respostas de 2 pontos foram as que indicaram uma boa compreensão da palavra, expressa por um sinônimo; uma ou mais características essenciais dos objetos; uma classificação geral à qual a palavra pertence; um uso figurativo correto da palavra. Podiam ser definições menos importantes, mas corretas que, acumuladas, indicavam o entendimento da palavra. As respostas de 1 ponto foram as que apresentaram um sinônimo vago; um uso incomum; menos elaborado; um atributo correto mas que não distinguia a palavra; um exemplo que incorpora a palavra, mas não a elabora; uma definição correta do radical da

palavra (ex.: rival ao invés de rivalidade). As respostas de 0 ponto foram as consideradas erradas e que não definiam o conceito ou atribuem algum tipo de função, aplicabilidade ou uso da palavra (vide Tabela para Correção do Subteste Vocabulário, anexo 3).

Após a avaliação, os pontos obtidos foram somados. Estes foram chamados de pontos brutos e convertidos em pontos ponderados, obedecendo a uma tabela em que há uma escala com um valor médio de 10 e um desvio padrão de 3. Os pontos ponderados representam o desempenho ou escore conseguido pelo sujeito.

A pontuação no WISC III foi atribuída de acordo com a pontuação bruta convertida em pontuação ponderada, respeitando a faixa etária do sujeito. O quadro que se segue apresenta a pontuação e sua correspondente em pontos ponderados. A escala de pontos ponderados vai de 1 a 19.

De um modo geral, os resultados da prova vocabulário indicam que todos os participantes da pesquisa alcançaram alta pontuação, ou seja, apresentam utilização de conceitos, pensamento abstrato, riqueza de idéias e bom nível de educação e ambiente do sujeito. Os pontos brutos alcançados indicam que o desempenho dos participantes ficou acima da média esperada para suas faixas etárias.

A preocupação em descrever os resultados de cada sujeito centra-se na análise pormenorizada que os objetivos da pesquisa requerem e o estudo de caso oportuniza.

O sujeito I, com 7 anos e 9 meses, alcançou a pontuação de 24 pontos brutos, o que indica um desempenho compatível com pontuações propostas para sua faixa etária. Os pontos brutos que, ao serem transformados em pontos ponderados, apresentaram um resultado numérico de 17, considerado alto, segundo a tabela proposta pelo WISC III. Esse escore significa que o sujeito consegue definir palavras de forma mais completa do que a maioria dos sujeitos de sua faixa etária. Indica utilização de conceitos; pensamento abstrato; riqueza de idéias; bom nível de educação e ambiente do sujeito.

Em relação ao sujeito II, com 10 anos e 6 meses, obteve uma pontuação bruta de 43 pontos, um desempenho considerado o máximo esperado para sua faixa etária, de acordo com os critérios estabelecidos pelo WISC III. Os pontos brutos, transformados em pontos ponderados, têm como resultado numérico 19, o que equivale também ao desempenho mais alto esperado para sua faixa etária.

Os resultados obtidos pelo sujeito III, com 12 anos e 10 meses, foram: 36 pontos brutos dão-lhe um escore de 14, o que indica que sua definição de palavras não atingiu o máximo, mas está em uma colocação de destaque, ou seja, 4 pontos acima da média esperada para sua faixa etária. Seus resultados são semelhantes aos dos sujeitos que o antecederam que lhes conferiram boa utilização de conceitos; pensamento abstrato; riqueza de idéias; bom nível de educação e ambiente do sujeito.

O sujeito IV, com 11 anos e 6 meses, por sua vez, conseguiu 33 pontos brutos, também acima da média prevista para sua faixa etária. Seus pontos brutos, transformados em pontos ponderados, conferem-lhe um resultado numérico de 15, similares aos dos demais sujeitos, com boa utilização de conceitos; pensamento abstrato; riqueza de idéias; bom nível de educação e ambiente do sujeito.

