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Trabalho e morbidade comum em indústria de celulose e papel: um perfil segundo setor.

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Academic year: 2017

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Trabalho e morbidade comum em indúst ria

de celulose e papel: um perfil segundo set or

Wo rk and co mmo n d ise ase in a p ulp and p ap e r

ind ustry: a p ro file b y d e p artme nt

1 Dep artam en to d e Med icin a Socia l, Fa cu ld a d e d e M ed icin a , Un iv ersid a d e Fed era l d e Pelot a s C. P. 464, Pelot a s, RS 96001- 970, Bra sil.

An a cla u d ia Ga st a l Fa ssa 1

Lu iz Au gu st o Fa cch in i 1

M a rin el M ór D a ll’Agn ol 1

Abst ract T h e p u rp ose of t h is st u d y w a s t o id en t ify a ssocia t ion s b et w een com m on m orb id it y a n d w ork a cci d en t s a n d t h e resp ect i v e d ep a rt m en t s i n a p u lp a n d p a p er i n d u st ry, d escri b i n g w ork loa d s a n d p erform in g b roa d con t rol of p ot en t ia l con fou n d in g fa ct ors. W e st u d ied a ll t h e w ork ers from a sp ecific p u lp a n d p a p er in d u st ry, u sin g a cross- sect ion a l d esign a n d in t erv iew s a t t h e w ork p la ce (n =671) w it h a st a n d a rd iz ed q u est ion n a ire. W e ch a ra ct eriz ed w ork ers’ p ercep -t ion s of -t h eir occu p a -t ion a l ex p osu res a n d h ea l-t h p rob lem s. Th e in d u s-t ria l a rea h a d a n ex cess in a u d it ory p rob lem s (OR>2.5) a n d resp ira t ory p rob lem s (OR>2.7) a s w ell a s a ccid en t s (OR>4.7). T h ese d isea ses w ere p rob a b ly rela t ed t o t h e h igh p rev a len ce of n oise, d u st , su d d en t em p era t u re ch a n ges, ex p osu re t o v a riou s ch em ica ls, a n d ex cessiv e effort a n d h igh - risk sit u a t ion s. M oreov er, t h e m a n a gem en t grou p sh ow ed a n ex cess in eye p roblem s, ba ck a ch e, irrit a t ion , a n d n ervou sn ess (OR>1.7), ap p aren t ly relat ed t o lack of au t on om y an d creat iven ess at w ork , ergon om ic p roblem s, a n d st ra in ed eyesigh t . Th e st u d y con firm ed n ot on ly a h igh p rev a len ce of com m on d isea ses, b u t also t h eir relat ion sh ip t o sp ecific feat u res of t h e w ork p rocess in d icat ed by each d ep art m en t cat e-gory.

Key words M orb id it y; Work er’s Hea lt h ; Work Accid en t s; Ep id em iology

Resumo Est e a rt igo ob jet iv a id en t ifica r a s a ssocia ções d a s m orb id a d es com u n s e d os a cid en t es d e t ra b a lh o com set or, d escrev en d o a s ca rga s d e t ra b a lh o e rea liz a n d o u m a m p lo con t role d e fa -t ores d e con fu sã o. A-t ra v és d e d elin ea m en -t o -t ra n sv ersa l, es-t u d ou - se a -t t a lid a d e d os -t ra b a lh a d ores d e u m a in d ú st ria d e celu lose e p a p el (n =671). Rea liz a ra m se en t rev ist a s n est a in d ú st ria , ca -ra ct eriz a n d o a p ercep çã o d os t -ra b a lh a d ores sob re a s ex p osições ocu p a cion a is e a m orb id a d e. A á rea i n d u st ri a l ca ra ct eri z o u - se p elo ex cesso d e p ro b lem a s a u d i t i v o s (RO>2,5), resp i ra t ó ri o s (RO>2,7) e acid en t es (RO>4,7), p ossiv elm en t e relacion ad os com ru íd o, p oeira , m u d an ças bru scas d e t em p erat u ra e ex p osições a su bst ân cias qu ím icas, além d o t rabalh o físico p esad o e ex p osições a sit u a ções d e risco. A a d m in ist ra çã o a p resen t ou u m a u m en t o d e p rob lem a s n os olh os, d or n a s co st a s, i rri t a çã o e n erv o si sm o (RO>1,7), q u e p a recem t er rela çã o co m a f a lt a d e a u t o n o m i a e cria t iv id a d e n o t ra ba lh o, p roblem a s ergon ôm icos e esforço v isu a l. Con firm a ra m -se n ã o só a s a l-t a s p rev a lên cia s d e m orb id a d es com u n s, m a s l-t a m b ém su a rela çã o com a s p a rl-t icu la rid a d es d o p rocesso d e t ra b a lh o sin t et iz a d a s p ela ca t egoria set or.

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Introdução

A in d ú stria d e celu lose e p ap el é u m a ativid ad e p rod u tiva em exp an são n o Brasil. En tre as d ez in d ú stria s d e gra n d e p o rte d e n o sso p a ís, q u e p ro d u ze m m a is d e o ito ce n ta s to n e la d a s p o r d ia , vá ria s d u p lica ra m su a p ro d u çã o recen te-m en te, e o u tra s, co te-m o a in d ú stria a q u i co n si-d erasi-d a, si-d evem fazê-lo n os p róxim os an os. Em vista d isso, estu d os n a área d e saú d e d o trab a-lh ad or, à sem ea-lh an ça d as avaliações d e im p ac-to a m b ien ta l, p o d erã o co n trib u ir p a ra q u e o s in vestim en tos p riorizem , além d o au m en to d e p rod u tivid ad e e d e m elh orias n a q u alid ad e d o p rod u to, p rocessos e tecn ologia s n ã o p olu en -tes e sau d áveis.

Existem vários estu d os sob re con d ições d e trab alh o e saú d e n a in d ú stria d e celu lose e p a-p el, rea liza d o s a-p rin cia-p a lm en te em a-p a íses d o Prim eiro Mu n d o, qu e geralm en te b u scam rela-cio n a r, a tra vés d e d elin ea m en to s co m p lexo s, agen tes etiológicos isolad os e m orb id ad es es-p ecífica s. Estes estu d o s en fo ca m , es-p r in cies-p a l-m en te, d o en ça s o cu p a cio n a is crô n ica s e co l-m lo n go s p erío d o s d e la tên cia , co m o d o en ça s card iovascu lares, cân cer e p rob lem as resp ira-tórios, e su a associação com a exp osição a ris-cos q u ím iris-cos e p oeira ( Jä p p in en , 1987; Jä p p i-n ei-n et al., 1987; Ericssoi-n et al., 1988).

No en ta n to, a in d a sã o esca sso s o s estu d o s sob re a im p ortân cia d o trab alh o n a d eterm in a-çã o d a s m o rb id a d es co m u n s, esp ecia lm en te n as in d ú strias d e celu lose e p ap el. As m orb id a -d es com u n s, em b ora n ão im p liq u em u m risco d e vid a im in en te, têm m ostrad o altas p revalên -cias e forte relação com o trab alh o, m arcan d o o gra n d e d esga ste d e u m a p o p u la çã o jovem , em a tivid a d e, e, p o rta n to, teo rica m en te sa d ia (Lau rell et al., 1991).

Assim , o ob jetivo d este estu d o é id en tificar a s a sso cia çõ es d a s m o rb id a d es co m u n s e d o s aciden tes de trabalh o com setor, realizan do u m am p lo con trole d e fatores d e con fu são, e caracterizar o p erfil d e cargas d e trab alh o p ara com -p reen d er os m ecan ism os d e d eterm in ação.

Neste sen tid o, d estacase o estu d o d e Lau -rell et a l. (1991) so b re a rela çã o d o p erfil d e m orb id ad e com as características d o p rocesso d e tra b a lh o em u m a in d ú stria sid erú rgica . Os au tores p rop u seram setor com o u m in d icad or sin tético cap az d e cap tar o con ju n to d as exp o-siçõ es q u e a feta m o s o p erá rio s em ca d a lo ca l d e tra b a lh o. No en ta n to, ressa lta ra m a lim ita-çã o d o in d ica d o r p a ra d em o n stra r d iferen ça s n a s m orb id a d es e su a rela çã o com o p rocesso d e trab alh o q u an d o os setores ap resen tam exp osições sem elh an tes (Lau rell et al., 1991; Lau -rell et al., 1992).

Por esta razão, p rivilegise, aqu i, a com p aração d os setores d a área in d u strial com a ad -m in istra çã o, q u e, e-m b o ra in terd ep en d en tes, têm ativid ad es d e n atu reza d istin ta.

M et odologia

Através d e u m d elin eam en to tran sversal in ves-tigou -se a totalid ad e d os trab alh ad ores d e u m a in d ú stria d e celu lo se e p a p el. Utilizo u -se u m qu estion ário p ad ron izad o, p ré-cod ificad o, qu e cap tou a p ercep ção d os trab alh ad ores sob re as cargas d e trab alh o e os d an os à saú d e.

Os tra b a lh a d o res fo ra m en trevista d o s em seu setor, n a p róp ria fáb rica, em salas q u e ga -ran tiam o sigilo d as en trevistas, as qu ais foram rea liza d a s p o r três a u xilia res d e p esq u isa n o p eríod o d e 10 d e jan eiro a 21 d e m arço d e 1994. Co m o va riá vel in d ep en d en te, id en tifica ra m se q u a tro seto res: a d m in istra çã o (co m -p ra s, ven d a s, recu rso s h u m a n o s, -p ro jeto s...), p ro d u çã o (co rte, b ra n q u ea m en to, seca gem , em p acotam en to e p lan ta qu ím ica), ap oio (cal-d eiras, tratam en to (cal-d e águ a e eflu en tes, lab ora-tórios e p orto) e m an u ten ção (m ecân ica, civil e elétrica). Estes eram caracterizad os com o o loca l em q u e o tra b a lh a d o r esta va d esem p e -n h a-n d o su as ativid ad es -n o m om e-n to d a e-n tre-vista.

Além d isso, a p a rtir d e u m a lista gem , p er-gu n ta va -se a o tra b a lh a d o r so b re a s ca rga s a qu e ele se con sid erava exp osto n o setor, valorzan d o-se a resp osta afirm ativa com o u m in d cad or d e exp osição. As cargas foram su b d ivid i-d as em i-d ois gran i-d es gru p os, am b ien tais e rela-cion ad as à ativid ad e, sen d o en ten d id as n ão co-m o a gen tes n o civo s iso la d o s, co-m a s co co-m o u co-m co n ju n to d e exp o siçõ es in ter-rela cio n a d a s (Facch in i, 1994; Lau rell et al., 1991).

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Ap licou se ta m b ém o q u estion á rio p a d ro -n iza d o SRQ-20 (Self- rep ort ed q u est ion n a ire),

p a ra id en tifica r p ro b lem a s p siq u iá trico s m e -n ores. Co-n sid erou -se p ositivo o teste com p elo m en os oito resp ostas afirm ativas p ara m u lh e-res e seis e-resp o sta s a firm a tiva s p a ra h o m en s (Ma ri et a l., 1986). Estu d a ra m -se ta m b ém a s p ergu n ta s d o teste d e form a isola d a , con sid e-ra n d o a resp o sta a firm a tiva co m o a p resen ça d o p rob lem a em qu estão.

Ta m b ém fo ra m co leta d a s a s segu in tes in -form ações:

• va riá veis d em o grá fica s: gên ero, id a d e em an os, estad o civil (casad o ou com com p an h ei-ro, solteiro ou sem com p an h eiro);

• va riá veis só cio -eco n ô m ica s: esco la rid a d e em a n o s co m p leto s, ren d a em sa lá rio s m ín i-m os n o i-m ês an terior à en trevista;

• ou tras variáveis ocu p acion ais: tu rn o (ad m in istra tivo, reveza m ein to ), a in tigü id a d e in a em -p resa em m eses, fu n ção (o-p erad or, técn ico/ la-b oratorista, an alista/ su p ervisor, assisten te/ au-xilia r), trein a m en to p a ra a fu n çã o (cu rso n o SESI (Serviço Social d e In d ú stria)/ técn ico/ su -p erio r, cu rso -p a tro cin a d o -p ela em -p resa , trei-n am etrei-n to em serviço/ aju d atrei-n te, trei-n ão fez treitrei-n a-m en to);

• variáveis com p ortam en tais: tab agism o (fu -m a n te, n ã o fu -m a n te) e a lco o lis-m o -m ed id o a tra vés d o q u estio n á rio p a d ro n iza d o CAGE (Soib elm an et al., 1990).

A p op u lação estu d ad a teve u m a relação ex-p o sto s/ n ã o exex-p o sto s d e 5:1; d esta fo r m a , fo i p ossível d etectar, com u m erro alfa d e 5% e u m p o d er esta tístico d e 80%, r isco s su p erio res a 2,5 p ara m orb id ad es com p revalên cias m aiores qu e 10% n os n ão exp ostos.

A p arte d escritiva d o estu d o e a an álise b i-variad a foram realizad as através d o p rogram a SPSS/ PC+ (No ru ssis, 1986). A p o p u la çã o fo i d escrita p ela s va riá veis d em o grá fica s, só cio -econ ôm icas e ocu p acion ais, en q u an to a an álise b iva ria d a co n sistiu n o exa m e d a s a sso cia -çõ es d e seto r co m a s ca rga s d e tra b a lh o e a m orb id ad e.

As ca rga s d e tra b a lh o fora m estu d a d a s som en te n o n ível d a a n á lise b iva ria d a , u tiliza n -d o -se este -d a -d o p a ra co m p reen -d er m elh o r a s associações en tre setor e m orb id ad e. Com o as p revalên cias d as cargas foram m u ito altas, fre-qü en tem en te acim a d e 40%, ad otou -se a razão d e p revalên cias com o a m ed id a d e efeito.

As m orb id ad es, em m u itos casos, ap resen -taram p revalên cias su p eriores a 10% (Tab elas 3 e 4); p ortan to, a m ed id a d e efeito m ais ad equ a -d a seria razão -d e p revalên cias. Porém , com o as associações en tre setor e m orb id ad e foram ex-p lorad as n a an álise m u ltivariad a através d e

re-gre ssã o lo gística , e xp re ssa n d o o s re su lta d o s em term os d e “razão d e od d s”, op tou -se p or esta m ed id a d e efeito. En treestan to, é p reciso lem -b ra r q u e, p a ra fa to res d e risco, a “ra zã o d e o d d s” é ligeira m en te m a io r d o q u e a ra zã o d e p revalên cias (Ch eckoway, 1989; Olin to, 1993).

A a n á lise m u ltiva ria d a fo i rea liza d a co m o p acote estatístico EGRET (EGRET, 1988). Sele-cio n a ra m -se p a ra esta a n á lise a s m o rb id a d es sign ificativam en te associad as com setor, b em co m o a q u ela s co m p reva lên cia s su p erio res a 25% n os exp ostos, p ara as qu ais h avia p oder etatístico p ara d etectar riscos d e 2,5 ap ós aju s-tar p ara os fatores d e con fu são. A id en tificação d os fatores d e con fu são levou em con ta o m o-d elo teó rico e a a sso cia çã o esta tística (p <0,1) com setor (variável d ep en d en te) e com as m or-b id ad es (variáveis in d ep en d en tes) (Figu ra 1).

Assim con stru iu -se u m a equ ação d e regres-sã o p a ra ca d a u m a d a s trin ta m o rb id a d es. As variáveis gên ero, id ad e, estad o civil e alcoolis-m o estiveraalcoolis-m sign ificativaalcoolis-m en te associad as a seto r (p <0,1) e fo ra m in clu íd a s n a eq u a çã o q u an d o estavam tam b ém associad as a m orb

i-caracte rísticas d e mo g ráficas só cio -e co nô micas e co mp o rtame ntais

Set or ad ministração p ro d ução ap o io manute nção

Cargas de t rabalho amb ie ntais re lacio nad as à ativid ad e

Processo saúde-doença

mo rb idade re lacio nada co m o trab alho mo rb id ad e re fe rid a

mo rb id ad e p siq uiátrica me no r acid e nte d e trab alho

função turno

antig üid ad e Fig ura 1

Mo d e lo Te ó rico .

V V V

V V

V

V

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d o q u e o s ca ra cteriza d o s; n este ca so, se h o u -vesse u m viés, este seria em d ireção à h ip ótese n u la.

O p rocesso d e p rod u çã o d e celu lose é físi-co -q u ím ifísi-co e físi-co n siste em p ica r a m a d eira tran sform an d o-a em cavaco; levar o cavaco ao d igestor, on d e é cozid o a u m a tem p eratu ra d e 175oC com líq u or b ra n co (com p osto d e á gu a , sod a e an traqu in on a), tran sform an d o-o em celu lose; clarear a cecelu lose com oxigên io e b ran -q u eá-la com d ióxid o d e cloro, ap ós o -q u e a ce-lu lo se é seca , p ren sa d a , co rta d a e em b a la d a p ara a com ercialização.

O u so m a is co m u m d a celu lo se é n a fa b ri-cação d e p ap el. Com celu lose n ão b ran q u ead a p ro d u z-se o p a p e l kra ft; co m a cla re a d a co m oxigê n io (ce lu lo se oxice l) e la b o ra -se o p a p e l e co gra p h e co m a b ra n q u e a d a fa z-se o p a p e l b ra n co co m u m . Po ré m , a ce lu lo se ta m b é m é u tilizad a com o m atéria-p rim a p ara ou tros p ro-d u tos, com o, p or exem p lo, fralro-d as e film es fo-tográficos.

Caract eríst icas da população

Dos 671 trab alh ad ores elegíveis, foram estu d a-d os 638, o q u e im p licou 4,9% a-d e p era-d as. Estas n ão se con cen traram em setores ou fu n ções es-p ecíficas e d everam -se ao fato d e algu n s trab a-lh ad ores estarem em férias n o p eríod o fin al d o estu d o.

Da p o p u la çã o estu d a d a , a m a io r ia era d o gên ero m a scu lin o (90,9%), ca sa d a (75,9%) e b ran ca (93,9%). Os trab alh ad ores tin h am u m a d istrib u ição n orm al d e id ad e com m éd ia d e 33 an os (d .p.7,7). Ap resen tavam u m alto n ível d e escolarid ad e (m éd ia 11 an os, d .p.3,7) e d e ren -d a (m é-d ia -d e 10,3 sa lá rio s m ín im o s, -d .p.7,7). Os tab agistas rep resen tavam 41,2% d a p op u la-ção.

Caract eríst icas ocupacionais

O seto r q u e co n cen tra va o m a io r n ú m ero d e trab alh ad ores era a p rod u ção (37,6%), segu id o d o ap oio (28,2%), m an u ten ção (17,2%) e ad m i-n istração (16,9%). A m aioria trab alh ava em tu r-n o d e revezam er-n to (63,8%).

Na p o p u la çã o em estu d o, 66,3% tin h a m m a is d e cin co a n os d e a n tigü id a d e n a em p re-sa. Esta variável foi tran sform ad a em categóri-ca p ara a u tilização n a an álise, u m a vez qu e es-ta n ão ap resen es-tava d istrib u ição n orm al.

