• Nenhum resultado encontrado

Q UADRO 32 | M ATRIZ SWOT AO D ESTINO A LQUEVA – F ORÇAS E F RAQUEZAS

NUT II N º E STABELECIMENTOS C APACIDADE DE ALOJAMENTO

Q UADRO 32 | M ATRIZ SWOT AO D ESTINO A LQUEVA – F ORÇAS E F RAQUEZAS

FORÇAS FRAQUEZAS

Património cultural (edificado e imaterial); Baixa densidade populacional;

Património natural; Desertificação da região e despovoamento dos aglomerados populacionais de pequena dimensão;

Autenticidade do ambiente e das paisagens; Duplo envelhecimento etário da população;

Hospitalidade; Fraca densidade empresarial;

Sossego / Tranquilidade; Debilidades nos serviços dos transportes públicos colectivos rodoviários;

Clima; Os acessos ferroviários apresentam debilidade estrutural; Gastronomia regional; Serviços de saúde e infra-estruturas básicas insuficientes; Produtos regionais (artesanato e outros); Fraca dinamização empresarial do sector turístico;

Criação do PDTA; Reduzida oferta hoteleira, de empresas de animação turística e de operadores marítimo-turísticos;

Instrumentos de gestão territorial que preconizam a defesa da sustentabilidade para a região;

Escassez de infra-estruturas para a ocupação de tempos livres; Existência de elementos dinamizadores que permitem a oferta

de diversidade ao nível dos produtos turísticos;

Necessidade de reforço da animação turística, de eventos culturais e / ou desportivos;

Segurança pública; Insuficientes parcerias público-privadas e falta de espessura institucional;

Qualidade da oferta de alojamento turístico com especial incidência ao nível do TER;

Necessidade de reforço de serviços de informação turística adequados e debilidades na sinalização turística;

Fidelidade dos visitantes à região; Falta de promoção turística: institucional e empresarial; Localização geográfica. Necessidade de reforço ao nível do planeamento turístico;

Escassez de recursos humanos qualificados;

A água da albufeira ainda não tem qualidade compatível para uso balnear;

Falta de integração do destino Alqueva junto dos operadores turísticos.

Assim, tendo presente o ambiente interno à região, importa salientar que, ao nível das Forças:

• O destino Alqueva é caracterizado pela forte identidade cultural, traduzida pela riqueza e variedade do seu património edificado e imaterial como são exemplo a sua hospitalidade, a gastronomia, as tradições, o cante alentejano ou os seus produtos regionais (exemplo: artesanato ou produtos regionais agro-alimentares);

• Possui também uma grande riqueza de recursos naturais, pela autenticidade e singularidade paisagística que o território oferece, salientando-se a paisagem e o montado. Por outro lado, o sossego, a tranquilidade, o clima e a autenticidade do ambiente e das paisagens, constituem ingredientes que marcam a região, como comprova a análise empírica de dados;

• A identificação do PDTA pelo PENT e a sua posterior constituição jurídico- institucional possibilitará novas dinâmicas ao nível do planeamento turístico; permitirá igualmente o reconhecimento do Alqueva enquanto destino turístico, o que facultará uma maior notoriedade e competitividade junto dos mercados nacional e internacional;

• A existência de instrumentos de gestão territorial que definem, nas suas opções estratégicas, um modelo alinhado com os princípios do desenvolvimento sustentável para a região;

• O destino é detentor de um conjunto de recursos com capacidade de dinamizar, desenvolver e diversificar a oferta turística ao nível dos produtos turísticos;

• A segurança pública é considerada como um factor favorável ao nível do acolhimento no destino;

• Ao nível dos equipamentos turísticos sobressai a oferta no alojamento colectivo, a qual, na generalidade, possui qualidade e, no caso específico do TER, assume mesmo preponderância no contexto nacional em termos de dimensão;

• Os dados empíricos apurados revelaram que existe um forte índice de fidelidade à região;

• A situação geográfica porque resulta da proximidade à área metropolitana de Lisboa, à região do Algarve e a Espanha.

No que respeita às Fraquezas detectadas, convém sublinhar:

• No âmbito social é evidente o baixo índice de densidade populacional, aliado à desertificação generalizada da região, a diminuição do número de efectivos nos núcleos populacionais de menor dimensão e o duplo envelhecimento da população;

• No domínio económico evidencia-se a falta de dinamismo empresarial, a par de uma reduzida estrutura dimensional;

• Assiste-se a debilidades ao nível dos serviços dos transportes públicos colectivos rodoviários e das acessibilidades ferroviárias, principalmente nas ligações intra- concelhias;

• Os dados apurados revelaram que a oferta de serviços de saúde e as infra-estruturas básicas são insuficientes;

• O sector turístico empresarial na região tem pouca expressão, verificando-se uma reduzida oferta hoteleira, tanto em número de camas como em número de estabelecimentos hoteleiros, além de um diminuto número de empresas de animação turística e de operadores marítico-turísticos estabelecidos no destino;

• Existem insuficientes infra-estruturas para a ocupação de tempos livres, bem como subsiste a necessidade de reforço de actividades da animação turística e de eventos culturais e / ou desportivos;

• No plano da intervenção pública é patente alguma inconsistência e falta de articulação entre as organizações existentes e, verifica-se também falta de reforço ao nível do planeamento turístico, da promoção turística institucional, da sinalização turística e dos serviços de informação turística;

• Evidencia-se uma fraca articulação entre a intervenção pública e privada, manifestada por exemplo na necessidade de reforço da promoção turística conjunta;

• Escassez de recursos humanos qualificados no turismo, sobretudo ao nível do alojamento e da restauração;

• A água da albufeira de Alqueva ainda não tem qualidade compatível para uso balnear, logo, restringe a realização de algumas actividades turísticas;

• O destino Alqueva ainda não se encontra integrado nas redes dos operadores turísticos, o que tem sobretudo reflexos junto dos mercados internacionais.

Por outro lado, o desenvolvimento do turismo no destino Alqueva poderá beneficiará de diversas Oportunidades, entre as quais evidenciamos:

• Potenciação do Grande Lago Alqueva, o maior lago artificial da Europa, e que surge como o elemento nuclear impulsionador de desenvolvimento a diversos níveis, incluindo o turístico;

• Em termos sociais e económicos permitirá por um lado criar postos de trabalho, fixar a população, estimular o combate à desertificação, podendo mesmo facilitar o rejuvenescimento da pirâmide etária; por outro lado, o turismo irá estimular a produção local e, por conseguinte, o desenvolvimento do comércio da região. Todos estes factores irão incrementar a qualidade de vida das populações autóctones;

• Possibilitará a preservação, valorização e promoção do património cultural (edificado e imaterial) e natural da região;

• Integração do destino Alqueva na promoção turística referente à marca “Alentejo” com exploração das sinergias possíveis, ao nível institucional e ao nível da própria imagem;

• Incremento das parcerias público-privadas e reforço da cooperação;

• Possibilitará o reforço da promoção turística, institucional e empresarial;

• Permitirá realizar campanhas de sensibilização e educação ambiental junto dos turistas e das populações residentes;

• Facultará a diversificação da oferta turística secundária ao nível da quantidade e qualidade do alojamento turístico, dos equipamentos, das infra-estruturas e dos serviços turísticos oferecidos, como por exemplo, permitindo a criação de infra-estruturas de apoio ao desenvolvimento de actividades náuticas desportivas e ao aparecimento de empresas de animação turística e de operadores marítimo turísticos, capitalizando o espelho de água; e também da animação cultural / eventos;

• A concretização e dinamização de alguns projectos estruturantes da região Alentejo como o EFMA, o Aeroporto de Beja e eixo ferroviário de alta velocidade do sudoeste da Europa, permitirão aumentar a competitividade do destino Alqueva;

• Melhoria das acessibilidades e transportes rodoviários, ferroviários e aéreos de ligação à região;

• Aumento da massa crítica empresarial com efeitos no reforço da gestão estratégica e da maior consciencialização sobre a importância sobre a qualificação do capital humano no sector, o que melhorará a competitividade do destino;

• Possibilidade de desenvolvimento de projectos de interesse comum com o “lado espanhol”.

No plano oposto podem-se identificar Ameaças, as quais carecem da devida ponderação. Referimo-nos nomeadamente aos seguintes factores:

• A actual conjuntura económico-financeira desfavorável que poderá não permitir a concretização dos projectos turísticos em carteira para o destino Alqueva;

• Crescimento desmesurado da imobiliária nomeadamente associada aos grandes projectos turísticos;

• Insuficiente articulação e cooperação entre as entidades públicas e o sector privado para a definição de parcerias;

• Risco de crescimento não orientado, acarretando, por exemplo, a degradação dos recursos culturais e naturais;

• Dependência de um leque restrito de produtos turísticos caso não se concretize uma estratégia adequada de diversificação e desenvolvimento;

• A actividade turística poderá provocar o excesso de população flutuante, se não forem estabelecidos os limites de capacidade de carga, e poderá ainda contribuir para a subida de preços e para a poluição no destino;

• Concorrência face a destinos turísticos com uma oferta semelhante.

No Quadro 33 sistematizam-se os aspectos atrás evidenciados, de forma a possibilitar uma visão de conjunto.