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TIPOGRAFIAS, LIVREIROS E LIVROS À VENDA NOS JORNAIS DA

2 CULTURA ESCRITA E AS GENTES DO LIVRO NA BAHIA DO SÉCULO

2.2 TIPOGRAFIAS, LIVREIROS E LIVROS À VENDA NOS JORNAIS DA

A análise dos almanaques que circularam na Bahia em 1845 e no período de 1855 a 1863 permite a composição de um quadro, ainda que incompleto, das artes tipográficas na cidade, onde abundavam as gentes do livro aqui compreendidas como todos os artífices envolvidos na produção de livros e periódicos bem como os negociantes ocupados em sua comercialização. Em 1845, Manoel Antonio da Silva Serva publicou, em seu almanaque, listas das lojas de livros (Quadro 3), encadernadores, tipografias, compositores, impressores, litografistas e estampadores. Ao comparar as referidas listas, percebemos que, muitas vezes, estes artífices acumulavam mais de uma ocupação. Este é o caso de Carlos Poggetti e do próprio Manoel Antonio da Silva Serva que eram, ao mesmo tempo, encadernadores e proprietários de lojas de livros. Serva ainda acumulava uma terceira função, a de tipógrafo, em sua oficina instalada na Rua Direita de Santa Bárbara onde publicava os periódicos Gazeta

Commercial da Bahia e A Escolla Domingueira.47

46

Augusto Victorino Alves do Sacramento Blake nasceu na Bahia, em 1827, e morreu no Rio de Janeiro, em 1903. Formou-se em Medicina na Bahia, em 1850, e foi escritor, tendo como principal obra o Diccionario Bibliographico Brazileiro. Para mais informações, consultar: SALLES, David. Primeiras manifestações da ficção na Bahia. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 1973. (Coleção Estudos Baianos, n. 7).

47

Almanaque Civil Politico e Comercial da cidade da Bahia para o ano de 1845. Ed. Facsimilar. Fundação Cultural do Estado da Bahia. Salvador, A Fundação, 1998, p. 177-178; p. 216.

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Quadro 3 − Lojas de livros na cidade da Bahia, 1845

Lojista Endereço/Freguesia

Dr. Antonio Ribeiro de Lima Pelourinho/Sé

Carlos Poggetti Rua Nova do Comércio/Conceição da Praia João Baptista Martin Rua da Misericórdia 47/Sé

Joaquim Pereira Reis Rua do Julião no trapiche do Gomes/Pilar José Pereira da Cunha Rua Fonte dos Padres/Conceição da Praia Manoel Antonio da Silva Serva Rua Direita de Santa Barbara/Conceição da Praia

*Para identificação das freguesias foi consultado NASCIMENTO, Dez freguesias da cidade do Salvador..., cit., 2007. Fonte: Almanaque Civil Politico e comercial da cidade da Bahia para o ano de 1845, p. 177-178

No almanaque publicado por Camillo Lellis Masson para o ano de 1855, são listadas três lojas de livros.48 Uma pertencente a Carlos Poggetti, que continuava funcionando na rua Nova do Comércio; uma casa concorrente, na mesma rua, que pertencia à viúva Tullia Boccanera Lemos; e uma nova loja, de propriedade de João Baptista Martin, estabelecida na praça do Palácio. Para o ano de 1856, é anunciado mais um estabelecimento que tinha aberto suas portas na ladeira de São Bento e que pertencia a José Garneri. Contudo, a venda de livros não se restringia a esses espaços. Nesse mesmo ano, encontramos o anúncio da Casa do Pedroso, armazém que vendia mobílias e objetos para escrever, situada na rua Nova do Comércio. Entre objetos de vidros e de louça, a exemplo de lustres, lamparinas, arandelas e jarros para flores, a loja colocava à disposição de seus clientes escrivaninhas de porcelana fina e dourada. Possivelmente estas lojas de “quinquilharias finas” possuíam entre suas prateleiras papéis, tintas e livros.49

Como encadernadores listados no Almanaque de Camillo Lellis Masson, figuram, também, os livreiros Poggetti, viúva Lemos e José Ganeri. O primeiro possuía ainda uma tipografia. Nas tipografias, além de folhinhas, almanaques e panfletos, imprimiam-se jornais. A proliferação das tipografias, na segunda metade do século XIX, na Bahia, revela que o impresso caiu no gosto da população que passou a consumir não apenas os livros, mas, também, os papéis que auxiliavam suas atividades profissionais e relações sociais, como se observa no anúncio dos serviços oferecidos pela Tipografia de Camillo de Lellis Masson:

Imprime com muita nitidez e prontidão quaesquer obras que digão respeito a arte typographica como preços correntes, facturas, conhecimentos, letras, mapas, apólices, cartazes, avulsos, tabelas, circulares, folhetos, etc. Faz em duas horas cartas para convite de enterro. Tambem marca papel e faz

48

Almanak administrativo, mercantil, e industrial da Bahia..., cit., 1855.

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bilhetes de visitas com as letras brancas em relevo para o que tem cartões de porcelana, tanto simples como dourados.50

Acreditamos que a diversidade dos produtos seja explicada, como Anastácio ressaltou, pela necessidade de cobrir os custos para manter a tipografia, através da impressão de material mais corrente.51 Podemos perceber que a impressão tornava rápidas e práticas atividades antes realizadas de forma manual, que contavam sempre com o serviço de escrivães, amanuenses e copistas. Na Litografia de Jordan & Wirz, estabelecida na rua do Corpo Santo, anunciavam-se serviços voltados não apenas ao mundo do comércio, sendo possível, também, imprimir “registros de todas as devoções” e, ainda, se oferecia o que havia de mais moderno:

Apromptão-se circulares authographadas em uma hora para os dias da sahida dos paquetes. Chamamos attenção do publico e particularmente a dos Snrs. negociantes sobre este meio tão prompto como pouco dispendioso de abreviar muito o trabalho das correspondências.52.

É certo que o progresso manifesto no uso da impressão não foi suficiente para entusiasmar a todos, que os artífices dedicados à arte tipográfica enfrentaram até mesmo um possível estranhamento ou resistência e que essas gentes do livro possam ter tido dificuldades no princípio de suas atividades. Tal resistência à imprensa pode ter colaborado, ainda, para que Lellis Masson fizesse referência, em todos os números publicados de seu Almanaque, à falta de apoio e reconhecimento do seu ofício:

Na crença, porém, de que Deos para castigo dos homens, entre outros flagellos, arremessa ao mundo a língua do maldizente, supportaremos com paciência evangelica as navalhas dessas que por ahi nos accommettão e firâo; deixando ao tempo, e, no correr deste, ao progresso da civilisação, em que temos fé, o aplainamento das difficuldades, com que hoje luctamos em colher informações que tornem mais perfeito e completo o nosso almanak, o que se ainda não conseguimos, certo que não é por falta de bons desejos, que aliás em nós sobrão, ja por zelo da nossa reputação de edictor, ja por honra do paiz que nos deu o berço e que amamos com toda sinceridade e abundancia de coração, mas pelo qual não podemos fazer mais do que comportão as nossas forças de simples artista, onde pouco ou nenhum apreço, na generalidade, se dá ás publicações da arte sublime que professamos.53

50

Almanak administrativo, mercantil, e industrial da Bahia..., cit., 1858, p. 385.

51

ANASTÁCIO, Almanaques: origem, gênero, produção feminina..., cit.

52

Almanak administrativo, mercantil, e industrial da Bahia..., cit., 1860, v. 1, p. 249.

53

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As críticas sofridas por Lellis Masson e por todos aqueles que se dedicaram à arte tipográfica na Bahia não foram capazes de barrar a propagação dos impressos que conduziram a novas formas de ler. A leitura dos jornais e romances de maneira extensiva cultivada, sobretudo, pelos burgueses, é entendida por Castillo Gómez como uma forma de afirmação social. O apego ao livro e ao jornal também é visto pelo autor como consequência de um processo de difusão das obras impressas marcado por um conjunto de fatores que propiciaram “um salto definitivo no século XIX”, como o desenvolvimento da alfabetização, o impulso das bibliotecas para todos, os melhoramentos tecnológicos na impressão com o uso das máquinas rotativas e a vapor, além da necessidade de elaboração dos livros escolares.54 No que tange à alfabetização, observamos que o Censo de 1872 indicou que a província da Bahia possuía 1.211.792 habitantes dos quais 249.072 sabiam “ler e escrever”, ou seja, cerca de 20% da população absoluta. A população escolar, composta de crianças e jovens na faixa etária de 6 a 16 anos, contabilizava 336.742 habitantes dos quais apenas 104.003 frequentavam as escolas. Na função da docência, foram computados 768 professores, professoras e “homens de letras” brasileiros e 43 estrangeiros.55

Ainda que os números da alfabetização na Bahia pareçam acanhados, eles resultam das políticas de instrução do Império, responsáveis, também, pela maior difusão de impressos, como vemos nos quadros demonstrativos de venda de livros nos quais constam cartilhas, tabuadas e outros livros escolares. Castillo Gómez acrescenta, a essa gama de condicionantes favoráveis à maior circulação do livro no século XIX, as mudanças que foram introduzidas no comércio de livros, como a distribuição por fascículos, as assinaturas de coleções, a publicidade das lojas especializadas e sua extensão às ruas com os vendedores ambulantes.56

Notamos a presença de alguns desses fatores também na cidade da Bahia, em especial na segunda metade do século XIX. Percebemos, por exemplo, que o almanaque passa a ter anúncios mais extensos, tomando um lugar de destaque na publicação emoldurados por vinhetas que revelam a diversificação dos tipos das casas de impressão. Francisco Queirolo

54

CASTILLO GÓMEZ, Das tabuinhas ao hipertexto..., cit., p. 61.

55

Os dados para as demais províncias do Império aproximam a Bahia do Rio de Janeiro, porém, em relação a São Paulo e Pernambuco, observamos que os índices de alfabetizados são menores. Recenseamento do Brazil em 1872. Rio de Janeiro: Tip. G. Leuzinger, 1874 [?]. 12v. Brasil, v. 1: Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv25477_v1_br.pdf>. Bahia, v. 3: Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv25477_v3_ba.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2016.

56

CASTILLO GÓMEZ, Das tabuinhas ao hipertexto..., cit. Nos estudos sobre a Europa do século XVIII, Chartier emprega o termo “revolução da leitura” para definir as mudanças das maneiras de ler desde a introdução do romance. Também merece destaque a análise do papel das tipografias empreendida pelo autor, tendo como fonte o romance D. Quixote. CHARTIER, Roger. Inscrever & apagar: cultura escrita e literatura, séculos XI-XVIII. São Paulo: Ed. UNESP, 2007.

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não economizou recursos para anunciar, em página inteira, sua loja situada no primeiro andar da casa 28 na rua Nova do Comércio. Na sortida loja de Queirolo podia-se encontrar:

[...] livros para estudos das línguas latina, portugueza, franceza e ingleza, para o estudo de geographia, obras de jurisprudência, novellas, livros para missa com encadernações simples, ditos com rica encadernação de velludo, e outros muitos livros para instrucção e recreio da mocidade”57.

Além de dispor de envelopes, convites, papel de carta e papéis especiais para desenho, era possível comprar “methodos Bertini, de Czerny e de Huntem para piano, solo como trovador, traviatta e outras, e um grande e variado sortimento de pessas de musica para piano as mais modernas”58

. O negócio de Queirolo não se restringia apenas à capital, pois o negociante também se dedicava ao fornecimento dos referidos artigos para o interior, como se vê no desfecho do reclame que anunciava:

Roga-se as pessoas tanto da cidade como do interior da província que se quizerem fornecer dos objetos acima mencionados, para negocio, queirão dirigir-se à casa acima, que se lhes fará vantagens bastantemente consideráveis. Os livros serão com boas encadernações e sempre de ultima edições.59

Já a Litografia que Lellis Masson manteve em sociedade com Bento José Ruffino Capinam, realizava os mais finos serviços com pontualidade e “gosto” como impressão de retratos, bilhetes de visita e de participação de casamento, “adresses”, cartas de baile, mapas geográficos, músicas, diplomas para sociedades, irmandades e academias. Encarregava-se, também, de imprimir produtos voltados aos negociantes, como rótulos, conhecimentos, letras de câmbio, faturas, preços correntes, recibos, circulares, cartões para lojas e etiquetas de charutos60 e apregoava: “Finalmente faz-se com a miro presteza todos os trabalhos de

57

Almanak administrativo, mercantil, e industrial da Bahia..., cit., 1858, p. 331.

58

Idem.

59

Idem.

60

De acordo com Azevedo, a Litografia como técnica tipográfica se popularizou muito rapidamente no Brasil ao longo do século XIX porque favorecia a produção de imagens mais bonitas do que a Xilogravura. Enquanto a última técnica se baseava no emprego da madeira no processo de gravação das imagens, a primeira usava pedra. Embora a litografia fosse uma técnica mais nova do que a xilogravura, o contexto social e político do século XIX marcado, na opinião da autora, pela avidez do consumo de informações, fez com que, ainda no primeiro quartel do século, a técnica descoberta em 1796 na Alemanha já estivesse em uso no Brasil. A técnica se desenvolveu com a descoberta da propriedade das pedras calcárias de rejeitar a tinta oleosa quando ainda úmida. Tal propriedade torna possível a utilização do desenho livre diretamente sobre a pedra ou no papel com o objetivo de, posteriormente, ser impresso no papel definitivo. AZEVEDO, Dúnya. A

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authografia, systema que reproduz com maior fidelidade e promptidão, e em quantos exemplares se desejar a própria letra ou escripto de qualquer pessoa que isso quizer”61

.

Figura 6 − Anúncio de página inteira

Fonte: Almanak administrativo, mercantil, e industrial da Bahia, 1860

Bem ao gosto da Ilustração, a tipografia de Camilo Lellis Masson personifica o triunfo do impresso como sinal de progresso, modernidade e, é claro, de fidelidade do editor em relação à composição da obra.62 Na mesma direção, as listas de lojas de livros demonstram o crescimento do negócio ao longo do período de publicação do Almanak, de 1855 a 1863. Em 1855, figuravam apenas três lojas na cidade da Bahia; em 1863, foram registradas oito lojas, sendo que, no ano de 1860, se chegou à marca de 10 lojas listadas pelo periódico. Mais uma vez, lembramos que a venda de livros não estava restrita a esses estabelecimentos e que boticas, empórios e armazéns de quinquilharias e as próprias tipografias também faziam as vezes de lojas, além do fato de que muitos livros também eram anunciados para serem vendidos em mãos de particulares, fossem eles novos ou usados. Contudo, tomamos como indicador da progressão do número de lojas de livros, os dados apresentados no almanaque, de forma seriada.

evolução técnica e as transformações gráficas nos jornais brasileiros. Mediação, Belo Horizonte, v. 9, n. 9, p. 81-97, jul./dez. 2009, p. 81-97.

61

Almanak administrativo, mercantil, e industrial da Bahia..., cit., 1860, p. 350.

62

CHARTIER, Roger. A mão do autor e a mente do editor. Tradução George Schlesinger. São Paulo: Editora UNESP, 2014. Cap. 6: “Pausas e Tônicas”, p. 154-173. Para o autor, muitos textos, além dos livros, entraram em circulação com o aprimoramento da Imprensa, a partir do século XVI, na Europa, a exemplo de folhetos, cartazes, bilhetes, recibos e formulários como os “impressos efêmeros e de serviços” publicados pelas tipografias da Bahia do século XIX.

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Para acompanhar e analisar o crescimento do número e de outras características das lojas de livros, nós elaboramos um quadro com o nome do proprietário e o endereço de cada estabelecimento. A partir do endereço, identificamos a freguesia com o intuito de compreender a dinâmica deste comércio na geografia da cidade. Sem sombra de dúvidas, a Conceição da Praia era a freguesia que concentrava o maior número destas lojas, contando sempre com mais da metade do número de estabelecimentos. Em seguida, apareciam as freguesias vizinhas da Sé e de São Pedro Velho. Todos os lojistas se conservaram no mesmo endereço durante todo o período em que anunciaram no Almanak da Bahia, desde os precursores, em 1855 – Poggetti, Martin e viúva Lemos –, até os demais que foram entrando no ramo dos livros ao longo do tempo. Porém, Martin havia se mudado da Rua da Misericórdia para a Rua do Palácio, onde se conservou, pelo menos, até 1863 (Quadro 4). Temos conhecimento de seu endereço anterior em razão do almanaque de Serva, de 1845.

Carlos Poggetti também já figurava como vendedor de livros. Aliás, a manutenção deste negócio na família é uma das razões para tratarmos a loja, aqui, como uma casa de venda ou de negócio e não personalizá-la no negociante, uma vez que não dispomos de elementos, por ora, para tratar da atuação dos livreiros. Temos em conta que a existência e permanência desse negócio e, mais ainda, a sua ampliação, na segunda metade do século XIX, é um indício de que a venda de livros era uma atividade atrativa na qual se conservavam alguns comerciantes a ela dedicados. Isto contribui para reforçar a ideia de que a circulação e a posse do livro era uma realidade mais concreta do que se considerou em um passado recente, como afirmou, por exemplo, Anna Amélia Nascimento: “Lia-se pouco na Salvador do século XIX, embora as bibliotecas fossem mencionadas nos inventários de prósperos médicos, negociantes e políticos”63

.

