O objetivo deste trabalho foi verificar a existência da disciplina Competência em Informação nos cursos de graduação em arquivo do Brasil, a partir da análise de conteúdo dos currículos e currículos dos cursos obtidos nos sites de cada uma das universidades. As categorias de análise foram desenvolvidas com base nos Padrões de Alfabetização Informacional para Ensino Superior desenvolvidos pela American Library Association (ALA), e esses padrões, somados aos resultados da pesquisa, permitiram uma proposta de currículo de alfabetização informacional a ser aplicado aos cursos. . em Alfabetização Informacional, Estudos Arquivísticos Brasileiros. CONARQ - Conselho Nacional de Arquivo COINFO - Competência e Informação UEL - Universidade Estadual de Londrina UEPB - Universidade Estadual da Paraíba UFAM - Universidade Federal do Amazonas UFBA - Universidade Federal da Bahia.
O tema Competência Informacional pode ser entendido como um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionadas aos processos de informação, a saber: determinação das necessidades de informação, acesso, busca, interpretação, uso e comunicação da informação de forma ética (ABELL, 2004). Assim, a inclusão da disciplina Competência Informacional no currículo acadêmico dos cursos de graduação em Arquivística ajudará a formar profissionais mais bem preparados para lidar com a informação, seja ela arquivística ou a informação como subsídio básico para a vida em sociedade. Assim, em função do quadro apresentado, formulou-se a questão que sustenta esta pesquisa: A competência informacional é um tema presente na grade curricular das disciplinas universitárias de Arquivística?.
O objetivo geral deste trabalho é demonstrar a presença de cursos de alfabetização informacional nos estudos arquivísticos nas universidades brasileiras. Alfabetização Informacional" dividida em duas partes: "Alfabetização Informacional no Ensino Superior" e "Padrões de Alfabetização Informacional para o Ensino Superior". A pesquisa também é exploratória no sentido da inclusão do conceito de competência informacional na arquivística.
Para atingir o objetivo proposto de mapear a presença do tema competência informacional nos cursos de arquivo das universidades brasileiras, foi necessário primeiramente apurar por meio de pesquisa no site do Ministério da Educação e Cultura (MEC) e no site da Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) quantos cursos de graduação em arquivística são realizados no Brasil.
Ensino da Arquivologia no Brasil
Vale ressaltar que a AN já havia criado um curso de Arquivologia em 1911, mas este não foi oficializado (ARQUIVO NACIONAL, 1970b, p. 6). Em 1971, na formatura da turma do CPA, o diretor da AN, Raul Lima, apresentou o parecer do Conselho Federal de Educação (CFE), que incluía a criação do Curso Superior de Registros nas Universidades (MARQUES, 2007) . Contudo, Marques (2007) destaca que na prática a Arquivística ainda não era reconhecida como título de 2º grau, nem como título de ensino superior, mesmo com os acordos de cooperação firmados com o Conselho da Universidade Federal do Rio de Janeiro. , que foi transferido para a CPA e regulamentou o mandato.
Um pequeno estudo realizado com auxílio da dissertação de mestrado “ESPAÇO E DIÁLOGOS NA FORMAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO ARQUIVO COMO DISCIPLINA NO BRASIL” de Angélica Alves da Cunha Marques, da Universidade de Brasília, foi possível delinear a data da criação de cada curso de arquivologia do país de 1977 a 2006. Em 1977, o curso de arquivo permanente, até então oferecido pelo Arquivo Nacional, foi transferido para a Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado do Rio de Janeiro ( FEFIERJ), hoje UNIRIO, e hoje se chama Curso de Arquivologia, e está vinculado ao Centro de Ciências Humanas e Sociais, onde funciona uma Faculdade de Arquivologia. No mesmo ano de 1977, teve início o curso de arquivo na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), vinculada ao Centro de Ciências Jurídicas, Econômicas e Administrativas (CCJEA).
O Departamento de Biblioteca da Sala de Graduação da UFBA, porém, devido à falta de professores da área de Arquivologia para ministrar disciplinas específicas do curso, foi acrescentado um aparato da Presidência da República, que suspendeu a criação de nova graduação. enquanto, então, em 1988, foi criado o Curso de Especialização em Arquivologia, com o objetivo de formar o arcabouço pedagógico. Assim, somente em 1997 foi criado o Curso de Arquivo da UFBA, que começou a funcionar no ano seguinte. g) Criado em 1999 e com início em 2000, o Curso de Arquivologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul é vinculado à Faculdade de Biblioteca e Documentação, mas não vinculado diretamente a nenhum departamento. O Curso de Arquivologia da Universidade Federal do Espírito Santo foi criado em julho de 1999, tendo início apenas em março de 2000, vinculado ao Departamento de Ciências da Informação, que, por sua vez, está localizado no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas. em 2002, o Curso de Arquivologia da Universidade Estadual Paulista (UNESP) teve início em agosto de 2003, funcionando no Departamento de Ciências da Informação, vinculado à Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) do Campus Marília, onde também funciona o curso. .