O sujeito V, com 15 anos e 8 meses, obteve uma pontuação bruta de 37 pontos, também acima da média prevista para sua faixa etária. Os resultados em pontos ponderados indicam que está a 2 pontos de distância, para cima, da pontuação média esperada para sua faixa etária. Seu escore é considerado alto pela tabela do manual do WISC III e indica utilização de conceitos, pensamento abstrato; riqueza de idéias; bom nível de educação e ambiente do sujeito.

Tabela 2 - Desempenho dos sujeitos no subteste Vocabulário – WISC III Sujeito Idade Pontos

Brutos Pontos Ponderados Escala de 1 a 19 Número de Palavras do teste

I 7anos 9m 24 17 Escore alto 30

II 10anos 6m 43 19 Escore alto 30

III 12anos 10 36 14 Escore alto 30

IV 11anos 6m 33 15 Escore alto 30

V 15anos 8m 37 12 Escore alto 30

A análise dos resultados computados a partir dos critérios estabelecidos pelo manual do WISC III, torna-se mais clara pelas observações e registros realizados pelo pesquisador. Se uma palavra parecia ter um significado semelhante para duas crianças, a verificação do processo utilizado para chegar a uma resposta forneceu pistas sobre a dinâmica lógico-causal envolvida na resposta.

Os resultados do quadro 5 demonstram, em relação às categorias de análise que os sujeitos eram capazes de utilizar de conceitos, pensamento abstrato, apresentavam riqueza de idéias e, possivelmente, um tipo de educação da criança refletida na qualidade da linguagem. De forma análoga, a análise do Desenvolvimento do Conceito indicou um número significativo de respostas classificadas no 3º estágio da evolução do conceito, ou “O Conceito” propriamente dito, que se refere à conquista da abstração, ao pensamento categorial, à generalização, ao uso da palavra como meio de formação de conceito, para todos os sujeitos de pesquisa.

A análise das respostas do sujeito I, ao definir 10 palavras, possibilitou classificá-las como Conceito, pois há a presença dos atributos de abstração, generalização, análise e síntese que caracterizam o verdadeiro conceito. Na definição de 6 palavras, as respostas do sujeito apresentaram um nível de desenvolvimento compatível com o que Vigotski (2001) denominou de pensamento por Complexos, pois, ao defini-las, o sujeito se orientou pela semelhança concreta, visível, ficando preso a um atributo, sem conseguir pensar no conjunto

de atributos que fazem do objeto um membro de uma classe determinada. O sujeito desconheceu o significado de 14 palavras. Estabelecendo uma comparação entre o resultado no WISC III em relação à utilização de conceitos observa-se que os resultados se equiparam, em termos da formação de conceitos, com o pensamento abstrato. Os exemplos, a seguir, ilustram a formação de conceitos: O que é alfabeto? ” - Alfabeto são todas as letras do país, do mundo;” O que é uma ilha? – “É o meio da praia. É quando a gente tá na praia e vai no mar e no meio do mar tem uma ilha;”

As 19 definições apresentadas pelo sujeito II foram compatíveis com o Conceito propriamente dito, pois conseguiu reunir todos os atributos numa operação abstrata de caráter estável. Apresentou a interiorização das operações externas e capacidade de formar os verdadeiros Conceitos. Em 5 definições de palavras, suas respostas se assemelharam ao conceito, porém o sujeito não conseguiu pensar no conjunto dos atributos categoriais dos objetos e classificá-los como membros de classes determinadas. Vigotski (2001) chamou esse estágio de Complexos e essa 5ª fase de Pseudoconceito. Desconheceu o significado de 6 das palavras apresentadas. Comparando tais resultados com as categorias de análise do WISC III, pode-se afirmar que houve grande similaridade no que concerne à formação de conceitos, ao pensamento abstrato. Observou-se, nas respostas dadas pelo sujeito, vocabulário rico como nos exemplos: chapéu – “É um acessório, algo que as pessoas usam para tampar do sol e da chuva”; relógio – “Um objeto que você pode olhar a hora, que marca o tempo, a hora exata do dia”; transparente – “Uma coisa que você pode estar num lugar, essa coisa pode estar na sua frente que você vê do outro lado”.

Em relação ao desenvolvimento do conceito, o sujeito III definiu 16 palavras que foram categorizadas ora como o Conceito na verdadeira acepção da palavra (Vigotski 2001), ora como Conceitos Potenciais, significando que, em algumas respostas, ele elaborou, pelo menos, um atributo que constitui o conceito, não cedendo lugar a outro atributo, como

acontece nos complexos. Apresentou 7 respostas que foram classificadas no segundo estágio do desenvolvimento do pensamento por conceitos, os Complexos, e desconhece o significado de 7 das palavras apresentadas. Ao se estabelecer uma analogia entre os resultados obtidos nas categorias de análise do WISC III, observa-se que eles revelam semelhanças. Dessa forma, o sujeito conceituou no WISC III, como também, a maior parte de suas respostas foi classificada como Conceito no estudo sobre desenvolvimento de conceitos de Vigotski (2001).

O sujeito IV, ao responder ao inquérito sobre definição de 30 palavras, conseguiu definir 22 e desconheceu o significado das demais. Desta forma, em 14 palavras, suas definições foram classificadas no terceiro estágio do desenvolvimento dos conceitos, algumas em termos de Conceitos Potenciais e outras caracterizadas como Conceito propriamente dito. Em 8 palavras, suas respostas compatibilizaram com o que se preconiza o segundo estágio, o Pensamento por Complexos. Comparando os resultados acima aduzidos com os apresentados no Vocabulário – WISC III, pode-se afirmar que houve semelhança entre eles no que tange à utilização de conceitos e pensamento abstrato. Os exemplos são enfáticos para corroborar a afirmativa: ladrão – “Uma pessoa que rouba os bens materiais de outra pessoa”; burro – “Um animal. Pode ser usado como xingamento. Quando uma pessoa faz alguma coisa errada, aí ela é chamada de burro”; isolar – “A gente tá com uma boneca, uma coisa qualquer e aí a gente esquece dela num canto.”

Ao definir as 30 palavras do subteste Vocabulário, o sujeito V em 16 respostas conseguiu formar o Conceito propriamente dito, pois utilizou a palavra como meio de formação de conceito, reunindo todos os seus atributos numa operação de abstração com caráter estável. Em 6 palavras, suas respostas foram classificadas como pertencentes ao segundo estágio, ou estágio do Pensamento por Complexos. Desconheceu o significado de 8 palavras. De forma semelhante, como a maior parte das respostas classificadas como conceito,

nas categorias de análise do WISC III – Vocabulário – também, conseguiu a utilização do verdadeiro conceito e, assim, do pensamento abstrato.

Em suma, com base nos resultados apresentados pelos sujeitos de pesquisa na prova “Vocabulário”, quanto ao desenvolvimento do pensamento por conceitos, pode-se afirmar que há o predomínio do terceiro estágio, o Conceito, em que o pensamento abstrato, a generalização, a colocação da palavra na categoria à qual pertence, foram constantes na definição das palavras apresentadas.

O quadro 6 retrata o desenvolvimento do pensamento, dos sujeitos de pesquisa, em relação à formação do pensamento abstrato, à elaboração do verdadeiro conceito.

