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TRIGLICERIDOS DOS ÁCIDOS ÓMEGA-3 Omega-3 acidorum triglycerida

DEFINIÇÃO

Mistura de mono, di e triésteres dos ácidos ómega-3 e de glicerina, contendo principalmente triésteres.

Os trigliceridos dos ácidos ómega-3 são obtidos por esterifica- ção da glicerina com ácidos ómega-3 concentrados e purifica- dos. Pode-se adicionar tocoferol, como anti-oxidante. Os ácidos ómega-3 são obtidos a partir do óleo extraído de tecidos de espécies de peixes gordos, pertencendo, entre outras, às famílias Engraulidæ, Carangidæ, Clupeidæ,

Osmeridæ, Salmonidæ e Scombridæ.

Os ácidos ómega-3 são os seguintes: – ácido -linolénico (C18:3 n-3), – ácido morótico (C18:4 n-3), – ácido eicosatetranóico (C20:4 n-3),

– ácido timnodónico (eicosopentanóico) (C20:5 n-3; AEP), – ácido heneicosopentanóico (C21:5 n-3),

– ácido clupanodónico (C22:5 n-3),

– ácido cervónico (docosa-hexaenóico) (C22:6 n-3; ADH). Teores:

– conjunto dos ácidos ómega-3: no mínimo, 60 por cento, expresso em trigliceridos,

– ácidos ómega-3 AEP e ADH: no mínimo, 45,0 por cento, expresso em trigliceridos.

CARACTERÍSTICAS

Aspecto: líquido amarelo pálido.

Solubilidade: praticamente insolúvel na água, muito solúvel na acetona e no heptano e pouco solúvel no etanol.

IDENTIFICAÇÃO

Cromatografia em fase gasosa (2.2.28).

Examine os cromatogramas obtidos no doseamento «AEP e ADH».

Resultado: os picos correspondentes ao éster metílico do ácido eicoso-pentanóico e ao éster metílico do ácido docosa-hexaenóico do cromatograma obtido com a solução problema (b) são semelhantes, quanto ao tempo de retenção e dimensões aproximadas, aos picos correspondentes do cromatograma obtido com a solução padrão (a).

ENSAIO

Absorvência (2.2.25): no máximo, 0,73, determinada em 233 nm. Dilua 0,300 g da amostra em 50,0 ml com trimetilpentano R. Dilua 2,0 ml desta solução para 50,0 ml com trimetilpentano R. Índice de ácido (2.5.1): no máximo 3,0, determinado em 10,0 g da amostra em 50 ml da mistura de solventes prescrita. Índice de anisidina: no máximo, 30,0.

O índice de anisidina é definido como sendo 100 vezes a absor- vência, numa espessura de 1 cm, de uma solução contendo 1 g da amostra em 100 ml de uma mistura de solventes e de reagentes, como se descreve no seguinte método:

Efectue as operações o mais rapidamente possível e evite a exposição à luz solar.

Solução problema (a). Dissolva 0,500 g da amostra em trimetilpentano R e complete 25,0 ml com o mesmo solvente. Solução problema (b). A 5,0 ml da solução problema (a) junte 1,0 ml de uma solução de p-anisidina R a 2,5 g/l em ácido acético glacial R. Agite e mantenha ao abrigo da luz. Solução padrão. A 5,0 ml de trimetilpentano R junte 1,0 ml de uma solução de p-anisidina R a 2,5 g/l em ácido acético glacial R. Agite e mantenha ao abrigo da luz.

Determine a absorvência (2.2.25) da solução problema (a) em 350 nm, utilizando o trimetilpentano R como líquido de compensação. Após 10 min exactos da sua preparação, determine a absorvência da solução problema (b) em 350 nm, utilizando a solução padrão como líquido de compensação. Calcule o índice de anisidina, usando a expressão:

As = absorvência da solução problema (b),

Ab= absorvência da solução problema (a),

m = massa da amostra na solução problema (a), em gramas.

Índice de peróxido (2.2.5): no máximo, 10,0.

25 (1,2As– Ab)

m

Trigliceridos dos ácidos ómega-3

Monografias T - Z Tempos (minutos) Intensidade (m/ V )

FIGURA 1 – Cromatograma tipo para o ensaio «Oligómeros e gliceridos parciais».

Trigliceridos dos ácidos ómega-3

Monografias

T - Z

Oligómeros e gliceridos parciais: no máximo, 3,0 por cento de oligómeros e, no máximo, 50,0 por cento de gliceridos parciais, determinados por cromatografia de exclusão (2.2.30). Solução problema. Dissolva 10,0 mg da amostra em tetra- hidrofurano R e complete 10 ml com o mesmo solvente. Colunas:

– coluna 1:

– dimensões: l = 0,3 m;  = 7,8 mm,

– fase estacionária: copolímero estireno-divinilbenzeno R (poros de 10 nm de diâmetro e partículas de 7 µm de diâmetro),

– colunas 2 e 3 (estando estas mais próximas do detector): – dimensões: l = 0,3 m;  = 7,8 mm,

– fase estacionária: copolímero estireno-divinilbenzeno R (poros de 50 nm de diâmetro e partículas de 7 µm de diâmetro).

Fase móvel: tetra-hidrofurano R. Débito: 0,8 ml/min.

Detecção: refractómetro diferencial. Injecção: 40 µl.

Conformidade do sistema: solução padrão

– ordem de eluição: tricosa-hexaenoína, didocose-hexaenoína, monodocosa-hexaenoína,

– resolução: no mínimo, 2,0 entre os picos devidos à monodocosa-hexaenoína e o didocosa-hexaenoína e, no mínimo, 1,0 entre os picos devidos à didocosa-hexaenoína e à tridocosa-hexaenoína.

Identificação dos picos: de acordo com o cromatograma tipo (figura 1).

Calcule o teor por cento em oligómeros, usando a expressão:

100

A = soma das áreas de todos os picos do cromatograma,

B = área do pico cujo tempo de retenção é inferior ao(s) do(s) pico(s)

correspondente(s) aos trigliceridos.

Calcule o teor por cento em gliceridos parciais, usando a expressão:

100

C = soma das áreas do(s) pico(s) correspondente(s) aos mono e

digliceridos.

Limites:

– oligómeros: no máximo, 3,0 por cento, – gliceridos parciais: no máximo, 50,0 por cento.

C

A

B

A

FIGURA 2 – Cromatograma tipo para o doseamento dos ésteres etílicos dos ácidos ómega-3 totais.

1. C18:4 n-3 2. C20:2 n-3 3. C20:4 n-6 4. C20:4 n-3 5. AEP 6. C21:5 n-3 7. C22:5 n-6 8. C22:5 n-3 9. ADH

DOSEAMENTO

AEP e ADH (2.4.29). Ver figura 2. Cromatografia em fase gasosa (2.2.29). Ácidos ómega-3 totais (2.4.29). Ver figura 2.

CONSERVAÇÃO

Em recipiente bem cheio, estanque, ao abrigo da luz, em atmosfera de gás inerte.

ROTULAGEM

No rótulo indica-se o teor em tocoferol, eventualmente adicionado.

TRIMETADIONA

Trimethadionum

C6H9NO3 Mr 143,1 DEFINIÇÃO 3,5,5-Trimetiloxazolidina-2,4-diona.

Teor: 98,0 por cento a 102,0 por cento (substância seca).

CARACTERÍSTICAS

Aspecto: cristais incolores ou praticamente incolores. Solubilidade: solúveis na água, muito solúveis no álcool.

IDENTIFICAÇÃO Primeira série: B. Segunda série: A, C e D.

A. Ponto de fusão (2.2.14): 45°C a 47°C (sem secagem prévia).

B. Espectrofotometria de absorção no infravermelho (2.2.24). Preparação: discos preparados com, respectivamente, 3 mg da amostra e 3 mg do padrão e com 400 mg de brometo de potássio R.

Comparação: trimetadiona SQR.

C. A 2 ml da solução S (ver Ensaio) junte 1 ml de solução de hidróxido de bário R. Forma-se precipitado branco que se dissolve por adição de l ml de ácido clorídrico diluído R.

D. Dissolva 0,3 g da amostra numa mistura de 5 ml de solução alcoólica de hidróxido de potássio R e 5 ml de álcool R. Deixe em repouso durante 10 min. Junte 0,05 ml de solução de fenolftaleína R1 e neutralize cuidadosamente com ácido clorídrico R. Evapore à secura em banho de água e trate o resíduo com 4 vezes 5 ml de éter R de cada vez. Reúna os líquidos etéreos, filtre e evapore à secura. O resíduo, recristalizado de 5 ml de tolueno R e seco, funde (2.2.14) a cerca de 80°C.

ENSAIO

Solução S. Dissolva 2,0 g da amostra em água isenta de dióxido de carbono R e complete 40 ml com o mesmo solvente. Aspecto da solução. A solução S é límpida (2.2.1) e incolor (2.2.2, Método II).

Acidez ou alcalinidade. A 10 ml da solução S junte 0,1 ml de solução de vermelho de metilo R. A viragem do indicador não necessita de mais de 0,1 ml de ácido clorídrico 0,01 M ou de hidróxido de sódio 0,01 M.

Metais pesados (2.4.8): no máximo, 20 ppm.

12 ml da solução S satisfazem ao ensaio limite A. Prepare o padrão com solução a 1 ppm de chumbo (Pb) R.

Perda por secagem (2.2.32): no máximo, 0,5 por cento, determinada em 1,000 g da amostra, em exsicador com gel de sílica anidro R, durante 6 h.

Cinzas sulfúricas (2.4.14): no máximo, 0,1 por cento, determinadas em 1,00 g da amostra.

DOSEAMENTO

Proceda por cromatografia em fase gasosa (2.2.28), utilizando decanol R como padrão interno.

Solução do padrão interno. Dissolva 0,125 g de decanol R em etanol R e complete 25 ml com o mesmo solvente.

Solução problema. Dissolva 0,100 g da amostra na solução do padrão interno e complete 10,0 ml com a mesma solução. Solução padrão. Dissolva 0,100 g de trimetadiona SQR na solução do padrão interno e complete 10,0 ml com a mesma solução.

A cromatografia pode ser realizada utilizando:

– uma coluna de aço inoxidável com 0,75 m de comprimento e 3 mm de diâmetro interno cheia com copolímero estireno-divinilbenzeno R (125-150 µm),

– azoto para cromatografia R, como gás vector, com um débito de 20 ml/min,

– um detector de ionização de chama.

Mantenha a temperatura da coluna a 210°C, a da câmara de injecção a 240°C e a do detector a 270°C. Injecte 1 µl de cada solução. CONSERVAÇÃO Ao abrigo da luz.

Trimetadiona

Monografias T - Z

TRIMETOPRIM