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TABELA 12 – BRASIL: POPULAÇÃO X ESTADOS E REGIÕES REGIÃO E UNIDADES

FEDERATIVAS TOTAL (%) Brasil 190 755 799 100,00 Região Norte 15 864 454 8,32 Rondônia 1 562 409 0,82 Acre 733 559 0,38 Amazonas 3 483 985 1,83 Roraima 450 479 0,24 Pará 7 581 051 3,97 Amapá 669 526 0,35 Tocantins 1 383 445 0,73 Região Nordeste 53 081 950 27,83 Maranhão 6 574 789 3,45 Piauí 3 118 360 1,63 Ceará 8 452 381 4,43

Rio Grande do Norte 3 168 027 1,66

Paraíba 3 766 528 1,97 Pernambuco 8 796 448 4,61 Alagoas 3 120 494 1,64 Sergipe 2 068 017 1,08 Bahia 14 016 906 7,35 Região Sudeste 80 364 410 42,13 Minas Gerais 19 597 330 10,27 Espírito Santo 3 514 952 1,84 Rio de Janeiro 15 989 929 8,38 São Paulo 41 262 199 21,63 Região Sul 27 386 891 14,36 Paraná 10 444 526 5,48 Santa Catarina 6 248 436 3,28

Rio Grande do Sul 10 693 929 5,61

Região Centro-Oeste 14 058 094 7,37

Mato Grosso do Sul 2 449 024 1,28

Mato Grosso 3 035 122 1,59

Goiás 6 003 788 3,15

Distrito Federal 2 570 160 1,35

Fonte: IBGE, Censo 2010.

Fonte: IBGE, Censo 2010.

A população do país com idade inferior a 25 anos representa 42,03%. Os adultos (25 a 59 anos) totalizam 47,18% e os idosos (acima de 60 anos) chegam a 10,79%.

Fonte: CENSO, IBGE, 2010.

O Brasil vem passando por um processo de envelhecimento populacional, observados a partir da diminuição dos índices de fecundidade e aumento da expectativa de vida. A média de fecundidade entre os anos de 1940 e 1960 era de seis filhos por mulher. Em 2010, esse número caiu para 1,9 filho (CENSO, 2010). A expectativa de vida é de 74,08 anos (IBGE, 2011).

GRÁFICO 24 – População por sexo e grupo de idade (1991-2010)

A população brasileira é caracterizada por uma diversidade étnica condizente com o processo histórico do país, que apresenta migrações de pessoas vindas de diferentes países, especialmente da Europa e da África. Atualmente, a composição racial do Brasil se divide entre branca (47,73%); parda (43,13%), preta (7,61%); amarela (1,09%); e indígena (0,43%)26.

A economia do país vem se destacando no cenário internacional. Desde 2011, é a sexta maior economia do mundo, considerando o seu Produto Interno Bruto (PIB), atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França. O PIB brasileiro é de 2.088.966 milhões de dólares (IBGE, 2010). Como contraste, está na 60º posição internacional em relação ao seu PIB per capita (10.716 U$), atrás de países como Venezuela (13.503 U$), Uruguai (11.952 U$) e Chile (11.888 U$). A Colômbia aparece na 82º posição (6.223 U$) (IBGE, 2010).

A concentração da riqueza é perceptível através dos dados regionais. A região sudeste representa mais da metade da economia do país (55,4%). Este valor deve-se especialmente ao estado de São Paulo, com 33,1% de toda a riqueza produzida no Brasil.

Fonte: IBGE, 2010.

26CENSO, 2010. Classificação adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cujos resultados tem como base a declaração dos próprios entrevistados.

TABELA 13: Brasil - PIB das Grandes Regiões e Unidades da Federação (2010) Grandes Regiões e Unidades da Federação PIB (1 000 000 R$) % de Participação no PIB 2010 Grandes Regiões e Unidades da Federação PIB (1 000 000 R$) % de Participação no PIB 2010 2010 2010 2010 2010 Brasil 3 770 085 100,0 Sudeste 2 088 221 55,4

