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CONHECIMENTOS HABILIDADES ATITUDES Conhecer princípios de

6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

6.1 DESCRIÇÃO DO CONTEXTO AMBIENTAL E DOS SISTEMAS ORGANIZACIONAIS EM QUE AS UNIDADES DE INFORMAÇÃO ESTÃO INSERIDAS

6.1.2 S UPREMO T RIBUNAL F EDERAL (STF)

“O Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário, e a ele compete, precipuamente, a guarda da Constituição, conforme definido no art. 102 da Constituição Federal” (BRASIL. STF, 2009). Difere-se dos demais Tribunais Superiores por ser o órgão máximo de decisões do Poder Judiciário.

Segundo o Regimento Interno do STF (RISTF), em seu artigo 2º: “O Tribunal compõe-se de onze Ministros, tem sede na Capital da República e jurisdição em todo território nacional”. O artigo 101 da Constituição Federal estabelece que os 11 Ministros sejam nomeados pelo Presidente da República dentre cidadãos com mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

O artigo 102, incisos I a III da Constituição apresenta um extenso rol de atribuições da competência do STF, entretanto no website da Corte (www.stf.jus.br), que apresenta as informações institucionais do tribunal, destacam-se as seguintes:

julgar originariamente a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

julgar originariamente a extradição solicitada por Estado estrangeiro; julgar, nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-

Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

julgar, em recurso ordinário, o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;

aprovar, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, súmula com efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

Além das informações institucionais de caráter histórico e da estrutura organizacional, no website é possível encontrar tabelas e gráficos estatísticos da

movimentação processual no âmbito do STF desde o ano de 1940 até o mês de setembro do ano de 2009, como no exemplo a seguir onde são apresentados os gráficos de movimentação processual da década de 1990 e do ano 2000 ao mês de setembro de 2009:

Figura 7: Movimento processual do STF na década de 1990 Fonte: Website do STF (2009)

Figura 8: Movimento processual do STF de 2000 a setembro de 2009 Fonte: Website do STF (2009)

Como processo de comparação dos gráficos é possível perceber que a cada década o Tribunal atua de maneira diferenciada no recebimento e julgamento dos processos. A observação dos gráficos permite concluir que desde o ano de 1998, o

Tribunal vem aumentando consideravelmente o número de processos protocolados, julgados e distribuídos. Com relação à publicação de novos acórdãos houve queda em relação à Década de 1990. Desde 1998 há uma oscilação entre 10.000 a 20.000 novas publicações, em média, de novos acórdãos. No discurso realizado em sessão solene de instalação do ano judiciário de 2008, a Excelentíssima Senhora Ministra Ellen Gracie, então Presidente do STF, afirmou que a aceleração da movimentação processual no âmbito da Corte deve-se, principalmente, ao uso de novas tecnologias de informação. De acordo com a Ministra Gracie (2008, p.9-10) o e-STF (sistema que permite receber e decidir recursos em formato eletrônico), o Diário da Justiça Eletrônico, a arquitetura do novo portal e a biblioteca digital são projetos que auxiliaram o Tribunal na aceleração da prestação jurisdicional e no acesso às informações de interesse dos cidadãos. Logo, pode-se perceber influência dos fatores tecnológicos no planejamento das atividades a serem desempenhadas pelo STF.

As diretrizes do STF estão estabelecidas e constam no documento do seu planejamento estratégico para os anos de 2009 a 2013, aprovado em sessão administrativa de 5 de agosto de 2009. Segundo este documento, a missão do Tribunal deve responder à seguinte pergunta: por que existimos? Já a visão, deve responder ao seguinte questionamento: o que queremos? A partir desses questionamentos a missão e a visão do STF estabelecidas são:

Missão: Assegurar o cumprimento e estabelecer a interpretação da Constituição Federal, de forma a construir cultura que garanta sua efetividade.

Visão: Ser reconhecido como Corte Constitucional, referência na garantia dos direitos fundamentais, na moderação dos conflitos da Federação e na gestão administrativa (BRASIL. STF, 2009, p. 6-7). Os objetivos são denominados como “grandes desafios que a instituição deve suplantar para implementar sua estratégia” e são apresentados pelo Planejamento Estratégico (BRASIL. STF, 2009, p.11) em oito ações:

(1) Aprimorar o planejamento e a execução orçamentária.

(2) Alinhar os recursos orçamentários ao cumprimento das estratégias.

(3) Priorizar a valorização e o aperfeiçoamento dos servidores e colaboradores, visando à cooperação, ao respeito e ao comprometimento.

(5) Fortalecer e harmonizar as relações entre os Poderes e as demais instituições.

(6) Aperfeiçoar o processo de comunicação com a sociedade. (7) Tornar efetivos os instrumentos inovadores de prestação jurisdicional e de gestão administrativa.

(8) Adotar procedimentos que elevem a produtividade e assegurem agilidade nos trâmites judiciais e administrativos.

Cada um dos oito objetivos possui metas específicas que devem ser cumpridas ao longo do período de cinco anos estabelecidos para o planejamento.

Além da missão, da visão, dos objetivos e das metas o documento do planejamento estratégico do STF prescreve os valores institucionais, designados como “crenças e princípios que norteiam as ações e condutas da instituição” que são definidos em torno de nove áreas:

1. ACESSIBILIDADE

Facilitar ao cidadão o acesso ao Judiciário. 2. CELERIDADE

Entregar resultados com rapidez e qualidade. 3. CREDIBILIDADE

Assegurar comportamento que gere confiança nos serviços prestados à sociedade.

4. ÉTICA

Agir com honestidade e integridade em todas as suas ações e relações.

5. INOVAÇÃO

Buscar soluções inovadoras para melhoria da prestação jurisdicional, destacando-se pela criatividade, pela modernidade e pela quebra de paradigmas.

6. RESPEITO NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS