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iii A FUNDAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

TABELA 11 EXPANSÃO DOS TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS

Para finalizar, a proposta da universidade é expandir não só internamente, mas de forma a cumprir o que destaca desde a lei de fundação, na qual propõe que a UFABC seja multicampi, expandindo-se para outros municipios da região e consolidando seu projeto enquanto estratégia de expansão e desenvolvimento regional.

v. A ASSESSORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS (ARI)

Na visão da UFABC a internacionalização constitui elemento fundamental e indissociável diante dos três pilares da universidade: ensino, pesquisa e extensão, e de sua proposta de projetar a instituição, em escala mundial, como produtora de tecnologia e formadora de profissionais de nível internacional. Assim, para dar curso a ações práticas nessa direção, foi criada a Assessoria de Relações Internacionais com a missão de “Desenvolver políticas de relações internacionais da Universidade Federal do ABC, promovendo a cooperação e o intercâmbio científico e acadêmico entre a UFABC e as instituições estrangeiras. ” (UFABC, ARI, 2017) Tal intercâmbio implica, entre outras ações, propor e executar mecanismos de mobilidade acadêmica. Entende-se que a mobilidade acadêmica internacional “compreende as ações de internacionalização por meio de envio e recebimento de membros da comunidade acadêmica (alunos, professores e pessoal administrativo).” (id.ib.)

A ARI é formada por três divisões, de acordo com os seguintes projetos e atividades: Mobilidade Acadêmica e Programa Ciências sem Fronteiras; Idiomas sem Fronteiras e cursos de idiomas; acordos internacionais, questões institucionais e assuntos gerais, que exercem as tarefas principais como mobilidade estudantil nacional e internacional, envio e recebimento dos alunos de graduação no âmbito das parcerias com as universidades para cursar disciplinas ou desenvolver pesquisa. Os programas de mobilidade estudantil que a assessoria coordena são: Mobilidade Nacional Santander/Andifes; Ciências sem Fronteiras; Programa Bracol; Programa Dialogues on Disability; Programa de Ensino de Idiomas; Inglês sem Fronteiras; Curso Online Universia. A ARI viabiliza e apoia a inserção internacional dos alunos, diante de processos intermediários que têm como objetivo auxiliar na execução dos projetos e demandas da comunidade acadêmica. Cabe descrever alguns deles, seus objetivos, critérios de participação e modos de operação.

O Programa de Mobilidade Nacional Santander/Andifes22 é direcionado a estudantes de universidades federais regularmente matriculados e que tenham cumprido vinte por cento da carga horária do curso. Resulta da parceria entre as duas instituições que fazem parte de seu nome: Santander, empresa espanhola do ramo financeiro com filiais em grande número de países, e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (ANDIFES), criada em 1989 como pessoa jurídica de direito privado e sem fins lucrativos, para representar os reitores de universidades e institutos federais.

Mediante aprovação de seu Conselho Pleno, em sua LXVIIIª reunião ordinária, realizada em fevereiro de 2008, em Salvador, a ANDIFES propõe, no que diz respeito à temática da internacionalização, o “Intercâmbio de informações e experiências com instituições de ensino e pesquisa, entidades culturais, cientificas e tecnológicas nacionais e estrangeiras [...]”, que se complementa ao item IV desse mesmo Estatuto que indica: “Assessoramento às instituições federais de ensino superior no equacionamento de questões políticos administrativas, jurídicas e técnicas pertinente a sua problemática interna a ao relacionamento com os poderes públicos.” (ANDIFES, Ata LXVIIIª, 2008, p.1) No cumprimento desses dispositivos, a Andifes, por meio de seu Colégio de Pró-Reitores de Graduação (COGRAD), estabelece convênio que visa o desenvolvimento de um programa de mobilidade acadêmica nas instituições federais, revogando convênio anterior – de mobilidade acadêmica, de 29 de abril de 2003 –, e cria, em 8 de julho de 2015, na 109° reunião extraordinária de seu Conselho Pleno, a Comissão de Novas Universidades, com a finalidade de acompanhar as novas universidade federais ligadas à instituição.23

A UFABC disponibiliza vagas, por meio de um edital semestral, para atendimento da mobilidade dos estudantes, com o objetivo de que os alunos tenham experiência e contato com instituições federais fora do estado de São Paulo. O Programa de Mobilidade Andifes, no semestre de 2017, em seu Edital nº008/2017, aprovou 10

22 http://www.andifes.org.br/mob-academica/

23Os membros e instituições representadas nesse período eram os seguintes: Presidente: Reitor Marco Antônio Fontoura Hansen (UNIPAMPA); Reitor Anastácio de Queiroz Sousa (UNILAB); Diretor–geral Carlos Henrique Figueiredo Alves (CEFET-RJ); Reitora Iracema Santos Veloso (UFOB); Reitor Jaime Giolo (UFFS); Reitor Klaus Werner Capelle (UFABC); Reitor Mauríulio de Abreu Monteiro (UNIFESSPA); Reitor Naomar Monteiro de Almeida Filho (UFSB); Reitora Raimunda Nonata Monteiro (UFOPA); Reitor Ricardo Luiz Lange Ness (UFCA); Vice-reitor Roberto Rodrigues Ramos (UFCA).

alunos para as universidades federais participantes do programa. No ano corrente, abriu um novo edital nº17 de março de 2018 para convocação dos alunos para mobilidade, não tendo ainda disponíveis os selecionados.

O Programa Internacional Dialogues on Disability24, iniciativa da Universidade de Deli (Índia) e do King´s College de Londres, tem por objetivo incluir jovens universitários com deficiências no ambiente de trabalho, ligando-os a uma rede de mobilidade a fim de trocar e compartilhar experiências.

O Programa de Ensino de Idiomas da UFABC surge em 2011 como ação da Assessoria de Relações Internacionais e de sua Divisão de Idiomas (DI-ARI), oferecendo curso de português a alunos estrangeiros, nesse sentido buscando a valorização da língua e da cultura nacionais. Os objetivos do Programas são promover ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras; oferecer cursos gratuitos de idiomas para estudantes estrangeiros na instituição. Um novo programa está em implantação e pretende alcançar estudantes nacionais e de outros países, servidores, estagiários e funcionários terceirizados a fim de prepara-los para projetos de mobilidade internacional, mais especificamente nivelar estudantes socioeconomicamente vulneráveis do Programa Ciências sem Fronteiras.

O Inglês sem Fronteiras25, programa criado por um grupo de especialistas em línguas estrangeiras em 2012, pela Portaria Normativa n°. 1.466/2012, atendeu a uma solicitação da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC) de auxiliar estudantes a acessarem programas de mobilidade. O Programa contribuiu para auxiliar no processo de internacionalização nas universidades brasileiras, capacitando estudantes, professores e técnicos administrativos.

Ciência sem Fronteiras e a UFABC26

O Programa CsF teve grande relevância na construção da Assessoria de Relações Internacionais da UFABC, tendo em vista que foi um dos maiores programas

24Diálogos sobre a deficiência (tradução nossa). In:

http://www.dgcs.unam.mx/boletin/bdboletin/2017_047.html

de mobilização de estudantes para universidades mundo afora. Na Tabela 21 mostramos a distribuição de bolsas nacionais e os países de destino.

GRÁFICO 3 DISTRIBUIÇÃO DE BOLSAS IMPLEMENTADAS POR PAIS DE DESTINO DA