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Institucionalização de hábitos e rotinas da controladoria em empresas do estado de Santa Catarina.

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o&s - v. 1 5 - n . 4 6 - Ju l h o / Set em b r o - 2 0 0 8

C

T

I

NSTITUCIONALIZAÇÃO

DE

H

ÁBITOS

E

R

OTINAS

DA

C

ONTROLADORIA

EM

E

MPRESAS

DO

E

STADO

DE

S

ANTA

C

ATARINA

M a r in e s Lu cia Bo f f * I l se M a r i a Be u r e n * * R e i n a l d o Gu e r r e i r o * * *

R

ESUMO

om pr eender o int er - r elacionam ent o ent r e os indiv íduos, a or ganização e o am bient e on d e est ão in ser id os, assim com o su as n or m as e p r oced im en t os, seu s h áb it os e r o t i n a s, t êm si d o o b j et o d e d i v er so s est u d o s. Nesse co n t ex t o , o a r t i g o t em o obj et iv o de av er igu ar com o ocor r e o pr ocesso de in st it u cion alização de h ábit os e r ot inas da cont r olador ia em em pr esas de Sant a Cat ar ina. A Teor ia I nst it ucional consider a q u e o com p or t am en t o d o in d iv íd u o é m od elad o p or p ad r ões cr iad os e com p ar t ilh ad os ent r e os dem ais indiv íduos, por m eio da int er ação. Tais padr ões t endem a ser legit im ados pela or ganização, em for m a de nor m as e r egr as, por consider ar que são eficazes par a seu funcionam ent o. Com vist as no obj et ivo est abelecido, foi r ealizada um a pesquisa explor at ór ia, do t ipo est udo m ult icasos, com abor dagem qualit at iv a. Os r esult ados da pesquisa ident ifi-car am o indiv íduo com o o pr incipal per sonagem na inst it ucionalização de hábit os e r ot inas do gr upo de indiv íduos que com põe a cont r olador ia nas em pr esas analisadas. Conclui- se que a inst it ucionalização de hábit os e r ot inas da cont r olador ia nas em pr esas pesquisadas de Sant a Cat ar ina ocor r e pela int er ação do indiv íduo- gr upo e do gr upo- indiv íduo m ut ua-m ent e, vist o que cada indivíduo apresent a seus própr ios hábit os e r ot inas inst it ucionalizados, os quais influenciam e sofr em influências dos dem ais indiv íduos do m esm o gr upo social.

A

BSTRACT

o u n der st an d t h e in t er - r elat ion sh ip bet w een in div idu als, t h e or gan izat ion an d t h e env ir onm ent in w hich t hey ex ist , w it h t heir nor m s and pr ocedur es, t heir habit s and r out ines, has been t he obj ect ive of diver se st udies. Fr om t his cont ext , t he obj ect ive of t his art icle is t o check on t he process of how habit s and rout ines of cont rollership becom e inst it ut ionalized in com panies in t he st at e of Sant a Cat ar ina. I nst it ut ional Theor y consider s t hat t he behav ior of an indiv idual is m odeled by st andar ds cr eat ed and shar ed bet w een t he ot her individuals, by w ay of int er act ion. Such st andar ds ar e legit im ized by t he organizat ion in t he form of norm s and rules, by being considered efficient for it s funct ioning. Wit h est ablished obj ect iv e in v iew , ex plor at or y r esear ch w as conduct ed of t he m ult i- case st udy t ype w it h a qualit at ive appr oach. The r esear ch result s ident ified t he individual as t he m ain com ponent in t he inst it ut ionalizat ion of habit s and r out ines of t he gr oup of individuals r espon sible f or t h e con t r oller sh ip in t h e an aly zed com pan ies. I t w as con clu ded t h at t h e inst it ut ionalizat ion of habit s and r out ines of cont r oller ship in r esear ched com panies in San-t a CaSan-t ar ina occur s San-t hr ough San-t he inSan-t er acSan-t ion of San-t he indiv idual w iSan-t h San-t he gr oup and San-t he gr oup w it h t he individual m ut ually, rem em bering t hat each individual show s his ow n inst it ut ionalized habit s and r out ines, w hich bot h hav e influence on and ar e influenced by t he sam e social g r ou p .

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P

Introdução

essoas que de algum a for m a possuem ligação com a cont r olador ia, com u-m ent e, a per cebeu-m cou-m o uu-m depar t au-m ent o que desenv olv e suas at iv ida-des diár ias de m aneir a r ot inizada e habit ual, vist o que seus r elat ór ios ger en-ciais são padr onizados de acor do com as necessidades de seus usuár ios. Est es pr é- det er m inam quais infor m ações são necessár ias e út eis no desenv olv i-m ent o de seu t r abalho.

Em face do cum pr im ent o das funções da cont r olador ia par a o at endim ent o de seus usuár ios, de fat o, est a inst it ui hábit os e r ot inas em seu am bient e par a a e x e cu çã o d a s a t i v i d a d e s. Po r é m , t a i s h á b i t o s e r o t i n a s t a n t o p o d e m se r inst it ucionalizados de for m a nor m at iv a, im post a por aqueles que det êm o poder na or ganização, com o podem ser inst it ucionalizados de for m a im per cept ível ent r e os indivíduos que dela fazem par t e.

A Teor ia I nst it ucional considera que o com por t am ent o do indivíduo é m ode-lado por padr ões cr iados e com par t ilhados ent r e os dem ais indiv íduos, por m eio da int eração do indivíduo- gr upo e do gr upo- indivíduo. Tais padr ões t endem a ser legit im ados pela or ganização, em for m a de nor m as e r egr as, por consider ar que são eficazes par a seu funcionam ent o.

Nesse con t ex t o, a Teor ia I n st it u cion al p od e con t r ib u ir p ar a en t en d er a in st it u cion alização ou n ão de det er m in ados h ábit os e r ot in as da con t r olador ia, lev ando em consider ação a cult ur a dos indiv íduos que dela fazem par t e, assim com o a cult ur a da or ganização. Diant e do expost o, busca- se r esponder a seguin-t e quesseguin-t ão- pr oblem a: Com o ocor r e o pr ocesso de insseguin-t iseguin-t ucionalização dos hábiseguin-t os e r ot inas da cont r olador ia em em pr esas de Sant a Cat ar ina?

Tal quest ão const it ui o obj et ivo geral dest e ar t igo Para at ender ao obj et ivo ger al, for m ular am - se os seguint es obj et iv os específicos: a) ident ificar hábit os e r ot inas e sua inst it ucionalização na cont r olador ia; b) ver ificar a concepção sobr e o indiv íduo r esponsáv el pela cont r olador ia; e, c) analisar o ent endim ent o dos as-pect os iner ent es à cont r olador ia pelos seus r esponsáv eis.

Est e est udo j ust ifica- se pela im por t ância do ent endim ent o de com o ocor r e o pr ocesso de inst it ucionalização de det er m inados hábit os e r ot inas na cont r olador ia, com vist as à int er ação do indivíduo- gr upo e do gr upo- indivíduo. A int er ação r esul-t a em influências com por esul-t am enesul-t ais enesul-t r e am bos que, por sua vez, podem influen-ciar na inst it ucionalização de hábit os e r ot inas do depar t am ent o de cont r olador ia das em pr esas.

O ar t igo est á or ganizado em oit o seções, iniciando por est a int r odução. Em seguida, faz- se um a r ev isão da lit er at ur a, apr esent ando os pr incipais elem ent os da Teor ia I nst it ucional, o pr ocesso de inst it ucionalização de hábit os e r ot inas, as im plicações da cu lt u r a or gan izacion al e as at r ibu ições da con t r olador ia. Na sqüência, discor r se sobr e o m ét odo e os pr ocedim ent os da pesquisa. Após, apr e-sent am - se os r esult ados da pesquisa e as conclusões sobr e com o ocor r e o pr o-cesso de inst it ucionalização dos hábit os e r ot inas da cont r olador ia.

Teoria Institucional

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Machado- da- Silva, Fonseca e Crubellat e ( 2005, p. 10) advert em que a em er-gência e o desenvolvim ent o da Teoria I nst it ucional nas ciências sociais, not adam ent e na sociologia, na ciência polít ica e na econom ia, rem ot am ao século dezenove. Por-t anPor-t o, essa abordagem se inicia m uiPor-t o anPor-t es das cosPor-t um eiras referências às obras de Philip Selznick publicadas nas décadas de 40 e 50 do século v int e. Por ém , a proliferação de discussões acadêm icas e de pesquisas sobre a Teoria I nst it ucional é fenôm eno relat ivam ent e recent e, especialm ent e nas últ im as décadas.

A par t ir da publicação do clássico ar t igo de Meyer e Row an, em 1977, pr oli-f er ar am an álises or g an izacion ais b asead as em u m a p er sp ect iv a in st it u cion al ( TOLBERT; ZUCKER, 1999) . Trabalhos com vist as na Teor ia I nst it ucional t êm invt igado v asinvt a gam a de fenôm enos, desde a ex pansão de políinvt icas de pessoal es-pecífica à r edefinição da m issão or ganizacional e suas est r ut ur as, at é a for m ula-ção de polít icas nacionais e int er nacionais por or ganizações gover nam ent ais. Tolber t e Zucker ( 1999, p. 196) salient am que, Meyer e Row an, inicialm ent e conceit uar am est r ut ur a inst it ucional com o aquela consider ada, pelos m em br os de um gr upo so-cial, com o eficaz e necessár ia, ser vindo com o im por t ant e for ça causal de padr ões est áveis de com por t am ent o. Post er ior m ent e, Meyer e Row an definir am que a es-t r ues-t ur a inses-t ies-t ucional eses-t á suj eies-t a à desvinculação da ação. Ou sej a, adm ies-t iam exis-t ir padr ões insexis-t áv eis de com por exis-t am enexis-t o.

Os p ar t id ár ios d a ab or d ag em in st it u cion al con sid er am q u e o com p or t am en t o indiv idual é m odelado por padr ões cr iados e com par t ilhados pela int er ação, m as incor por ados na for m a de nor m as e r egr as obj et iv as, cr ist alizadas na sociedade com o con cep ções leg it im ad as sob r e a m an eir a m ais ef icaz d e f u n cion am en t o das or gan izações ( FONSECA; MACHADO- DA- SI LVA, 2 0 0 2 , p. 9 8 ) .

Do expost o, à luz da Teor ia I nst it ucional, ent ende- se que há um a r ecipr oci-dade m út ua do com por t am ent o ent r e os indivíduos por m eio da int er ação da con-vivência, car act er izando- se em nor m as e r egr as de com por t am ent o. Por ém , t ais nor m as e r egr as de com por t am ent o pr ecisam est ar de acor do com o funcionam en-t o consider ado eficaz por deen-t er m inada or ganização. Nesse senen-t ido, a conen-t r olador ia, t ida com o um depar t am ent o da or ganização, é com post a por indivíduos com det er m inados com por det am endet os que, de m aneir a ger al, passam a fazer par det e do com -por t am ent o da cont r olador ia.

O int er esse pela Teor ia I nst it ucional nas ciências sociais t em aum ent ado, e t r ês enfoques dessa t eor ia podem ser obser vados, t am bém , na lit er at ur a cont ábil, m esm o que não sej a t em a r ecor r ent e: a) nova sociologia inst it ucional ( NI S - New I nst it ut ional Sociology) ; b) Nov a Econom ia I nst it ucional ( NI E - New I nst it ut ional Econom ics) ; e, c) velha econom ia inst it ucional ( OI E – Old I nst it ut ional Econom ics) ( GUERREI RO et al., 2005, p. 97) . Confor m e os aut or es, “ em bora essas t eor ias t nham difer ent es or igens e r aízes filosóficas diver sas, elas com par t ilham um int e-r esse com um pelos t em as inst it uição e m udança inst it ucional” .

A seguir, descr evem - se, br evem ent e, os t r ês enfoques da Teor ia I nst it ucional, de acor do com Guer r eir o et al.( 2005, p. 97- 99) :

a) NI S ( New I nst it ut ional Sociology) , nova sociologia inst it ucional - enfoca as or ganizações configur adas dent r o de um a gr ande r ede de r elacionam ent os int er -or ganizacionais e sist em as cult ur ais. As cr enças, n-or m as e t r adições do am bi-ent e inst it ucional influenciam o r elacionam bi-ent o das or ganizações. O am bibi-ent e inst it ucional é car act er izado pela elabor ação de r egr as, pr át icas, sím bolos, cr en-ças e r equer im ent os nor m at ivos aos quais indivíduos e or ganizações pr ecisam se confor m ar par a r eceber apoio e legit im idade;

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envolvidos por um pr opósit o com um de alcançar seus obj et ivos por m eio das t r ansações com o m er cado;

c) OI E ( Old I nst it ut ional Econom ics) , velha econom ia inst it ucional - foca a inst it ui-ção com o o pr incipal obj et o de análise e não m ais o com por t am ent o r acional e m ax im izador dos indiv íduos t om ador es de decisões. Bur ns e Scapens ( 2000, p. 6 apud GUERREI RO et al., 2005, p. 99) cit am que “ a inst it uição diz r espeit o a um a for m a de coer ência social im post a sobr e um a at ividade hum ana, por m eio da pr odução e r epr odução de hábit os est abelecidos de pensam ent o e ação”. Confor m e Guer r eir o et al. ( 2005, p. 99) , “ as inst it uições desenvolvem - se pelo pr ocesso de r ot inização da at ividade hum ana. Dessa for m a, as idéias de hábi-t os e inshábi-t ihábi-t uições eshábi-t ão conechábi-t adas com o conceihábi-t o de r ohábi-t inas”.

Machado- da- Silva e Gonçalves ( 1999, p. 220) cit am que a t eor ia inst it ucional é r esult ado da conv er gência t eór ica or iginada, pr incipalm ent e, da sociologia, da ciência polít ica e da econom ia, “ que busca incor por ar em suas pr oposições a idéia de inst it uições e de padr ões de com por t am ent o, de nor m as e de valor es, de cr enças e de pr essupost os, nos quais se encont r am im er sos indivíduos, gr upos e or -g an izações”.

Por t ant o, a Teor ia I nst it ucional est á cent rada no est udo do int er - r elaciona-m ent o ent r e o indivíduo, a or ganização e o aelaciona-m bient e. Fonseca e Machado- da- Silva ( 2002) m encionam que, na abor dagem inst it ucional, o indivíduo se com por t a com o at or social ao for m ular ações est r at égicas com base nos significados at r ibuídos às r egr as de f u n cion am en t o das or gan izações, r egr as est as in st it u cion alizadas n a sociedade. A or ganização, por sua vez, é r econhecida com o ar ena social ou com -ponent e do sist em a de r elações de um cam po específico, for m ado por at ividades padr onizadas e ar t iculadas, que expr essam nor m as e r egr as sociais. O am bient e, independent e de sua localização geogr áfica no cam po ex t er no, r epr esent a o se-t or social, com posse-t o por or ganizações que fabr icam e ofer ecem pr oduse-t os e ser vi-ços sim ilar es.

O Qu adr o 1 apr esen t a u m a sín t ese da abor dagem in st it u cion al em r elação ao indivíduo, a or ganização e ao am bient e.

Qu a dr o 1 – Com pon e n t e s da Abor da ge m I n st it u cion a l

Fon t e: ad ap t ad o d e Fon seca e Mach ad o- d a- Silv a ( 2 0 0 2 , p . 9 9 - 1 0 4 ) .

Segundo Machado- da- Silva, Fonseca e Crubellat e ( 2005, p. 30) , a m era inclu-são da cat egoria do poder com o elem ent o de análise predom inant e do processo de inst it ucionalização não se consubst ancia em um a abordagem que cont em pla a m u-dança inst it ucional em t oda a sua plenit ude. Os aut ores dest acam que, “ além de se concent rar em est rut uras e ações, é necessário ident ificar o significado at ribuído a elas pelos at ores sociais e o papel deles no processo desencadeador da m udança”. Ent endem que, “ quando se considera o aspect o int erpret at ivo, com preende- se ent ão que, j unt am ent e com a dom inação, a legit im idade const it ui o poder ”.

I n d iv ídu o Or ga n iz a çã o Am b ie n t e

At or social

• ser social;

• for m ulação de est r at égias confor m e significados at ribuídos às r egr as de

funcionam ent o or ganizacional, inst it ucionalizadas na sociedade.

Ar ena social

• com ponent e do sist em a de r elações de um cam po específico;

• at ividades padr onizadas e conect adas;

• nor m as e r egr as sociais.

Set or social

• cam po ext er no;

• or ganizações que ofer ecem pr odut os e ser viços sem elhant es;

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A or ganização obt ém legit im idade ao dem onst r ar que at ua de acor do com os valor es, cr enças e r egr as est abelecidas no am bient e da sociedade. Daft ( 1999, p. 347) dest aca que “ a legit im idade é definida com o a per spect iva de que as ações de um a or ganização são desej áveis, cor r et as e apr opr iadas dent r o do sist em a de nor m as, valor es e cr enças do am bient e”. Dias Filho e Machado ( 2004, p. 32) cit am que “ a Teor ia I nst it ucional enfat iza que, se as or ganizações quer em r eceber su-por t e e ser per cebidas com o legít im as, devem se ar t icular em t or no de r egr as e cr en ças in st it u cion alizadas”.

No cot idiano das or ganizações, est as pr ocur am est abelecer suas at i-vidades de acor do com padr ões consider ados com o r efer ência e consolidados ent r e as dem ais or ganizações. Tal at it ude é or iunda da necessidade de aceit ação pelo am b ien t e on d e est ão in ser id as. Por ém , em ou t r as sit u ações, as or g an izações podem desej ar pelo não seguim ent o de t ais padr ões j á legit im ados, colocando em r isco sua pr ópr ia cont inuidade ( FONSECA; MACHADO- DA- SI LVA, 2002) .

Assim com o ex ist em in div ídu os qu e obser v am seu am bien t e de f or -m a r acion al, qu est ion áv el, ex ist e-m t a-m bé-m in div ídu os qu e aceit a-m de -m an eir a in qu est ion áv el as n or m as e r egr as in st it u ídas, t an t o n as or gan izações com o n a sociedade. Tolber t e Z u cker ( 1 9 9 9 ) salien t am qu e, ao con t r ár io do m odelo r aci-on al, o m odelo in st it u ciaci-on al baseia- se n a pr em issa de qu e os in div ídu os acei-t am e segu em as n or m as sociais in sacei-t iacei-t u ídas sem qu aisqu er r ef lex ões, ou m es-m o r esist ên cia coes-m por t aes-m en t al, pr eocu pan do- se soes-m en t e coes-m a def esa de seu s i n t e r e sse s.

Segundo Dias Filho e Machado ( 2004, p. 33) , “ nem sem pr e as or gani-zações adot am est e ou aquele pr ocedim ent o por consider á- lo o m ais r acional em dada cir cunst ância. Ao cont r ár io, suas escolhas podem ser guiadas por um a con-cepção inst it ucionalizada do que é vist o com o o m elhor, o m ais adequado, o racio-nal, o j ust o, et c”. A par t ir desse cont ext o, e fazendo um a r elação com a cont r olador ia, denot se que est a, t am bém , pode adot ar det er m inados pr ocedim ent os de m a-neir a r acional ou, ent ão, adot á- los de acor do com a per cepção j á inst it uída no am bient e, com o sendo os m elhor es, os ideais, os adequados.

Processo de Institucionalização

D e a c o r d o c o m Ga l l i a n o ( 1 9 8 1 , p . 2 9 2 ) , “ e m s o c i o l o g i a , o t e r m o ‘inst it ucionalização’ r efer e- se t ant o ao pr ocesso pelo qual um a nor m a, ou conj un-t o de nor m as, é aceiun-t a por um gr upo social e incalcada na per sonalidade de seus m em br os com o ao r esult ado final desse pr ocesso”. Mot t a ( 2003, p. 46) cit a que “ o pr ocesso de inst it ucionalização consider a as int er ações dos indiv íduos e as r ela-ções de poder das quais eles par t icipam ”.

Po r t a n t o , p a d r õ e s n o r m a t i v o s , a c e i t o s e o b r i g a t ó r i o s n o a m b i e n t e or ganizacional, se car act er izam com o pr ocessos inst it ucionalizados, por ém , o dei-xam de ser quando os indivíduos do gr upo não cor r espondem ao padr ão int it ulado e est ipulado pela or ganização. Nesse sent ido, Galliano ( 1981, p. 292) m enciona que “ essa ut ilização do t er m o inst it uição só é indev ida se nos esquecer m os de que o com por t am ent o efet iv o dos indiv íduos com ponent es desses gr upos não é n ecessar iam en t e cor r espon den t e ao est ipu lado pelo padr ão”.

Par a Guer r eir o et al. ( 2005, p. 99- 100) , um a inst it uição apr esent a algum as car act er íst icas específicas:

a) car át er colet iv o - as inst it uições são est r ut ur adas por m eio de r ot inas defini-das por pen sam en t os e h ábit os f or m alizados e aceit os por pessoas de u m det er m inado gr upo social;

b) car át er de dar significado ao com por t am ent o or ganizacional - as inst it uições per m it em aos indiv íduos e gr upos dent r o da or ganização, dar significado às suas at iv idades do dia- a- dia;

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d) car át er nor m at iv o - as inst it uições ger alm ent e espelham r egr as est abelecidas par a a or ganização, por ém , isso nem sem pr e ocor r e. Exist em r egr as que não são aceit as pelo gr upo social;

e) car át er de não quest ionam ent o - os m em br os do gr upo aceit am a inst it uição de for m a inquest ionáv el;

f ) car át er r epet it ivo - a inst it uição im plica um hábit o, r ot ina e, por t ant o, em r epe-t ição de ações;

g) car át er de est abilidade - o per íodo de t em po em que per dur am as inst it uições é bast ant e v ar iáv el. Ex ist em inst it uições que possuem um a v ida cur t a e ou-t r as, um a vida m ais longa. Por ém , ou-t odas ou-t êm cer ou-t o per íodo de ou-t em po em que são pr ev alecent es e, dur ant e esse per íodo de t em po, ex ist e est abilidade; h) car át er de or ient ar ações - quant o m ais am pla e pr ofundam ent e um a inst it

ui-ção é aceit a, m ais pr ovável a sua influência no sent ido de dir ecionar ações e r esist ir a m udanças.

Assim , um hábit o, confor m e Guer r eir o et al. ( 2005) , par a se car act er izar com o inst it uído, r equer que se apr esent e colet ivam ent e com significado e finalidade par a o gr upo, com r egr as est abelecidas e aceit as de for m a inquest ionável, m esm o que em algum as sit uações não apr esent e consenso. Tam bém r equer que sej a r epr o-duzido em gr upo, m ant endo- se de for m a est áv el por um per íodo de t em po, po-dendo ser por um cur t o ou longo per íodo, e t er capacidade de or ient ação às ações a ser em t om adas.

Passalon go, I ch ik aw a e Reis ( 2 0 0 4 , p. 2 3 ) r essalt am qu e, “ par a a t ot al inst it ucionalização, são necessár ios os seguint es efeit os conj unt os: a) baix a r e-sist ência da oposição; b) efet iv a pr om oção e apoio cult ur al dos defensor es; e c) cor r elação posit iva devidam ent e com pr ovada ent r e est r ut ur a m odificada pelo pr o-cesso inst it ucional e r esult ados obt idos”. Ou sej a, para que um a nor m a, r egra ou m esm o um hábit o sej a inst it ucionalizado, pr ecisa ser aceit o pela gr ande m aior ia dos indiv íduos, m esm o que est es não concor dem t ot alm ent e com t al inst it uição. Além disso, t ais inst it uições pr ecisam ser valor izadas pelos seus defensor es, pr in-cipalm ent e pela com pr ov ação dos r esult ados obt idos.

O pr ocesso de inst it ucionalização de um a pr át ica, com o, por exem plo, a adoção cont inuada de det er m inado pr ocedim ent o pela cont r olador ia, é const it uído de et a-pas seqüenciais, confor m e definidas por Tolber t e Zucker ( 1999, p. 206) :

a) habit ualização - é o pr ocesso pelo qual alguns est ím ulos for m am um a base em pír ica, t or nando- se habit uais em vir t ude de apr esent ar m enos desgast e de r ecur sos. Nesse m om ent o, a nor m a pode adquir ir significados pr ópr ios e, con-seq ü en t em en t e, im p essoalid ad e;

b) obj et ificação - é o m om ent o em que a nor m a passa a ser gener alizada pelo seu significado int r ínseco à est r ut ur a nor m at iv a, difundindo- a ent r e t odos os m em br os da or ganização;

c) sedim ent ação - m om ent o em que a nor m a est á t ot alm ent e sedim ent ada e, con seqü en t em en t e, in st it u cion alizada n a or gan ização.

Dias Filho e Machado ( 2004, p. 35) explicam que a et apa de habit ualização “ r efer e- se ao desenv olv im ent o de com por t am ent os padr onizados par a a solução de pr oblem as e à associação de t ais com por t am ent os a est ím ulos par t icular es”. Salient am , ainda, que, nesse est ágio a pr át ica é denom inada pr é- inst it ucionalizada. A fase da obj et ificação é fr ut o de ev idências colhidas j unt o a um a v ar iedade de font es, com o not iciár ios, obser vação dir et a, visando avaliar os benefícios associa-dos à adoção de u m a n ov a r egr a ou pr ocedim en t o. Os ef eit os obser v aassocia-dos em out r as or ganizações podem influenciar a pr óx im a decisão de adoção. Por fim , a fase de sedim ent ação é a últ im a et apa do pr ocesso de inst it ucionalização de um a pr át ica, nor m a ou qualquer out r o elem ent o de uso or ganizacional.

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cr enças pr ofundam ent e inst aladas na cult ur a do gr upo social e aceit as de m aneir a aut om át ica, de for m a que as pessoas nem cogit am indagar sobr e elas. Pr át icas cont ábeis e r ot inas em er gent es podem ser car act er izadas com o inst it ucionalizadas quando se t or nam am plam ent e aceit as na or ganização e são vist as com o for m as inquest ionáveis de cont r ole ger encial. Dessa for m a, a cont abilidade ger encial com o um a inst it uição cor r esponde a um conj unt o de r ot inas inst it ucionalizadas e acei-t as na or ganização, e acei-t anacei-t o im pacacei-t a ouacei-t r as insacei-t iacei-t uições no âm biacei-t o da or ganização quant o é m oldada por elas.

Bur ns e Scapens ( 2000) apr esent am um a est r ut ur a conceit ual par a explicar o pr ocesso de inst it ucionalização. A dinâm ica do m odelo dem onst r a a ligação en-t r e o cam p o in sen-t ien-t u cion al e o cam p o d a ação p or m eio d os p r ocessos d e: a) codificação; b) incor por ação; c) r epr odução; e, d) inst it ucionalização. Num pr im eir o m om ent o, o cam po inst it ucional codifica pr incípios inst it ucionais em r egr as e r ot i-nas e, na seqüência, os at or es, com base em suas ações e int er ações no cam po da ação, incor por am as r egr as e r ot inas que codificam os pr incípios inst it ucionais. O com por t am ent o r epet it ivo dos at or es pr ovoca a r epr odução de r egr as e r ot inas e, finalm ent e, essas r ot inas e r egr as se t or nam inst it ucionalizadas, const it uindo nov os elem ent os do cam po inst it ucional.

Depr eende- se do expost o, que, par a um a est r ut ur a nor m at iva ser conside-r ada t ot alm ent e inst it uída, não bast a a im posição ou adoção de um conj unt o de nor m as. É pr eciso que elas sej am pr at icadas pelo gr upo, t or nando- se habit uais pela ex per iência e não pelo est udo. Tam bém pr ecisam se t or nar com uns ent r e t odos, par a só, ent ão, se t or nar em t ot alm ent e inst it ucionalizadas.

Hábitos e Rotinas

I nst it uições e hábit os, de acor do com Guer r eir o, Fr ezat t i e Casado ( 2004) , est ão conect ados pelo conceit o de r ot ina. Bar ley e Tolber t ( 1997, p. 96) explicam que “ as inst it uições são r egr as com par t ilhadas e t ipificações que ident ificam cat e-gor ias de at or es sociais e suas at iv idades pr ópr ias com o r ot inas”. Hábit o engaj a for m as de ação ant er ior m ent e adot adas ou adquir idas, é a t endência par a a r epe-t ição de r esposepe-t as ( BECKER; LAZ ARI C, 2 0 0 4 ) . Ain da, Beck er e Lazar ic ( 2 0 0 4 ) conceit uam r ot inas com o hábit os for m alizados e incopor ados ao com por t am ent o, for t alecidos pelo pr ocesso de r epet ição par a o at endim ent o de r egr as, podendo t or nar em - se pr át icas inquest ionáv eis e ser em com pr eendidas com o padr ões de at iv idade.

Pode- se infer ir que há um laço est r eit o ent r e os hábit os e r ot inas, sej a na esfer a indiv idual ou colet iv a. Pela r epet ição sucessiv a de um det er m inado uso, cost u m e, in st it u i- se u m h ábit o. A r ot in a, por su a v ez, pode ser con sider ada a m ant enedor a de t ais hábit os, vist o que, sem eles, a r ot ina não se inst it ucionalizar ia. A est r ut ur ação da per sonalidade do indivíduo t em r elação com sua vinculação e r elacionam ent o com o gr upo social onde est á inser ido. Bleger ( 1984) est abelece est a m esm a r elação ent r e a per sonalidade do indivíduo e a or ganização quando a car act er iza com o u m con j u n t o de gr u pos dist r ibu ídos n u m or gan ogr am a e qu e int er agem num det er m inado espaço físico, podendo ser um a escola ou um a em -pr esa, por ex em plo.

A or ganização “ é um com ponent e do sist em a de r elações de um cam po específico, for m ado por at iv idades padr onizadas e ar t iculadas, que ex pr essam nor -m as e r egras sociais” ( MACHADO- DA- SI LVA, 2004, p. 253) . De acor do co-m o aut or, a Teor ia I nst it ucional, nesse cont ext o, enfat iza a r elação ent r e a or ganização e o am bient e onde est á inser ida. Ao invés de com pr eender a or ganização e o am bien-t e com o enbien-t idades separ adas, são consider ados unidos e vinculados num pr oces-so de m út ua const it uição.

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r elação ent r e os indivíduos é condição par a um t r abalho em com um , paut ado por n or m as e r egr as. Est as são con sider adas com o aspect os in st it u cion alizados n o gr upo, em que a t endência é anular as difer enças ent r e os indivíduos e as t ar efas. Daft ( 1999, p. 7) ex plica que “ or ganizações são ent idades sociais que são dirigidas por m et as, são proj et adas com o sist em as de at ividades deliberadam ent e est rut urados e coordenados e são int erligados ao am bient e ext erno”. O aut or sali-ent a que os principais elem sali-ent os de um a organização não são as est rut uras físicas ou o conj unt o de polít icas e procedim ent os, m as sim a int eração das pessoas que a com põem . Menciona, ainda, que “ as or ganizações são com post as por pessoas e seus int er- relacionam ent os. Um a organização exist e quando as pessoas int eragem ent re si para realizar funções essenciais que auxiliem a alcançar as m et as”.

Os indivíduos são influenciados pelo gr upo social no qual est ão inser idos, e est e, por sua vez, t am bém sofr e influência dos indivíduos de seu m eio. Mosim ann e Fisch ( 1999, p. 25) r essalt am essa asser t iva quando cit am que “ as cr enças, as con v icções e o n ív el de saber dit am os padr ões in div idu ais de com por t am en t o que, por sua vez, influenciam os padr ões de com por t am ent o dos gr upos e são por est es in f lu en ciados”.

De m aneir a ger al, t odos os gr upos sociais apr esent am um t ipo de cult ur a específica. As organizações, t am bém caract erizadas com o grupos sociais, possuem sua cult ur a, denom inada or ganizacional. A cult ur a or ganizacional é for m ada pela união das cult ur as das diver sas ár eas da or ganização. A cult ur a das diver sas ár e-as, por sua v ez, é for m ada pela cult ur a pr esent e em cada indiv íduo. Em out r as palav r as, a cult ur a da or ganização, das ár eas e dos indiv íduos que delas fazem par t e, int er agem ent r e si, for m ando um a única cult ur a, aceit a pelo gr ande gr upo. Dias ( 2003, p. 18) afir m a que “ conhecem os um a cult ur a at r av és de suas m an ifest ações con cr et as, ex am in an do os elem en t os cu lt u r ais ex ist en t es den t r o de um t er r it ór io ocupado por det er m inada com unidade cult ur al – um a localidade, r egião ou país, por exem plo”. Pode- se dizer que as cr enças, valor es, nor m as, lin-guagem , r eligião, polít ica, hábit os alim ent ar es, ent r e out r os, são elem ent os cult u-r ais que cau-r act eu-r izam a cult uu-r a de um det eu-r m inado povo.

Cult ur a or ganizacional “ é o conj unt o de v alor es, cr enças e ent endim ent os im por t ant es que os int egr ant es de um a or ganização t êm em com um . A cult ur a ofer ece for m as definidas de pensam ent o, sent im ent o e r eação que guiam a t om a-da de decisões e out r as at ivia-dades dos par t icipant es de um a or ganização” ( DI AS, 2003, p. 41) .

Guer r eir o, Fr ezat t i e Casado ( 2004) m encionam que o indivíduo é o át om o fundam ent al dos gr upos sociais, vist o que o ent endim ent o da for m ação dos hábi-t os ocorre pelo enhábi-t endim enhábi-t o da adoção de hábihábi-t os e influências que os indivíduos adm it em par t icipando de um det er m inado gr upo social. Em v ist a disso, pode- se consider ar que o aj ust e necessár io ent r e a for m ação de hábit os e a adoção de t ais hábit os se car act er iza pela int er ação indivíduo- gr upo social, assim com o, gr u-po social- indiv íduo.

Confor m e Guer r eir o et al. ( 2005, p. 99) , “ a car act er ização de hábit os envolve um a pr é disposição ou t endência par a se engaj ar em for m as de ação ant er ior -m ent e adot adas ou adquir idas”. Salient a-m ainda que, “ e-m bor a hábit os est ej a-m na esfer a pessoal, as r ot inas podem env olv er um gr upo de pessoas, e assim as r ot inas se t or nam os pr incipais com ponent es das inst it uições”. Logo, “ as r ot inas são h ábit os for m alizados e in st it u cion alizados qu e in cor por am com por t am en t os baseados em r egr as”.

As r egr as são necessár ias par a coor denar e dar coer ência às ações de um gr upo de pessoas, segundo Scapens ( 1994) , pois por m eio da r epet ição do pr o-cesso de at endim ent o às r egr as, o com por t am ent o se t or na pr ogr am át ico. Assim , su ben t en de- se qu e, qu an do as ações de det er m in ado gr u po são pr ogr am adas, as r egr as são necessár ias, vist o que elas pr opor cionam coor denação das at ivida-des, inst it uindo- se, assim , a r ot ina de t al gr upo.

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por um at or ou gr upo de at or es a fim de r esolver em pr oblem as r ecor r ent es”. Tais com por t am ent os se t or nam habit uais a par t ir do m om ent o em que o indiv íduo, individual ou colet ivam ent e, evocar um a ação a um est ím ulo com o m ínim o esfor ço e de for m a espont ânea, desaper cebida. Nesse caso, a ação passou pelo pr ocesso de inst it ucionalização par a se t or nar um a ação inst it ucionalizada no indivíduo, com -par t ilhada ou não, pelo gr upo do qual faz -par t e.

Galliano ( 1981, p. 294) obser va que “ qualquer at ividade hum ana est á suj ei-t a ao hábiei-t o. Um a ação que se r epeei-t e com m uiei-t a fr eqüência acaba se m oldando a um padr ão. Tal padr ão pode, em seguida, ser r epr oduzido com o econom ia de es-for ço”. Nesse sent ido, nos pr ocedim ent os operacionais do cot idiano, o indiv íduo sem pr e pr ocur ar á r epr oduzir os t r abalhos iguais da m esm a for m a com o m enor esfor ço possível, passando a fazer par t e de sua r ot ina. Para o aut or, “ o est abele-cim en t o de h ábit os pr opor cion a con for t o psicológico ao in div ídu o, pois r edu z a necessidade de t om ar decisões sobr e o núm er o de opções”.

Ex ist em m aneir as difer ent es de ex ecut ar um a t ar efa; o hábit o de fazê- la r eduz as m aneir as difer ent es a um a única, t or nando desnecessár io que cada t a-r efa sej a novam ent e definida, et apa poa-r et apa, pa-r opoa-r cionando cea-r t a especializa-ção ao indivíduo. Segundo Ber ger e Luckm ann ( 1990, p. 78) , “ est es pr ocessos de for m ação de hábit os que pr ecedem t oda inst it ucionalização, na v er dade podem ser aplicados a um hipot ét ico indivíduo solit ár io, dest acado de qualquer int er ação so ci a l ”. Na seq ü ên ci a , Ber g er e Lu ck m a n n ( 1 9 9 0 , p . 7 9 ) m en ci o n a m q u e, “ em pir icam ent e, a par t e m ais im por t ant e da for m ação do hábit o da at ividade hu-m ana é coext ensiva cohu-m a inst it ucionalização dest a últ ihu-m a”.

Em bor a pr econizada a idéia que, um a vez inst it uídos, os hábit os e as r ot i-nas t endem a per sist ir, há possibilidade de m udá- los ou m esm o ext ingui- los, m as fica a cr it ér io do indivíduo. Se o indivíduo per ceber seu m eio com o sendo “ eu sem -pr e f iz assim ”, su a r ot in a est ar á est abelecida, e m u dan ças n ão ocor r er ão com m uit a facilidade, a não ser que est e assim o desej ar. No ent ant o, hábit os e r ot inas per cebidos com o em pecilhos ao bom andam ent o das at iv idades pr ecisam ser r e-vist os, m esm o que façam par t e da cult ur a or ganizacional.

Hábit os, r ot in as e pr át icas qu an do in st it u cion alizados passam a ser ele-m ent os da cult ur a or ganizacional. De acor do coele-m Kost ova ( 1999) , pr át icas r t em os m odos est abelecidos de adm inist r ar as funções or ganizacionais. Elas r efle-t em o conhecim enefle-t o com par efle-t ilhado e com peefle-t ência da or ganização. São v alor es in t r odu zidos e possu em sign if icado par a os m em br os da or gan ização qu e v ão além de eficiência t écnica. Elas t endem a ser ext er na e int er nam ent e legit im adas, aceit as e apr ovadas pelo am bient e ext er no legit im ado e em pr egadas com o o m odo de fazer cer t as t ar efas.

Cr enças, v alor es, hábit os, r ot inas, pr át icas, nor m as e r egr as aceit as pelos in div ídu os e in st it u cion alizadas n a est r u t u r a or gan izacion al, são car act er íst icas que definem a cult ur a da or ganização. Mesm o que a cont r olador ia faça par t e da o r g a n i z a ç ã o , t a m b é m a p r e s e n t a , d i r e t a o u i n d i r e t a m e n t e , u m a c u l t u r a or ganizacional pr ópr ia. A cult ur a or ganizacional da cont r olador ia pode ser m olda-da pelos gest or es de m aneir a im posit iva, ou m ololda-daolda-da de acor do com a cult ur a dos indivíduos que dela fazem par t e.

Atribuições da Controladoria

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D e f o r m a m a i s a m p l a , Mo si m a n n e Fi sch ( 1 9 9 9 , p . 8 8 ) co n ce b e m a cont r olador ia sob duas ver t ent es: com o um ór gão adm inist r at ivo e com o um a ár ea do conhecim ent o hum ano. Enquant o ór gão adm inist r at ivo, explicam que ela pos-sui sua “ m issão, funções e pr incípios nor t eador es definidos no m odelo de gest ão do sist em a em pr esa”. Com o ár ea do conhecim ent o hum ano, os aut or es dest acam que ela se consubst ancia de “ fundam ent os, conceit os, pr incípios e m ét odos or iun-dos de out ras ciências”.

Enquant o ór gão adm inist r at iv o, a cont r olador ia t em com o pr incipal função pr om ov er esfor ços par a gar ant ir o cum pr im ent o da m issão e a cont inuidade da or ganização. Figueir edo e Caggiano ( 1997) , Guer r eir o, Cat elli e Per eir a ( 2001) e Peleias ( 2002) m encionam que a m issão da cont r olador ia é zelar pela cont inuida-de da em pr esa, assegur ando a ot im ização do r esult ado global.

O cont r oller , pessoa r esponsável pelo ór gão denom inado de cont r olador ia, pr ecisa conhecer de for m a sist em át ica e global t oda a or ganização, assim com o as div er sas ár eas de r esponsabilidade, um a v ez que o sucesso global da or ganiza-ção depen de do su cesso con j u n t o das ár eas. Mosim an n e Fisch ( 1 9 9 9 , p. 9 0 ) ent endem que a m issão da cont r olador ia é “ ot im izar os r esult ados econôm icos da em pr esa, par a gar an t ir su a con t in u idade, por m eio da in t egr ação dos esfor ços das diver sas ár eas”.

A m issão da cont r olador ia im plica int egr ar a m issão das dem ais ár eas de r esponsabilidade, e est as, com a m issão da or ganização. Cada ár ea de r esponsa-bilidade da or ganização possui sua pr ópr ia m issão, que pr ecisa est ar sint onizada com a m issão da or ganização com o um t odo.

Segr et i, Peleias e Rodr iguez ( 2005, p. 5) expõem que “ a Cont r olador ia t em , en t r e su as at r ib u ições, a f u n ção d e or g an izar e r ep or t ar d ad os r elev an t es n o pr ocesso decisór io, desem penhando, por t ant o, um papel est r at égico no conceit o de account abilit y, supor t ado pelas t eor ias da decisão, m ensuração e infor m ação”. Kanit z ( 1977, p. 7- 8) sint et iza as funções da cont r olador ia em :

a) infor m ação - com pr eende os sist em as cont ábil e financeir o da em pr esa; b) m ot ivação - pr evê o efeit o de novos sist em as de cont r ole sobr e o com por t

a-m ent o das pessoas dir et aa-m ent e env olv idas;

c) coor denação - cent r alizador a das infor m ações, podendo ident ificar ev ent uais inconsist ências dent r o da em pr esa, t ão logo t enham ocor r ido, assessor ando, assim , a dir eção, suger indo soluções;

d) avaliação - int er pr et ação e avaliação da qualidade dos r esult ados, com vist as a cor r igir possív eis pont os negat iv os;

e) planej am ent o - av aliação se os planos pr oj et ados são consist ent es e v iáv eis, aceit os e coor denados, alcançados ou não;

f ) acom panham ent o - ver ificação e cont r ole da evolução e desem penho dos pla-nos t r açados, a fim de cor r igir falhas ou r evisá- los.

Confor m e Bor inelli ( 2006, p. 99) , “ m esm o que as em pr esas se difer enciem em por t e ou set or de at ividade, cer t o conj unt o de at ividades sem pr e est ar á pr e-sent e. I sso im plica que as funções de Cont r olador ia podem , ent ão, sofr er v ar ia-ções na for m a com o são desenvolvidas e dist r ibuídas, m as não no r ol de funia-ções a se desenv olver ”.

Edw ar ds et al. ( 1995) dest acam que as or ganizações r equer em t ant o dos cont r oller s com o da cont r olador ia oit o pr opr iedades, sendo elas: a m elhor infor m ção par a o pr ocesso decisór io, dir eção segur a par a a cor por ação, foco no planej a-m en t o par a o f u t u r o ao in v és de f ocar o passado, au x ílio ea-m n ov os n egócios, qualidade pessoal acum ulada, um a per spect iv a global, eficiência e efet iv idade.

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gr idade do sist em a cont ábil e ser r esponsáv el pelas m edidas de segur ança dos at iv os cont r a fur t os e fr audes ( ANTHONY; GOVI NDARAJAN, 2002, p. 156) .

A con t r olador ia com o ár ea de r espon sabilidade den t r o da or gan ização se alim ent a de dados e inform ações gerados pela cont abilidade de cust os, cont abilida-de financeira, cont abilidaabilida-de gerencial, ent re out ras. A cont abilidaabilida-de gerencial, por sua vez, é a que apr esent a m aior apr oxim ação com a cont r olador ia em vist a da confor m idade ent r e seus obj et iv os e funções. Em pesquisa r ealizada por Sout es ( 2006, p. 47) sobre uso de art efat os da cont abilidade gerencial por em presas bra-sileir as, o aut or const at ou que as funções da cont abilidade ger encial englobam a “ ger ação de in f or m ações ger en ciais e o assesor am en t o à Dir et or ia e t odos os gest ores da em presa em assunt os relat ivos a im pact os econôm icos- financeiros”.

Mesm o que as at r ibuições do cont r oller var iem de acor do com o por t e e ne-cessid ad es d as em p r esas, Fig u eir ed o e Cag g ian o ( 1 9 9 7 , p . 2 7 ) cit am q u e “ o cont r oller é o chefe da cont abilidade, aquele que super visiona e m ant ém os ar qui-v os fin an ceir os for m ais da em pr esa, em bor a su as fu n ções n ão t en h am qu e se r est r ingir apenas às funções cont ábeis”. Nesse sent ido, a cont r olador ia t em com o encar go, m onit or ar os gest or es pela busca da eficiência do r esult ado econôm ico-financeir o, assim com o, salvaguar dar os bens pat r im oniais.

A cont r olador ia, da m esm a for m a com o as or ganizações, necessit a pr om o-v er const ant es m udanças e aper feiçoam ent os de suas at io-v idades, o-v isando ade-quar - se às m udanças per cebidas no am bient e ext er no. Guer r eir o et al. ( 2005, p. 93) m encionam que, no âm bit o das em pr esas, m udanças ocor r er am em r elação às nov as for m as de t ecnologia, pr odução de bens e ser v iços, com unicação, for m as de ent endim ent o das necessidades dos client es, ent r e out r as.

Nesse m eio de m udanças, Esselst ein ( 2001, p. 46) r essalt a que as or gani-zações r equer em da cont r olador ia de agor a, gar ant ia e int egr idade da infor m a-ção, ser v iços de t ecnologia, consult or ia adm inist r at iv a, desem penho adm inist r at i-vo, planej am ent o financeir o, int egr ação global e com unicação. O aut or enfat iza a im por t ância e pr esença necessár ia da com unicação na cont r olador ia, em v ir t ude dela est ar int egr ada com os dem ais depar t am ent os da or ganização, se apr esen-t ando com o elo de com unicação enesen-t r e am bos, necessár io ao desenv olv im enesen-t o e cont inuidade das at iv idades da or ganização.

