6iDUCif( ... FUNDA( ÃO GU .,U0 VA' ~ ~ -~
fUNDt.( ,lo G ; : f' I;~. '" • ~~ ~ < .,
JOGctJ
3
In
C,9 . -h'FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
RELATóRIO -
1972
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
I nstituto de Documentação
Serviço de Publ icações
Rio de Janeiro, 1973
I
PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE MEMBROS
PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE MEMBROS
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
Presidente lUIZ SIMõES LOPES
Diretor Executivo ALlM PEDRO
CONSELHO DIRETOR
lUIZ SIMõES lOPES EUGÊNIO GUDIN
ALBERTO SÁ SOUZA DE BRITTO PEREIRA CARLOS MEDEIROS SilVA
JOÃO CARLOS VITAL
JORGE OSCAR DE MEllO FlôRES JOSÉ JOAQUIM DE SÁ FREIRE AlVIM RUBENS D'AlMADA HORTA PÔRTO
CONSELHO CURADOR
EMBAIXADOR MAURíCIO NABUCO ALBERTO PIRES AMARANTE
AlZIRA VARGAS DO AMARAL PEIXOTO ANTôNIO GARCIA DE MIRANDA NETTO ANTôNIO RIBEIRO FRANÇA FilHO APOlÔNIO JORGE DE FARIA SALlES ASTÉRIO DARDEAU VIEIRA
CARLOS ALBERTO DE CARVALHO PINTO CELSO TIMPONI
CÉZAR REIS DE CANTANHEDE E ALMEIDA FRANCISCO MONTOJOS
HEITOR CAMPEllO DUARTE
HENRIQUE DOMINGOS RIBEIRO BARBOSA JOAQUIM BERTINO DE MORAES CARVALHO JOSÉ DE NAZARÉ TEIXEIRA DIAS
MÁRIO PAULO DE BRITO
MOACYR VElLOSO CARDOSO DE OLIVEIRA PAULO DE TARSO LEAL
SUMARIO
1. 2. 3.
4 .
4. 1 4 .2 5 . 6. 7 . 8.
9. 10 .
11 . 11.1 11.2 11 .3 11.4 12 . 12 . 1 12 .1.1 12 .1.2 12 . 1.3 12.1.4 12.2 12 .3 13 . 14 .
ANEXO 1 ANEXO 2 QUADROS ANEXO 3 ANEXO 4 ANEXO 5 ANEXO 6 ANEXO 7 ANEXO 8
Introdução 5 Assembléia-Geral 6 Conselho Curador 8 Conselho Diretor 8 Direção Superior da FGV 8 Presidência 8
Direção Executiva 8
Conselho de Coordena ção de Ensino e Pesquisa -CONCEP 8
Descrição Geral das Atividades 11 Pesquisa 11
Ensino 12 Informação 16
Assistência Técnica 16 Relações Culturais 16 Acordos e Convênios 18
Congressos, conferências, seminários 18 Via gens 18
Vis itantes 18
Cooperação com organizações internacionais 18 Unesco 18
Missão da Unesco no Brasil 18 Bônus da Unesco 20
O Correio da Unesco 20
Distribuição das publicações da Unesco 22 Organização dos Estados Americanos (OEA) 23 Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) 23 Repercussão na imprensa 23
Dois fatos marcantes 23 Pareceres sobre o Relatório 25
Parecer do Conselheiro-Relator do Conselho Diretor, Dr. Alberto Britto Pereira 27
Parecer do Conselheiro-Relator do Conselho
Curador, Dr. Joaquim Bertino de Moraes Carvalho 35 Ata da 2P Assembléia-Geral Ordinária da FGV, realizada no dia 30 de abril de 1973 41 Anexos: Resumos e quadros 45
Projetos de Estudos e Pesquisas - 1972 47 Cursos Ministrados em 1972 pela Fundação Getu1io Vargas 47
Cursos Ministrados pela Fundação Getulio Vargas -1968/ 1972 (estatísticas) 47 / 49
Publicações editadas pela Fundação Getulio Vargas - 1972 50
Assistência técnica 50
Acordos e Convênios firmados pela Fundação Getul io Vargas em 1972 50
Congressos, sem i nários, conferências e assemelhados 1972 51
INTRODUÇÃO
Até 1969, os membros da Assembléia-Geral da Fundação Getulio Vargas não pertencentes aos seus Conselhos Diretor e Curador só recebiam informações sistemáticas sobre a vida da instituição uma vez por ano, quando lhes era apresentado o relatório anual.
Embora tomassem conhecimento com mais freqüência, por intermédio das respectivas reuniões, das atividades da Fundação Getulio Vargas, os próprios membros dos Conselhos Diretor e Curador não recebiam informações regulares com periodicidade certa.
É verdade que o sistema de prestação de contas vigorante até 1969 não acarretou conseqüências prejudiciais conhecidas, sendo de mencionar apenas a circunstância de que os relatórios anuais, por serem documentos volumosos e detalhados, recheados de tabelas estatísticas, não preenchem as condições de instrumentos informativos modernos e atraentes.
A partir de 1970, porém, com o advento do Informativo, não só os membros dos órgãos colegiados, senão também todas as autoridades, todos os servidores e boa parte do público interessado passaram a contar mensalmente com um repositório de noticias factuais que descrevem e documentam, quando os fatos ainda são recentes, o curso principal das atividades da Fundação Getulio Vargas.
Havendo a Fundação passado a informar mensalmente aos que se interessam pela sua existência e prosperidade sobre o que ela planeja e executa, o seu sistema de prestação de contas teria necessariamente que sofrer a influência da nova situação.
Em relatórios anteriores já se fez referência, aliás, ao papel desempenhado pelo Informativo como house organ da Fundação. Ele desempenha, na realidade, o papel de relatório mensal sobre o andamento dos trabalhos da Fundação.
É, por assim dizer, o espelho da dinâmica da Casa. Daí haver surgido o modelo de relatório
anual adotado em 1971, ainda a título de experiência, e com maior desenvolvimento em 1972. Daí também o prognóstico feito no
relatório do ano passado, segundo o qual o novo modelo talvez reunisse condições para
competir com outros modelos postos em prática para resolver o velho problema das
comunicações institucionais.
Dizíamos no relatório do ano passado:
"Em verdade, no mundo de nossos dias, o documento longo, transbordante de detalhes e repleto de informações factuais, não tem vez, não consegue captar, muito menos reter a atenção dos possíveis interessados. Não há tempo. Ninguém tem paciência. A vertiginosa vida hodierna repele o documento extenso, descritivo, ainda que seja honesto e magistralmente redigido e apresentado.
Inclusive os membros menos assediados por ocupações e preocupações de uma assembléia-geral como esta já perderam o
hábito de lidar com relatórios longos. Segue-se que a brevidade não é apenas um mal
necessário, como afirma Aldous Huxley, mas uma imposição implacável das novas
condições do mundo.
Hoje, na "aldeia global" identificada por Marshall McLuhan, em que o "veículo é a mensagem", a comunicação verbal transmitida pela palavra escrita se vê coagida a encolher-se em períodos telegráficos. Ou assume a forma telegráfica, ou permanece ignorada. Um relatório minucioso, produto de exaustivas buscas, análises e canseiras - mesmo que deixe de lado considerações gerais,
doutrinárias ou não, fastidiosas ou interessantes - não consegue entregar mensagem a Garcia nenhum. Já não há Garcias interessados em tais mensagens.
Até a leitura - espécie de conversação silenciosa entre autor e leitor - passou a ser dinâmica, instantânea, elétrica. O leitor
sofisticado devora em um minuto o que o escritor mais fecundo escreve em um dia: 3000 palavras."
Sendo essa a realidade, indagávamos então: "Com que tipo de relatório deve uma
instituição como a Fundação Getulio Vargas prestar contas ao seu órgão soberano que é a Assembléia-Geral?"
As dúvidas suscitadas por essas indagações levaram, quase automaticamente, ao presente modelo de relatório anual como dispositivo adequado para remediar o problema da comunicação rápida e efetiva entre a instituição e seus dirigentes.
Tal modelo de relatório é caracterizado pela enumeração exaustiva, em sínteses gerais, evidentemente não descritivas, menos ainda detalhadas, dos diferentes tipos de atividades exercidas e desenvolvidas pela instituição ·que presta contas.
Tendo as Ciências Sociais por instrumento para realizar os seus objetivos, a pesquisa, o ensino, a informação, a assistência técnica e as relações culturais como meios de ação, a Fundação Getulio Vargas pode tornar as suas atividades conhecidas e avaliadas periodicamente mediante o exame de documentos em que sejam referidas as iniciativas e realizações pertinentes a cada uma dessas esferas.
1. ASSEMBLÉIA-GERAL
Presentes 172 de seus 256 membros, real izou-se em 28 de março de 1972, em primeira
convocação, sob a presidência do Dr. Luiz Simões Lopes, a vigésima-sexta Assembléia-Geral Ordinária da Fundação Getulio Vargas, para conhecer do Balanço e do Relatório das atividades do exercício de
1971, sobre eles se pronunciar, proceder à
eleição do Conselho Diretor e deliberar sobre proposta de revisão e emendas dos Estatutos.
Aberta a sessão, efetuou-se a leitura das conclusões dos pareceres dos Srs. Relatores do Conselho Diretor e do Conselho Curador e do Perito-Contador. Seguiu-se a aprovação
unânime do Relatório, da Prestação de Contas, dos pareceres dos Srs. Relatores e das decisões dos Conselhos Curador e Diretor.
Passou-se à eleição dos membros do Conselho Diretor, ao qual foram reconduzidos, por 169 sufrágios, os Srs. Alberto Sá Souza de Britto Pereira, Carlos Medeiros Silva, Eugênio Gudin, João Carlos Vital, Jorge Oscar de Mello Flôres, José Joaquim de Sá Freire Alvim e Rubens d'Almeida Horta Pôrto, imediatamente
empossados para novo mandato de quatro anos.
Em seguida, a Assembléia votou unanimemente pela conveniência da proposta de emendas aos Estatutos apresentada pelo Sr. Presidente, convocando para esse fim, de acordo com o Artigo 7.0, parágrafo único, dos mesmos
Estatutos, uma Assembléia-Geral
Extraordinária, para o mesmo dia, após o término da que se realizava.
Foi ainda aprovada a inclusão em ata de votos de pesar pelo desaparecimento dos ilustres brasileiros, membros da Assembléia, Dona Ana Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça, Dr. Adroaldo Junqueira Aires e Dr. Arauld da Silva Bretas.
Antes de dar por findos os trabalhos, ao verificar que nenhum dos presentes desejava fazer uso da palavra, o Sr. Presidente, após ressaltar algumas das realizações da Fundação, agradeceu as demonstrações de confiança recebidas dos Srs. Membros da Assembléia-Geral, e a colaboração dos Srs. Membros dos Conselhos Diretor e Curador e de todos os servidores da Casa. I nsistiu, porém, para que também indicassem, sempre que os notassem, eventuais falhas e erros nas atividades da Instituição, para que pudessem ser
corrigidos.
Uma hora após, ainda com a presença de 172 membros, reuniu-se em primeira convocação a quarta Assembléia-Geral Extraordinária, para deliberar sobre a proposta de emendas aos Estatutos submetida pelo Sr. Presidente, contendo alterações de datas e prazos pertinentes à apresentação dos relatórios e prestações de contas. Postas em discussão e votação, foram todas aprovadas por unanimidade, passando os artigos alterados a ter, nos trechos modificados, a redação seguinte:
"Art. 7.0: A Assembléia-Geral se reunirá, ordinariamente, no mês de abril, para: ... "
"Art. 12: O Conselho Curador reunir-se-á, com a presença da maioria dos seus membros:
a) ordinariamente, nos meses de abril e outubro; ... "
"Art. 14: Serão atribuições e deveres do Presidente, além dos que a Assembléia vier a fixar-lhe:
(
...
)V - apresentar ao Conselho Diretor, na primeira quinzena de agosto, em relação ao primeiro semestre,
" Art. 22: Serão atribuições e deveres do Diretor-Executivo:
(.
. .
)v -
enviar ao Presidente, até o dia 20 de março de cada ano, a prestação de contas e relatório circunstanciado das atividades do exercício anterior; . .. /I" Art. 31: A prestação anual de contas será feita ao Conselho Diretor até 31 de março e, além de outros, conterá os seguintes
elementos: .. . "
Aspecto ,da 27 .a ASiSembléia da FGV, realizada COm a finalidade de conhecer o Balanço Geral
2. CONSELHO CURADOR
o
Conselho Curador reuniu-se três vezes. A primeira em sessão extraordinária em 24 de fevereiro de 1972, quando foi designado o Conselheiro Henrique Domingos Ribeiro Barbosa para apresentar parecer sobre o Relatório e Prestação de Contas da Fundação referentes ao exercício de 1971.A vista do parecer do Relator, apresentado em reunião ordinária de 23 de março de 1972, o Conselho aprovou por unanimidade o
Relatório e Prestação de Contas, que foram submetidos à Assembléia-Geral com a sugestão de que o resultado do exercício de 1971, no montante de Cr$ 52201,53, fosse transferido para o Fundo Patrimonial.
Em 17 de outubro de 1972 o Conselho Curador reuniu-se em sessão ordinária para tratar de assuntos relativos ao terreno da FGV na rua Santa Luzia, uso do prédio do terreno do ISOP, Convênio do ISOP com o Estado-Maior das Forças Armadas, admissão de novos membros à Assembléia-Geral e a inserção em Ata de um voto de congratulações ao Dr.
Eugênio Gudin, pelo Prêmio Henning Albert Boilesen instituído pela Associgás.
O Conselho aprovou também a elaboração das biografias dos patronos de Bolsas já instituídas e das que vierem a ser.
3. CONSELHO DIRETOR
o
Conselho Diretor reuniu-se ordinariamente nos meses de janeiro, fevereiro, março, junho, agosto, outubro e dezembro.Dentre as matérias mais relevantes apreciadas e aprovadas pelo Conse l ho destaca-se a criação do CONCEP (Conselho de Coordenação do Ensino e Pesquisas), órgão consultivo e de assessoramento da Direção Superior da Fundação; a instituição do FUNDO IPÊS (Instituto de Pesquisas e Estudos Soc iais), destinado a financiar a concessão de prêmios a trabalhos inéditos sobre a Ecologia
Brasileira, sua Proteção e Recuperação, e seu regulamento.
O Conselho aprovou o novo Regimento do Instituto Brasileiro de Economia; o reg imento do IESAE (Instituto de Estudos Avançados em Educação) o Regulamento do Curso de Mestrado em Educação do mesmo Instituto, e o Regimento do ISEC.
Deliberou ainda sobre as modificações apresentadas ao Regimento da EAESP.
Del iberou também a respeito de propostas de revisão de salários, alterações de dotações orçamentárias, prestação de contas, projeto de ampliação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, utilização do Fundo Patrimonial e permuta de terrenos em São Paulo.
4.
DIREÇAO SUPERIOR DA FGV4 . 1 Presidência
Para se ter uma idéia da massa de trabalho realizada pela presidência da Fundação Getulio Vargas naquilo que pode ser expresso em t ermos quantitativos, registre-se que, em 1972, o Presidente expediu 135 portarias, presidiu a sete reuniões do Conselho Diretor, recebeu 62 visitantes, além de haver dirigido pessoalmente os trabalhos de ajustamento da proposta orçamentária para 1973.
Adema is da assistência e da orientação a todos os órgãos maiores da Fundação, e do trabalho que se reflete na massa de documentos recebidos, examinados e expedidos durante o ano, a atuação do Presidente desdobra-se em
audi~~ncias, entrevistas, reuniões, conferências e despachos com os dirigentes da Fundação e com autoridades e personalidades do País e do estrangeiro.
4.2 Direção Executiva
Como a denominação indica, a Direção Executiva é o centro de tomada de decisões normativas e administrativas. Através de Atos, o Diretor-Executivo estabelece normas de trabalho para disciplinar as atividades dos diferentes órgãos da Fundação. No ano de 1972, foram baixados pelo Diretor-Executivo 341 Atos, e expedidas 32 Circulares, 747 ofícios, 47 Comunicações Internas e 665 documentos outros, num total de 1832.
A Direção Executiva pratica todos os atos de gestão da Fundação Getulio Vargas: assina contratos, nomeia, dispensa e demite pessoas, autor iza despesas e exerce ação de
supervisão relativamente às atividades administrativas da Casa.
5 .
CONSELHO DE COORDENAÇÃO DEENSINO E PESQUISA - CONCEP
A Direção Superior da FGV, sobretudo o seu Presidente, há muito desejavam reunir os
Os objetivos do novo Conselho estão condensados na Portaria n.o 51, de 15 de agosto de 1972.
Em 24 de outubro de 1972 o Presidente da Casa aprovou o Plano de Organização da
Secretaria Executiva do CONCEP, precedido de uma Exposição de Motivos, sob o título de
Memorandum, e tendo como complemento o Plano de Custeio do CONCEP para o período de novembro e dezembro de 1972.
A Portaria n.o 51 foi alterada em alguns aspectos pela Portaria n.o 89, de 20 de novembro de 1972.
o
presidente da FGV assina a portaria n .o 51 , cri an doo Conselho d e Coor d enação de Ensino e Pesquisa - CONCEP
-órg ão consult i vo e de assessor amen t o da direção superior .
Uma das conseqüências da criação do CONCEP foi a suspensão das atividades do I BRA e a extinção do Depa rtamento de Ensino: o Diretor do IBRA passou a exercer a função de
Secretário-Geral do CONCEP, e a Diretora do DpE assumiu o cargo de Secretária-Executiva. De tais medidas resultou nova alteração
estrutural da FGV: o Colégio Nova Friburgo e a Escola Técnica de Comércio ganharam mais autonomia, subordinando-se diretamente à
Em 1972 houve três Sessões Ordinárias do CONCEP.
Na reunião inaugural do CONCEP o Presidente da Fundação pronunciou um discurso em que estão fixadas com clareza as diretrizes do novo órgão. Para fins
documentais reproduzimos a seguir alguns trechos desse discurso.
"É, portanto, um Conselho Técnico, que se adiciona aos Conselhos já existentes: o Conselho Diretor e o Conselho Curador - este último bastante peculiar, e que na época de sua criação representava iniciativa pioneira no Brasil."
" Este novo Conselh o será, a nosso ver, o mais importante, pois se destinará a orientar e avaliar as atividades-fins, ou seja, as próprias finalidades da Fundaçãoj enquanto os outros colegiados se voltam para a eficiência das atividades-meios, ocupando-se de problemas gerais de administração, de relações públicas, de relações políticas e dos assuntos financeiros e patrimoniais."
"O CONCEP será, assim, uma especle de órgão permanente de reforma , que irá orientando e acompanhando - dia a dia e passo a passo - as transformações
institucionais impostas pelo próprio processo de desenvolvimento da Fundação ou pelas conjunturas nacionais e mesmo internacionais que nos afetam."
" Pareceu-nos, assim, que a forma mais útil, mais objetiva e mais concreta para garantir a sobrevivência e a expansão de tal
empreendimento seria a de entregar os destinos científicos e técnicos da entidade a seus próprios responsáveis, a seus dirigentes, cabendo apenas à direção superior da Fundação e como é naturalmente de seu dever
-compatibilizar esses projetos e esses programas às possibilidades financeiras e a certos
condicionamentos de ordem política, cujas peculiaridades às vezes podem escapar a alguns dos membros do CONCEP por não estarem eles - como nós - em contato direto com entidades governamentais."
Finalizando, disse o Presidente:
"Agora acredito que este Conselho deverá ter decisiva influênc ia na vida desta entidade, influência profunda, não só na melhoria de seus mét odos de trabalho quanto também na melhor coordenação de seus esforços, e no mais amplo
e racional aproveitamento de seu pessoal , de sua infra-estrutura, de seus recursos materiais. Tudo isto, por certo, se há de refletir no renome da instituição, ajudando-nos a partir em busca de novas aventuras, trilhando os
caminhos que forem julgados convenientes para os interesses presentes e futuros do País ."
As principais atividades da Secretaria Executiva do CONCEP são as seguintes:
- levantamento da situação atual do ensino, da pesquisa, da assistência técnica e do plano de publicações da FGVj
- registro atualizado, mediante tabulações estatísticas, gráficos e cronogramas, da marcha dos programas de ensino, pesquisa, assistência técnica e publicações da FGV;
- análise dos problemas, providências e estudos de prospecção nas áreas de atividades acima mencionadas;
- fornecimento aos membros do CONCEP de dados e informes solicitados;
- planejamento, implantação e coordenação administrativos dos programas de
ensino e de treinamento de caráter interdepartamental, decorrentes de convênios de cooperação e assistência técnica;
- prestação de apoio complementar aos órgãos de ensino no planejamento e na
implantação de novos cursos, e acompanhamento dos processos de . autorização prévia e de credenciamento junto aos órgãos do Ministério da Educação e Cultura - MECj
- prestação de assistência técnica a professores, pesquisadores, especialistas e autores.
A fim de cumpri-Ias, a Secretaria Executiva dispõe de uma Secretaria Administrativa , e subdivide-se em seis áreas setoriais:
Legislação do Ensino e Coordenação Pedagógica das Escolas de 1.0 e 2.0 Graus; Currículos e
6 . DESCRiÇÃO GERAL DAS ATIVIDADES
Sob os auspícios do Ministério do Exército está programada para se realizar no Rio, de 24 de março a 2 de abril de 1973, a Exposição Brasil de Hoje, a qual entre outros objetivos tem o de comemorar o nono
aniversário da Revolução de Março de 1964. Atendendo a convite das autoridades
organizadoras, a Fundação Getulio Vargas deverá comparecer. Encontra-se em execução o estande respectivo. Aí serão exibidos painéis que expressam em sínteses estatísticas e epígrafes o que a instituição planejou e executou em 1972 e em anos imediatamente anteriores.
Esses painéis, uma espécie de relatório visual ultra-sintético, estão sendo confeccionados. Trata-se de dispositivos planejados para captar e deter por momentos a atenção movediça do público visitante. Surgiram de um grande esforço de supercondensação gráfica daquilo que a Fundação Getulio Vargas, com toda a sua instrumentalidade, seus especialistas, seus pesquisadores, seus administradores, conseguiu realizar nos últim os anos, especialmente em 1972. Uma reprodução dos painéis 1, 2 e 3 levará aos leitores a mesma mensagem a ser transmitida ao público sobre a missão e a metodologia de trabalho da Fundação.
PAINEL 1
Missão
• Servir
à
Pátria cada vez mais e melhorLogo
concorrer para o seu desenvolvi-mento econômico e social, tornan-do o processo administrativo mais eficiente, o trabalho mais agradável e produtivo, o trabalhador mais
apto e ajustado. I
I
~ _ _ _ _ I
11
PAINEL 2
--- ---l
Instrumento
• Ciências Sociais
Ramos prioritários
• Administração
•
•
•
PAINEL 3
~I ~
Economia
Educação
Psicologia
Metodologia operacional
•
Pesquisa•
Ensino•
Informação•
Cooperação técnica•
Relações culturaisComo se vê, ainda nesse caso, os estatutos da Fundação Getulio Vargas foram a fonte de idéias e o roteiro a que se recorreu para planejar o estande da Exposição.
7. PESQUISA
'-Que é um projeto de pesquisa?
Deve entender-se por projeto de pesquisa uma atividade deliberada, bem definida e bem planejada, que tenha por objetivo descobrir e/ ou coordenar e elaborar conhecimentos factuais, quantitativos e/ ou qualitativos, sobre este ou aquele fenômeno natural ou social. No caso da Fundação Getulio Vargas, todos os projetos de pesquisa se desenvolvem dentro do vasto campo emoldurado pela expressão Ciências Sociais.
Em todos os casos, os projetos de pesquisa têm por final idade estender, aprofundar, testar ou refinar conhecimentos. Um exemplo
bastará para abonar essa afirmativa. Imaginemos que se quisesse saber quantos estudantes universitários existem atualmente no Brasil em busca de formação profissional no campo da engenharia química.
No momento em que as atenções do Governo se voltam para a produção e distribuição, a
preços populares, de livros profissionais,
é evidente que uma informação fidedigna sobre o número de estudantes universitários
que atualmente cursam a referida matéria e são, por isso, usuários compulsórios
da literatura pertinente, seria mais do que oportuna, não só para os dirigentes do Ministério da Educação e Cultura, senão também
para os editores em geral.
Como obter a informação?
o
método racional é evidentemente a pesquisa . Um projeto de pesquisa bem planejado e bem executado identificaria e tornaria a informação disponível em pouco tempo. Ficar-se-ia então sabendo não só quantos estudantes de engenharia química há, mas também em que fase do curso se acham , em que escolas estão matriculados e, conseqüentemente, até o número de tais estudantes em cada estado, em cada universidade e em cadaescola seria conhecido.
Todos os projetos de pesquisa
Fundação Getulio Vargas têm por finalidade trazer respostas para dúvidas como
a que acabamos de figurar.
o
anexo 1 enumera os projetos de pesquisa iniciados, continuados ou concluídos em 1972 pelas entidades integrantes da instituição. Em conjunto, a Fundação ocupou-se com 140 projetos de pesquisa, o que representa um aumento de 17 sobre o ano de 1971.Foi d ito no relatório do ano passado, mas convém repetir, que os projetos de pesquisa refletem a variedade dos programas de trabalho que ocupam a Fundação Getulio Vargas,
varia ndo de grau de dificuldade, de volume de trabalho, de custos operacionais e de prazo de duração. Por isso, os projetos de pesquisa da
Fundação Getulio Vargas, como os de qualquer entidade simil iar, não se prestam a comparações fáceis.
Em muitos casos, são eles repetitivos ou periódicos e focalizam aspectos particulares como, por exemplo, as sondagens conjuntura is realizadas quatro vezes por ano pelo
Instituto Brasileiro de Economia. Em muitos outros, são projetos episódicos ou
complementares, empreendidos por força
de convênios firmados com entidades públicas e particulares. Todos os projetos de
pesquisa do Centro de Estudos e Treinamento em Recursos Humanos, por exemplo,
focalizam os recursos humanos do
Brasil e decorrem de convênios específicos.
Tal como aparece no anexo 1,
a relação de projetos de pesquisa descreve adequadamente a finalidade e o alcance de cada um. É evidente que, em virtude
da sua heterogeneidade, o aumento ou decréscimo, de ano para ano, do número de projetos não traduz necessariamente nem aumento nem diminuição de volume da atividade correspondente.
Apesar disso, o exame do aumento de projetos de pesquisa que se tem verificado na
Fundação a partir de 1970, ano em que pela primeira vez se levantaram as estatísticas pertinentes, revela isto: o número de projetos empreendidos é bastante expressivo, pouco importando que alguns não sejam de grande
envergadura.
8. ENSINO
Apesar da insuficiência financeira com que a Fundação Getulio Vargas tem lutado
nos últimos anos, sobretudo a partir de 1971, nem por isso deixou de aumentar o número de seus órgãos de ensino. Até 1970,
havia apenas os seis seguintes: Colégio Nova Friburgo,
Escola Técnica de Comércio,
Escola Brasileira de Administração Pública , Escola de Administração de Empresas de de São Paulo,
Em 1970, foi criado o
Instituto Superior de Estudos Contábeis (lSEC) , em 1971 foram criados os Cursos de
Administração de Empresas (CADEMP) e o Instituto de Estudos Avançados em Educação (lESAE). Assim , há em f uncionamento na Casa nove órgãos de ensino.
Esse crescim ento diversificado de unidades de ensino foi imposto, por assim dizer, à
Fundação Getul io Vargas pelas próprias exigências da educação brasileira. Seria ocioso lembrar que o rápido
desenvolvimento econômico que se verifica no Brasil demanda não somente a intensificação no sentido quantitativo senão também
a diversificação no sentido qualitativo do ensino ministrado às modernas gerações acadêmicas, cada dia mais necessárias para engrossar e apurar as fileiras
profissiona is do Pa ís.
Dos Institutos de ensino criados ultimamente cumpre destacar o
Instituto de Estudos Avançados em Educação
(I ESAE), que iniciou em 1972 o seu primeiro curso de mestrado.
A aula inaugural foi proferida pelo Prof. Raymundo Moniz de Aragão, ex-Ministro da Educação e ex-Reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no dia 21 de agosto. Estão fazendo o primeiro curso de mestrado do IESAE 54 alunos
procedentes de vários estados do Brasil.
A presença da Fundação Getul io Vargas no campo educacional do Brasil é atestada em primeiro lugar pela quantidade.
E aqui as séries estatísticas facilitam certas comparações. O número de alunos
matriculados em seus diversos cursos, que era de 5895 em 1968 passou para 7990 em 1969, para 7570 em 1970, para 9583 em 1971 e para 9403 em 1972. Vê-se, assim, que essa coletividade em 69 e 70 era quase de 8000 enquanto em 71 e 72 gira em torno de de 9500. Ora , não só no Brasil ,
como também em toda a
América Latina, poucas universidades terão um corpo discente de cerca de 10000 alunos.
Quando examinamos o número de cursos
realizados, aí também encontramos uma escalada expressiva: 95 em 68, pasando a 124 em 69, a 113 em 70, a 171 em 1971 e a 183
em 1972. Esse crescimento, como já foi observado em relatórios anteriores, indica a procura intensa de especializações e
ocupações profissionais novas e ainda
não incluídas nos cursos universitários existentes. Em virtude de tais circunstâncias , todas as instituições de ensino do
Brasi l hoje são diariamente solicitadas ou sentem elas próprias
a necesidade de ministrar cursos
pioneiros, cursos exploratórios, cursos de reciclagem, enfim cursos extracurriculares, cujos freqüentadores raramente estão à procura de cultura geral, sendo impelidos a vo ltar à escola ou a procurá-Ia pela pressão de demandas novas surgidas no
mercado de trabalho.
Dos 183 cursos ministrados pela
Fundação Getulio Vargas em 1972, apenas 13 são regulares, de formação ou de pós-graduação; os demais, em
número de 170, são cursos de extensão ou expa nsão cu Itura I. Alguns, tornados
necessários pela emergência de atividades no substrato econômico-social do País,
chegam a ser cursos de improvisação.
A partic ipação da FGV no esforço de revigorar e expandir as realizações educacionais do País não se expressa unicamente através de resultados quantitativos. Se, por um lado, a conjuntura econômico-cultural exige
a instituição e até a improvisação de cursos extracurriculares, para atender a situações novas ou apenas esboçadas no mercado de trabalho, a complexidade crescente do desenvolvimento brasileiro, por outro, reclama progresso qualitativo.
Dentro das limitações financeiras e técnicas que lhe circundam as atividades, a
Fundação Getulio Vargas vem diligenciando contribuir para a melhoria da qualidade do ensino ministrado em seus estabelecimentos, assim como para instituir cursos de
pós-graduação, enquanto se apetrecha para , em futuro próximo, instituir também cursos de doutoramento e até
cursos sabáticos para doutores.
As séries estatísticas constantes dos anexos 2-A e 2-B provam que a Fundação tem conseguido progresso em matéria de ensino pós-graduado: em 1968
ministrava apenas três cursos de pós-gradu ação e em 1972 ministrou cinco.
Quanto ao número de alunos matriculados os números são os seguintes:
528 em 68; 594 em 69; 682 em 70; 741 em 71 e 968 em 72. Similarmente, o número de
Na passagem de seu 25.0 aniversário, o ISOP inicia um encontro t écnico -científico de pSicólogos e
Como os cursos de pós-graduação em
psicologia e em educa ção in stitu ídos em 72, o primeiro no Instituto de Seleção e
Orientação Profissional (lSOP) e o segundo no Instituto de Estudos Avançados em Educa ção
(I ESAE), duram dois anos, segue-se que os contingentes de concluintes dos cursos de pós-graduação da
Fundação Getulio Vargas de 73 em diante serão acentuadamente maiores, porque estarão completando seus estudos alunos matriculados em 1972 e os que se
matricularem nos anos vindouros.
A experiência da
Fundação Getulio Vargas comprova que a procura de cursos de pós-graduação,
embora destinados a uma clientela menor, já é bastante significativa e apresenta
tendências para o crescimento vigoroso.
9 . INFORMAÇÃO
Os anexos 3-A e 3-B espelham com clareza as atividades de informação (no sentido amplo) desenvolvidas em 1972.
O anexo 3-A é uma relação minuciosa
- e tanto quanto poss ível completa - de todas as publicações (livros, folhetos, periódicos e seriados) editados de uma forma ou de outra pela Fundação.
O anexo 3-B é a expressão numérica desse levantamento exaustivo.
Ele mostra que dos diversos órgãos que compõem a Fundação se originaram publicações que totalizaram 98 livros, 226 folhetos, 93 periód icos e seriados e 105 separatas, perfazendo
um total geral de 522 t ítulos.
Quanto ao número de páginas editadas em 1972, registrou -se o total de 36091 , assim distribuído: 18980 páginas de livros, 4273 de folhetos, 10583 de periódicos e seriados, 2245 de separatas.
A tiragem das publicações, que é o indicador mais importante do grau de expansão de uma editora, mostra um progresso
altamente animador: em 1972 a FGV editou 1055465 exemplares de 522 publicações (contra 687320 em 1971), o que significa um aumento de quase 50% sobre o ano passado.
10. ASSISTÊNCIA TÉCNICA
Fiel a sua diretriz já tradicional de não oferecer assistência técnica a ninguém, mas
também de não recusar sua colaboração sempre que solicitada, em 1972 a
Fundação Getulio Vargas, pelos seus diversos órgãos, continuou levando seus conhecimentos e sua experiência a outros organismos, tanto federais e estaduais, como a entidades
particulares e governos estrangeiros.
No primeiro caso podemos citar os
trabalhos relativos à reforma administrativa do Governo federal e à reforma administrativa do Departamento Nacional de Estradas de Ferro.
No segundo caso estão a assistência ao
Departamento Estadual de Estradas de Rodage m e à Secretaria de Economia e Planejamento, ambos do Estado de São Paulo, e
também a assistência aos Estados de Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná e Guanabara.
No setor particular podemos citar a assistência à Companhia Nestlé,
à Volkswagen do Brasil e à
Companhia Docas de Santos.
.•
... ~ .. ,
E no caso de assistência a governo estrangeiro estão os trabalhos para o
Departamento Administrativo do Serviço Civil e a Escola de Administração Pública
de Bogotá, Colômbia.
São ao todo 38 projetos, que se desdobram em 127 subprojetos, dos quais 36 foram concluídos em 1972, estando os outros, como é natural , em fases diversas de desenvolvimento.
Essas informações serão encontradas no anexo 4.
11 .
RELAÇõES CULTURAISSeguindo a sistemática adotada no relatório do ano anterior, e que não deve ser
modificada enquanto não surgirem indicações válidas de necessidade de mudança, as atividades da Fundação no setor das relações culturais com outras instituições
, , '\11 '. fi " \
'.
"...
,<, ,,~,
...
,. "'~::'''''''''->' ~
.~ "",
~~ ( - O . N . . .
,~....
.
- - - -- - - --
-II t, P ,
11.1 Acordos e convênios
o
anexo 5 mostra especificamente os acordos e convênios assinados com outras entidadesem 1972. Neste ponto cabe uma observação
comparativa. Enquanto o número desses instrumentos passou de 38 em 1970 a 98 em
1971, em 1972 o total foi de 110.
Não foi um cresc imento vi goroso como o registrado entre 1970 e 1971, e talvez não conviesse mesmo desejar que fosse. O crescimento paulatino em atividades que costumam taxar talvez excessivamente os recursos humanos e materiais da Funda çã o parece preferível ao
crescimento por saltos. Nesse particula r a FGV deve se assemelhar mais a uma oficina do que a uma fábrica.
11.2 Congressos, conferências, seminários
O anexo 6 mostra detal hadamente, órgão por órgão, a participação da Fundação em
congressos, conferências, seminários e
reuniões assemelhadas durante o ano de 1972,
seja como promotora, seja como convidada.
Tratando-se de uma forma eficaz e relativamente pouco dispendiosa de intercâmbio
direto de experiência e informação, o aumento registrado nessas atividades de 1970 para
1972 deve ser encarada como um fato
enriquecedor.
Em números, a Fundação promoveu ou
tomou parte em 235 reuniões de intercâmbio cultural, contra 189 no ano anterior.
11 .3 Viagens
É natural que a expansão das atividades da Funda ção exija cada vez mais de seus dirigentes e funcionários, principalmente dos de nível técnico, freqüentes
deslocamentos para outros pontos do País e às vezes também para o exterior. O anexo 7 relaciona, órgão por órgão, todas as viagens feitas em 1972: 611 no Pa ís e 146 ao exterior.
Para fins de comparação, recorde -se que em
1971 foram feitas 285 viagens no País e
146 ao exte ri or.
11 . 4 Visitantes
Uma prova do prestígio internaciona l alcançado pela Fundação Getulio Vargas é o grande número de visitantes estra ngeiros que a procuram todos os anos, fato que naturalmente teria de se repetir em 1972.
O anexo 8 é uma lista de nomes de
vi sitantes de 1972, que incluem personalidades de vida públ ica e de vários outros setores de atividades de países como a França , os Estados Unidos, a Turquia, o Senegal , o Re ino Unido, a Romênia, o México, o Peru, o Uruguai, além de professores, cientistas, pesquisadores e
autoridades dos vários estados do Brasil.
12 . COOPERAÇÃO COM ORGANIZAÇÕES
INTERNACIONAIS
Desde 1951, quando lançou e ministrou, em cooperação com as Nações Unidas,
o primeiro curso intensivo de administração pública para uma clientela interamericana , a Funda çã o Getulio Vargas tem mantida elos de cooperação com várias organizações internac ionais. Sabe-se que a
Escola Brasileira de Administração Pública , tão importante na vida da Fundação pelo que representou e representa como modelo germinativo exemplar, surgiu
de um programa pioneiro de cooperação técnica e financeira entre as Nações Unidas e a
Fun dação. Cabe destacar aqui a circunstância de que, felizmente para o mundo, as
organizações internacionais desenvolveram e puseram em prática si stemas adequados de cooperação cultural. É de justiça reconhecer e divulgar que as organizações internacionais com que a Fundação Getulio Vargas colabora primam pela correção no cumprimento dos contratos, assim como pela seriedade e cordialidade nos entendimentos institucionais feitos por
correspondência ou através de entrevistas pessoa is.
De stacam-se, dentre elas, atualmente, a Unesco, o Banco Interamericano de Desenvo lvimento e a Organização dos Estados Am erica nos.
12.1 Unesco
As relações da Fundação Getulio Va rgas com a Unesco foram as que mais se ramificaram em 1972.
12 . l.1 Missão da Unesco no Brasil
Desde 1969 o escritório da Missão da Unesco no Brasil passou a funcionar na própria sede da Funda çã o Getulio Vargas. Essa vizinhança tornou mais fácil os
entendimentos entre os servidores da Missão e os da Fun da ção Getulio Vargas.
sua promoção, e, depois dele, o Or. Witold Zyss, que o substituiu em 14 de agosto de 1972, tiveram maiores facilidades para observar de perto a vida e o funcionamento da Fundação Getulio Vargas, inclusive como distribuidora das publicações da Unesco, e, a partir de outubro de 1972, como editora de O Correio.
12.1.2 Bônus da Unesco
o
bônus da Unesco é talvez a moeda internacional mais fecunda que existe.É a moeda de importar cultura e ciência . Facilitando às universidade, às escolas, aos professores, aos pesqu isadores e também aos e~ , tudantes a aquisição de livros,
publicações periódicas, materiais audiovisuais e equipamento técnico-científico em quase
todos os países-membros da Unesco, assim como viagens de estudo ao estrangeiro, essa moeda engenhosa desempenha ,
sem dúvida , o papel de
admirável agenciador de cultura.
Os três pontos de venda de bônus da Unesco existentes no Brasil estão instalados em prédios da
Fundação Getulio Vargas, um no Rio outro em São Paulo e outro em Brasília.
Os Bônus da Unesco são vendidos no Brasil por conta do IBECC através de uma
secretaria executiva, criada para esse fim.
Além de proporcionar base física aos postos de venda de bônus da Unesco a Fundação, diretamente, através de seus periódicos, e indiretamente, por meio de solicitações aos jornais do Brasil, tem feito divulgação sistemática da existência desse dispositivo de expansão cultural por excelência.
O produto das vendas dos bônus a partir de 1968 demostra o incremento havido no setor. Os algarismos abaixo
apresentados expressam o aumento verificado:
1968 - Cr$ 927 710,36 1969 - Cr$ 821 533,31 1970 - Cr$ 2456273,16 1971 - Cr$ 2 926 292,44 1972 - Cr$ 3972 593,40
12.1.3 O Correió da Unesco
No relatório correspondente ao ano de 1971 há um tópico sobre 'a circulação do
Le Courrier de I'Unésco no Brasil.
20
É com prazer que a
Fundação Getulio Vargas se encontra habilitada a incluir no presente
relatório informações sobre o advento do
O Correio, isto é, da edição brasileira da
versão portuguesa da referida revista. Em virtude de entendimentos triangulares constantes de convênios entre a Unesco, o Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura e a Fundação Getulio Vargas, assumiu esta a responsabilidade de editar
O Correio da Unesco.
Com o lançamento da edição brasileira, em outubro de 1972, a qual coincidiu com o lançamento da edição holandesa,
O Correio da Unesco passou a circular
em 14 idiomas: francês, inglês, espanhol, russo, alemão, árabe, japonês, italiano, hindi,
tâmil, hebraico, persa, holandês e português.
A versão portuguesa de O Correio da Unesco
veio propiciar ao mundo de fala
portuguesa, hoje composto de cerca de 140 milhões de pessoas, acesso aos
ensaios culturais e científicos que a revista divulga mensalmente. Trata-se de um acontecimento de grande repercussão na cultura do Brasil e Portugal e em todas as regiões em que há núcleos importantes de pessoas de fa la portuguesa .
O lançamento oficial de O Correio da Unesco
foi feito sucessivame nte no Rio de Janeiro e em São Paulo pela Fundação Getulio Vargas em atos públicos, para os quais convidou repre sentantes das elites culturais. O fato foi noticiado com detalhes no
Informativo de novembro e dezembro de 1972,
assim como figurou no noticiário da imprensa do País inteiro.
Nas versões em língua estrangeira,
O Correio da Unesco em 1971 contava com
1354 assinantes e uma venda avulsa de cerca de 400 exemplares no Brasil. Na versão portuguesa, o Correio surgiu com
12000 exemplares em outubro e, para a edição de março de 1973, a tiragem já se elevou a 20000, dos quais 4000 são distribuídos em Portugal.
A edição inaugural de O Correio da Unesco
foi lançada no Brasil com o seguinte editorial da Fundação Getulio Vargas:
" Com este número especial de 80 páginas
O Correio da Unesco passa a circular também
Edição brasileira de O Correio da Unesco: a cultura de toda a humanidade levada aos povos de língua portuguesa.
universal e a comunidade luso-brasileira , que hoje representa 2,5% da população do mundo.
Lançado em 1948, simultaneamente em inglês, francês e espanhol , O Correio da Unesco
vem , desde então, ampliando seu público de número para número. Em setembro de 1972,
através de 12 edições em outros tantos idiomas., já alcançava cerca de 3 milhões de leitores.
A partir de outubro de 1972, com o advento de duas novas edições, a portuguesa, feita no Brasil pela Fundação Getulio Vargas, e a holandesa, impressa na Bélgica,
O Correio da Unesco bate às portas dos povos
de mais três países: Brasil, Portugal e Holanda. As massas leitoras desses idiomas,
incluindo-se os núcleos espalhados por diferentes partes da Africa, da Asia e da América , são estimadas em 25 milhões para o português e 17 para o holandês.
Tornando-se leitura acessível a tantos habitantes de vários países, províncias e territórios localizados em quatro
continentes, é conjeturável que desta data em diante, O Correio da Unesco passará
a ser conhecido e eventualmente lido por centenas de milhares de novos leitores. No caso particular do Brasil , esperamos fazer que ele chegue, cada mês, a uma percentagem significativa e crescente da massa de
leitores brasileiros e portugueses.
Se parecer pequeno para um mensário de circulação mundial o número de leitores de
O Correio da Unesco, cumpre lembrar
que se trata de um público discriminado, que lê e discute para formar opinião imparcial sobre os temas da época.
Os grandes problemas que desafiam o mundo de hoje, notadamente o da poluição em suas diferentes formas, o da superpopulação em certas áreas, a ameaça de escassez de a I imento, o desassossego da juventude, a preservação e enriquecimento do patrimônio artístico e da herança cultural da humanidade, são focalizados nas páginas de
O Correio da Unesco pelos maiores
expoentes da filosofia, da ciência e da tecnologia contemporâneas.
O Correio da Unesco não reflete o ponto de
vista de um país, de um continente, ou de uma raça, mas divulga informações sobre os interesses da humanidade inteira. É, por isso, uma publicação ímpar no mundo.
Para mostrar aos leitores do Brasil e Portugal o que tem sido O Correio da Unesco
e dar idéia do que pretende ser, lançamos esta edição com número duplo de páginas, em verdade uma antologia de artigos publicados ao longo de 24 anos, que não perderam sua atualidade, como se pode ver pelas colaborações de Linus Pauling (duas vezes titular do Prêmio Nobel), de
Claude Lévi-Strauss, de Lorde Ritchie-Calder, de Arthur Clarke, entre tantos outros.
A Fundação Getulio Vargas sente-se orgulhosa de participar desta cruzada , que se ajusta admiravelmente a suas finalidades
estatutárias, explícitas desde a sua criação há 28 anos. Ao lado das nove publicações periódicas e das centenas de publicações avulsas da Fundação Getulio Vargas.
O Correio da Unesco será, também para os
os leitores de língua portuguesa , 'uma janela aberta sobre o mundo',
como diz a bela epígrafe que ele traz na capa e exprime um ideal em marcha para a realização".
12 . 1. 4 Distribuição das publicações da Unesco
Como se sabe, é principalmente através da palavra escrita que a Unesco cumpre a sua grande missão em favor da educação, da ciência e da cultura mundiais. Suas edições de
livros, revistas e folhetos sobre as dezenas de ramos de conhecimento em que se desdobram as ciências do espírito somam milhares de títulos.
A Fundação Getulio Vargas é a distribuidora , no território brasileiro, das publicações da Unesco. No desempenho dessa atribuição, vem ativando os esforços no sentido de tornar as pu blicações da Unesco acessíveis ao maior número possível de leitores brasileiros. Através de redistribuidores e de livrarias, principalmente das próprias, assim como através do Serviço de Reembolso Postal , a
Fundação Getulio Vargas tem conseguido aumentar, de ano para ano, o volume de vendas das publicações da Unesco.
Os algarismos segui ntes traduzem, em termos de dinhe iro, os aumentos obtidos a partir
de 1968:
1968 - Cr$ 10618,65
1969 - Cr$ 40157,10
1970 - Cr$ 85188,19
1971 - Cr$ 198927,11
12 .2 Organização dos Estados Americanos (OEA)
o
sistema de cooperação com aOrganização dos Estados Americanos tem no Centro Interamericano de Capacitação em Comercialização (CICOM) o seu agente principal. Encontra-se na seção dos relatórios das
entidades uma descrição detalhada do que o CICOM realizou em 1972. Todos os cursos e seminários ministrados pelo CICOM, assim como as bolsas de estudo concedidas por seu intermédio, tudo isso resulta do sistema de cooperação existente entre a Organização dos Estados Americanos e a Fundação Getulio Vargas.
12 .3 Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Similarmente, a Escola Interamericana de Administração Pública (EIAP) é, na
Fundação Getulio Vargas,
o agente de execução do esquema internacional de cooperação estabelecido com o BID.
A exemplo do CICOM, a EIAP recruta em todos os países latino-americanos, todos os anos, certo número de pessoas, geralmente servidores públicos, para atender a cursos e seminários sobre diferentes matérias, com ênfase na administração fiscal e aduaneira , :lO Rio de Janeiro e em outros pontos do
continente. O capítulo sobre a EIAP no relatório das entidades da Fundação contém informações minuciosas sobre os programas que o BID e a Fundação executam, a quatro mãos, em benefício do desenvolvimento da administração pública na América Latina.
Subsidiariamente, a Fundação e o BID executam outras atividades em regime de cooperação, como co-edição de livros em português. Além das obras
Dez anos de luta pela América Latina, Os mercados de capitais da América Latina e Os mercados de capitais do Brasil, editadas e postas em circulação em 1971, acham-se no prelo, em fase final de acabamento,
Transformação e desenvolvimento - a grande tarefa da América Latina e uma nova versão do Manual de treinamento do BID.
Graças aos bons efeitos produzidos pela cooperação BID / FGV, é desejável que a
ampliação dos programas existentes
juntamente com a adoção de programas novos venham dar maior alcance a esse trabalho conjunto.
23
13. REPERCUSSÃO NA IMPRENSA
Se não for a instituição cultural brasileira mais citada na imprensa do País, a
Fundação Getulio Vargas está por certo entre as mais citadas. Pela quantidade de recortes recebidos durante o ano de 1972, verifica-se que 12 vezes por dia, em cada dia do ano,
a FGV apareceu na imprensa diária , de norte
a sul do País.
Essa presença constante na imprensa mostra quanto a Fundação faz parte hoje do
contexto da vida nacional. Cerca de uma terça parte dos recortes se referem a atividades dos setores dedicados a assuntos econômicos, e os outros dois terços às
atividades educacionais e culturais da Fundação.
Mas não é apenas através do noticiário, dos comentários, das si mples referências jornalísticas que a imagem da Fundação é levada ao público. Também as publicações editadas pela Fundação estão cumprindo a sua parte entre o público estudioso e estudantil. Os 227470 exemplares dos 95 livros ed itados em 1972, e os 473200 exemplares de periódicos diversos, num total geral de quase três quartos de milhão de unidades de material de leitura e estudo, levam o nome e os ideais da Fundação a vários
milhões de brasileiros.
É suficiente para nos orgulhar, mas é pouco para nos satisfazer.
14 . DOIS FATOS MARCANTES
Dois fatos novos, referidos em outras seções deste relatório, destacam-se na vida da Fundação Getulio Vargas em 1972.
O primeiro foi a abertura, em agosto de 1972, do curso de mestrado em educação, tarefa principal do Instituto de Estudos Avançados em Educação (IESAE), criado em resposta à
demanda de pessoal de nível superior especializado em educação.
O segundo foi o lançamento, em outubro, da edição brasileira da versão portuguesa de O Correio da Unesco. Surgindo com uma tiragem de 12000 exemplares elevada para 15000 em dezembro, esse veículo de difusão cultural está fadado a aliciar grupos de leitores consideravelmente maiores no Brasil, em Portugal e em todas as áreas geográficas em que há núcleos populacionais de fala
Como se vê, ao assumir essas novas
responsabilidades, a Fundação Getulio Vargas enriqueceu a sua panóplia de instrumentos de ação cultural , assim como pôs a serviço do Brasil novos e militantes agentes de cultura geral e de especialização.
de especialização com
1047
alunos, dosquais apenas
586
conc luíram oscursos especializados.
Realizou , também, a ETC três cursos em regime
de convênio com
80
alunos matriculados e75
concl udentes.4. INSTITUTO BRASILEIRO
DE ADMINISTRAÇÃO (lBRA)
o
IBRA, criado em1951,
foi incorporado,em
1972,
ao " Conselho de Coordenação de Ensino e Pesquisa " (CONCEP), "cessando suas atividades e passando sua s atribuições para esse novo órgão colegiad o" .Entre outras atividades e em face , ainda , do Convênio FGV/ CAEEB / PLANFAI , o IBRA
iniciou, em
1972,
os seguintes cursos:" 111 Curso de Aperfeiçoamento em Administração".
" 11 Curso de Economia Especializada " . " 111 Curso de Economia Especializada ".
" I Curso de Eficiência Operativa de Empresas de Energia Elétrica ".
5 . CENTRO INTERAMERICANO DE
CAPACITAÇÃO EM COMERCIALIZAÇÃO (CICOM)
O CICOM prosseguiu na realização de seus Cursos, conferências, estudos e pesquisas, tendo recebido as contribuições do Ministério
das Rela ções Exteriores, no valor de Cr$
695000,00
e as do Ministério daFazenda no de Cr$
600000,00.
6 . ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAUL-O (EAESP)
A EAESP realizou cursos de " Graduação em Administração de Empresas", de " Graduação em Administração Púb lica " , de " Pós-Graduação em Administra ção de Empresas", " Intensivo de Administradores" e "I ntensivo de Direito Municipal ".
No curso de " Administra ção de Empresas" matricularam-se, após exame vestibular,
218
alunos e receberam diplomas228
bacharéis e no de " Admini stração Pública ",
dos
355
alunos matriculados, formaram-se35.
Foram realizados, ainda , pela EAESP, ou em suas in sta la ções, "Cu rso s Especiais", Seminários, Mesas-Redondas, Palestras e Conferências.
29
Quatro professores da EAESP obtiveram o grau de Doutor nos Estados Unidos da Am érica e um na Universidade de São Paulo.
Além da Revista de Administração de
Empresas foram publicados três livros:
Ensaios de Admin istração Mercadológica, A Localização da Indústria e Concentração
Econômica do Estado de São Paulo
e
Administração Me rcadológica - Princípios
e
Métodos.Dos órgãos de nossa instituição foi a " Escol a de Admini stra çã o de Empresas de São Paulo" que obteve a maior " Receita Operacional "
(Cr$
8812586,33),
superior emCr$
786 935,43
à " Contribui çã o da FGV".7 . ESCOLA BRASILEIRA DE
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (EBAP)
Informa o Relatóri o que "e m
1972
a EBAPdesenvolveu esforços no sentido de mudar as bas.es dos cursos de pós-graduação e de graduação" e que " cabe ainda ressaltar o esforço dispendido nos Programas de Ass istência Técni ca".
Nos dois períodos de
1972,
matricularam-se no" Curso de Gradua ção"
651
alunose graduaram-se
55.
Nos dois concursos vestibulares inscreveram-se
330
candidatos, dos quais foram selecionadose matriculados
80.
No segundo semestre de
1972
foi criado o" Grupo de Estágio Supervisionado" (GES) para " disciplinar e supervisionar todos os estágio de alunos da EBAP, garantindo o apoio da Escol a nos primeiros passos da profi ssiona I ização".
No " Curso de Mestrado" foram matriculados
42
alunos.O Relatório considera que " o trabalho mais relevante desenvolvido ao nível de
pós-graduação na EBAP diz respeito ao
Projeto de elaboração de um plano trienal para
o "Curso de Mest rado, compreendendo
1973/75".
A área da ciência e da tecnologia mereceu uma atenção muito especial da EBAP em suas atividades de pesquisa.
Parecer do Conselheiro-Relator do Conselho Diretor, Dr. Alberto Britto Pereira, sobre o Relatório e Prestação de Contas, referentes ao exercício de 1972
Como Relator do "Balancete das Contas" e da "Súmula de Atividades da Fundação Getulio Vargas no primeiro semestre de 1972", consideramos que a mesma "Súmula"
"apresentava dados satisfatórios" das realizações da Fundação nesse período.
Após a leitura do bem elaborado Relatório, agora relativo a todo o exercício de 1972, não é outra a nossa opinião, a não ser que, sob alguns aspectos, no segundo semestre do último ano, maiores foram as realizações da nossa Fundação, ultrapassando, em alguns casos, o previsto no "Plano de Trabalho".
o
Conselheiro Sá Freire Alvim, em seu parecer, como Relator do Plano de Trabalho para 1972, observa:"Note-se, entretanto, que ao confrontar, embora sumariamente, os diversos planos de trabalho, ora examinados, com os do exercício
anterior (1971), somos forçados a concluir que os diversos órgãos tendem a ampliar seus respectivos campos de ação, ora criando, ora reformulando atividades, numa vontade manifesta de, cada vez mais, elevar o conceito já inabalável desta entidade."
Essa ampliação, em alguns casos, essa
reformulação, em outros, estão satisfatoriamente reveladas no "Relatório" e na "Prestação de Contas", ora em exame.
No campo das "Pesquisas", "em conjunto com 140 projetos, o que representa um aumento de 17 sobre o ano de 1971",
considerando o Relatório "bastante expressivo" "o número de projetos empreendidos, pouco importando que alguns não sejam de grande envergadura".
Em 1972, a Fundação, "pelos seus diversos órgãos, continuou levando seus conhecimentos e sua experiência a outros organismos,
tanto federais e estaduais, como a entidades particulares e a governos estrangeiros".
São 38 projetos desdobrados em 127 subprojetos, dos quais, em 1972, 36 foram concluídos.
Os projetos relativos
à
reforma administrativa do Governo Federal, pela sua extensão e pelo que eles representam para que seja conseguida a ideal estrutura da administração pública brasileira, também são dos que mais se destacam.últimos anos, sobretudo a partir de 1971, nem por isso deixou de aumentar o número de seus órgãos de ensino",
Registra o Relatório que "a presença da FGV no campo educacional do Brasil é atestado em.,orifTleiro lugar pela quantidade" e que nos seus 183 cursos estiveram matriculados, em 1972, 9403 alunos, observando, ainda, que "não só no Brasil, como também em toda a América Latina, poucas universidades terão um corpo discente de cerca de 10000 alunos",
"Dos 183 cursos ministrados, 170 são cursos de extensão ou expansão cultural, assinalando o Relatório que, "alguns tornados necessários pela emergência de atividades no substrato econômico social do País, chegam a ser cursos de improvisação",
A Fundação tem, também, diligenciado para melhorar "a qualidade do ensino ministrado em seus estabelecimentos",
De um modo geral todas as unidades de finalidades específicas tiveram, em 1972, como revela o minucioso Relatório, um ano de excelentes realizações,
1. CENTRO DE ESTUDOS E TREINAMENTO EM RECURSOS HUMANOS (CETRHU)
o
"Projeto Principal" do CETRHU, de caráter permanente, "é um estudo específico da força de trabalho do país, seu crescimento através de decênios, sua dimensão atual edistribuição por setores de produção e outros, e segundo aspectos geográficos, etários e de nível de formação",
A implantação desse projeto, informa o Relatório, vem recebendo assistência técnica e financeira da USAID, do CONTAP e da Subsecretaria de Cooperação Econômica e Técnica Internacional do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, através de convênio.
Além de 17 estudos e pesquisas realizadas, em 1972, estavam, também, em andamento, ou em fase da conclusão, os seguintes projetos complementares:
"Mão-de-obra empregada na construção de edifícios na Guanabara",
"Treinamento de Brasileiros no Exterior", "Estudo de Viabilidade da Instalação de uma Escola Técnica para Indústria Petroquímica" , " Trabalho de Técnicos de Nível Médio na Indústria de Produtos Alimentares",
28
2. CURSOS DE ADMINISTRAÇAO DE EMPRESAS (CADEMP)
Trinta e oito foram os Cursos realizados pelo CADEMP, em 1972, com 1075 alunos matriculados, dos quais 971 concluíram os Cursos, A Receita desses Cursos atingiu a importância de Cr$ 908288,00 e a Despesa
realizada foi da ordem de Cr$ 686590,38,
registrando, também, o Relatório que "até 31 de março de 1972 o CADEMP já havia eliminado o prejuízo revelado em 1971, apresentando um lucro líquido de Cr$ 25491,91",
Setecentas e oitenta e quatro empresas estiveram representadas, em 1972, o que significa um
aumento de 624, sobre 1971, ano em que o CADEMP iniciou suas atividades,
3.
DEPARTAMENTO DE ENSINO (DpE)o
Departamento de Ensino, até sua extinção em 31 de outubro de 1972, teve sob sua responsabilidade o "Colégio Nova Friburgo" (CNF) e a "Escola Técnica de Comércio" (ETC).Com a extinção do Departamento de Ensino, o CNF e a ETC "passaram a ter a autonomia relativa de que gozam as demais escolas e institutos da FGV",
3. 1 Colégio Nova Friburgo (CNF)
Em 1972, o "Colégio Nova Friburgo" tornou-se uma "Escola Integrada", nos termos da
Lei n,O 5692, de 11-8-71, e, de acordo com
medida aprovada pelo Conselho de Coordenação de Ensino e Pesquisa (CONCEP), o CNF será transformado em "Colégio de Aplicação", acrescido de um "Instituto Superior de Educação" (ISEP),
Matricularam-se nos cursos fundamental e médio, do CNF, 385 alunos,
A partir de agosto de 1972 foi instituído no CNF o "sistema de reembolso a professores e funcionários das quantias dispendidas na aquisição de medicamentos para uso
próprio e dos familiares cadastrados na Seção de Pessoal", atingindo esse reembolso a importância de Cr$ 13 939,15.
3 .2 Escola Técnica de Comércio (ETC)