Quadro 4 − Lojas de livros na cidade da Bahia 1855-1863

LOJAS DE LIVROS ENDEREÇO/FREGUESIAS

1855

Carlos Poggetti Rua Nova do Comércio, 21/Conceição da Praia João Baptista Martin Praça de Palácio, 1/Sé

Viúva Tullia Boccanera de Lemos Rua Nova do Comércio, 27/Conceição da Praia 1856

Carlos Poggetti Rua Nova do Comércio, 21/Conceição da Praia José Garneri Ladeira de São Bento/São Pedro Velho

João Baptista Martin Praça de Palácio, 1/Sé

Viúva Tullia Boccanera de Lemos Rua Nova do Comércio, 27/Conceição da Praia

63

NASCIMENTO, Anna Amélia Vieira. Dez freguesias da cidade do Salvador: aspectos sociais e urbanos no século XIX. Salvador: EDUFBA, 2007, p. 126.

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1857

Carlos Poggetti Rua Nova do Comércio, 21/Conceição da Praia João Batista Martin Praça do Palácio, 1/Sé

José Antonio de Carvalho e Silva Grades de Ferro/Conceição da Praia José Garneri Ladeira de São Bento/São Pedro Velho Viuva Tullia Bocanera de Lemos Rua Nova do Comércio 27/Conceição da Praia 1858

Carlos Poggetti Rua Nova do Comércio, 21/Conceição da Praia Eduardo Masy Rua da Alfândega/Conceição da Praia

José Garneri Ladeira de São Bento/São Pedro Velho João Batista Martin Praça do Palácio, 1/Sé

José Antonio de Carvalho e Silva Grades de Ferro/Conceição da Praia

Viúva Tullia Bocanera de Lemos Rua Nova do Comércio 27/Conceição da Praia Francisco Queirolo Rua Nova do Comércio, 26/Conceição da Praia 1860

Carlos Poggetti Rua Nova do Comércio, 21/Conceição da Praia Eduardo Masy Rua da Alfândega/Conceição da Praia

José Garneri Ladeira de São Bento/São Pedro Velho João Batista Martin Praça do Palácio, 1/Sé

José Antonio de Carvalho e Silva Grades de Ferro/Conceição da Praia

Viúva Lemos Rua Nova do Comércio, 25/Conceição da Praia Francisco Queirolo Rua Nova do Comércio, 26/Conceição da Praia José Martins Alves Rua dos Droguistas, 51

José Evaristo Bernardes Rua Nova do Comércio, 25/Conceição da Praia ? Dr. Manuel Caetano da Silva Rua do Comércio, 5/Conceição da Praia

1862

Eduardo Masy Rua da Alfândega/Conceição da Praia João Batista Martin Praça do Palácio, 1/Sé

Francisco Queirolo Rua Nova do Comércio, 26/Conceição da Praia José Martins Alves Rua dos Droguistas, 51

José Evaristo Bernardes Rua Nova do Comércio, 25/Conceição da Praia ? Dr. Manuel Caetano da Silva Rua do Comércio, 5/Conceição da Praia

Catilina e C. Rua Nova do Comércio 21/Conceição da Praia 1863

Catilina e C. Rua Nova do Comércio 21/Conceição da Praia Eduardo Masy Rua da Alfândega/Conceição da Praia

Francisco Olivieri Ladeira de São Bento 1/São Pedro Velho Francisco Queirolo Rua Nova do Comércio, 26/Conceição da Praia João Batista Martin Praça do Palácio, 1/Sé

José Evaristo Bernardes Rua Nova do Comércio, 25/Conceição da Praia José Martins Alves Rua dos Droguistas, 51

Dr. Manuel Caetano da Silva Rua do Comércio, 5/Conceição da Praia Fonte: Almanak administrativo, mercantil, e industrial da Bahia para o ano de 1845, p. 177-178

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Os jornais que saíam dos prelos dessas tipografias anunciavam as oportunidades de vendas de livros.64 A Marmota, considerada por Lellis Masson um “jornal chulo e pilhérico” era publicada às quartas e sábados, na Tipografia de Epifanio Pedrosa na Rua dos Capitães, na Freguesia da Sé. Em sua edição de 12 de maio de 1849, encontramos um anúncio de venda de livro que informava: “Um brado de sentimento ou Uma Lágrima sobre a Memoria do DEZ. J. Nunes Machado. Sahio a luz e acha-se à venda n`esta typographia, na loja do Sr. Lima, a rua da Mizericordia”65

. Em 6 de junho desse mesmo ano, o jornal trazia o anúncio de mais um romance “Palmira ou A ceguinha brasileira do dr. Francisco Bonifacio de Abreu”66

. Como forma de cativar os leitores, o tipógrafo dá uma pequena mostra do enredo do livro:

Este romance he um enredo o mais simples possível: − huma brasileira que foi