Tais m udanças são necessár ias vist o que t em por finalidade pr incipal supr ir os gest or es com infor m ações necessár ias à m axim ização dos r esult ados e, conse-qü en t e, con t in u idade da or gan ização. Par a t an t o, t odos os in div ídu os qu e dela f a z e m p a r t e p r e ci sa m e st a r co m p r o m i ssa d o s co m o s o b j e t i v o s, t a n t o d a cont r olador ia, com o da or ganização. Nessa fase de r e- adequação da cont r olador ia, os hábit os e r ot inas nela inst it ucionalizados podem com pr om et er o sucesso e ob-j et iv os pr et en didos.

Método e Procedimentos da Pesquisa

O pr esent e est udo car act er iza- se com o um a pesquisa ex plor at ór ia. Segun-do Gil ( 1996, p. 45) , a pesquisa explor at ór ia “ t em com o obj et ivo pr opor cionar m aior fam iliar idade com o pr oblem a, com vist as a t or ná- lo m ais explícit o ou a const r uir hipót eses. Pode- se dizer que essas pesquisas t êm com o obj et ivo pr incipal o apr i-m orai-m ent o de idéias ou a descober t a de int uições”.

A pesquisa explor at ór ia foi r ealizada por m eio de um est udo de m ult icasos. Est udos m ult icasos, para Tr iviños ( 1987) , difer em do est udo com parat ivo de úni-cos casos por pr opor cionar em ao pesquisador a possibilidade de est udar dois ou m ais suj eit os, or ganizações et c. Os elem ent os de análise com pr eender am os r es-ponsáv eis pelo depar t am ent o de cont r olador ia das em pr esas obj et o de est udo.

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e-sas foram selecionadas para com por a am ost ra por acessibilidade. Ver gara ( 2004, p. 51) m enciona que, em am ost r as por acessibilidade, o pesquisador seleciona os elem ent os ( em pr esas, pessoas, pr odut os, out r os) pela facilidade de acesso a eles. Par a obt enção dos dados da pesquisa elabor ou- se um quest ionár io com 15 per gunt as aber t as e fechadas de m últ ipla escolha, com igual cont eúdo par a as quat r o em pr esas par t icipant es da pesquisa. Mesm o nas quest ões de m últ ipla es-colha, os r espondent es podiam acr escent ar out r as sit uações não r elacionadas no q u est ion ár io. Foi an ex ad o ao q u est ion ár io u m g lossár io d e p alav r as- ch av e d a p esq u isa ( Teor ia I n st it u cion al, in st it u cion alização, h áb it os e r ot in as e cu lt u r a or gan izacion al) .

De acor do com Mar coni e Lakat os ( 2005, p. 98) , “ quest ionár io é um inst r u-m ent o de colet a de dados const it uído por uu-m a sér ie or denada de per gunt as, que devem ser r espondidas por escr it o e sem a pr esença do ent r evist ador ”. Os ques-t ionár ios for am env iados v ia cor r eio eleques-t r ônico par a os r esponsáv eis do depar ques-t a-m en t o de con t r olador ia das ea-m pr esas, obj et o de est u do, n a segu n da qu in zen a do m ês de agost o de 2006, sendo que os m esm os r et or nar am os quest ionár ios dev idam ent e r espondidos, nesse m esm o per íodo.

De posse de t ais quest ionár ios r espondidos, pr ocedeu- se a análise de con-t eúdo. De acor do com Bar din ( 2006, p. 37) , a análise de concon-t eúdo com pr eende um

conj unt o de t écnicas de análise das com unicações visando obt er, por procedim en-t os sisen-t em áen-t icos e obj een-t iv os de descr ição do conen-t eúdo das m ensagens, indicado-r es ( quant it at ivos ou não) que peindicado-r m it am a infeindicado-r ência de conhecim ent os indicado-r elat ivos a condições de pr odução/ per cepção ( v ar iáv eis infer idas) dest as m ensagens.

O cont eúdo foi analisado em t r ês per spect iv as: a) hábit os e r ot inas e sua inst it ucionalização na cont r olador ia; b) concepção sobr e o indiv íduo r esponsáv el pela cont r olador ia; c) ent endim ent o dos aspect os iner ent es à cont r olador ia pelos seu s r esp on sáv eis.

Para análise do cont eúdo das respost as ao inst rum ent o de pesquisa ut ilizou-se a abor dagem qualit at iva. Segundo Richar dson ( 1999, p. 80) , “ os est udos que em pregam um a m et odologia qualit at iva podem descrever a com plexidade de det er-m inado probleer-m a, analisar a int eração de cert as variáveis, coer-m preender e classificar processos dinâm icos vividos por grupos sociais”. Ressalt a que, pela influência de pes-quisadores franceses, os aspect os qualit at ivos foram int roduzidos na aplicação do m ét odo de análise de cont eúdo, sendo at ualm ent e um a t écnica int eressant e para est udos de int eração ent re indivíduos e para com preensão da com unicação.

Com o pr incipais lim it ações dest a pesquisa dest acam se: o núm er o de em -pr esas pesqu isadas; o fat o do r espon sáv el n ão t er a design ação de con t r oller , que pode, por vezes, com pr om et er a inst it ucionalização da cont r olador ia; o núm e-r o de indiv íduos que fazem pae-r t e da cont e-r oladoe-r ia, v ist o que em duas em pe-r esas os r esponsáveis por ela são seus únicos int egr ant es e nas out r as duas, não pas-sa de cinco m em br os.

Análise dos Resultados da Pesquisa

Visando pr opor cionar m elhor ent endim ent o dos r esult ados da pesquisa, vin-cu lar am - se as qu est ões do qu est ion ár io e as r espect iv as r espost as das qu at r o em pr esas obj et o de est udo, car act er izadas com o em pr esas A, B, C e D, aos obj e-t iv os específicos do pr esene-t e ese-t udo.

Caracterização das empresas multicasos

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o&s - v. 1 5 - n . 4 6 - Ju l h o / Set em b r o - 2 0 0 8

Qu a dr o 2 – Ca r a ct e r iz a çã o da s Em pr e sa s M u lt ica sos

Fo n t e: d a d o s d a p esq u i sa

Confor m e o Quadr o 2, as em pr esas B, C e D apr esent am indícios de sua legit im idade j unt o ao am bient e onde est ão inser idas, haj a vist a que est ão at uan-do no m er cauan-do pr at icam ent e t r ês décadas. Apesar da em pr esa A ser r elat ivam en-t e nova, não significa que esen-t a não esen-t ej a en-t am bém legien-t im ada no am bienen-t e onde est á in ser ida.

A legit im idade m encionada fundam ent a- se em Daft ( 1999, p. 347) , que a concebe na condição de que “ as ações de um a or ganização são desej áveis, cor r e-t as e apr opr iadas dene-t r o do sise-t em a de nor m as, valor es e cr enças do am biene-t e”. Ainda que de for m a r est r it a, m as a dur abilidade de um a or ganização pode ser um indicador de que ela é per cebida com o legít im a, um a vez que t ende a se ar t icular em t or no de r egr as e cr enças inst it ucionalizadas.

Not a- se, de for m a ger al, sem elhanças ent r e as em pr esas B, C e D com r ela-ção à descr iela-ção de sua m issão, par t icular m ent e quando se obser v a que at ender as necessidades e ex pect at iv as dos client es é a pr incipal pr eocupação, além da r ent abilidade e cont inuidade no m er cado. Os elem ent os da m issão pr ecisam ser inst it ucionalizados par a se t or nar em efet iv os nas or ganizações.

Hábitos e rotinas e sua institucionalização na controladoria

No Quadr o 3 , apr esent am - se as per gunt as fechadas do quest ionár io com as r espect iv as r espost as dos r esponsáv eis pela cont r olador ia, r efer ent e aos há-bit os e r ot inas inst it ucionalizados na cont r olador ia.

Em pr e sa s A B C D

An o de

fu n da çã o 2000 1978 1963 1962

At iv ida de pr in cipa l

Pr est ação de serv iços educacionais –

nív el de gr aduação e

pós-gr aduação ( lat u

sensu)

I ndúst r ia de ar t igos espor t iv os

- calçados e confecções

Concessionár ia de v eículos

Concessionár ia de m áquinas e equipam ent os

agr ícolas

N úm e r o de

e m pr e ga dos 105 9.000 37 34

Por t e da e m pr e sa –

RI R

Médio Médio Médio Médio

M issã o da e m pr e sa

Ofer ecer um a educação inov ador a com qualidade em seu cont eúdo e nos m eios de ensino, buscando a for m ação do cidadão e a cont r ibuição par a o

desenv olv im ent o r egional.

Ser a m elhor e m ais eficaz em presa do segm ent o, ofer ecendo produt os desej ados pelos consum idor es, de for m a ágil e cr iat iv a, ger ando ganho aos client es, colabor ador es e acionist as, com ét ica e

r esponsabilidade social e

am bient al.