Tabela 3 - Evolução das Respostas dos Sujeitos nos Estágios do Desenvolvimento do Conceito

3º Estágio –

Conceito 2º Estágio – Complexos 1º Estágio – Amontoados Palavras Desconhecidas Sujeito/Idade 10 06 00 14 I 7 a 10m 19 05 00 06 II 10 a 6m 16 07 00 07 III 12 a 10m 14 08 00 08 IV 11 a 6m 16 06 00 08 V 15 a 8m

A análise das respostas dos sujeitos de pesquisa mostra um processo de constituição do conceito em pleno desenvolvimento, independente da faixa etária, corroborando com a postulação de Vigotski (2001) sobre um desenvolvimento funcional e não etário. Porém, no que concerne à sua tese sobre a formação do conceito ocorrer somente na adolescência, após os 12 (doze) anos, as respostas dos sujeitos I, II e IV contrapõem a tais resultados. Nesse ponto, é importante recorrer aos seus pressupostos sobre a influência dos conceitos científicos no pensamento infantil, na idade escolar, promovendo a união entre a experiência da criança e as novas aquisições, ampliando as relações com os significados ou conceitos cotidianos. No momento em que a palavra é apreendida pela criança, compõe a rede de relações de generalidade, forma o sistema de generalizações que determinam a medida de generalidade. A

aprendizagem escolar promove a apreensão de significados ou termos novos que são os condutores do conceito científico.

Portanto, ao se observar o desenvolvimento do conceito nos sujeitos I, II e IV, verifica-se que eles estão avançados na escolarização, que na cultura deles é comum se posicionarem em anos escolares inferiores aos que eles estão freqüentando. A maior parte da população infantil que freqüenta a escola, no Brasil, com 7 anos, encontra-se no 2º ano e o sujeito da pesquisa, com a mesma idade, está no 3° ano. Pelos dados coletados e apresentados pelos sujeitos I, II e IV, pode-se supor que um dos fatores que influenciam a formação de conceitos, em idade inferior à proposta no referencial teórico, é o avanço nas aprendizagens escolares.

Quanto ao desenvolvimento do signo, Vigotski (1998) afirma que o signo constitui um meio da atividade interna dirigido para o controle do próprio indivíduo; o signo é orientado internamente. Ele descreve fases das operações com o uso de signos. Na fase inicial do desenvolvimento da criança, o esforço dela depende, de forma prioritária, de signos externos. Por meio do desenvolvimento, as operações são transformadas: a operação da atividade mediada, como um todo, começa a ocorrer como um processo essencialmente interno. O desenvolvimento se dá em espiral, passando por um mesmo ponto a cada nova revolução, enquanto avança para um nível superior.

A análise das respostas dos sujeitos de pesquisa, em relação ao desenvolvimento do signo, apresenta resultados significativos quanto ao desenvolvimento dos significados das palavras. Da referencialidade concreta, marcante, ou melhor, determinante no início do desenvolvimento da criança, passa à generalização e culmina na substituição do objeto no pensamento; ou seja, na abstração, na autonomia da vida da palavra conquistada pela criança e/ou adolescente e pelo adulto.

Baseado em tais resultados e, de acordo com o referencial teórico de base, os sujeitos apresentaram domínio dos próprios processos psicológicos, por meio do uso funcional da palavra e do signo, na maior parte de suas respostas verbais observadas.

O sujeito I elaborou 8 respostas analisadas como pertencentes ao quarto estágio, que Vigotski (2001), utilizando uma metáfora, denominou-o de crescimento para dentro, pois, há uma mudança substancial nas operações que eram externas e se interiorizam. Neste estágio, os signos externos se transformam em signos internos. Formulou 8 respostas compatíveis com o terceiro estágio – signos externos – predominam os estímulos externos. O estímulo auxiliar é um instrumento psicológico que age a partir do meio exterior, aumentando, de forma considerável, a eficácia da atividade do sujeito que se aproxima do conceito mas, em 14, das palavras apresentadas, o sujeito desconhece seus significados.

O sujeito II, no inquérito de 30 palavras conseguiu 19 respostas classificadas no quarto estágio do desenvolvimento do signo, o que indica que houve a transformação dos signos externos pelo processo de internalização. Em 6 respostas, que em função do predomínio do signo externo na elaboração delas, são consideradas no terceiro estágio do desenvolvimento do signo. Das palavras apresentadas, 5 não se encontram na estrutura semântica do sujeito; ou seja, há o desconhecimento do significado dessas palavras.

O sujeito III formulou 13 definições de palavras categorizadas no quarto estágio, ou seja, crescimento para dentro. O estímulo auxiliar possui a função específica da ação reversa, conferindo à ação psicológica formas qualitativamente novas e superiores, o que permite ao sujeito, com auxílio de estímulos extrínsecos, chegar até o conceito propriamente dito. Neste estágio, ocorre a internalização, ou seja, os signos externos se transformam em signos internos, conforme já mencionado. Apresentou 10 respostas classificadas no terceiro estágio – signos externos – predominam, pois, os estímulos externos. O estímulo auxiliar é um instrumento psicológico que age a partir do meio exterior, aumentando, de forma

considerável, a eficácia da atividade do sujeito, que se aproxima do conceito. Ele aplica a experiência que possui em relação às propriedades de seu corpo e dos objetos que o circundam, aos instrumentos, como se fossem sua experiência. Em relação ao inquérito das 30 palavras, as 7 restantes o sujeito III desconhece os seus significados.

O sujeito IV apresentou 13 definições classificadas no quarto estágio do desenvolvimento do signo. Formulou, ainda, 6 definições em que predominam os signos externos, e desconheceu o significado de 8 palavras.

O sujeito V elaborou 16 conceituações de palavras em que se observou o predomínio do 4º estágio. Construiu 6 respostas em que se verifica a presença marcante do estímulo externo, ou respostas que se coadunam com o 3º estágio do desenvolvimento do signo. Demonstrou desconhecer o significado de 8 palavras.

O quadro 7 reflete o uso funcional da palavra ou o signo apresentado pelos sujeitos e representa a evolução atual, dos sujeitos de pesquisa que oscilou entre o 4º com maior número de respostas e 3º estágios.

Tabela 5 - Prova Vocabulário – Evolução das Respostas dos Sujeitos nos Estágios do Desenvolvimento do Signo

4º Estágio –

Internalização 3º Estágio – Signos Externos

Palavras

Desconhecidas Sujeitos-Idade Total Palavras de 08 08 14 I 7 a 9m 30

19 06 05 II 10 a 6m 30 13 10 07 III 12 a 10m 30 13 09 08 IV 11 a 6m 30 16 06 08 V 15 a 8m 30

O desenvolvimento da linguagem, assim como todas as outras operações psicológicas que se baseiam no uso de signos, passa por quatro estágios básicos, como fora já apontados. Em função das faixas etárias dos sujeitos de pesquisa, e do processo de desenvolvimento do signo pelo qual estão passando, não se observou respostas que pudessem ser classificadas no primeiro e nem no segundo estágios do desenvolvimento do signo; ou seja, nenhum sujeito

encontra-se no primeiro estágio, chamado de natural ou primitivo, relaciona-se ao momento da linguagem pré-verbal e do pensamento pré-intelectual, em que as operações são originais, conforme evoluíram na fase primitiva do comportamento. Tampouco no segundo estágio, denominado de “psicologia ingênua” no qual o sujeito utiliza o signo de maneira não direcionada, muito próxima da percepção e não é capaz de organizar os estímulos (os signos) para chegar ao conceito. O signo age como estímulo, mas não adquire a função instrumental. O signo evoca uma série associativa nova ou sincrética.

Em síntese, o desempenho dos sujeitos na prova Vocabulário foi similar, tanto em termos dos parâmetros do WISC III, quanto do desenvolvimento do conceito e da evolução do signo. Assim como os sujeitos tiveram um escore alto na definição de palavras, apresentaram a maioria das definições de palavras classificadas como pertencentes ao 3º estágio do desenvolvimento dos Conceitos, e maior parte das definições classificadas no 4º estágio da evolução do signo.

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