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Comparação de duas soluções para manutenção hidroeletrolítica no pós-operatório de apendicectomia em crianças: um estudo controlado e randomizado.

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Academic year: 2017

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ARTIGO

ORIGINAL

Comparison

of

two

maintenance

electrolyte

solutions

in

children

in

the

postoperative

appendectomy

period:

a

randomized,

controlled

trial

Maria

Clara

da

Silva

Valadão

a,b,∗

,

Jefferson

Pedro

Piva

c,d

,

João

Carlos

Batista

Santana

a,e,f

e

Pedro

Celiny

Ramos

Garcia

g,h

aPontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedoSul(PUCRS),PortoAlegre,RS,Brasil

bHospitalUniversitáriodeSantaMaria(HUSM),UniversidadeFederaldeSantaMaria(UFSM),SantaMaria,RS,Brasil cFaculdadedeMedicina,UniversidadeFederaldoRioGrandedoSul(UFRGS),PortoAlegre,RS,Brasil

dServic¸odeEmergênciaeMedicinaIntensivaPediátricas,HospitaldeClínicasdePortoAlegre(HCPA),UniversidadeFederaldo

RioGrandedoSul(UFRGS),PortoAlegre,RS,Brasil

eUniversidadeFederaldoRioGrandedoSul(UFRGS),PortoAlegre,RS,Brasil

fHospitalSãoLucas,PontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedoSul(PUCRS),PortoAlegre,RS,Brasil gUniversidadedeSãoPaulo(USP),SãoPaulo,SP,Brasil

hServic¸odePediatria,HospitalSãoLucas,PontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedoSul(PUCRS),PortoAlegre,RS,Brasil

Recebidoem26demaiode2014;aceitoem11denovembrode2014

KEYWORDS

Hyponatremia; Hypernatremia; Fluidtherapy; Isotonicsolutions; Hypotonicsolutions; Postoperativeperiod

Abstract

Objective: Tocomparetwoelectrolytemaintenancesolutionsinthepostoperativeperiodin childrenundergoingappendectomy,inrelationtotheoccurrenceofhyponatremiaandwater retention.

Methods: Arandomizedclinicalstudyinvolving50pediatricpatientsundergoingappendectomy, whowererandomizedtoreceive2,000mL/m2/dayofisotonic(Na150mEq/Lor0.9%NaCl)or

hypotonic(Na30mEq/LNaClor0.18%)solution.Electrolytes, glucose,urea,andcreatinine weremeasuredatbaseline,24h,and48haftersurgery.Volumeinfused,diuresis,weight,and waterbalancewereanalyzed.

Results: Twenty-four patients had initial hyponatremia; inthis group, 13 received hypoto-nicsolution.Seventeenpatientsremainedhyponatremic48haftersurgery,ofwhomtenhad receivedhypotonicsolution.Inbothgroups,sodiumlevelsincreasedat24h(137.4±2.2and 137.0±2.7mmol/L),withnosignificantdifferencebetween them (p=0.593).Sodiumlevels

DOIserefereaoartigo:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2015.01.004

Comocitaresteartigo:ValadãoMC,PivaJP,SantanaJC,GarciaPC.Comparisonoftwomaintenanceelectrolytesolutionsinchildrenin

thepostoperativeappendectomyperiod:arandomized,controlledtrial.JPediatr(RioJ).2015;91:428---34.

Autorparacorrespondência.

E-mail:mclaravaladao@yahoo.com.br(M.C.S.Valadão).

(2)

48haftersurgerywere136.6±2.7and136.2±2.3mmol/Linisotonicandhypotonicgroups, respectively,withnosignificantdifference.Theinfusedvolumeandurineoutputdidnotdiffer betweengroupsduringthestudy.Thewaterbalancewashigherintheperiodbeforesurgeryin patientswhoreceivedhypotonicsolution(p=0.021).

Conclusions: Inthepost-appendectomyperiod,theuseofhypotonicsolution(30mEq/L,0.18%) didnotincreasetheriskofhyponatremiawhencomparedtoisotonicsaline.Theuseofisotonic solution(150mEq/L,0.9%)didnotfavorhypernatremiainthesepatients.Childrenwhoreceived hypotonicsolutionshowedhighercumulativefluidbalanceinthepreoperativeperiod. ©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

PALAVRAS-CHAVE

Hiponatremia; Hipernatremia; Hidratac¸ão; Soluc¸õesisotônicas; Soluc¸õeshipotônicas; Pós-operatório

Comparac¸ãodeduassoluc¸õesparamanutenc¸ãohidroeletrolíticanopós-operatório deapendicectomiaemcrianc¸as:umestudocontroladoerandomizado

Resumo

Objetivo: Compararduassoluc¸õesdemanutenc¸ãohidroeletrolíticanoperíodopós-operatório (PO)decrianc¸assubmetidasàapendicectomiaquantoàocorrênciadehiponatremiaeretenc¸ão hídrica.

Métodos: Estudoclínicorandomizadoqueenvolveu50pacientespediátricossubmetidosà apen-dicectomia,randomizadosparareceber2.000ml/m2/diadesoluc¸ãoisotônica(Na150mEq/L

ouNaCl0,9%)ouhipotônica(Na30mEq/LouNaCl0,18%).Eletrólitos,glicose,ureiaecreatinina forammensuradosnoiníciodoestudo,24e48horasapósacirurgia.Foramanalisadosvolume infundido,diurese,pesoebalanc¸ohídrico.

Resultados: Apresentaramhiponatremia inicial 24 pacientes. Desses,13 receberam soluc¸ão hipotônica. Dezessetepacientespermaneceramhiponatrêmicas 48horasapósacirurgia,10 haviamrecebidosoluc¸ãohipotônica. Nosdoisgruposos níveisde sódioaumentaram na24a

horaPO(137,4±2,2e137,0±2,7)enãohouvediferenc¸aentreeles(p=0,593).Níveisdesódio 48hapósacirurgiaforam136,6±2,7e136,2±2,3nogrupoisotônicoehipotônico respecti-vamentesemdiferenc¸asignificativa.Osvolumesinfundidoseadiuresenãodiferiramentreos gruposduranteoestudo.Obalanc¸ohídricofoimaiornoperíodoanterioràcirurgianogrupode pacientesquereceberamsoluc¸ãohipotônica(p=0,021).

Conclusões: No período pós-apendicectomia, o uso da soluc¸ão hipotônica não aumentou o riscodehiponatremiaquandocomparadocomumasoluc¸ãosalinaisotônica.Ousodasoluc¸ão isotônica não favoreceu ahipernatremianesses pacientes.Crianc¸as quereceberam soluc¸ão hipotônicaapresentarammaiorbalanc¸ohídricocumulativonoperíodopré-operatório. ©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitos reservados.

Introduc

¸ão

Hiponatremia é um distúrbio eletrolítico frequentemente observado em pacientes hospitalizados definido como concentrac¸ão sérica de sódio abaixo de 136 mmol/L.1-5

Sua etiologiatem sidorelacionada à retenc¸ão hídrica. Se

o volume de água infundido excede a capacidade renal

de excrec¸ão, a diluic¸ão dos solutos extracelulares reduz

a osmolaridade.1 A presenc¸a de hipotonicidade promove

edema cerebral pelo desequilíbrio entre a osmolaridade

intrae extracelular notecido neuronal.Naocorrência de

diminuic¸ãoagudadosódiosérico(Na+<130mmol/),aágua

extracelularpenetrao interiordascélulasnervosascomo

objetivodeigualarastonicidadesintraeextracelulares.2,6

Asoluc¸ãodemanutenc¸ãopropostaporHolliday&Segar

em1957,aindaamplamenteusada,foibaseadano

metabo-lismodecrianc¸assaudáveisecalculada combasenopeso

corporal (< 10kg, 11-20 Kg, >20 Kg, 3 mEq/Lde Na+e 2

mEq/Lde K+), oque resultaem umasoluc¸ãohipotônica

eofertahídricaexcessivaparacrianc¸asagudamente

doen-tesepodepropiciaroaparecimentodehiponatremia.7,8A

presenc¸adeestresse(dor,febre,cirurgia),náuseas,

vômi-tos,anestesia, manipulac¸ãointestinalehipovolemiaé um

estímulonãoosmótico queaumenta asecrec¸ão e a

ativi-dadedohormônioantidiurético(argininavasopressina).1A

elevadaac¸ão doADH limita a excrec¸ão deágua livre e a

doenc¸aagudalevaàproduc¸ãodeáguaendógena,aumenta

ovolumeextracelulareresultaemouagravaaocorrência

dehiponatremia.9 Umarecenterevisãoqueenvolveumais

de500 crianc¸as em seisestudos prospectivosrevelou que

ousodesoluc¸õesisotônicasprevinehiponatremianoPOe

queousodefluidoshipotônicosresultaem diminuic¸ãode

sódio.10

Crianc¸as submetidas a procedimentos cirúrgicos, tanto

peloestímulo ao ADH quantopela maior possibilidadede

produc¸ãodeáguaendógena,apresentammaioresriscosde

hiponatremiaesuasconsequênciasneurológicas.4,11,12Todas

(3)

dehiponatremiaecomplicac¸õesneurológicasempacientes

previamentehígidos.

O uso desoluc¸õesisotônicas durantee após acirurgia

tem sido sugerido como forma de evitar a hiponatremia

no período PO.13,14 Alguns autores defendem que a

inci-dência de hiponatremia possa estar ligada ao volume de

soluc¸ãoadministrada, enãoaoseuconteúdosódico.15 Por

outrolado,umestudoprospectivoerandomizadocomparou

fluidoendovenosoisotônicoversushipotônicoevolumede

manutenc¸ão50%ou100%econcluiuqueoriscode

hipona-tremiaeramenorcomousodesalinaisotônica,enãopela

restric¸ãohídrica.13

Naúltimadécada, aprevenc¸ãodahiponatremia

adqui-ridanohospitaltemsidoexaustivamentedebatida.Alguns

autoresrecomendamfortementeousodesoluc¸ãoisotônica

eoutros ouso defluidos isotônicosassociadosà restric¸ão

hídrica.6,16 Outrosainda seopõem ao uso de fluido

isotô-nico. Alegam que a hiponatremia resulta principalmente

dahemodiluic¸ão e, portanto, arestric¸ão de fluidos

pode-ria prevenir a hiponatremia.17 O principal objetivo deste

estudofoicompararousodesoluc¸õeshipotônicase

isotôni-casna manutenc¸ãohídrica(2.000ml/m2)nosperíodospré

epós-operatório de crianc¸as e adolescentes submetidosà

apendicectomia.

Métodos

Entremarc¸ode2012ejaneirode2013 fizemosumestudo prospectivo, duplo cego e randomizado aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade CatólicadoRioGrandedoSul(CEP11/05688)epelo Depar-tamentodeEnsino ePesquisadoHospitalUniversitáriode SantaMaria,ondefoifeitaacoletadosdados.Paraa inclu-sãonoestudofoiassinadoTermodeConsentimentoLivree esclarecidopeloresponsávele,quandopossível,oTermode Assentimentopelacrianc¸a.

Foramincluídascrianc¸asdeuma14anoscomdiagnóstico deapendiciteagudaeelegíveisparatratamentocirúrgico. Otipodeapendicitefoiclassificadocomonãocomplicado naquelescasosem que oapêndiceapresentava-seíntegro oucomplicadonoscasosdeperfurac¸ãodoórgãoe/ou peri-tonite.Ospacientesforampesadosnaadmissãoe48horas apósoprocedimentocirúrgico.Ospacientesque apresenta-ramnachegadadistúrbiohemodinâmicograve,choquee/ou usodedrogasvasoativasforamexcluídos.