A fu n ção d e op erad or era a m ais freq ü en te en tre os trab alh ad ores d a in d ú stria (35,6%), se-gu in d o-se d e técn icos e lab oratoristas (29,9%), assisten tes e au xiliares (19,9%) e an alistas e su -p er viso res (14,6%). E cerca d e 40% tin h a m d a d e. Ta b a gism o e a n tigü id a d e n a em p resa

n ã o estivera m sign ifica tiva m en te a sso cia d o s co m seto r (p >0,1), d esta fo rm a n ã o fo ra m in -clu íd os n a a n á lise m u ltiva ria d a . Os fa tores d e co n fu sã o exa m in a d o s q u e n ã o m o d ifica ra m su b stan cialm en te a “razão d e od d s” n ão foram exclu íd o s d a eq u a çã o. Esta o p çã o levo u em co n ta o fa to d e a id en tifica çã o d e fa to res d e con fu são, n a associação en tre setor e as m orb i-d ai-d es, n ão ser ob jetivo i-d este estu i-d o.

Pa ra a p ro fu n d a r o en ten d im en to d o s m e -ca n ism os -ca u sa is, exa m in a ra m -se ta m b ém a s variáveis fu n ção e tu rn o com o fatores d e con -fu são. Um a vez q u e estas n ão se com p ortaram co m o fa to res d e co n fu sã o, m a s sim co m o d eterm in a n tes p rin cip a is d e a lgu m a s m o rb id a -d es, serã o a b o r-d a -d a s em o u tra s p u b lica çõ es (Fassa, 1995).

Result ados

Caract eríst icas do processo de produção

Em fu n cion am en to h á m ais d e vin te an os, a in -d ú stria estu -d a-d a p ro-d u z -d iariam en te cerca -d e oitocen tas ton elad as d e celu lose e d u zen tas to-n elad as d e p ap el. Há sete ato-n os, ap ós p rotestos q u e cu lm in aram com su a in terd ição tem p orá-ria, ad equ ou a p lan ta d e form a a evitar a p olu i-ção d o m eio am b ien te.

O p rocesso d e trab alh o é au tom atizad o, d e flu xo con tín u o e com con trole com p u tad orizad o n a m aior p arte orizad as fases orizad os setores p roorizad u -tivos e d e ap oio.

A in d ú stria vem realizan d o a flexib ilização d o p rocesso d e p rod u ção, com terceirização d e á rea s p eriférica s co m m a io r risco o u co m m aior con tin gen te d e trab alh ad ores. Esta p olítica co stu m a tra n sferir à s em p resa s co n tra ta -d as p rob lem as -d e saú -d e -d o trab alh a-d or típ icos d e fu n ções críticas, com o, p or exem p lo, aq u e-les ob servad os n os jatistas d e areia.

Além d a terceirização, n ão ocorreram gran -d es m o-d ificações n o p rocesso -d e trab alh o n os ú ltim os an os. As m od ificações q u e ocorreram , co m o a in tro d u çã o d e oxigên io p a ra cla rea r a celu lose, fora m n os p on tos d e m a ior a u tom a-ção, on d e o con tato d ireto com os trab alh ad o-res é p eq u en o. Em vista d isso, e con sid eran d o a p equ en a m ob ilid ad e en tre os d iferen tes setores, a ssu m ese q u e a s exp osições ca ra cteriza d as n ão sofreram gran d es m od ificações ao lon -go d o tem p o.

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cia e risco p erm an en te d e vid a eram sign ifictivam en te m ais p revalen tes n a p rod u ção, m a-n u tea-n ção e ap oio (Tab ela 2).

Perfil de morbidade por set or

Neste estu d o, foi p ossível estab elecer u m p erfil d e m o rb id a d e segu n d o seto r. A p a rtir d e u m a lista, estu d ou -se a referên cia d e 22 p rob lem as relacion ad os ao trab alh o, 44 p rob lem as ocorri-d os n os 15 ocorri-d ias an teriores à en trevista, além ocorri-d o teste SRQ-20 p ara p rob lem as p siqu iátricos m e-n ores. Ee-n tretae-n to, com o ob jetiva-se exam ie-n ar seto r co m o u m d eterm in a n te d e m o rb id a d e com u m , serão ap resen tad as ap en as as associa -ções sign ificativas.

A Tab ela 3 m ostra as m orb id ad es m ais freq ü en tes n a a d m in istra çã o d o freq u e n a á rea in -d u strial, aju sta-d as p ara fatores -d e con fu são. Ir-ritação e n ervosism o, d or n as costas e p rob le-m a s n o s o lh o s fo ra le-m cerca d e três vezes le-m a is relacion ad os ao trab alh o. Dor ou irritação n os olh os e en xergar p ou co foram d u as vezes m ais referid a s. Ca n sa r-se co m fa cilid a d e (SRQ-20) ap resen tou u m risco em torn o d e seis q u an d o com p arad o com a m an u ten ção.

As m orb id ad es m ais freq ü en tes n a área in -d u strial -d o q u e n a a-d m in istração, con trola-d os os fatores de con fu são, foram os p roblem as res-p iratórios, au d itivos e os acid en tes. Os res-p rim ei-ros estiveram cerca d e d u as vezes m ais relacio-m ais d e cin co an os d e an tigü id ad e n a fu n ção.

O trein a m en to em serviço fo i o m a is fre-q ü en te (41,5%), segu id o d o s cu rso s regu la res (técn ico, su p erior, SESI), qu e en volveram 20,1% d o s tra b a lh a d o res. Além d isso, cerca d e 15% dos op erários n ão fizeram qu alqu er trein am en -to p ara a fu n ção.

As cargas de t rabalho

De u m a m a n eira gera l, a s ca rga s d e tra b a lh o a p resen ta ra m a lta s p reva lên cia s. Meta d e d o s tra b a lh a d o res co n sid ero u p ro b lem á tica s o ito d a s 16 ca rga s a m b ien ta is lista d a s e cin co d a s 22 cargas relacion ad as à ativid ad e.

As ca rga s a m b ien ta is fo ra m p elo m en o s d u as vezes m aiores n a área in d u strial (p rod u -ção, ap oio e m an u ten ção) d o q u e n a ad m in is-tração, sen d o ru íd o, p oeira, m u d an ças b ru scas d e tem p eratu ra e exp osição a óleos e solven tes qu ím icos as m ais p revalen tes (Tab ela 1).