Em março de 2006, foi criado o curso de arquivística da Universidade Estadual da Paraíba, com início em agosto do mesmo ano, vinculado ao Centro de Ciências Biológicas, Sociais e Aplicadas. A partir daqui, as páginas eletrônicas de cada universidade foram utilizadas como fonte de informação para delinear a criação de cada curso de graduação em arquivologia no Brasil. O curso de arquivo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi criado em 2008 e está vinculado ao Centro de Ciências Sociais Aplicadas1.
Em 2007, foi aprovada a criação de um curso de arquivo na Universidade Federal do Amazonas, cujas atividades só tiveram início em março de 20093. d) Em 2009, foi criado o curso de arquivo na Faculdade de Ciência da Informação (ECI) da Universidade Federal de Minas Gerais, dentro do programa de reestruturação e expansão das universidades federais4. O curso de Arquivologia da Universidade Federal de Santa Catarina foi. fundado em 2009, vinculado ao Centro de Ciências da Educação5. f) O Curso de Arquivo da Universidade Federal do Pará, fundado em 2011 e iniciado suas atividades no segundo semestre de 2012, é o mais novo dos 16 cursos de Ciências Sociais e Aplicadas existentes no país, e foi somente em 2016 que de Foi aprovada a criação da Faculdade de Arquivologia, também associada ao mesmo instituto6.
Competência em Informação
Competência em Informação no ensino superior
Ou seja, ao mesmo tempo, os projetos de promoção da literacia informacional devem agregar e agregar valor a todas as atividades desenvolvidas nas IES, sejam elas atividades de ensino, pesquisa ou extensão. Em cada norma, a ALA produziu indicadores de desempenho, totalizando 22 itens, que permitem avaliar o progresso do indivíduo na aquisição da Competência Informacional. Furtado (2014) afirma que para cada indicador de desempenho existem resultados que mostram qual comportamento informacional o indivíduo deve demonstrar, para poder definir o seu nível de Competência Informacional.
De acordo com a Tabela 2, existem 7 universidades que oferecem oito disciplinas que se enquadram nas quatro categorias de análise que são oferecidas e apenas 2 universidades que oferecem Disciplinas que já estão diretamente ligadas à Competência Informacional com o Nome e Currículo. Como podemos perceber, nas últimas décadas a Competência Informacional tornou-se um conceito central para estudos nas mais diversas áreas, mas a sua definição ainda permanece objeto de estudo. O conceito de Alfabetização Informacional está diretamente relacionado às atitudes que facilitam a criação e compartilhamento de conhecimento, ou seja, com a aprendizagem ao longo da vida ajuda o indivíduo a se tornar Alfabetizado em Informação a cada experiência vivida.
Dentre as influências que compõem o conceito de alfabetização informacional, destacam-se aquelas que enfatizam a tecnologia da informação, a cognição e a aprendizagem. É neste contexto que a visão da aprendizagem ao longo da vida acrescenta valor ao conceito de literacia informacional. O objetivo principal deste trabalho, que é mapear a Disciplina de Competência Informacional, foi alcançado satisfatoriamente seguindo os objetivos específicos aqui estabelecidos como caminho.
Esses objetivos foram estabelecer a grade curricular dos cursos, identificar e analisar as disciplinas que continham o tema Literatura da Informação com base nas normas elaboradas pela American Library Association (ALA), além da elaboração de um plano de estudos da disciplina de Literatura da Informação. . podem ser incluídos nos currículos dos cursos universitários de Arqueologia no Brasil de acordo com as necessidades da área. Após análise dos currículos e ementas das disciplinas, comprovou-se que o tema Competência Informacional em Arquivística continua avançando lentamente, mesmo estando presente em 8 das 16 universidades, ou seja, metade dos cursos universitários de Arquivística. tem no Brasil. Além das 9 disciplinas oferecidas que trabalham com a temática de Alfabetização Informacional, a disciplina Alfabetização em Leitura e Informação é oferecida opcionalmente na grade curricular do curso da UFPA, por fazer parte da grade curricular do curso de Biblioteconomia.
Porém, a inclusão do tema Competência Informacional nos cursos de Arquivologia auxiliará na formação do aluno desde a graduação até sua vida profissional, no exercício de suas funções como arquivista e no atendimento aos usuários. A alfabetização informacional oferece maneiras de melhorar seu aprendizado por meio de mecanismos de leitura, busca de informações em fontes confiáveis e ensinando como lidar com as informações de forma ética, mas os alunos serão competentes em informações após esta disciplina? Vale ressaltar que a abordagem aqui apresentada no que diz respeito à inculcação da competência informacional nos cursos de arquivo no Brasil não preencherá todas as lacunas relacionadas ao assunto, tanto conceitualmente quanto em termos de fornecimento e mecanismos de aprendizagem para busca e recuperação de informação, mas ajudará pesquisas futuras como base de conhecimento e fonte de informações relacionadas à alfabetização informacional.
O tema de pesquisa abordado neste trabalho, Competência em informação ligada à arquivística, é abordado na dissertação da professora Renata Lira Furtado, que está em fase de finalização e prestes a ser defendida e divulgada, e que certamente outros pesquisadores demonstrarão interesse nesta área .tema. O estado da alfabetização informacional (CoInfo) no Brasil: das primeiras reflexões à apresentação e descrição de indicadores de análise.
Padrão de Competência em Informação no Nível Superior-ACRL/ALA
