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A NBC TA 315 indica que o auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante independentemente se causada por fraude ou erro, nos níveis de demonstração contábil e afirmações, por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade, proporcionando assim uma base para o planejamento e a implementação das respostas aos riscos identificados de distorção relevante.

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E o que significa isso? Significa, simplesmente, que só conhecendo a entidade e seus controles é que se pode estabelecer quais procedimentos de auditoria serão necessários para emitir uma opinião.

“O planejamento da auditoria pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as atividades, os fatores econômicos, a legislação aplicável e as práticas operacionais da entidade a ser auditada, bem como o nível de competência da administração” (MOVENS-DNPN - Auditoria).

Segundo Gramling et al (2012), a identificação dos riscos é o coração da auditoria. A partir daí, o resto da auditoria é desenhado para prover respostas a esses riscos identificados. Assim, o planejamento determinaria a quantidade e o tipo de evidências necessárias para assegurar que as demonstrações contábeis estão livres e distorção relevante.

Tais assuntos são tratados nas NBC TA 315 e 330.

Sobre o planejamento, ainda, é esclarecedor o seguinte enunciado de questão de prova:

A atividade de planejamento é fundamental em qualquer atividade, revelando-se a etapa mais importante do ciclo administrativo (planejar, organizar, coordenar e controlar), segundo Henry Fayol (Teoria Clássica da Administração). Isso ocorre em função de o planejamento considerar a definição de um objetivo, dos caminhos alternativos para atingi-lo, da escolha (processo decisório) e da formulação de um plano de ação. Sobretudo na auditoria, tendo em vista o número de transações a serem validadas, de áreas a serem testadas, de saldos a serem verificados, o planejamento bem elaborado contribui para a otimização da aplicação dos recursos materiais e humanos (evitando desperdícios) e para minimização dos riscos de auditoria. Dessa forma, embora não seja garantia de sucesso, o planejamento, quando bem elaborado, minimiza o risco de o trabalho ser ineficaz e ineficiente. O planejamento na auditoria é dinâmico, ou seja, uma vez elaborado, deve ser revisado sempre que surgirem novas circunstâncias ou os resultados apontarem para uma direção diferente da leitura feita inicialmente. Nesse sentido, o planejamento deverá ser revisto, por exemplo, quando os testes substantivos revelarem uma quantidade de erros superior àquela prevista quando do levantamento do controle interno (FGV-Sefaz-RJ).

Quando da auditoria pela primeira vez (auditoria inicial), alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados, tais como os listados a seguir:

▪ leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhecimento” da auditada)

▪ valor da cotação da ação investida na bolsa de valores, se companhia aberta

▪ identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a data-base do exercício, revelados ou não

▪ levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno Dica:

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O objetivo do planejamento não muda se a auditoria é inicial ou recorrente. Entretanto, tratando-se de uma auditoria inicial, há diversos fatos e circunstâncias que não são ainda de conhecimento do auditor (áreas de risco, mercado, conhecimento da entidade etc.) fazendo com que o planejamento de uma auditoria inicial requeira um...

“esforço consideravelmente maior do que o de uma auditoria recorrente”

(Gomes, Emília. A importância do controle interno no planejamento da auditoria. Revista Revisores e Auditores. Mar/2014)

Lembre-se disso: o objetivo do planejamento é o mesmo nas auditorias iniciais ou recorrentes, embora a auditoria inicial seja mais delicada ou trabalhosa.

O planejamento é feito em dois níveis. Envolve a definição da estratégia global para o trabalho e o plano de auditoria.

O planejamento deve ser flexível, o auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre que necessário no curso da auditoria.

A estratégia global envolve:

(a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance

(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas;

(c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho;

(d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando aplicável, se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade; e

(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.

O plano de auditoria envolve:

(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco.

(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação.

Estratégia de auditoria

Plano de

auditoria

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(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria

A diferença básica entre a estratégia global e o plano de auditoria, é que o plano chega ao nível dos procedimentos de auditoria. Já a estratégia global indica apenas os macros objetivos.

No plano de auditoria detalha-se uma importante etapa do planejamento da auditoria que é a definição da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria, além de ter função de guia e controle.