Qu an to às cargas d e trab alh o relacion ad as à ativid ad e, o p erfil foi m ais h eterogên eo. For-çar a vista, trab alh ar em gran d e velocid ad e, ficar n o m esm o p osto o tem p o tod o, p osição in -cô m o d a , so frer p ressã o d o ch efe, n ã o p o d er u sar su as id éias foram sign ificativam en te m ais p revalen tes n a ad m in istração, en q u an to fazer m u ita força, ficar m olh ad o ou su jo, fazer reve-za m en to d e ta refa , tra b a lh a r co m p erigo d e acid en tarse, en fren tar situ ações d e em ergên -Tab e la 1

Pre valê ncia d as carg as re lacio nad as ao amb ie nte d e trab alho p o r se to r.

Cargas relacionadas ao ambient e adm pro man apo t ot n= 108 n= 240 n= 110 n= 180 n= 638

Barulho 37,0 92,9 89,4 90,9 82,1

Mud anças b ruscas d e te mp e ratura 29,6 65,8 73,6 72,8 63,0

Po e ira o u p ó s 22,2 65,0 76,4 63,3 59,2

Ó le o s so lve nte s e o utro s q uímico s 4,6 62,9 76,1 75,5 58,9 Vap o r d ’ág ua, umid ad e 4,6 65,4 64,5 64,4 54,7 Vib ração o u tre p id ação 12,0 67,9 60,0 57,8 54,2

Muito calo r 11,1 69,6 73,6 45,0 53,2

Risco d e cair 4,6 63,8 61,8 58,9 52,0

Fumaça o u g ase s tó xico s 11,1 42,9 65,5 68,9 48,7 Chão e sco rre g ad io 11,1 48,8 54,5 45,6 42,5 Trab alho a cé u ab e rto 6,5 39,2 62,7 46,1 39,7 O b je to s o u fe rrame ntas co rtante s 3,7 41,3 52,7 35,6 35,3

Amb ie nte ab afad o 6,5 36,7 49,1 32,2 32,1

Rad iaçõ e s 8,3 31,7 57,3 31,7 32,1

Muito frio 13,0 26,7 29,1 24,4 24,1

Po uca luz 5,6 16,3 38,2 21,7 19,7

(6)

d es d e su a d istrib u içã o em fu n çã o d o seto r, qu e exp ressa a lógica glob al d a organ ização d o tra b a lh o e a s e sp e cificid a d e s d a s e xp o siçõ e s ocu p acion ais.

Deste m o d o, irrita çã o e n er vo sism o, d o r n as costas, p rob lem as n os olh os e can saço d es-tacaram -se com o p rob lem as típ icos d os trab a-lh ad ores d a ad m in istração. Ao m esm o tem p o, p rob lem as resp iratórios, au d itivos e acid en tes, esp ecialm en te q u eim ad u ras, relacion aram -se fo rtem en te a o s tra b a lh a d o res d a á rea in d u s-trial.

Ten d o em vista a con trovérsia relativa à d e-term in ação d as m orb id ad es com u n s p elo tra-b alh o, d iscu tem -se in icialm en te algu n s asp ec-to s m eec-to d o ló gico s releva n tes à va lid a d e d o s a ch a d o s. Em rela çã o a o d elin ea m en to, ca b e q u estion ar a p ossib ilid ad e d e afirm ar u m a re-lação d e d eterm in ação através d e estu d o tran sversa l. A fa lta d a d im en sã o tem p o ra l (Hern b erg, 1992; Ch ekoway, 1989) é p arcialm en te su -p era d a -p ela ca ra cteriza çã o d a a n tigü id a d e n a em p resa com o u m d os fatores em estu d o. O fa-to d e a m a io ria d o s tra b a lh a d o res terem m a is d e cin co an os d e an tigü id ad e n a em p resa e d e n a d o s co m o tra b a lh o, en q u a n to o s a cid en tes

foram os desfechos com m aior risco, sen do m ais de 14 p ara queim aduras n os três setores da área in d u strial e em torn o d e q u atro p ara ocorrên -cia d e acid en te n o ú ltim o an o (Tab ela 4).

Caracterizan d o-se algu m as esp ecificid ad es d a área in d u strial em relação à ad m in istração, ob servou -se qu e d or n as ju n tas relacion ad a ao trab alh o e id éias em b aralh ad as (SRQ-20) eram cerca d e d u as vezes m ais freq ü en tes n a m an u -ten ção. Prob lem a d e p ele relacion ad o ao trab alh o teve risco três vezes m aior n o ap oio e zu m -b id o n os ou vid os foi cerca d e três vezes m aior n a p rod u ção (Tab ela 4).

Discussão

Trad icion alm en te o trab alh o n ão é recon h ecid o co m o ecid e t e r m in a n t e ecid e m o rb iecid a ecid e s co -m u n s (La u rell et a l., 1991; Mo eller, 1992). No en ta n to, n este estu d o, fo i p o ssível co n firm a r n ão só as altas p revalên cias d e m orb id ad es co-m u n s n o s tra b a lh a d o res d e u co-m a in d ú stria d e celu lose e p ap el, m as tam b ém as p articu larid a-Tab e la 2

Pre valê ncia d as carg as re lacio nad as à ativid ad e p o r se to r.

Cargas relacionadas à at ividade adm pro man apo t ot n= 108 n= 240 n= 110 n= 180 n= 638

Cuid ar muito p ara não e rrar 91,7 95,8 97,3 95,0 95,1 Se mp re ficar ate nto , se m se d istrair 66,7 82,5 75,5 74,4 76,3 Enfre ntar situaçõ e s d e e me rg ê ncia 41,7 72,1 88,2 71,1 69,4 Faze r re ve zame nto d e tare fa 50,9 63,8 66,4 68,3 63,3 Trab alhar co m p e rig o d e acid e ntar-se 9,3 68,8 61,7 62,7 55,6

Fo rçar a vista 75,1 36,7 49,1 46,1 48,1

Faze r tare fas se mp re d o me smo je ito 38,9 60,0 21,8 52,8 47,8 Ficar mo lhad o o u sujo 4,6 53,8 50,9 43,3 42,0 Ficar no me smo p o sto o te mp o to d o 45,4 44,2 30,9 38,9 40,6 Trab alhar e m g rand e ve lo cid ad e 56,5 40,0 36,4 31,5 39,8 Risco p e rmane nte d e vid a 2,8 46,3 47,3 45,6 38,9 Não e sco lhe r a fo rma d e faze r suas tare fas 13,0 28,3 13,6 29,4 36,7 Se mp re re p e tir o s me smo s mo vime nto s 27,8 43,3 20,0 38,3 35,3

Po sição incô mo d a 56,5 25,4 42,7 20,0 32,1

Faze r muita fo rça 3,7 37,1 30,0 28,9 27,9

Não d e se nvo lve r ativid ad e d e d e fe sa

d o s trab alhad o re s 12,0 6,7 9,1 9,4 23,5

So fre r p re ssão d o che fe , e ncarre g ad o 33,3 15,0 20,0 20,0 20,4 Falta d e fe rrame ntas ad e q uad as 7,4 15,8 14,5 24,4 16,6 Faze r inte rvalo s d e vid o a função 8,3 14,2 24,5 17,2 15,8

Falta d e se g urança 1,9 10,4 6,4 17,8 10,3

Não p o d e r usar as suas id é ias 7,4 2,5 0,9 5,0 3,8 Não p o d e r co nve rsar co m o s co le g as 0,9 1,3 0 1,7 1,1

(7)

ch in i, 1994; Lau rell, 1989). Este m étod o, ao es-tab elecer u m a listagem d e setor e fu n ção esp e-cífica p a ra a in d ú stria em estu d o, su p era a s m a trizes d e exp osiçã o ocu p a cion a l(job ex p o-su re m at rix )e as listagen s d e p rofissão(job t i-t les)( Vin ga rd et a l., 1991; Mä kelä et a l., 1991;

Alterm a n et a l., 1994; Ro m , 1983; Hern b erg, 1992). O m étod o su p era ta m b ém a s m ed ições am b ien tais, q u e n ão exam in am as cargas com m a teria lid a d e in tern a , co m o, p o r exem p lo, a q u ela s d eco rren tes d a o rga n iza çã o e d ivisã o d o tra b a lh o, freq ü en tem en te rela cio n a d a s a o estresse (Fa cch in i, 1994; La u rell, 1989). Além d isso, a in clu são d o setor ad m in istrativo p rop i-cio u a co m p a ra çã o d e á rea s co m exp o siçõ es b a sta n te h etero gên ea s, a u m en ta n d o a s d ife -ren ças tan to n as exp osições qu an to n as m orb i-d ai-d es.

A ca ra cteriza çã o d o d esfech o a tra vés d a p ercep çã o d e p ro b lem a s d e sa ú d e fo i a fo rm a en con trad a p ara p od er estu d ar o p erfil d e m or-b id a d e. Esta o p çã o p o d eria ser q u estio n a d a p ela in tro d u çã o d e u m p o ssível viés d e in fo r-m a çã o (Klein b a u r-m , 1982). Po rér-m , n ã o h á p o r q u e p en sa r q u e exista m d iferen ça s sistem á tcas n a form a d e referir m orb id ad es en tre os d iferen tes setores, con sid eran d ose a sem elh an ça d as características sócioecon ôm icocu ltu -ra is d a p o p u la çã o ( Jo u n g, 1994). Além d isso, vá rio s estu d o s têm sid o rea liza d o s ca p ta n d o m orb id ad e através d a p ercep ção. Dem ers et al. (1990) m o stra ra m b a ixa in co n gru ên cia en tre sin tom as referid os relativos a d isp n éia e tosse q u an to aos ach ad os clín icos. No estu d o d e Ke-h oe et a l. (1994), a s d isp a rid a d es fora m m a io-res, p orém este cap tava d iagn ósticos referid os p or p acien tes em relação a u m relatório m éd i-co realizad o a p artir d o registro; d esta form a, o p ad rão ou ro tam b ém p od eria ser o p rob lem a. Portan to, a referên cia d e p rob lem as d e saú d e e sin to m a s p a rece b a sta n te a d eq u a d a , a o co n -trário d a referên cia d e d iagn ósticos.

Discu tid a a valid ad e d os ach ad os, ap resen -ta-se a con trib u ição d as características d o p ro-cesso d e trab alh o n a d eterm in ação d as m orb i-d ai-d es com u n s.

Lau rell et al. (1991), ob servan d o o p erfil d e m orb id ad e em sid erú rgica, m ostraram d iferen -ça s n a s p reva lên cia s d e d o en -ça s co m u n s em relação a an tigu id ad e e setor. À sem elh an ça d e n o sso s a ch a d o s, o s a u to res en co n tra ra m u m risco au m en tad o d e p rob lem as au d itivos e res-p iratórios em trab alh ad ores d a área in d u strial. Doen ças irritativas dos olh os, tran storn os m en -ta is e fa d iga , a o co n trá rio d e n o sso s a ch a d o s, tam b ém foram m aiores n a área in d u strial, p os-sivelm en te p o rq u e su a co m p a ra çã o n ã o fo i com a a d m in istra çã o, m a s com tra b a lh a d ores a rotativid ad e en tre os setores ser p raticam en

-te in exis-ten -te, aliad o à ên fase em m orb id ad es com u n s agu d as, com m en ores p eríod os d e in -d u ção e latên cia, su gere u m a an teriori-d a-d e -d a exp o siçã o em rela çã o a o s d esfech o s a n a lisa -d os, afastan -d o a p ossib ili-d a-d e -d e cau sali-d a-d e reversa.

No estab elecim en to d e u m p erfil d e m orb i-d a i-d e, u m a sp ecto p ro b lem á tico é o exa m e i-d e m ú ltip la s a sso cia çõ es, ta m b ém d en o m in a d o “fen ô m en o d a m u ltisign ificâ n cia” (Hern b erg, 1992). En treta n to, a s rela çõ es d e m o rb id a d e co m seto r e ca rga s d e tra b a lh o n ã o p a recem d ecorren tes d e ach ad os casu ais d evid o a p lau-sib ilid ad e e força d as associações.

A o p çã o p ela co leta d e d a d o s n o lo ca l d e trab alh o p od eria levar a u m viés d e in form ação (Ch eckoway, 1989). Neste caso, a p ossib ilid ad e d e o s tra b a lh a d o res sen tirem -se in tim id a d o s leva ria a u m a su b estim a çã o d e exp o siçã o e d esfech o. En tretan to, a realização d as en trevis-tas em salas qu e p reservavam a p rivacid ad e d o trab alh ad or e a garan tia d o sigilo d as in form a-çõ es p a recem h a ver m in im iza d o este p ro b le-m a, le-m elh oran d o a acu rácia d as le-m ed id as (Last, 1988).

Ou tro a sp ecto q u e refo rça a va lid a d e d o s ach ad os d iz resp eito ao con trole d e fatores d e con fu são, realizad o através d e an álise m u ltiva-riad a (Hern b erg, 1992). Esta estratégia an alíti-ca raram en te é u tilizad a em estu d os tran sver-sais d e p erfil d e m orb id ad e.

Os fatores d e con fu são estu d ad os foram gê-n ero, id ad e e tab agism o, com u m egê-n te exp lora-d os em estu lora-d os ep ilora-d em iológicos ocu p acion ais (Ch eckoway, 1989), além d e alcoolism o e estad o civil. Alcoolism o é u m p oten te estad eterm in an -te d e acid en -tes, m orb id ad e m u ito im p ortan -te n o estu d o. Estad o civil, n o en tan to, esteve for-tem en te associad o com setor, b em com o com algu m as m orb id ad es. Isto p od eria d ever-se ao fa to d e esta d o civil ser u m m a rca d o r d e seto r, n ã o sen d o n este ca so fa to r d e co n fu sã o. Po r ou tro lad o, estas associações p od eriam in d icar u m excesso d e exp osição en tre os casad os, qu e, em fu n çã o d e m a io res resp o n sa b ilid a d es, te -riam ou tras ocu p ações além d aq u ela em foco. Desta form a , op tou -se p or in clu ir esta d o civil n o m o d elo, u m a vez q u e, n ã o sen d o fa to r d e con fu são, alteraria a m ed id a d e efeito n o sen ti-d o ti-d a h ip ótese n u la.

(8)

(Fac-d o ap oio qu e (Fac-d esen volviam tarefas fora (Fac-d a área in d u strial.

Heed erik et al. (1990) tam b ém en con traram u m risco a u m en ta d o d e p ro b lem a s resp ira tó rios em op erários d e in d ú strias d e p ap el, qu an -d o com p ara-d os com trab alh a-d ores -d o setor -d e serviços. Nejjari et al. (1993) igu alm en te id en ti-fica ra m u m a a lta p reva lên cia d e p ro b lem a s resp ira tó rio s em in d ú stria s d e p a p el q u a n d o com p arad as com ou tros ram os p rod u tivos.

O fato d e os p rob lem as resp iratórios h ave-rem sid o m ais relacion ad os ao trab alh o n a área in d u stria l p o d e ser co m p reen d id o p ela m a io r p resen ça d e cargas am b ien tais n o setor, com o, p or exem p lo, p oeira, calor, m u d an ças b ru scas d e tem p era tu ra e u m id a d e, d eco rren tes d o s p roced im en tos físico-qu ím icos u tilizad os.

Em estu d o rea liza d o n a p ró p ria in d ú stria , Kwitko et a l. (1994) en con tra ra m q u e 88% d os op erários d a área in d u strial estavam exp ostos

a n íveis d e ru íd o su p eriores a 85 d b, m ostran d o u m a m éd ia d e p erd a a u d itiva m a io r d o q u e a esp era d a p a ra a id a d e. A m a io r im p o rtâ n cia d os p rob lem as au d itivos n a área in d u strial, em co m p a ra çã o co m a a d m in istra çã o, é in d ica d a p ela rea liza çã o d e exa m es a u d io m étrico s p e riód icos exigid os p or lei a p en a s n os tra b a lh a -d ores -d o p rim eiro gru p o.

Ou tro p rob lem a au m en tad o n a área in d u stria l q u a n d o co m p a ra d a à a d m in istra çã o fo -ram os acid en tes, esp ecialm en te qu eim ad u ras. Neste caso, além d as p articu larid ad es d a ativid a ativid e, ca rga s ativid eco rren tes ativid o p ro cesso físico q u ím ico, com o, p or exem p lo, altas tem p eratu -ras e su b stân cias q u ím icas, p arecem d eterm i-n ai-n tes (Facch ii-n i, 1986).

Ap esar d a im p ortân cia d as evid ên cias an te-rio res, existem p o u co s estu d o s rela cio n a n d o m orb id ad e com u m a setor. En tretan to, h á in d i-cações n a literatu ra d e q u e as m orb id ad es d is-Tab e la 3

Mo rb id ad e s típ icas d a ad ministração e o s risco s p o r se to r: p re valê ncias, razõ e s d e o d d s b ruto s e ajustad o s p ara fato re s d e co nfusão (n= 638).

M orbidade Set or P RO Variáveis RO e IC 95%

na equação ajust ados

Relacionada

c/ t rabalho

Irritação , Ad ministração 58,3 1,00 Gê ne ro , id ad e 1,00

ne rvo sismo Pro d ução 33,8 0,36 0,36 0,21 – 0,61

Ap o io 40,6 0,49 0,50 0,29 – 0,84

Manute nção 40,0 0,48 0,48 0,26 – 0,86

Do r nas co stas Ad ministração 49,1 1,00 Gê ne ro 1,00

Pro d ução 30,0 0,44 0,57 0,34 – 0,96

Ap o io 28,9 0,42 0,51 0,30 – 0,87

Manute nção 30,9 0,46 0,60 0,33 – 1,10

Pro b le mas Ad ministração 54,6 1,00 Gê ne ro , 1,00

no s o lho s Pro d ução 22,1 0,24 e stad o civil 0,21 0,12 – 0,36

Ap o io 22,2 0,24 0,22 0,13 – 0,36

Manute nção 28,2 0,33 0,28 0,15 – 0,53

Referida

Do r o u irritação Ad ministração 29,6 1,00 — 1,00

no s o lho s Pro d ução 17,1 0,49 0,49 0,29 – 0,83

Ap o io 12,2 0,33 0,33 0,18 – 0,61

Manute nção 20,9 0,63 0,63 0,34 – 1,17

Enxe rg ar p o uco Ad ministração 40,7 1,00 Id ad e 1,00

Pro d ução 25,0 0,48 0,44 0,27 – 0,73

Ap o io 30,0 0,62 0,60 0,36 – 1,00

Manute nção 25,2 0,50 0,39 0,21 – 0,72

SRQ -20

Cansa co m Ad ministração 9,3 1,00 — 1,00

facilid ad e Pro d ução 10,0 1,09 1,09 0,50 – 2,36

Ap o io 4,4 0,46 0,46 0,17 – 1,19

Manute nção 1,8 0,18 0,18 0,00 – 0,84

(9)

Tab e la 4

Mo rb id ad e s típ icas d a áre a ind ustrial e o s risco s p o r se to r: p re valê ncias, razõ e s d e o d d s b ruto s e ajustad o s p ara fato re s d e co nfusão (n= 638).