Com er cialização de v eículos da m ar ca Volk sw agen e pr est ação de serv iço at r avés da assist ência t écnica com qualidade r econhecida e ofer ecer a m elhor r elação cust o

v ersus benefício

aos nossos client es par a cont inuidade da em presa

Sat isfazer as necessidades e ex pect at iv as dos client es. Obt er lucr at iv idade v isando o desenv olv im ent o da em presa e o r et or no do inv est im ent o dos acionist as. Cont r ibuir par a a qualidade de v ida e o progr esso profissional de seus

(14)

Qu a dr o 3 – H á bit os e r ot in a s in st it u cion a liz a dos n a con t r ola dor ia

Fo n t e: d ad o s d a p esq u i sa

Definir com pr ecisão o quê e quais são os hábit os de det er m inada pessoa o u g r u p o d e p esso as n ão é t ão si m p l es assi m , v i st o q u e n o co t i d i an o são , fr eqüent em ent e, r epet idos de m aneir a aut om át ica, o que os t or na im per cept íveis à at enção do execut ant e. Ainda que out r as alt er nat ivas t am bém t enham sido con-sider adas com o h ábit os da con t r olador ia, du as delas apr esen t ar am m aior r ele-vância: Pedir envolvim ent o e pr est eza dos pr ofissionais, incent ivando a busca con-t ín u a de n ov as f or m as de desen v olv er as acon-t r ibu ições n a dir eção das m elh or es pr át icas de cont r olador ia; e Ver ificar em out ras em pr esas ( podendo ser de concor-r ent es ou não) com o o depaconcor-r t am ent o de cont concor-r oladoconcor-r ia dest as execut a det econcor-r m ina-dos pr ocedim ent os no cum pr im ent o de suas funções, par a ent ão ver ificar a viabi-lidade de se em pr egar algum desses pr ocedim ent os, t ido com o eficient e, dent r o da pr ópr ia cont r olador ia.

Na quest ão que buscou inv est igar quais alt er nat iv as o r espondent e acr edi-t a que r epr esenedi-t am os hábiedi-t os da conedi-t r olador ia, consedi-t aedi-t ou- se a edi-t endência par a a r epet ição de r espost as, confor m e pr econizado por Beck er e Lazar ic ( 2004) , em du as alt er n at iv as. As alt er n at iv as pr edom in an t em en t e in dicadas pelo con t r oller das em pr esas pesquisadas confir m am o pr essupost o de Guer r eir o et al. ( 2005, p. 99) , de que “ a car act er ização de hábit os envolve um a pr é- disposição ou t endên-cia para se engaj ar em for m as de ação ant er ior m ent e adot adas ou adquir idas”.

Q u a i s a l t e r n a t i v a s v o c ê a c r e d i t a q u e r e p r e s e n t a m o s h á b i t o s d a c o n t r o l a d o r i a ? A B C D

Pe d ir e n v o lv im e n t o e p r e st e za d o s p r o f iss io n a is, in ce n t iv a n d o a b u sc a co n t ín u a d e n o v a s f o r m a s d e d e se n v o lv e r a s a t r ib u içõ e s n a d ir e ç ã o d a s m e lh o r e s p r á t ica s d e co n t r o la d o r ia

X X X Co n t r o la r g a st o s e cu st o s X X I d e n t if ic a r e r r o s e cu lp a d o s X V e r if ica r e m o u t r a s e m p r e sa s ( p o d e n d o se r d e c o n c o r r e n t e s o u n ã o ) co m o o

d e p a r t a m e n t o d e co n t r o la d o r ia e x e cu t a d e t e r m in a d o s p r o ce d im e n t o s n o cu m p r im e n t o d e su a s f u n çõ e s, p a r a e n t ã o v e r if ica r a v ia b ilid a d e d e se e m p r e g a r a lg u m d e sse s p r o ce d im e n t o s , t id o co m o e f ic ie n t e , d e n t r o d a p r ó p r ia co n t r o la d o r ia

X X X

I n ce n t iv a r m a io r d e se m p e n h o e p r e m iá - lo X X Co n t r a t a r p r o f iss io n a is co m o p e r f il p a r a ca d a f u n çã o X

Co ib ir f o f o ca s e p r e se r v a r b o m r e la cio n a m e n t o X A p r e se n t a r se m p r e a p o st u r a q u e a f u n çã o e x ig e X M o st r a r e e x ig ir co m p o r t a m e n t o a d e q u a d o X

Q u a i s a l t e r n a t i v a s v o c ê a c r e d i t a q u e r e p r e s e n t a m a r o t i n a d a c o n t r o l a d o r i a ?

Fo r n e ce r d e m o n st r a t iv o s co n t á b e is à d ir e çã o a t é o q u in t o d ia d e ca d a m ê s r e f e r e n t e a o m ê s a n t e r io r

X X X X Pr o m o v e r r e u n iõ e s se m a n a is e / o u m e n sa is c o m a d ir e çã o X X X X Fo r n e ce r r e la t ó r io s d e d e se m p e n h o s d e se t o r e s e s p e c íf ico s X X X X A v e r ig u a r , d ia r ia m e n t e , o s j o r n a is X X X A n a lisa r e r e p a s sa r, d ia r ia m e n t e , à d ir e çã o f lu x o f in a n ce ir o . X X X V e r if ica r , m e n sa lm e n t e , o b a n c o d e h o r a s d o p e s so a l X X X Co n su lt a r d e se m p e n h o d a s v e n d a s p o r se t o r ( d iá r io , se m a n a l; m e n s a l) X X X A v e r ig u a r , p e r m a n e n t e m e n t e , t o d o s o s co n t r o le s in t e r n o s d e sa lv a g u a r d a d o p a t r im ô n io

d a e m p r e sa

X Ela b o r a r e a co m p a n h a r , m e n sa lm e n t e , a e x e cu çã o d o o r ça m e n t o X D a r su p o r t e a o p la n e j a m e n t o e st r a t é g ico co m o s in d ic a d o r e s d e g e s t ã o e st r a t é g ic a X Co o r d e n a r o c o m it ê d e p la n e j a m e n t o t r ib u t á r io X A n a lisa r o s c o n t r o le s in t e r n o s e su g e r ir m e lh o r ia s X

A v a lia r o d e se m p e n h o d a g e st ã o X A n t e s d e f o r n e ce r in f o r m a çõ e s, a v e r ig u a r su a v e r a c id a d e X

C o m o d e t e r m i n a d o s p r o c e d i m e n t o s s ã o i n s t i t u c i o n a l i z a d o s n a c o n t r o l a d o r i a ?

Pe lo u s o d a r a c io n a lid a d e , o u se j a , in st it u íd o s p o r a p r e se n t a r e m ló g ic a e j u st if ica t iv a p a r a se u u so , le v a n d o e m co n s id e r a çã o a s n e ce s s id a d e s q u e a co n t r o la d o r ia a p r e se n t a p a r a cu m p r ir su a s f u n çõ e s.

X X Le g it im a d o s p e lo c o n t ín u o a p e r f e iç o a m e n t o , o u se j a , q u a n d o im p la n t a d o u m n o v o

p r o ce d im e n t o , e st e p a ssa p o r u m p r o ce s so d e a p r im o r a m e n t o a t é su a m a x im iza çã o ,

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o&s - v. 1 5 - n . 4 6 - Ju l h o / Set em b r o - 2 0 0 8

Assim com o os hábit os, a r ot ina t am bém pode passar desaper cebida pelos i n d i v íd u o s. Po r ém , su a ca r a ct er i za çã o a p r esen t o u m a i o r co n sen so en t r e o s r espondent es, do que os hábit os. Ver ifica- se consenso nas r espost as quant o às r ot inas de: For necer dem onst r at ivos cont ábeis à dir eção at é o quint o dia de cada m ês r efer ent e ao m ês ant er ior ; Pr om over r euniões sem anais e/ ou m ensais com a dir eção; For necer r elat ór ios de desem penhos de set or es específicos. Nas em pr e-sas B, C e D t am bém houve consenso nas r espost as quant o às r ot inas de: Aver i-guar, diar iam ent e, os j or nais; Analisar e r epassar o flux o financeir o diar iam ent e; Ver ificar, m ensalm ent e, o banco de horas do pessoal; Consult ar o desem penho das vendas por set or ( diár ia, sem anal ou m ensal) .

Na per gunt a ao cont r oller das em pr esas sobr e quais alt er nat iv as acr edit a que r epr esent am a r ot ina da cont r olador ia, obser v a- se nas r espost as os hábit os for m alizados e incopor ados ao com por t am ent o com base em r egr as, for t alecidos e inst it ucionalizados com o env olv iv ent o de um gr upo de pessoas, configur ando-se com o r ot inas, confor m e pr econizado por Beck er e Lazar ic ( 2004) . De acor do com Kost ova ( 1999) , as pr át icas r ot inizadas t endem a ser ext er na e int er nam ent e legit im adas, aceit as e apr ov adas pelo am bient e ex t er no legit im ado.

Quant o à inst it ucionalização de det er m inados pr ocedim ent os da cont r olador ia, per cebe- se que podem ocor r er de duas m aneir as: pelo uso da r azão, ser em inst i-t uídos dei-t er m inados pr ocedim eni-t os em dei-t r im eni-t o de oui-t r os; e baseado em sua ut ilidade, par a o cum pr im ent o de suas funções. Det er m inados pr ocedim ent os cr act ecr izam - se com o inst it uídos na cont cr oladocr ia, quando est es passacr am pocr et a-p a s d e a a-p er f ei ço a m en t o a t é a a-p r esen t a r em - se co m o ef i ci en t es e ef i ca zes à co n t r o l a d o r i a . Se g u n d o Ma ch a d o - d a - Si l v a e Co se r ( 2 0 0 6 ) , i sso “ e n v o l v e o com par t ilham ent o de um conj unt o de nor m as e r ot inas de t r abalho pelos m em -br os de um a det er m inada ocupação”.

No Quadr o 4, apr esent am - se as per gunt as aber t as do quest ionár io com as r espect iv as r espost as dos r esponsáv eis pela cont r olador ia r efer ent e ao pr ocesso de inst it ucionalização dos hábit os e r ot inas da cont r olador ia.

Qu a dr o 4 – I n st it u cion a liz a çã o dos h á bit os e r ot in a s da con t r ola dor ia

Fo n t e: d a d o s d a p esq u i sa

Com o ocor re a inst it uciona liza ção dos há bit os na cont r ola dor ia dest a em pr esa ? Em pre sa

A O cont r oller precisa t er a visão sist êm ica da or ganização onde at ua. Dessa form a, os cont at os diár ios com os set ores perm it em visualizar pont os falhos que precisam ser revist os nos processos. Diant e das necessidades e baseado naquilo que o cont r oller j ulga im por tant e para o bom desem penho da organização, novos hábit os são aceit os, às vezes oriundos dos indivíduos da or ganização, de form a geral, dos indivíduos da pr ópria cont r olador ia ou im post os pela direção.

B Com par ticipação de t odos, na m edida do possível, em cursos, sem inários, t r einam ent os e out r os, pr ocurando im plem ent ar as m elhores práticas.

C Não respondeu.

D As norm as e regras são repassadas par a o responsável do depar t am ent o, o qual t em a t arefa de cont r olar e est im ular as dem ais pessoas do grupo par a a criação do hábit o e prática const ant e, ou sej a, para sua adoção e form ação.

Com o ocor re a inst it uciona liza çã o da rot ina na cont rola dor ia de st a em pre sa ?

Em pre sa

A Nor m alm ente, part e do próprio cont roller que se or ganiza em t or no das at ividades da cont roladoria em confor m idade com as at ividades e o m om ent o da or ganização. B De for m a par t icipat iva.

C Não respondeu.

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Per cebe- se que, por um lado, os hábit os sur gem da int er ação ent r e t odos os indiv íduos da cont r olador ia quando per cebidos, pr incipalm ent e pelo cont r oller , com o út eis ao bom desem penho da or ganização. Por ém , por out r o lado, podem ser im post os pela dir eção, quando est a assim o desej ar. Quant o à inst it ucionalização da r ot ina, est a ocor r e de for m a par t icipat iva ent r e os indivíduos da cont r olador ia, sendo que cabe ao cont r oller or ganizar as at ividades da cont r olador ia em confor -m idade co-m as at ividades e o -m o-m ent o da or ganização. Alé-m disso, co-m a r epet i-ção dos pr ocessos, a r ot ina vai se inst it uindo, o que pr opor ciona especializai-ção e eficácia aos indiv íduos.

Dep r een d e- se d o ex p ost o q u e as ações d ecor r er am d e com p or t am en t os que se desenvolver am em pir icam ent e e for am adot adas por um at or ou gr upo de at or es, t or nando- se habit uais ao indivíduo ou gr upo de indivíduos, a fim de r esol-ver em pr oblem as r ecor r ent es, t or nando as ações inst it ucionalizadas em um a pes-soa, com par t ilh adas ou n ão pelo gr u po de pessoas com qu em in t er age. Nesse caso, as ações passar am pelo pr ocesso de inst it ucionalização par a se t or nar em ações inst it ucionalizadas, confor m e expost o por Tolber t e Zucker ( 1999) .

Nesse cont ext o, no qual os hábit os e rot inas surgem pela int eração ent re os indivíduos da cont roladoria, confirm a- se o preconizado por Fonseca e Machado- da-Silva ( 2002. p. 98) , quando m encionam que o com port am ent o individual é m odelado por padr ões criados e com part ilhados pela int er ação, m as incorporados na for m a de nor m as e r egras obj et ivas, cr ist alizadas na sociedade com o concepções legit i-m adas sobre a i-m aneira i-m ais eficaz de funcionai-m ent o das organizações.

Concepção sobre o indivíduo responsável pela controladoria

Qu a dr o 5 – Con ce pçã o sobr e o I n div ídu o Re spon sá v e l pe la Con t r ola dor ia

Fo n t e: d a d o s d a p esq u i sa .

Co m o v o cê p e r ce b e o in d iv íd u o q u e f a z p a r t e d a co n t r o la d o r ia ? A B C D I n d iv ídu o qu e se apr esen t a n ecessár io à in st it u cion alização das n or m as e r egr as,

pr oced im en t os e pr át icas, h áb it os e r ot in as da con t r olad or ia, v ist o qu e, sem su a par t icipação e in t er ação com os dem ais in d iv ídu os, t al in st it u ição n ão ser ia possív el. Tal in t er ação é im por t an t e, pois ex ist e u m a in f lu ên cia m ú t u a en t r e in d iv ídu o- gr u p o e, gr u po-in d iv ídu o, po-in t er fer po-in d o, assim , n a po-in st it u ição da con t r olador ia.

X X X X

I n d iv ídu o sem ação, qu e aceit a as n or m as e r egr as, pr oced im en t os e pr át icas, e qu e passa a fazer par t e d os h áb it os e r ot in as in st it u cion alizad os/ im pr egn ad os n a con t r olad or ia, de m an eir a in qu est ion áv el, ou sej a, n ão m an ifest a qu alqu er ação qu e v en h a con t r ibu ir par a o m elh or am en t o da est r u t u r a pr esen t e.

I n d iv ídu o qu e apr esen t a det er m in adas ações qu e poder iam con t r ibu ir par a a con t r olad or ia, com o p or ex em p lo, pr oced im en t os e pr át icas alt er n at iv as, d ifer en t es h áb it os qu e poder iam in t er fer ir n a r ot in a in st it u ída pela con t r olad or ia, et c. Por ém , j u st am en t e pela con t r olador ia apr esen t ar n or m as e r egr as, pr ocedim en t os e pr át icas, h áb it os e r ot in as in st it u cion alizad os/ im pr egn ad os, pr essu p õe- se qu e t ais con t r ibu ições do in d iv ídu o sej am ir r elev an t es ou desn ecessár ias.

V o cê a cr e d it a q u e a cu lt u r a o r g a n iz a ci o n a l, d e f in id a co m o o co n j u n t o d e v a lo r e s e cr e n ça s p r e se n t e s n o a m b ie n t e in t e r n o d a o r g a n iz a çã o , i n f l u e n ci a a cu lt u r a d o s in d iv íd u o s q u e d e la p a ssa m a f a z e r p a r t e o u e st a so f r e in f l u ê n cia d a cu lt u r a d e t a is i n d iv íd u o s?

A cu lt u r a or g an izacion al in f lu en cia e, ao m esm o t em p o, sofr e in f lu ên cia da cu lt u r a do in d iv ídu o, v ist o qu e am bos passam por u m pr ocesso con st an t e de in t er ação m ú t u a de su as cu lt u r as.

X X X X

A cu lt u r a or g an izacion al in f lu en cia a cu lt u r a do in d iv ídu o, pois a par t ir do m om en t o em qu e est e passa a fazer par t e da or gan ização, p assa p or u m pr ocesso de in st it u ição da cu lt u r a dest a, a qu al passa a pr ev alecer n o in d iv ídu o.

Ocor r e u m p er íodo de con f lit os, em qu e, ao f in al, pr ev alece a m aior in f lu ên cia, poden do ser d o in d iv ídu o ou da or gan ização.

A co n t r o la d o r ia a p r e se n t a h á b it o s i n st i t u íd o s q u e f a z e m p a r t e d e su a r o t in a d iá r ia . N e sse ca so , a q u e m v o cê a t r i b u i a p r e d o m i n â n cia d a in st i t u cio n a liz a çã o d e t a i s h á b it o s?

Aos in d iv ídu os e ao con t r oller , v ist o qu e os h áb it os de am b os in t er ag em en t r e si,

con t r ibu in d o, assim , par a a f or m ação dos h áb it os da con t r olador ia. X X X X Aos in d iv ídu os qu e dela fazem par t e, v ist o qu e seu s h áb it os in flu en ciam os h áb it os da

con t r olad or ia.

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Per cebe- se unanim idade ent r e os r espondent es quant o à concepção sobr e o indivíduo r eponsável pela cont r olador ia. Est e é t ido com o necessár io ao pr oces-so de inst it ucionalização das nor m as e r egr as, pr ocedim ent os e pr át icas, hábit os e r ot inas da cont r olador ia, pois, do cont r ár io, t ais inst it uições não ser iam possí-v eis. Tal concepção confir m a a cit ação de Guer r eir o, Fr ezat t i e Casado ( 2 0 0 4 ) , segundo a qual o indivíduo é o át om o fundam ent al dos gr upos sociais, vist o que o ent endim ent o da for m ação dos hábit os ocor r e pelo ent endim ent o da adoção de hábit os e influências que os indivíduos adm it em par t icipando de um det er m inado gr upo social. Em vist a disso, pode- se consider ar que o aj ust e necessár io ent r e a f or m ação de h ábit os e a adoção de t ais h ábit os se car act er iza pela in t er ação indivíduo- gr upo social, assim com o, gr upo social- indivíduo.

Os ent r ev ist ados consider am que a cult ur a indiv idual influencia ao m esm o t em po em que sofr e influência da cult ur a da or ganização. Confir m am essa coloca-ção quando at r ibuem , t ant o aos indivíduos com o ao cont r oller , a r esponsabilidade pela inst it ucionalização dos hábit os que fazem par t e da r ot ina da cont r olador ia. Nesse sent ido, Mosim ann e Fisch ( 1999, p. 25) cit am que “ as cr enças, as convic-ções e o nível de saber dit am os padr ões individuais de com por t am ent o que, por sua v ez, influenciam os padr ões de com por t am ent o dos gr upos e são por est es in f lu en ciados”.

Entendimento dos aspectos inerentes à controladoria pelos seus

responsáveis

Apr esent am - se, no Quadr o 6, as per gunt as fechadas do quest ionár io com as r espect iv as r espost as dos r espon sáv eis pela con t r olador ia, r efer en t e ao seu ent endim ent o dos aspect os iner ent es à cont r olador ia.

Referências

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