Os participantes eram sorteados para usar soluc¸ão isotônica ou hipotônica no momento da internac¸ão no Pronto-Socorro Pediátrico. Com vistas a manter uma alocac¸ão equilibrada em ambos os grupos em todos os momentos do estudo, foi feita a randomizac¸ão em blo-cos de 10 pacientes, cinco para cada uma das soluc¸ões. O pesquisador e os médicos assistentes desconheciam o conteúdodasoluc¸ãoeaenfermeiradaUnidadede Pronto--Socorropreparavaassoluc¸õescomrótuloAouBacrescida dainfusão em ml/hora. A soluc¸ão isotônica continha clo-reto de sódio 150 mEq/L, cloreto de potássio 30 mEq/L e glicose 5%, enquanto a hipotônica, cloreto de sódio 30 mEq/Lcommesmoconteúdodeglicoseepotássio.Ovolume total infundido estimado para ambas as soluc¸ões foi de 2.000ml/m2/24h(fig.1).

Nomomentodarandomizac¸ãofoifeitaacoletados

exa-mes. Todos os pacientes receberam reposic¸ão inicial de

perdascomsoluc¸ãofisiológica0,9%comvolumede20ml/kg

antesdassoluc¸õesespecíficas.Ainfusãoduranteo

transo-peratóriofoifeitacomsoluc¸ãosalinaa0,9%.Ovolumefoi

estabelecidopeloanestesiologistaecomputadonovolume

totaldoestudo.

A soluc¸ão foi administrada desde a internac¸ão até 48

horas doperíodopós-operatório, comexcec¸ão doperíodo

transoperatório.Amostrasparaexameslaboratoriais(Na+,

K+,Ca++,cloro−,glicose,ureia,creatininaebicarbonato)

foramcolhidas noinício dainfusão, 24e 48 horas após a

cirurgiae analisadaspelométododoíon seletivo.Diurese

ebalanc¸ohídricoforamfeitosemtrêsintervalos:admissão

atéacirurgia,dacirurgiaaté24he 24a48 horasapós a

apendicectomia.Asdemaismedidasdocuidadoaopaciente

foramfeitaspelaequipemédicaassistente.

Odesfechoprimário foionívelséricodesódio durante

a intervenc¸ão e no fimdas 48 horas de protocolo.

Hiper-natremia foi definida como um Na sérico superior a 145

mEq/LehiponatremiacomoNaséricoinferiora136mEq/L.

FoiconsideradahiponatremiamoderadaquandooNasérico

situava-se entre130e 135mEq/Legrave quandoinferior

a 130 mEq/L. Foram consideradosdesfechos secundários:

apresenc¸adehipervolemia(estimadapormeiodobalanc¸o

hídricocumulativopositivoe/ouganhoponderal)epresenc¸a

deoutrosdistúrbioseletrolíticos.

Asvariáveisquantitativas dedistribuic¸ão normalforam

descritas por média e desvio padrão e comparadas pelo

teste t de Student, enquanto que aquelas variáveis sem

distribuic¸ão normal foram comparadas pelo teste U de

Mann-Whitney. As variáveis categóricas foram

apresenta-dascomo frequênciasrelativaseabsolutas eaverificac¸ão

deassociac¸ãofoifeitapelotestequi-quadrado.Osvalores

foramconsideradosestatisticamentesignificativosseovalor

depfosse<0,05.Asanálisesforamfeitascomoauxíliodo

StatisticalPackagefortheSocialSciences(SPSS)(SPSSInc.

2008. SPSSStatisticsparaWindows,versão 17.0.Chicago,

EUA).

Resultados

Durante o períododoestudo foramadmitidas 57 crianc¸as entre um e 14 anos submetidas a apendicectomia. Esses indivíduosforamrandomizadospararecebersoluc¸ão endo-venosa de manutenc¸ão isotônica ou hipotônica. No grupo isotônicohouveumaexclusãoportumordeovárioetrês per-dasporquebradeprotocolo.Restaram23pacientesnesse grupo.Nogrupohipotônicohouveumaexclusãoporsepsee duasperdas,queresultaramem27sujeitos.Nãoforam afe-ridossódioinicialemumpacienteeemquatronahora24. As características antropométricas foram semelhantes nos doisgrupos (tabela1). Para cada indivíduoincluído a

dosagem de sódio foi feita na admissão, após 24 e após

48horas. Nãohouvediferenc¸assignificativasentreostrês

períodos demensurac¸ão. Naadmissão,24 (49%)pacientes

apresentavam hiponatremiamoderada (Na+>130 e< 135

mEq/L) e 25 (51%) estavam com sódio normal (Na > 136

mEq/L).

Após 24 horas da cirurgia, 12 pacientes

(4)

Recrutamento

Randomizado (n = 57)

Pré-Operatório

Pós-operatório

Analisados (n = 23)

Analisados (n = 27) Perda (n = 3)

Perda (n = 1) Quebra de Exclusão (n = 1) Ssepse Perda (n = 1)

Exclusáo (n = 1)

Tumor de ovário

Quebra do protocolo

Quebra do protocolo

Transoperatório

Crianças de 1 a 14 anos com apendicite aguda elegíveis para apendicectomia

(n = 57)

Solução Isotônica (n = 27) Glicose 50g/L

Sódio 150 mEg/L Potássio 30 mEg/L

Solução Hipotônica (n = 30) Glicose 50g/L

Sódio 30 mEg/L Potássio 30 mEg/L

Figura1 Fluxogramadoestudo.

Tabela1 Característicasdosdoisgruposdepacientessubmetidosaapendicectomiadeacordocomasoluc¸ãoadministrada

Isotônica(n=23) Hipotônica(n=27) p

Idade,média,DP,anos 8,8+3,6 10,3+2,9 0,106a

Peso,média,DP,kg 35,1+14,0 37,1+12,2 0,596a

Sexomasculinon(%) 13(43,3%) 17(56,7%) 0,643b

IMC,média,DP 18,5+3,4 20,7+4,7 0,205c

Apendicitecomplicadan,% 14(45,1%) 17(54,9%) 0,879b

Apendicitenãocomplicadan,% 9(47,4%) 10(52,6%) 0,880b

Jejumpré-operatório,IQ,horas 5(3-9) 6(4-12) 0,190a

Jejumpós-operatório,IQ,horas 33(25-48) 38(28-48) 0,748a

Tempodeinternac¸ão,IQ,dias 6(4-8) 6(5-7) 0,745a

DP,desviopadrão;IQ,intervalointerquartil;IMC,índicedemassacorporal. Valoresdepbaseadosnoteste.

(5)

Tabela2 Eletrólitoseosmolaridadeiniciais,24horasPOe48horasPO

Isotônica(n=23) Hipotônica(n=27) pa

Nainicial(mEq/L)49/50,média,DP 135,7+3,3 135,8+2,9 0,882

Na24h(mEq/L)46/50,média,DP 137,4+2,2 137,0+2,7 0,548

Na48h(mEq/L)50/50,média,DP 136,6+2,7 136,2+2,3 0,593

Kinicial(mEq/L)49/50média,DP 3.9±0.4 3,9+0,4 0,846

K24h(mEq/L)46/40média,DPK 4.0±0.4 4,2+0,3 0,093

48h(mEq/L)50/50média,DP 4.3±0.4 4,2+0,3 0,405

Cloroinicial(mEq/L)45/50,média,DP 100,3+2,3 99,0+3,5 0,162

Cl24h(mEq/L)46/50,média,DP 103,2+2,5 101,4+2,7 0,797

Cl48h(mEq/L)48/50,média,DP 101,0+3,0 99,7+2,2 0,085

Creatininainicial(mg/dL)49/50,média,DP 0,6+0,1 0,6+0,1 0,157

Creatinina24h(mg/dL)46/50,média,DP 0,5+0,1 0,5+0,1 0,797

Creatinina)48h(mg/dL)50/50,média,DP 0,5+0,2 0,6+0,2 0,146

Osmolaridade24h(mOsm/L)42/50,média,DP 281,7+4,5 280,2+5,4 0,356

Osmolaridade48h(mOsm/L)50/50,média,DP 279,5+5,9 279,3+4,2 0,853

DP,desviopadrão;mEq/L,miliequivalentesporlitro;mg/dL,miligramaspordecilitro;mOsm/L,miliosmoisporlitro.

aValoresdepbaseadosnotestetdeStudent.

hipotônica. Enquanto que na 48a

hora de pós-operatório, 17 crianc¸as apresentavam hiponatremia e 10 delas haviam recebido soluc¸ão hipotônica. As características antropométricasebioquímicassãoapresentadasnastabelas

1e2,respectivamente.

Ogrupodepacientesquerecebeusoluc¸ãoisotônica

apre-sentouumaumentomédiodesódiode1,7mEq/Lnoperíodo

entre a admissão e dosagem de 24 horas, enquanto que

ogrupoquerecebeusoluc¸ãohipotônicateveumaumento

de1,2 mEq/L.Entre 24 e 48 horas houve uma quedade

0,8mEq/Lemambos osgrupos.Entre oNa+iniciale Na+

final (48h) houve um aumento de 0,9 mEq/L no grupo

‘‘Isotônica’’ e 0,4 mEq/L no grupo ‘‘hipotônica’’. Essas

diferenc¸asnãoforamsignificativas(tabela3).

Nogrupodeoitopacientescom sódioinicialnormal(>

136) e sódio final baixo (< 135), três receberam soluc¸ão

isotônicaecincosoluc¸ãohipotônicacomvariac¸ãoinicial136

a140mEq/Lefinal(48h)de132a135mE/L.

No grupo que internou com sódio baixo (130 a 135

mEq/L),novecrianc¸aspermaneceramhiponatrêmicas(132

a135mEq/L)nofim,quatrohaviamrecebidosoluc¸ão

isotô-nicaecinco,soluc¸ãohipotônica.

Nos15pacientesqueapresentaramhiponatremiainicial

(Na+ 130-135 mEq/L) e Na+ normal na hora 48 (136-140

mEq/L), sete receberam soluc¸ão isotônica e oito soluc¸ão

hipotônica.

Dos17 pacientesque permaneceramnormonatrêmicos,

oito receberam soluc¸ão isotônica e nove, soluc¸ão

hipotô-nica.

Naevoluc¸ãodosódiode24para48horas,oitocrianc¸as

queapresentaramsódionormal(136a142mEq/L)nahora24

apresentaramhiponatremianahora48(132a135mEq/L);

metadedelasrecebeusoluc¸ãoisotônicaemetade,soluc¸ão

hipotônica.

Permaneceramhiponatrêmicosoitopacientes(24h:

131-135mEq/Le48h:132-135mEq/L),quatrousaramsoluc¸ão

isotônicaequatrosoluc¸ãohipotônica.Asoutras30crianc¸as

apresentaramsódionormalnas48horasapósacirurgia.Em

quatropacientes nãofoifeita adosagem de sódionas 24

horasdoestudo.

Tabela3 Volumesinfundidos,balanc¸ohídricoediuresenosdoisgrupos

Variáveis Isotônica Hipotônica p

Peso,média+DP,kg 35,1+14,0 37,1+12,2 0,596a

Peso48h 35,62+14,6 37,56+12,5 0,615a

Expansãopré-operatória,medianaIQ,ml/m2 347,8(285,7;500) 363,6(286,6;571,4) 0,740b

Volumepré-operatório,medianaIQ,ml/m2 246,7(86,3;653,3) 353(166,5;695,0) 0,280b

Volumetransoperatório,medianaIQ,ml/m2 555,5(384,6;750) 649,4(357,1;833,3) 0,413a

Volume24hPO,média+DP,ml/m2 1956,3+369,7 2029,4+252,0 0,290a

Volume48hPO,média+DP,ml/m2 2010,6+262,1 2020+190,0 0,880a

Balanc¸ohídricopré-operatório,medianaIQ,ml/kg 12,00(4;19,9) 19,4(12,6;24,9) 0,021b

Balanc¸ohídrico24hPO,medianaIQ,ml/kg, 22,6(8,7;33,6) 24,8(4,4;27,5) 0,647b

Balanc¸ohídrico48hPO,medianaIQ,ml/kg 9,8(-12,9;+17,9) 6,82(-11,0;+19,4) 0,808b

Diuresepré-operatória,média+DP,ml/kg/h 1,92+2,91 0,85+1,41 0,097a

Diurese24hPO,média+DP,ml/kg/h 1,99+1,01 1,98+0,8 0,957a

Diurese48hPO,média+DP,IQ,ml/kg/h 2,7+1,3 2,6+1,2 0,780a

(6)

Quatro crianc¸as necessitaram de expansãovolumétrica nopós-operatório:trêsdogrupoisotônicoeumadogrupo hipotônico;nenhumacrianc¸anecessitoudecorrec¸ão eletro-lítica.

Nosdoisgrupos(isotônicoehipotônico)houveaumento depesodurante asprimeiras48h, massemdiferenc¸a sig-nificativaentreeles.Por outro lado,o balanc¸o hídricono períodopré-operatóriofoisignificativamentemaiornogrupo querecebeusoluc¸ãohipotônica(mediana19,4IQ12,6-24,9) do que nogrupo que recebeu soluc¸ão isotônica(mediana 12,0,IQ 4-19,9)(p:0,021). Nesse intervalo,que foi seme-lhante nosdois grupos, ogrupo isotônicoapresentou uma tendênciaamaiordiurese(p:0,097).

A expansão volumétrica após a cirurgia foi necessária em quatro pacientes,três usaram soluc¸ão isotônica e um hipotônica.Nosegundodiadoprotocoloapenasumpaciente pertencenteaogrupoisotôniconecessitoudeexpansão volu-métricarápida,quefoifeitacomsoluc¸ãofisiológica(NaCla 0,9%).

Discussão

Neste estudo duplo cego e randomizado que envolveu crianc¸as submetidas a apendicectomia, observou-se que: (a) a administrac¸ão de soluc¸ão hídrica de manutenc¸ão hipotônicanãoaumentouochancedehiponatremiaquando comparadacomsoluc¸ãoisotônica;(b)ainfusãodesoluc¸ão isotônicanãopreveniuoaparecimentodehiponatremiano períodopós-operatórioetambémnãoaumentoua ocorrên-ciadehipernatremianesseperíodo;(c)boapartedogrupo queapresentava hiponatremia naadmissão(24 pacientes) teveseusódionormalizado(n=15)semrelac¸ãocomotipo desoluc¸ãorecebida;(d)aretenc¸ãohídricanoperíodo pré--operatório foi maior naqueles pacientes que receberam soluc¸ãohipotônica.

Nossos achados não confirmam os resultados da publicac¸ão de Choong, na qual a maioria dos pacientes eracirúrgicoeapresentouhiponatremiasignificativamente maiornogrupo querecebeu soluc¸ão hipotônica.8 Deve-se

ressaltar que no presente estudo os pacientes usaram o

mesmovolumenoperíodopós-operatório(2000ml/m2/dia),

comexcec¸ãodequatrocrianc¸asquenecessitaramexpansão

volumétrica:trêsdogrupoisotônicoeumadogrupo

hipotô-nico.Onúmeropequenodepacienteseanãopadronizac¸ão

de infusão hídrica no período pré-hospitalar podem ter

impedidooaparecimentodehiponatremiafinalrelacionada

ainfusãodesoluc¸ãohipotônica.

Ahiponatremiafoiobservadamesmonogrupoque

rece-beu soluc¸ão isotônica como rac¸ão diária, fato que pode

ser explicado pela possível elevac¸ão de ADH em todos

os pacientes submetidos à cirurgia, como anteriormente

sugerido no estudo de Choong, por meio de dosagem

sérica desse hormônio e dos eletrólitos urinários.8 Vários

estudosrandomizados,controlados,cegosounão,

apresen-tam evidências da protec¸ão da soluc¸ão isotônica quanto

à hiponatremia no período próximo à cirurgia (antes e

após o procedimento). A maioria deles apresenta grupos

heterogêneosdepacientes,incluindosituac¸õesclínicasde

gravidadevariávele/oucirurgiasdemaioroumenorporte,

oquedificultacomparac¸õescomopresenteestudo.3-5,13,17

Após a publicac¸ão de Hoorn em 2004, diversos autores

questionaramavalidadedasevidênciasquedemonstravam

asuperioridadedasoluc¸ãoisotônicaemprevenir

hiponatre-mia.Em metanálise recente, feita a partir de10 ensaios

randomizados e controlados, o uso de salina isotônica se

mostroumaissegurodoqueahipotônicaquantoaosníveis

desódio.16

O presente estudo demonstrou que os pacientes com

sódiobaixo haviamrecebidoumvolumemaiordesoluc¸ão

equea hiponatremiapoderiaserderivada dessefator.3,15

Também foi evidenciado ummaiorbalanc¸o hídricoprévio

à cirurgia no grupo que recebeu soluc¸ão hipotônica e ao

mesmotempoumamaiordiuresenogrupoisotônico.A

hipo-natremia pode ser explicada pelo aumento do conteúdo

extracelularepelaconsequentediluic¸ãodossolutos.

O volume infundido também exerce importante papel

naocorrênciadehiponatremiaemuitosestudos,apesarde

focarnoconteúdosódico,tambémoferecemaospacientes

umvolumeacimadoqueérecomendadohabitualmente.17,18

OestudotransversaldeArmonetal.avalioucrianc¸as

hospi-talizadasquerecebiamsoluc¸ãoendovenosademanutenc¸ão

e registraram que na grande maioria eram administradas

soluc¸ões hipotônicas (77/99); 38% recebiam manutenc¸ão

maior do que 105% do volume recomendado; 21 de 86

pacientesapresentavamhiponatremia(<135mmol/L).19 A

soluc¸ão proposta por Holliday & Segar para fluidoterapia

demanutenc¸ãoemcrianc¸ashospitalizadasresultaemuma

soluc¸ãohipotônicaemereceserreconsiderada.20

Nosso estudo foi desenhado para analisar a

importân-ciada prevenc¸ão da hiponatremia com o uso da soluc¸ão

demanutenc¸ão isotônica em um grupo depacientes com

características semelhantese submetidos a procedimento

cirúrgicodomesmoporte.Noentanto,essegrupode

paci-entesdemonstroudiferenc¸aapenasnaretenc¸ãohídrica(BH

maiornogrupohipotônico ediuresemaiornogrupo

isotô-nico),o que demonstrapossível interferência da ac¸ão do

ADHouamenorcapacidadeexpansoradassoluc¸ões

hipotô-nicasnessespacientes,quenecessitamdeumamaioroferta

paraobteromesmoefeitodeumainfusãoisotônica.

A principal limitac¸ão do presente estudo refere-se ao

tamanhoamostral, com poder insuficiente para testar se

a ocorrência de hiponatremia estava relacionada ao tipo

de soluc¸ão infundida. Além disso, uma grande parte dos

pacientesapresentava apendicitecomplicada(30/50)com

evoluc¸ãoarrastadaetempodejejumprolongado,oquenão

pôdesercontrolado. OADH e oseletrólitos urinários não

forammensurados, o que impossibilitou inferências sobre

a presenc¸ade urina hipertônica e a retenc¸ão de líquidos

atribuídaaohormônio.

Mesmoconsiderando aslimitac¸ões metodológicas,com

baseemnossosresultadospode-sesugerirqueamanutenc¸ão

hídrica com soluc¸ão hipotônica ou isotônica por período

curto(inferiora48horas)empacientessubmetidosa

apen-dicectomia não aumenta a incidência de hiponatremia.

Entretanto, o uso de soluc¸ões hipotônicas está associado

commaiorretenc¸ãohídricadoqueoobservadocomsoluc¸ões

isotônicas.Nesse aspectodeve-se ressaltar que obalanc¸o

hídricocumulativopositivoempacientescriticamente

doen-tes temsido associado com maiormortalidade.21 Estudos

queincluam ummaiornúmero depacientes são

necessá-riosparaavaliartanto hiponatremiarelacionada ainfusão

desoluc¸ão hipotônica quantoa evoluc¸ão desfavorável de

(7)

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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Imagem

Tabela 1 Características dos dois grupos de pacientes submetidos a apendicectomia de acordo com a soluc ¸ão administrada
Tabela 3 Volumes infundidos, balanc ¸o hídrico e diurese nos dois grupos

Referências

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