M orbidade Set or P RO Variáveis RO e IC 95%

na equação ajust ados

Relacionada c/ t rabalho

Do r nas juntas Ad ministração 8,3 1,00 Id ad e , 1,00

Pro d ução 17,1 2,27 e stad o civil 2,01 0,93 – 4,35

Ap o io 15,0 1,94 1,84 0,82 – 4,11

Manute nção 22,7 3,24 2,63 1,15 – 6,00

Pro b le mas Ad ministração 4,6 1,00 — 1,00

d e p e le Pro d ução 8,8 1,97 1,97 0,72 – 5,39

Ap o io 12,8 3,01 3,01 1,11 – 8,19

Manute nção 11,8 2,76 2,76 0,94 – 8,03

Pro b le mas Ad ministração 6,5 1,00 Id ad e 1,00

re sp irató rio s Pro d ução 15,8 2,71 2,71 1,17 – 6,31

Ap o io 16,7 2,89 2,86 1,21 – 6,77

Manute nção 18,2 3,21 3,42 1,38 – 8,51

Pro b le mas Ad ministração 11,1 1,00 Gê ne ro , id ad e , 1,00

aud itivo s Pro d ução 26,7 2,91 e stad o civil 2,65 1,27 – 5,51

Ap o io 23,3 2,44 2,43 1,16 – 5,09

Manute nção 27,3 3,00 2,66 1,20 – 5,92

Referida

Zumb id o Ad ministração 4,6 1,00 Id ad e , 1,00

no s o uvid o s Pro d ução 12,9 3,06 e stad o civil, 2,73 1,01 – 7,37

Ap o io 7,8 1,74 CAGE 1,42 0,48 – 4,17

Manute nção 11,8 2,76 2,45 0,83 – 7,28

SRQ -20

Id é ias Ad ministração 12,0 1,00 CAGE 1,00

e mb aralhad as Pro d ução 17,9 1,60 1,48 0,75 – 2,89

Ap o io 13,9 1,18 1,03 0,50 – 2,14

Manute nção 23,6 2,26 2,24 1,08 – 4,64

Acident es

Q ue imad uras Ad ministração 0,9 1,00 Id ad e , 1,00

Pro d ução 11,3 13,56 e stad o civil 14,77 1,96 – 111,20

Ap o io 16,1 20,55 21,76 2,90 – 163,40

Manute nção 10,9 13,10 16,65 2,10 – 132,00

So fre u acid e nte Ad ministração 7,4 1,00 Id ad e , CAGE 1,00

no último ano Pro d ução 27,9 4,84 4,79 2,19 – 10,50

Ap o io 23,3 3,80 3,54 1,57 – 7,97

Manute nção 27,3 4,69 5,57 2,39 –13,02

P – p re valê ncia; RO – “ razão d e o d d s” ; IC – inte rvalo d e co nfiança

cu tid as estão fortem en te relacion ad as ao p erfil d e cargas d os setores estu d ad os.

Hern b erg et al. (1992) e Levy et al. (1988) re-ferira m q u e d o r n a s co sta s é m a is co m u m em tra b a lh o s p e sa d o s d o q u e e m le ve s, e m b o ra tam b ém seja cau sad a p or trab alh o sed en tário e con d ições ergon ôm icas ad versas. Fazer m u ita força e sem p re rep etir os m esm os m ovim en -tos tiveram u m risco au m en tad o n a área in d u s-tria l e m re la çã o à a d m in istra çã o. En tre ta n to, a p en a s 35% d o s tra b a lh a d o res d a á rea in d u

s-trial recon h eceram estas cargas com o p rob le-m áticas. Por ou tro lad o, os p rob lele-m as ergon ô-m ico s fo ra ô-m extreô-m a ô-m en te iô-m p o rta n tes n a ad m in istração, atin gin d o m ais d a m etad e d os tra b a lh a d o re s, p o d e n d o ju stifica r o risco a u -m en tad o d e d or n as costas n o setor.

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p resen ça n o co tid ia n o d o s o p erá rio s. Na á rea in d u strial, as cargas p oten cialm en te relacion a-d a s a esta m o rb ia-d a a-d e, co m o o en fren ta m en to d e situ a çõ es d e risco, a d q u irem co n cretu d e even tu a lm en te, com o q u a n d o ocorrem em er-gên cias ou acid en tes.

As d em a n d a s visu a is in ten siva s, referid a s com o forçar a vista, p od em exp licar, em p arte, a m aior freqü ên cia d e p rob lem as visu ais n a ad m in istração. Neste con texto, u m asp ecto ocu -p a cio n a l q u e tem receb id o crescen te a ten çã o com o p ossível ca u sa d e p rob lem a s visu a is é o trab alh o com “term in ais d e víd eo” (Last, 1992; Rom , 1983), m ais d issem in ad o n a ad m in istra-ção d o qu e n a área in d u strial, on d e a exp osiistra-ção restrin ge-se aos op erad ores.

Em sín tese, a o lo n go d esta d iscu ssã o, fo i p ossível evid en cia r a p a rticip a çã o d ecisiva d e setor, com o in d icad or d as p articu larid ad es d o p ro ce sso d e tra b a lh o, n a d e te rm in a çã o d e m orb id ad es com u n s em op erários d e u m a in -d ú stria -d e celu lose e p ap el. Além -d isso, p ô-d e-se avan çar n a caracterização d a exp osição, exa-m in a n d o -se a p la u sib ilid a d e d e a s ca rga s d e trab alh o típ icas d e cad a setor m ed iarem o p ro-cesso d e d eterm in ação d a m orb id ad e.

A á rea in d u stria l ca ra cterizo u -se p elo ex-cesso d e p ro b lem a s a u d itivo s, resp ira tó rio s e a cid en tes p ossivelm en te rela cion a d os com a s altas p revalên cias d e ru íd o, p oeira, m u d an ças b ru scas d e tem p eratu ra e exp osição a su b stân -cias qu ím icas, além d o trab alh o físico p esad o e exp osição a situ ações d e risco. A ad m in istração a p resen to u u m a u m en to d e p ro b lem a s n o s o lh o s, d o r n a s co sta s, irrita çã o e n er vo sism o, qu e p arecem ter relação com a falta d e au ton o-m ia e cria tivid a d e n o tra b a lh o, p ro b leo-m a s er-gon ôm icos e esforço visu al.

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