Norte 201 511 5,3 Minas Gerais 351 381 9,3

Rondônia 23 561 0,6 Espírito Santo 82 122 2,2

Acre 8 477 0,2 Rio de Janeiro 407 123 10,8

Amazonas 59 779 1,6 São Paulo 1 247 596 33,1

Roraima 6 341 0,2 Sul 622 255 16,5

Pará 77 848 2,1 Paraná 217 290 5,8

Amapá 8 266 0,2 Santa Catarina 152 482 4,0

Tocantins 17 240 0,5 Rio Grande do Sul 252 483 6,7

Nordeste 507 502 13,5 Centro-Oeste 350 596 9,3

Maranhão 45 256 1,2 Mato Grosso do Sul 43 514 1,2

Piauí 22 060 0,6 Mato Grosso 59 600 1,6

Ceará 77 865 2,1 Goiás 97 576 2,6

Rio Grande do Norte 32 339 0,9 Distrito Federal 149 906 4,0

Paraíba 31 947 0,8

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

Pernambuco 95 187 2,5

Alagoas 24 575 0,7

Sergipe 23 932 0,6

Bahia 154 340 4,1

Além dos desafios para conseguir estender as melhoras econômicas para as diferentes regiões do país, reduzindo a concentração e as desigualdades, o Brasil também precisa melhorar os seus índices sociais. Em 2011, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 8,6%, o que correspondeu ao contingente de 12,9 milhões de analfabetos (PNAD, 2011). Apenas 8,3 % da população possui nível superior, considerando a faixa etária acima de dez anos de idade. Considerando a faixa acima de 25 anos, 49,3% não possuem instrução ou não concluíram o ensino fundamental e 11,3% possuem curso superior completo (CENSO 2010):

TABELA 14 – BRASIL: Nível de instrução

Em relação aos serviços de saneamento, os dados de 2008 apontam que, embora apenas 33 municípios ainda permaneçam sem atendimento ao serviço de abastecimento de água, a rede coletora de esgoto está ausente em 2.495 municípios (44,8% dos municípios brasileiros). Nesse contexto, ressalta-se a grave situação ocorrida em grande parte dos estados das regiões Nordeste e Norte do país. Apenas a região Sudeste possui mais da metade dos domicílios (69,8%) com acesso à rede geral de esgoto, seguido do Centro-Oeste (33,7%), Sul (30,2%), Nordeste (29,1%) e Norte (3,5%) (IBGE, 2011).

Dados do Censo 2010 indicam a existência de 6.329 assentamentos irregulares, mais conhecidos como favelas, em 323 dos 5.565 municípios brasileiros. Eles concentram 6,0% da população brasileira (11.425.644 pessoas), distribuídos em 3.224.529 domicílios particulares ocupados (5,6% do total). Vinte regiões metropolitanas concentram 88,6% desses domicílios, e quase metade (49,8%) estão na região Sudeste (IBGE, 2011).

Assim como na Colômbia, os índices de violência também são grandes no Brasil27, vitimando especialmente os jovens e os negros do sexo masculino (ANEXOS VI A VIII). A média anual de mortes por homicídio supera o número de vítimas em muitos e conhecidos enfrentamentos armados no mundo (ANEXOS III e IV): entre 1980 e 2010, por exemplo, o Brasil registrou 36,371 mortes por ano. Na Colômbia, entre 1964 e 2000, ou seja, em 36 anos, a taxa foi de 1,250. Entre 2004 e 2007, foram contabilizados 62 conflitos no mundo, com 208.349 vítimas. Desses 62 conflitos, 12 foram responsáveis por 81,4% das mortes diretas (169.574 pessoas). No Brasil, nesses mesmos quatro anos, 192.804 pessoas foram vitimadas, ou seja, número superior aos 12 maiores conflitos do mundo.

Observa-se uma redução das violências nas capitais e regiões metropolitanas a partir de 2003. Em contrapartida, os índices aumentam nas cidades do interior e em estados antes considerados com baixas taxas de violência (ANEXO V). Ressalta-se que no Brasil não há disputas territoriais, movimentos emancipatórios, guerras civis ou enfrentamentos religiosos, raciais ou étnicos. Contudo, a violência está ligada a desigualdades sociais e também ao consumo crescente de drogas em todo o país.

Como se percebe através dos dados econômicos, sociais e ambientais apresentados, o Brasil é um país com grande potencial de desenvolvimento. Mas este crescimento precisa estar pautado em indicadores que não foquem somente os dados sobre a economia, mas observem as condições de vida como um todo: saúde, educação, cultura etc. Apesar de vir desempenhando um avanço em relação aos seus índices, os desafios a serem superados para

27 Dados obtidos através das publicações Mapa da Violência no Brasil 2012 e 2013, coordenadas pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz.

redução da desigualdade e da concentração são grandes. Esses contrastes são perceptíveis em termos geográficos e populacionais. As regiões sul e sudeste, a população branca e de sexo masculino são os grupos que possuem os melhores desempenhos e indicadores.

2.2 – A Estrutura do MINC

O Ministério da Cultura é um dos vinte e quatro ministérios existentes em âmbito do governo federal28. Foi criado em 1985, através do Decreto nº 91.144 de 15 de março, na gestão do então presidente José Sarney (1985-1990). Dentre as principais alterações na estrutura administrativa29 recente, destaca-se a criação da Secretaria da Economia Criativa (2012); da Representação Regional da Bahia/Sergipe (2011)30 e do Instituto Brasileiro de Museus (2009). A atual estrutura do Ministério da Cultura é composta da seguinte maneira: