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Vaccinum diphtheriae, tetani, pertussis, poliomyelitidis inactivatum et haemophili

stirpi b coniugatum adsorbatum

DEFINIÇÃO

A vacina adsorvida contra a difteria, o tétano, a tosse convulsa, a poliomielite (inactivada) e conjugada contra o haemophilus tipo b, é uma vacina polivalente composta pela anatoxina diftérica, pela anatoxina tetânica, por uma suspensão inactivada da Bordetella pertussis, por estirpes apropriadas dos vírus poliomielíticos humanos do tipo 1, 2 e 3 cultivadas em culturas celulares apropriadas e inactivadas por um método validado, de fosfato de poliribosilribitol (FPR) acoplado por uma ligação covalente a uma proteína de transporte, e por um adsorvente mineral, como o hidróxido de alumínio ou o fosfato de alumínio hidratado. O produto apresenta-se com o componente haemophilus num recipiente separado cujo conteúdo é misturado aos outros componentes imediatamente antes da utilização.

As anatoxinas são obtidas por acção do formaldeído sobre as toxinas resultantes, respectivamente, do crescimento do Corynebacterium diphtheriae e do Clostridium tetani.

O FPR é um copolímero linear constituído por unidades repetidas de 3-β-d-ribofuranosil-(1 → 1)-ribitol-5-fosfato- [(C10H19O12P)n] de tamanho molecular definido, obtido de uma estirpe apropriada de Haemophilus influenzae tipo b. A proteína de transporte conjugada ao FPR é capaz de estimular uma resposta imunitária dos linfócitos B, dependentes dos linfócitos T, ao poliosido.

Vacinas

Vacina adsorvida contra a difteria, o tétano, a tosse convulsa, a poliomielite(inactivada) e conjugada...

PRODUÇÃO

DISPOSIÇÕES GERAIS

Deve ser estabelecido que o método de produção utilizado origina de maneira reprodutível vacinas comparáveis à vacina na qual foi demonstrada a eficácia clínica e inocuidade para o homem.

Durante os estudos de desenvolvimento, e cada vez que é necessário revalidar o método de produção, deve ser demonstrado por um ensaio no animal que a vacina é capaz de estimular uma resposta imunitária dos linfócitos B, dependentes dos linfócitos T, ao FPR.

Durante os estudos destinados a demonstrar a regularidade do método de produção, as aferições da actividade dos componentes diftérico, tetânico, da tosse convulsa e poliomielítico são efectuadas num número apropriado de lotes da vacina reconstituída segundo o modo de emprego.

Por conseguinte, as aferições da actividade podem ser efectuadas sem misturar com o componente haemophilus.

Vacina(s) de referência. Desde que se possam efectuar ensaios de aferições da actividade válidos, as vacinas monovalentes de referência podem ser utilizadas para as determinações da actividade da vacina polivalente. Se não for possível a sua utilização devido a interacções entre os componentes da vacina polivalente ou a diferenças de composição entre a vacina monovalente de referência e a amostra, utiliza-se como vacina de referência um lote representativo ou um lote de vacina polivalente cuja eficácia foi demonstrada aquando dos ensaios clínicos. O lote representativo deve ser preparado por um processo rigorosamente idêntico ao que foi utilizado para o lote submetido aos ensaios clínicos. A vacina de referência pode ser estabilizada por um método em que tenha sido demonstrado que não provoca qualquer alteração no processo de determinação da actividade.

Toxicidade específica dos componentes diftérico e tetânico.

O método de produção é objecto de uma validação que permite demonstrar que o produto, se aplicável, satisfaz ao ensaio seguinte: utilize 5 cobaios saudáveis, pesando entre 250 g e 350 g e que não tenham sido tratados anteriormente por uma substância susceptível de falsear o ensaio. Injecte em cada um deles, por via subcutânea, uma quantidade equivalente a 5 vezes a dose humana unitária indicada no rótulo. Se, nos 42 dias após a injecção, 1 dos animais apresentar sinais ou morrer de toxemia diftérica ou de tétano, a vacina não satisfaz ao ensaio. Se mais de 1 animal morrer por causas não específicas, repita o ensaio apenas uma vez;

se mais de 1 animal morrer no segundo ensaio, a vacina não satisfaz ao ensaio.

PRODUÇÃO DOS COMPONENTES

A produção dos componentes satisfaz às exigências das monografias «Vacina adsorvida contra a difteria», «Vacina adsorvida contra o tétano», «Vacina adsorvida contra a tosse convulsa», «Vacina inactivada contra a poliomielite» e

«Vacina conjugada contra o Haemophilus tipo b».

GRANÉIS FINAIS

O granel final dos componentes diftérico, tetânico, da tosse convulsa e polimielítico prepara-se por adsorção

num suporte mineral como o hidróxido de alumínio ou o fosfato de alumínio hidratado, separadamente ou em conjunto, de quantidades apropriadas da anatoxina diftérica purificada, da anatoxina tetânica purificada seguido da adição de quantidades apropriadas da suspensão inactivada de B. pertussis e de colheitas monovalentes purificadas de vírus poliomielíticos do tipo 1, 2 e 3 ou de uma quantidade apropriada da mistura trivalente destas colheitas monovalentes purificadas. Podem ser adicionados conservantes antimicrobianos apropriados.

O granel final do componente haemophilus prepara-se por diluição com um diluente apropriado do conjugado a granel na concentração final. Pode ser adicionado um estabilizante.

Para a preparação do lote final só podem ser utilizados granéis finais que satisfaçam às exigências seguintes.

Albumina sérica bovina. Determinada por um método imuno-químico apropriado (2.7.1) nos componentes poliomielíticos durante a preparação do granel final, antes de adicionar o adsorvente, a quantidade de albumina sérica bovina é tal que o teor no lote final não excede 50 ng por dose humana unitária.

Conservante antimicrobiano. Quando aplicável, determine o teor em conservante antimicrobiano por um método químico apropriado. O teor não é inferior a 85 por cento nem superior a 115 por cento do teor pretendido.

Esterilidade (2.6.1). Utilize 10 ml da amostra para cada meio.

LOTE FINAL

O granel final do componente haemophilus é liofilizado.

Só pode ser libertado um lote final que satisfaça ao ensaio de osmolaridade e às exigências especificadas a seguir em

«Identificação», «Ensaio» e «Actividade».

Se os ensaios de «Toxicidade específica», do «Teor em conservante antimicrobiano» e as «Aferições da actividade»

dos componentes diftérico, tetânico e da tosse convulsa tiverem sido efectuados com resultados satisfatórios no granel final, podem ser omitidos no lote final.

Se o teor em formaldeído livre tiver sido determinado nos antigénios purificados a granel, na suspensão inactivada da B. pertussis e nas colheitas monovalentes purificadas ou na mistura trivalente dos vírus poliomielíticos, quer no granel final e tiver sido demonstrado que o teor do lote final não excede 0,2 g/l, o ensaio do formaldeído livre pode ser omitido no lote final.

Se a aferição da actividade in vivo do componente po-liomielítico tiver sido efectuada com resultados satisfatórios no granel final, este pode ser omitido no lote final.

A aferição da actividade in vivo do componente poliomielítico pode não ser efectuado se tiver sido demonstrado, para um determinado produto e para cada tipo de vírus poliomielítico, que os critérios de aceitação da determinação do teor em antigénio D são tais que fornecem os mesmos resultados que a aferição da actividade in vivo em termos de aceitação ou rejeição de um lote. Esta demonstração deve incluir ensaios sobre lotes com actividade alterada, produzidos experimentalmente, se necessário por tratamento pelo calor, por exemplo, ou por outros métodos que permitam

Vacinas

Vacina adsorvida contra a difteria, o tétano, a tosse convulsa, a poliomielite(inactivada) e conjugada...

diminuir a actividade imunogénica. Deverá ser avaliado o impacto sobre as aferições da actividade in vivo e in vitro e considerada a necessidade de revalidação se houver modificação significativa do processo de produção dos antigénios ou da sua formulação.

Osmolaridade (2.2.35). A osmolaridade da amostra reconstituída, quando aplicável, situa-se dentro dos limites aprovados para o produto específico.

FPR livre. A determinação efectua-se no componente haemophilus após eliminação do conjugado, por exemplo, por cromatografia por troca de aniões, de exclusão ou hidrófoba, por ultrafiltração ou outros métodos validados. O teor em FPR livre não é superior ao aprovado para o produto específico.

IDENTIFICAÇÃO

As identificações A, B, C e D efectuam-se no recipiente contendo os componentes diftérico, tetânico, da tosse convulsa e poliomielítico. A identificação E efectua-se no recipiente contendo o componente haemophilus.

A. A anatoxina diftérica identifica-se por um método imunoquímico apropriado (2.7.1). O método a seguir, aplicável a determinadas vacinas, é dado como exemplo.

Dissolva na amostra uma quantidade suficiente de citrato de sódio R para obter uma solução a 100 g/l. Mantenha a 37°C durante cerca de 16 h e centrifugue até à obtenção de um sobrenadante límpido. O sobrenadante límpido reage com uma antitoxina diftérica apropriada dando um precipitado.

B. A anatoxina tetânica identifica-se por um método imunoquímico apropriado (2.7.1). O método a seguir, aplicável a determinadas vacinas, é dado como exemplo. O sobrenadante límpido obtido na identificação A reage com uma antitoxina tetânica apropriada dando um precipitado.

C. Pode ser utilizado o coágulo da centrifugação obtido na identificação A. Outros métodos apropriados podem ser utilizados para separar as bactérias do adsorvente.

Identifique a vacina adsorvida contra a tosse convulsa, quer por aglutinação da bactéria colocada em suspensão a partir do coágulo de centrifugação, com soros específicos da B. pertussis, quer por aferição do componente da tosse convulsa descrito em «Actividade».

D. Demonstra-se por um método imunoquímico apropriado (2.7.1) como a determinação do antigénio D por

imunoadsorção com enzima conjugada (ELISA) que a vacina contém os vírus poliomielíticos humanos do tipo 1, 2 e 3.

E. O componente haemophilus identifica-se por um método imunoquímico (2.7.1) apropriado para o FPR.

ENSAIO

Os ensaios «Toxicidade específica» do componente da tosse convulsa, «Alumínio», «Formaldeído livre», «Conservante antimicrobiano» e «Esterilidade» efectuam-se no recipiente contendo os componentes diftérico, tetânico, tosse convulsa e poliomielítico; os ensaios «FPR», «Água» «Esterilidade»

e «Pirogénios» efectuam-se no recipiente contendo o componente haemophilus.

Determinados ensaios para o componente haemophilus podem ser efectuados no produto liofilizado em vez de no conjugado a granel, porque a liofilização pode afectar o componente a examinar.

Toxicidade específica do componente da tosse convulsa.

Utilize, no mínimo, 5 murganhos saudáveis, pesando entre 14 g e 16 g, para a amostra e para a solução salina testemunha. Os murganhos são do mesmo sexo ou machos e fêmeas repartidos igualmente entre os grupos. Os animais devem ter acesso à alimentação e à água, no mínimo, durante 2 h antes da injecção e durante o ensaio. Injecte em cada murganho do grupo a vacinar, por via intraperitoneal e num volume de 0,5 ml, uma quantidade da amostra equivalente, no mínimo, a metade do volume da dose humana unitária. Injecte em cada murganho do grupo testemunha 0,5 ml de uma solução estéril de cloreto de sódio R a 9 g/l, contendo de preferência a mesma quantidade de conservante antimicrobiano que a injectada com a vacina. Pese os murganhos imediatamente antes da injecção, após 72 h e 7 dias após a injecção. A vacina satisfaz ao ensaio se: (a) após 72 h, a massa total do grupo de murganhos vacinados não for inferior à massa antes da injecção, (b) após 7 dias, o ganho ponderal médio por murganho vacinado não for inferior a 60 por cento do ganho por murganho testemunha e (c) no máximo, 5 por cento do número total de murganhos vacinados morrerem durante o ensaio. O ensaio pode ser repetido e os resultados dos ensaios combinados.

FPR: no mínimo, 80 por cento da quantidade de FPR indicada no rótulo. O teor em FPR determina-se quer por doseamento da ribose (2.5.31) ou do fósforo (2.5.18), quer por doseamento imunoquímico (2.7.1), quer por cromatografia líquida (2.2.29) por troca de aniões com detecção amperimétrica pulsátil.

Alumínio (2.5.13): no máximo, 1,25 mg por dose humana unitária, se o adsorvente utilizado for o hidróxido de alumínio ou o fosfato de alumínio hidratado.

Formaldeído livre (2.4.18): no máximo, 0,2 g/l.

Conservante antimicrobiano. Quando aplicável, determine o teor em conservante antimicrobiano por um método químico apropriado. O teor não é inferior ao valor mínimo considerado eficaz nem superior a 115 por cento do valor indicado no rótulo.

Água (2.5.12): no máximo, 3,0 por cento para o componente haemophilus.

Esterilidade (2.6.1). A vacina satisfaz ao ensaio de esterilidade.

Pirogénios (2.6.8). A amostra satisfaz ao ensaio dos

pirogénios. Injecte em cada coelho, por quilograma de massa corporal, uma quantidade de vacina equivalente a: 1 µg de FPR se a proteína de transporte for a anatoxina diftérica ou a proteína diftérica CRM 197; 0,1 µg de FPR se a proteína de transporte for a anatoxina tetânica; 0,025 µg de FPR se a proteína de transporte for OMP.

Vacinas

Vacina adsorvida contra a difteria, o tétano, a tosse convulsa (acelular, polivaente) e a poliomielite...

ACTIVIDADE

Componente diftérico. Avalie a actividade do componente diftérico por um dos métodos prescritos para a aferição da vacina adsorvida contra a difteria (2.7.6).

O limite inferior de confiança (P = 0,95) da actividade estimada não é inferior a 30 U.I. por dose humana unitária.

Componente tetânico. Avalie a actividade do componente tetânico por um dos métodos prescritos para a aferição da vacina adsorvida contra o tétano (2.7.8).

Se o ensaio for efectuado em cobaios, o limite inferior de confiança (P = 0,95) da actividade estimada não é inferior a 40 U.I. por dose humana unitária; se o ensaio for efectuado em murganhos, o limite inferior de confiança (P = 0,95) da actividade estimada não é inferior a 60 U.I. por dose humana unitária.

Componente da tosse convulsa. Efectue a aferição da actividade da vacina contra a tosse convulsa (acelular) (2.7.16).

A actividade estimada não é inferior a 4 U.I. por dose humana unitária e o limite inferior de confiança (P = 0,95) da actividade estimada não é inferior a 2 U.I. por dose humana unitária.

Componente poliomielítico.

Teor em antigénio D. A fim de controlar a reprodutibilidade da produção, determine o teor em antigénio D para os vírus poliomielíticos humanos do tipo 1, 2 e 3 após desadsorção por um método imunoquímico apropriado (2.7.1) utilizando uma preparação de referência aferida em Unidades da Farmacopeia Europeia do antigénio D. Para cada tipo, o teor medido, expresso em relação ao teor em antigénio D indicado no rótulo, situa-se dentro dos limites aprovados para o produto específico. A vacina inactivada contra a poliomielite PBR aferida em Unidades da Farmacopeia Europeia destina-se à determinação do teor em antigénio D. A Unidade da Farmacopeia Europeia e a Unidade Internacional são equivalentes.

Ensaio in vivo. A amostra satisfaz à aferição da actividade in vivo da vacina inactivada contra a poliomielite (2.7.20).

ROTULAGEM No rótulo indica-se:

– o número mínimo de Unidades Internacionais da anatoxina diftérica e da anatoxina tetânica por dose humana unitária, – o número mínimo de Unidades Internacionais da vacina

contra a tosse convulsa por dose humana unitária, a quantidade nominal do vírus poliomielítico de cada tipo (1, 2 e 3), expresso em Unidades da Farmacopeia Europeia do antigénio D, por dose humana unitária,

– o substrato celular utilizado para a produção do componente poliomielítico,

– a quantidade de FPR, em microgramas, por dose humana unitária,

– a natureza da proteína de transporte e a quantidade nominal por dose humana unitária,

– quando aplicável, que a vacina é destinada à vacinação primária de crianças e não necessariamente à vacinação de adultos nem às repetições ulteriores,

– o nome e a quantidade do adsorvente utilizado, – que a vacina deve ser agitada antes do emprego, – que a vacina não deve ser congelada.

VACINA ADSORVIDA CONTRA A DIFTERIA, O TÉTANO, A TOSSE CONVULSA (ACELULAR, POLIVALENTE)

E A POLIOMIELITE (INACTIVADA),