Agradeço a t odos que de algum modo acompanharam e part iciparam nesses últ imos 5 anos de aprendizado e amadureciment o.
Obrigado à minha Família por sempre me apoiar em t udo. Ao meu pai por t er dado o primeiro berro quando passei na faculdade e à minha mãe por sempre querer que eu est udasse fora de casa. M inhas irmãs, Fê e Bet a, por me paparicarem e aos cunhados, Denis e Glauber, que com cert eza fazem part e da família.
Agradeciment os à presença const ant e do Leoni, mais que amigo, em t odos os moment os da vida universit ária, e que junt o com a M ariana f ormamos uma família.
Aos amigos, de São Paulo e de Bauru, por sempre de most rarem o quant o é fort e nossas amizades.
E aos arquit et os do M arcelo Faisal, que junt o com t odos os professores me ensinaram o que é arquit et ura, e mais do que isso, o que é ser um ARQUITETO.
5 INTRODUÇÃO 6 ESTRATÉGIAS URBANAS 11 EDIFÍCIO ESCOLAR 18
REFERÊNCIAS PARA PROJETO 20 . Conf ort o Ambient al 22 . Acessibilidade Universal 28 . Pát io
30
PROJETO ARQUITETÔNICO
59
1. INTRODUÇÃO
O espaço urbano se caract eriza por ser um espaço est ruturado que não est á organizado ao acaso e os processos
sociais que se ligam a ele exprimem , ao especificá-los, o det erm inismo de cada tipo e de cada período de organização social
(CASTELLS, 2000). Hoje o espaço urbano é regido por leis de zoneam ent o, a cargo dos m unicípios para ordenar o pleno
desenvolviment o das funções sociais da cidade e garant ir o bem -est ar de seus habit ant es.
O Est at ut o da Cidade criado em 2000, regulam ent a normas para uso da propriedade urbana em prol do bem colet ivo, a fim de garant ir o bem est ar do cidadão e o equilíbrio am bient al. Para isso, cria inst rum ent os de gest ão urbana que perm it em ao m unicípio um zoneam ent o urbano organizado.
2. ESTRATÉGIAS URBANAS
A cidade de São Paulo possui para cada sub-regional, um plano de est rat égias urbanas, no qual será encont rado o zoneam ent o urbano de cada região da cidade, bem com as int enções de desenvolvim ent o urbano. Assim a Bar ra Funda
–
bairro t radicional da Zona Oest e de São Paulo–
que sem pre conviveu com enchent es, ausência de m elhorias na infra-est rut ura, engarrafam ent os e falt a de áreas verdes é citada dent ro do plano de Est rat égias Urbanas da Subprefeit ura da Lapa, na Operação Urbana Água Branca (Figura 01).O objet ivo dessa Operação Urbana é prom over o desenvolvim ent o equilibrado dos bairros localizados na várzea do Rio Tiet ê, suscept íveis a enchent es e alagam ent os, sit uação agravada pelo desm at ament o, im perm eabilização do solo, canalização de córregos, e ocupação inadequada das m argens do rio.
Os objet ivos específicos dest a Operação Urbana são:
a) im plant ar um conjunt o de m elhorament os viários visando ligações de longo percurso;
b) m elhorar os sist em as de m acro e m icrodrenagem para dim inuir os problemas de inundação
ocasionados pela deficiência das redes e galerias exist ent es;
c) im plant ar espaços públicos;
d) im plant ar equipam ent os de int eresse da com unidade.
(Operação Urbana Água Branca, 2009).
Garant indo um desenvolvim ent o equilibrado, a Operação Urbana Água Branca ainda se preocupa com o parcelam ent o do solo, já que ainda exist em grandes glebas vazias de propriedade pública e privada. Deve-se zelar para que est as se t ornem
grandes áreas verdes públicas capazes de desem penhar o papel fundament al na m it igação dos problem as de inundações, recuperação da paisagem e cont enção das ilhas de calor, visando o equilíbrio do m icro clim a da região (Operação Urbana Água Branca, 2009).
Figuras 02, 03 e 04– Previsão do novo Skyline, com a chegada do em preendiment o Casa das Caldeiras e Torres do empreendim ent o Casa das Caldeiras.
Font e: divulgação.
O Casa das Caldeiras consist e em um em preendim ent o im obiliário de 5 t orres, sendo 4 t orres residenciais de 25 pavim ent os e 1 t orre com ercial de mais 27 andares. Localizada na área onde um dia já fora os galpões das Indúst rias Reunidas Francisco M at arazzo. Hoje a m aior part e dos galpões est á dem olida (Figuras 05 e 06), rest ando som ent e a Casa das Caldeiras e a Casa do Elet ricist a, t om bados pelo CONDEPHAAT em 1986 (Figuras 07, 08, 09 e 10).
Figuras 07, 08, 09 e 10– Fot o do Pat rimônio hist órico: Casa das Caldeiras e Casa do Elet ricist a. Font e: acervo pessoal.
Assim , com o form a de ilust rar um a m aneira m ais apropriada de ut ilização para dest a porção da cidade, a propost a dest e t rabalho, baseia-se nas diret rizes do Plano de Est rat égias Urbanas da Subprefeit ura da Lapa e na Operação Urbana Água Branca, mant endo o objet ivo de prom over o adensam ent o dem ográfico na região da Barra Funda e usando um edifício público com o um pólo cent ralizador capaz de prom over a int egração de dois lados da cidade, separados pela m alha ferroviária.
De m odo equilibrado, sem a influência dos int eresses privados, garant indo a preservação das áreas verdes exist ent es e prot egendo o pat rim ônio cult ural resist ent e ao m ovim ent o urbano da especulação im obiliária, busca-se dar cont inuidade à m alha urbana separada pela ferrovia.
Figuras 11 e 12– M alha f erroviária e viária exist ent e e Propost a de nova malha viária com indicação de área para adensament o habit acional.
Font e: Google Eart h – alt erado pelo próprio aut or.
3. EDIFÍCIO ESCOLAR
Espaço dot ado de inúm eras com plexidades e responsável pelo desenvolvim ent o e aprendizagem infant il, a escola proporciona as prim eiras const ruções da criança sobre suas relações com os out ros, preparando-a para conquist ar o espaço na sociedade e criando conhecim ent os a respeit o do m undo em que vivem .
Arquitet ura é ant es de m ais nada const rução, mas, construção concebida com o propósit o prim ordial de ordenar e organizar o espaço para det erm inada finalidade e visando a det erm inada int enção (COSTA, 1940). Assim a responsabilidade do Arquit et o ao projet ar, seja qual for a const rução, est á em relacionar diret am ent e os aspect os psicológicos dos hom ens com o seu am bient e. Por isso, ao projet ar um am bient e escolar o profissional de Arquit et ura precisa se apegar a cert os princípios e t raduzi-los no projet o para conseguir, assim , est im ular os freqüent adores do espaço: as crianças.
O espaço deve ser pensado segundo princípios pedagógicos e int enções educacionais que est im ulem o aprendizado. As crianças passam a maior part e do t em po na escola, e t odo esse t em po pode e deve ser usado para o aprendizado.
O objet ivo dest e t rabalho final de graduação é t ransform ar a at ividade de projet o em algo m uit o m ais que um a at ividade em pírica - apesar da int uição ser part e desse processo - e aplicar as norm as e regras que regem a configuração desse t ipo de espaço.
Pesquisas em norm as, legislações e recom endações para o projet o de um a escola dão suport e a t odas as et apas de projet o: croqui, ant eprojet o e projet o, passando do pot encial de liberdade e criação do croqui, para as rest rições de execução das dem ais fases. Assim , preocupado com o confort o dos usuários, a funcionalidade do edifício e as preocupações est ét icas e pedagógicas, foi projet ado um edifício que at ende-se t odas as necessidades e que cont ribua para o processo de desenvolvim ent o do aluno.
foram cerca de 170 inst it uições erguidas ent re 1890 e 1920
–
m ost rando a im port ância que era dada à Educação, dialogando com as discussões do final do século XIX acerca da urbanização, reforma sanit ária e da necessidade da educação para alcançar o progresso.Na arquit et ura Neoclássica, o edifício escolar era im ponent e (Figuras 12 e 13). Possuía hall de ent rada prim oroso, escadarias, eixo sim ét rico, duas alas (um a m asculina e out ra fem inina), corredores int ern os, janelas vert icais grandes e pesadas e acabam ent o com m at eriais nobres.
Figuras 12 e 13 - Escola Est adual de Segundo Grau Dr. Álvaro Guião – São Carlos – SP. Font e: acervo pessoal.
O edif ício escolar t orna-se port ador de um a ident if icação arquit et ônica que o dif erenciava dos demais edif ícios públicos e civis ao mesmo t em po em que o ident if icava como um espaço próprio – lugar específ ico para as at ividades de ensino e do t rabalho docent e.
O pát io escolar encont rava-se normalm ent e at rás do edifício da escola onde conf orm ava ent ão um a praça volt ada ao m unicípio. Hoje, com a preocupação na segurança, a form a do edifício se alt erou além da im plant ação de m uros e cercas, a escola passou a ser const ruída part indo-se de um pát io int erno, para onde o edifício se volt a.
O espaço do pát io era projet ado ent ão, para t er o cont role de t odas as salas. Ao redor, o m uro espesso e a port a sólida que im pedem de ent rar ou de sair; a sala da diret oria é feit a de vidro para se t er um a visão com plet a do pát io, vigilância t ot al (M ELATTI, 2004). A grande vant agem desses pát ios int ernos, que perm anecem at é hoje na configuração da escola cont em porânea, é o convívio ent re os alunos e a possibilidade de serem usados para aulas diferenciadas e experiência pedagógica.
No fim da década de 40, o governo do Est ado da Bahia procurou um sist ema de ensino que resolvesse a dem anda por vagas nas Escolas Publicas e aproxim asse a educação das classes sociais inferiores. Era necessário um novo currículo e novos professores. Nesse cont ext o surge ent ão a Escola Parque (Figuras 14, 15 e 16), escolas baseadas nos conceit os de Anísio Teixeira; localizadas nos bairros populares oferecendo educação em t em po int egral às crianças. A educação part iria de uma parceria ent re escola, com unidade e a fam ília, a educação abrange os processos form at ivos que se desenvolvem na vida
Figuras 14, 15 e 16- Cent ro Educacional Carneiro Ribeiro – Salvador – BA. Font e: ht t p:/ / w w w .revist aau.com.br/ arquit et ura-urbanismo/ 178/ im prime122877.asp
A Escola-Parque propunha ent ão, um a educação com plet a, princípios m odernos de arquit et ura e a escola com o pont o de convívio da com unidade. Hoje, baseado nas propost as de Anísio Teixeira, desde 2001 a prefeit ura de São Paulo m ant êm a const rução dos Cent ros de Educação Unificada, os CEUs.
A cidade de São Paulo possui 44 CEUs (Figuras 17, 18, 19 e 20), t odos equipados com quadras poliesport ivas, t eat ro,
Figuras 17, 18, 19 e 20– CEU But ant ã –São Paulo – SP. Font e: acervo pessoal.
A propost a dos CEUs é ot im izar em um só conjunt o equipam ent os e serviços r elacionados a aprendizagem int egral (desenvolvim ent o cognit ivo, sociocult ural, físico, afet ivo e psicom ot ores), at uando com o pólo de desenvolvim ent o da com unidade, prom ovendo a int egração das experiências cult urais da população além da art iculação dos projet os sociais.
Figura 21– Localização dos CEUs de São Paulo. Font e: Divulgação – alt erada pelo próprio aut or.
Figura 22– Transport e Púbico da região. Font e: ht t p:/ / w w w .pref eit ura.sp.gov.br/
Figura 23– Localização das Escolas Públicas: Lapa, Perdizes e Barra Funda.
Font e: Google Eart h – alt erada pelo próprio aut or.
4. REFERÊNCIAS PARA PROJETO
At ualm ent e, os espaços escolares ref let em a implant ação das novas propost as educacionais; o edif ício dialoga com a propost a pedagógica. As f ormas geomét ricas seriam mais simples, os mat eriais e t écnicas mais novos; não mais simet ria perf eit a, ausência de colunas e ornament os. (BUFFA, 2005).
Para projet os escolares, o Est ado de São Paulo cont a com o FDE (Fundação para o Desenvolvim ent o da Educação), responsável por viabilizar a execução das polít icas educacionais definidas pela Secret aria da Educação do Est ado de São Paulo , im plant ando e gerindo program as, projet os e ações dest inadas a garant ir o bom funcionam ent o, o crescim ent o e o aprim oram ent o da rede pública est adual de ensino. O desenvolvim ent o do sist em a de produção de novas escolas ut ilizado pela FDE represent a a valorização dos espaços disponíveis às áreas pedagógicas e adm inist rat ivas das unidades.
Hoje, valoriza-se a função social do edifício escolar procurando uma escola aberta à com unidade; com grandes áreas com uns, espaços abert os e quadras esport ivas cobert as. As novas escolas devem ser projet adas já pensando em acessibilidade universal, de acordo com a NBR 9050, com ram pas de acesso, correção de desníveis e elim inação de barreiras físicas, inst alação de elevadores, adequação de banheiros, adapt ação de balcões de at endim ent o, rebaixam ent o de guias das calçadas e criação de vagas de est acionam ent o demarcadas.
Figuras 24 e 25– Escola Est adual Eudoro Villela – São Paulo – SP.
Font e: FDE.
Figuras 26 e 27– Escola Est adual Jardim M ut inga I – Osasco - SP
Font e: FDE.
4.1Conforto Ambient al
O am bient e de ensino pode influenciar posit iva e negat ivam ent e na aprendizagem dos alunos, é dedut ível, por exem plo, que um am bient e adequado quant o ao confort o t érm ico perm it e aos alunos m aior apreensão do cont eú do passado em sala de aula. Devem ser seguidas recom endações sobre a salubridade do ambient e, com o a necessidade de um am bient e sem carga solar não at ingir t em perat ura superior a 30°C (NR15 do M inist ério do Trabalho).
As variáveis de ruído, ilum inação, t em perat ura, um idade e vent ilação devem ser as preocupações no m om ent o da concepção de um projet o escolar. Avalia-se, sobre o aspect o do confort o Am bient al:
acúst ica - a proxim idade ent re am bient es ruidosos (pát io e área recreat iva) e sala de aula, ou a localização emlugares de t rafego int enso;
t érm ica - a orient ação dos am bient es e sua vent ilação. Com a preocupação com as form as e im plant ação dot erreno ou na escolha dos m at eriais de vedação e acabam ent o;
funcionalidade - a proxim idade ent re am bient es que afet am diret am ent e a rot ina da escola com o sala de aula,banheiro e pát io;
lum inosidade - a orient ação, disposição das abert uras e o form at o das salas de aula, bem com o os m at eriais eFigura 30– Zona Bioclimát ica Brasileira 03.
Font e: Laborat ório de Ef iciência Energét ica em Edif icações – UFSC.
Segundo o Laborat ório de Eficiência Energét ica em Edificações da Universidade Federal de Sant a Cat arina, São Paulo, cidade onde est á
projetada a escola deste trabalho, se localiza na “Zona Bioclimática 3 –
BCFI” (
Figura 30), onde:
B–
Zona de aquecim ent o solar da edificação: procura-se a corret a im plant ação do edifício no t erreno, pensando na radiação solar diret a para ot im izar o aquecim ent o no período do frio;
C–
Zona de m assa t érm ica para aquecim ent o: adot am -se paredes int ernas pesadas para cont ribuir e m ant er o int erior da edificação aquecido;
F–
Zona de desum idificação (renovação do ar): am bient es bem vent ilados m elhoram as sensações t érm icas;4.2Acessibilidade Universal
acessível: Espaço, edif icação, mobiliário, equipament o urbano ou element o que possa ser alcançado, acionado, ut ilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida. O t ermo acessível implica t ant o acessibilidade f ísica como de comunicação.
(NBR 9050/ 04).
Os acessos e circulações de uma escola seguem as normas de acessibilidade universal
–
NBR9050/ 04, Decret o Est adual nº 46.076 do Corpo de Bom beiros, e as orient ações do FDE, de m odo que, o acesso de alunos deve ser preferencialm ent e at ravés da via de m enor fluxo, com o port ão de acesso de alunos preferencialment e recuado em relação à divisa de m odo a form ar um bolsão de prot eção na calçada.O desenho universal visa proporcionar, independent e da idade, est at ura, lim it ação de m obilidade ou percepção, o acesso à edificação, seu m obiliário e equipam ent os urbanos de m aneira aut ônoma e segura. Assim , algumas m edidas m ínim as devem ser respeit adas no dim ensionam ent o dos am bient es, para que se garant a o direit o de ir e vir d e t odos, incluindo dos cadeirant es e pessoas com algum t ipo de deficiência.
Dent ro do conjunt o de regras da NBR 9050/ 04, que regulam ent a crit érios e parâm et ros t écnicos a serem observados em projet os de escolas, t ornando-os próprio em condições de acessibilidade, as escadas devem t er no m ínim o um pat am ar a cada 16 degraus ou quando houver m udança de direção; ent re seus lances, devem ser previst os pat am ares com dim ensão longit udinal m ínima de 1,50m e quando houver m udança na direção, est es devem t er dim ensões iguais à largura da escada. Já as ram pas possuem, no inicio e no t érm ino, pat am ares com dim ensão longit udinal m ínim a de 1,20m , e pat am ares sit uados em m udanças de direção com dim ensões iguais à largura da ram pa (Tabela 01). A largura m ínim a de um a ram pa deve ser 1,50m (sendo aceit ável 1,20m ) e sua inclinação de acordo com os lim it es est abelecidos na Tabela 03:
Tabela 01– Limit es de Inclinação para as Ram pas conf orme NBR 9050/ 04
Inclinação admissível em cada segm ent o de ram pa: i (%)
Desníveis m áxim os de cada segm ent o de ram pa: h (m )
Núm ero m áxim o de segm entos de ram pa
5,00 (1:20) 1,50 Sem limit e
5,00 (1:20) < i ≤ 6,25 (1:16) 1,00 Sem limit e
6,25 (1:16) < i ≤ 8,33 (1:12) 0,80 15
Segundo a NBR 9050/ 04, nas Escolas devem exist ir pelo m enos uma rot a acessível int erligando o acesso de alunos às áreas de: adm inist ração, prát icas esport ivas, recreação, alim ent ação, salas de aula, laborat órios, bibliot ecas, cent ros de leit ura e dem ais am bient es pedagógicos. De m odo que t odos os am bient es sejam acessíveis, incluindo piscinas, livrarias, cent ros acadêm icos, locais de cult o, locais de exposições e praças. Todos os elem ent os do m obiliário int erno devem ser acessíveis, garant indo as áreas de aproximação de alcance m anual, visual e audit ivo, em especial, o m ínim o de 1% de m esas (m ínim o de 2 por sala de aula) acessíveis as pessoas em cadeira de rodas.
A dist ância máxim a a ser percorrida de qualquer pont o da edificação at é as áreas ext ernas deve ser de 30m, com as circulações, escadas e ram pas ext ernas dest inadas ao fluxo de alunos com largura m ínima de 3,60m
–
sem pre prevendo áreas de descanso e giro para usuários com m obilidade reduzida.Os sanitários de alunos e funcionários devem t er no m ínim o 5% do t ot al de cada peça inst alada acessível, respeit ando o m ínim o de uma peça para cada sexo. Além da recom endação pela inst alação de bacias infant is para o uso de crianças e pessoas de baixa est at ura.
Tabela 02– Áreas mínimas para o deslocament o de pessoas em cadeira de rodas conf orme NBR 9050/ 04
Largura mínima para deslocament o em linha ret a.
Área para manobras sem deslocament o (rot ação de 90°).
Área para manobras sem deslocament o (rot ação de 180°).
Área para manobras sem deslocament o
(rot ação de 360°). Área para manobras
com deslocament o (rot ação de 90°).
Área para manobras com deslocament o (rot ação de 180°).