Natureza→ quais procedimentos de auditoria serão realizados

Oportunidade→ Quando serão executados os procedimentos de auditoria.

Extensão→quantidade de procedimentos de auditoria.

Segundo Attie (2010) o planejamento propriamente dito serve para auxiliar o auditor no controle do andamento do trabalho, a fim de realizar um exame adequado, visando que este consiga obter seus objetivos em um prazo determinado, dentro das horas previstas, e com o menor custo possível.

Em breve síntese, Crepaldi (2012) indica os principais objetivos do planejamento:

• Adquirir conhecimento sobre a natureza das operações, negócios e forma de organização.

• Planejar maior volume de horas nas auditorias preliminares

• Obter maior cooperação do pessoal da empresa.

• Determinar a natureza, amplitude e datas dos testes de auditoria.

• Identificar previamente problemas relacionados com a contabilidade, auditoria e impostos.

Vejamos as diferenças entre os dois níveis do planejamento:

Plano de auditoria

Guia

objetivos do auditor

procedimentos de auditoria

Controle

tempo

controle de execução

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Note que, no plano, chegamos aos detalhes. São linhas diretas de ação como: “revisar a conta do banco do Brasil”

etc., enquanto no nível da estratégia temos os aspectos macros.

VUNESP - ISS Guarulhos – SP - Inspetor Fiscal de Rendas/2019

O planejamento de auditoria envolve a definição da estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria.

A respeito desse assunto, é correto afirmar que

A. a estratégia global deve ser mais detalhada que o plano de auditoria.

B. a estratégia global deve incluir a natureza, a época e a extensão dos procedimentos.

C. os membros-chave da equipe de trabalho não devem ser incluídos na elaboração do plano de auditoria.

D. a estratégia global deve orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.

E. o auditor não deve discutir elementos do plano de auditoria com a administração da empresa auditada.

Resolução:

Existe uma certa hierarquia entre os dois níveis do planejamento. A estratégia global orienta a elaboração do plano, que chega finalmente aos detalhes.

Resposta: D

Entendimento da entidade

É essencial ao auditor conhecer entender a entidade por completo, não só internamente em relação à competência do seu pessoal, gestão de riscos, mas, também, buscar compreender o setor econômico, a economia, os marcos regulatórios, os riscos do negócio, sua estrutura de capital dentre outros.

As demonstrações contábeis não são apenas débitos e créditos, há uma série de julgamentos profissionais, políticas contábeis e a entidade não opera de forma independente da economia em que está inserida.

Todas essas circunstâncias podem se transformar em riscos e podem influenciar as demonstrações contábeis, o que obriga ao auditor identificar e avaliar os riscos de distorção relevante independentemente se causada por fraude ou erro, nos níveis de demonstração contábil e afirmações, por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade, proporcionando assim uma base para o planejamento e a implementação das respostas aos riscos identificados de distorção relevante.

Os procedimentos para avaliação de riscos segundo item 6 da NBC TA 315 incluem:

▪ Indagações à administração sobre possibilidade de distorções relevantes

▪ Procedimentos analíticos

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▪ Observação e inspeção.

Resumo da atividade de planejamento:

Teste agora o que você aprendeu...

FUNDATEC - Auditor de Controle Interno – Porto Alegre/2019

A Norma que trata da responsabilidade do auditor no planejamento da auditoria das demonstrações contábeis prevê que o referido planejamento envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria. Segundo a mesma norma, ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve:

I. Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.

II. Considerar que a estratégia global e o plano de auditoria não podem ser alterados no curso da auditoria.

III. Definir o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.

Quais estão corretas?

Indagação

•Consiste na busca de informações junto a pessoas com

conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. É utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. Podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais informais. A avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação.

Procedimentos analíticos

•Consistem em avaliação das

informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Incluem também a

investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras

informações

relevantes ou que se desviem

significativamente dos valores previstos.

Observação e inspeção

•Apoiam as indagações junto à administração;

podem fornecer informações sobre a entidade e o seu ambiente. Exemplos de uso :

•observação de operações da entidade; inspeção de documentos (tais como planos de negócio), inspeção de registros e manuais de controles internos; de relatórios elaborados pela administração;

demonstrações contábeis intermediárias; minutas de reunião do conselho de administração; observação e inspeção de

dependências físicas da entidade.

1

considerar as precondições da auditoria ou recusar o

trabalho

2

entender a entidade e seu ambiente, definir a materialidade e avaliar riscos

3

elaborar a estratégia global e o plano de auditoria

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A. Apenas I.

B. Apenas II.

C. Apenas III.

D. Apenas I e II.

E. Apenas I e III.

Resolução:

Apenas o item II está incorreto, já que o planejamento é flexível.

Resposta: E

CESPE - FUNPRESP-JUD - Analista/Auditoria - 2016

No que tange ao planejamento de auditoria, julgue o item subsequente.

O planejamento de uma auditoria inicia-se somente com a concretização do contrato de serviço de auditoria, encerrando-se no momento em que o auditor independente estabelecer que os trabalhos preliminares estejam completos.

Resolução:

O “ Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual”. NBC TA 300.

Resposta: errado

FCC- Assembleia Legislativa-PE-Analista Leg./2014 Em relação ao Planejamento de Auditoria, considere:

I. No início dos seus trabalhos, o auditor deve considerar se existe uniformidade nas práticas contábeis adotadas pela entidade.

II. Na determinação dos fatos relevantes que serão examinados, não cabe ao auditor determinar a partir de que valor estes fatos serão considerados.

III. o Planejamento da Auditoria é um processo que se inicia logo após a contratação dos serviços.

Está correto o que se afirma APENAS em (A) III.

(B) II e III.

(C) I.

(D) II.

(E) I e III.

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Resolução:

Item I- Verdadeiro.

Item II- Falso. O auditor deve determinar o nível de materialidade ainda na fase de planejamento.

Item III- Falso. O Planejamento da Auditoria é um processo que se inicia na fase de avaliação para a contratação dos serviços. Nesta etapa devem ser levantadas as informações necessárias para conhecer o tipo de atividade da entidade, sua complexidade, a legislação aplicável, relatórios, parecer e outros informes a serem emitidos, para assim determinar a natureza do trabalho a ser executado.

NBC TA 300 (2016), 13.

O auditor deve realizar as seguintes atividades antes de começar os trabalhos de auditoria inicial:

(a) aplicar procedimentos exigidos pela NBC TA 220, itens 12 e 13, relativos à aceitação do cliente e do trabalho de auditoria específico; e

(b) entrar em contato com o auditor antecessor, caso haja mudança de auditores, de acordo com os requisitos éticos pertinentes (ver item A22).

Resposta: C

FCC - SEGEP-MA - Auditor Fiscal/2016

O documento que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho é denominado de

a) roteiro de auditoria.

b) plano de auditoria.

c) papéis de trabalho.

d) normas de auditoria.

e) estratégia para execução dos trabalhos Resolução:

Letra A – Errado. No planejamento são gerados dois documentos: Plano de auditoria e estratégia global. Sabendo que a assertiva descreve uma etapa do planejamento, devemos verificar qual desses documentos (estratégia ou plano) é o correto. Os demais devem ser sumariamente descartados.

Letra B – Certo. Segundo a NBC TA 300, o auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de: (a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco, conforme estabelecido na NBC TA 315; b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação, conforme previsto na NBC TA 330; e (c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria.

Letra C – Errado. Papéis de trabalho, ou Documentação de Auditoria, é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor. Fundamental para acertar a questão era observar que o enunciado solicita o documento que deve trazer os procedimentos que serão

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realizados, e não o registro dos procedimentos já realizados e as conclusões alcançadas. Essa definição nos ajuda a concluir que se trata do planejamento (plano de auditoria) e não dos papeis de trabalho.

Letra D - Errado. Normas trazem aquilo que “deve ser”. Não são um documento da auditoria e suas fases.

Letra E – Errado. A estratégia global da auditoria é um dos documentos gerados no planejamento, já que este é feito em duas fases: estratégia global e o plano de auditoria. Porém, aquele que chega ao detalhamento dos procedimentos, servindo de guia e controle é o PLANO. A ESTRATÉGIA é uma etapa de nível de agregação maior (macro).

Resposta: B

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