Tabela 03– Alt ura de alcance para pessoas em cadeira de rodas conf orme NBR 9050/ 04
A3 = Alt ura do cent ro da mão com ant ebraço formando 90º com o t ronco
I 3 = Alt ura do cent ro da mão com o braço est endido, formando 30o com o piso = alcance máximo confort ável
B3 = Alt ura do cent ro da mão est endida ao longo do eixo longit udinal do corpo
J3 = Alt ura do cent ro da mão com o braço est endido formando 60o com o piso = alcance máximo event ual
C3 = Alt ura mínima livre ent re a coxa e a part e inferior de objet os e equipament os L3 = Compriment o do braço na horizont al, do ombro ao cent ro da mão
D3 = Alt ura m ínima livre para encaixe dos p és M 3 = Compriment o do ant ebraço (do cent ro do cot ovelo ao cent ro da mão)
E3 = Alt ura do piso at é a part e superior da coxa N3 = Profundidade da superfície de t rabalho necessária para aproximação t ot al
F3 = Alt ura mínima livre para encaixe da cadeira de ro das sob o objet o O3 = Profundidade da nádega à part e superior do joelho
G3 = Alt ura das superfícies de t rabalho ou mesas
P3 = Profundidade mínima necessária para encaixe dos pés
Tabela 04– M edidas dos Sanit ários conf orme a NBR 9050/ 04.
Tabela 04 (cont inuação)– M edidas dos Sanit ários conf orme a NBR 9050/ 04.
4.3Pátio
Considerando a dim inuição de espaços livres disponíveis para as crianças brincarem , já que as ruas não podem m ais ser ut ilizadas devido ao aum ent o do t ráfego de veículos e da crim inalidade, t orna-se um a preocupação do projet o escolar a área livre. O pát io de uma escola é o lugar preferido das crianças, rico em acont ecim ent os, onde elas est abelecem as m ais diversas relações sociais possibilit ando diversificadas form as de int eração, cont ribuindo para o processo de crescim ent o pessoal e social delas.
Nesse am bient e livre, o aprendizado se t orna m ais fácil que no am bient e rígido da sala de aula. Bem projet ado, uma série de valores podem est ar present es e inseridos no cot idiano das crianças que, sem perceber, aplicam os conhecim ent os adquiridos na aula.
Figuras 31 e 32– Escola FourC – Figuras Geomét ricas no Pát io e Equipament o Lúdico Aquát ico – Bauru – SP. Font e: Escola FourC.
Terra, água, ar, pedras são est udados nas aulas de Ciências e percebidas no pát io, junt o à veget ação para o est udo de Ecologia e Biologia. Um relógio de Sol, por exem plo, perm it e o est udo clim át ico e discussões sobre o t em po e os m ovim ent os t errest res. Organização espacial, orient ação a part ir da observação do Sol, das est relas ou ainda, reconhecer diferent es t ipos de rochas ilust ram o cont eúdo da Geografia. E na área de Hist ória, o espaço pode ser aproveit ado para reconst it uir grandes acont ecim ent os hist óricos descrit os nos livros didát icos.
5. PROJETO ARQUITETÔNICO
Na escala Urbana, visando à int egração dos dois lados separados pela ferrovia, o Projet o cont em pla passarelas de pedest res que garant em o deslocam ent o ent re os dois lados da cidade; um a ciclovia ao lado da linha férrea, possível graças ao deslocam ent o dos t rilhos do t rem , propost os na Operação Urbana Água Branca; e um parque int egrado com o edifício Escolar. Parque esse que perm it e o resguardo e a prot eção dos prédios hist óricos pert encent es à área, os enquadrando no cenário urbano e preservando a m em ória colet iva (figura 33).
A propost a é que a Escola funcione com o uma ext ensão do parque, de m odo que os seus freqüent adores possam usufruir da est rut ura de quadras e piscina, assim com o do espaço das salas de aula, aos finais de sem ana. No edifício, um a escola projet ada para 430 crianças divididas em 5 salas de ciclo 1 (1o ao 5o ano) e 8 salas para o ciclo 2 (6o ao 9o ano), baseado no program a do FDE .
Em t odo o projet o, aparecem preocupações com o confort o t érm ico, at ravés de brises que im pedem a ent rada de radiação solar diret a (figura 34), e presença de vent ilação cruzada e abert uras gener osas em t odas as salas de aula (figura 35).
Figura 35– Cort e Esquemát ico da vent ilação Nat ural nas salas de aula. Font e: acervo pessoal.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FEDRIZZI, Beat riz. Paisagism o no pát io escolar . Port o Alegre: UFRGS, 1999.
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