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O campo de pesquisas sobre empresas familiares no brasil: análise da produção científica no período 1997-2009.

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a n á lise da pr odu çã o cie n t ífi ca n o pe r íodo 1 9 9 7 - 2 0 0 9

O C

AMPO DE

P

ESQUISAS SOBRE

E

MPRESAS

F

AMILIARES NO

B

RASIL

:

ANÁLISE DA PRODUÇÃO

CIENTÍFICA NO PERÍODO

1997-2009

Ale x Fe r n a n do Bor ge s* Ca r olin a Le scu r a* * Ja n e t e La r a de Oliv e ir a* * *

Resumo

T

em - se com o obj et ivo, com est e t rabalho, analisar a pr odução cient ífi ca brasileira sobr e

em pr esas fam iliar es, a par t ir de ar t igos publicados durant e o per íodo com pr eendido ent r e 1997 e 2009. Para t ant o, foi efet uado um levant am ent o bibliogr áfi co, enfat izando a ident i-fi cação de padr ões que per m it issem r ealçar alguns aspect os cent rais da coni-fi guração at ual do cam po, t ais com o: conceit o de em pr esa fam iliar ut ilizado; t em as de pesquisa; abor dagem de pesquisa; m ét odo de pesquisa; est rat égia de pesquisa; t écnicas de colet a e análise de dados. A par t ir dos r esult ados da pesquisa, foi possível obser var a exist ência de um cam po em er gent e no cenár io acadêm ico brasileir o, o qual vem apr esent ando avanços nos últ im os anos, sobr et udo no que se r efer e ao cr escim ent o do volum e de t rabalhos publicados. Por t ant o, pode- se afi r m ar que o cam po de est udos sobre em presas fam iliares assum e um carát er pot encial, se const it uindo com o alt er nat iva acadêm ica r elevant e para a pr odução de pesquisas e para o desenvolvim ent o de t eor ias dent r o da ár ea da Adm inist ração e dos Est udos Or ganizacionais no Brasil.

Pa la v r a s- ch a v e : Em pr esas fam iliar es. Est udos or ganizacionais. Brasil.

Family Business Research in Brazil: analysis of scientific

production in the period 1997-2009

Abstract

T

he pur pose of t his paper is t o analyze Brazilian scient ifi c pr oduct ion on fam ily businesses,

assessing ar t icles published bet w een 1997 and 2009. We conduct ed a lit erat ur e r eview, focusing on t he ident ifi cat ion of pat t er ns t hat highlight som e key aspect s of t he cur r ent st at us of t he fi eld, such as: fam ily business concept ; r esear ch t hem es; r esear ch appr oach; r esear ch m et hod; r esear ch st rat egy; dat a collect ion and dat a analysis t echniques. The r esult s indicat e t he exist ence of an em er ging fi eld in t he Brazilian academ ic scenar io, w hich has show n pr ogr ess in r ecent year s, par t icular ly in t er m s of an incr ease in published paper s. Fam ily busi-ness r esear ch plays a pot ent ial r ole as it becom es a r elevant academ ic alt er nat ive for r esear ch pr oduct ion and for t he developm ent of t heor ies in t he ar ea of Managem ent and Or ganizat ional St udies in Brazil.

Ke y w or ds: Fam ily business. Or ganizat ional st udies. Brazil.

* Mest re em Adm inist ração pelo Program a de Pós- Graduação em Adm inist ração da Universidade Federal

de Lavr as - PPGA/ UFLA. Pr ofessor da Univer sidade Feder al de Uber lândia – UFU – I t uiut aba/ MG/ Br asil. Ender eço: Pr aça dos Tr abalhador es, 607/ 602, Bloco A, Set or Nor t e. I t uiut aba/ MG. CEP 38300- 232. Em ail: alexfbor ges@gm ail.com

* * Mest r e em Adm inist r ação pelo PPGA/ UFLA. Pr ofessor a da Univer sidade Feder al Flum inense – UFF –

Nit er ói/ RJ/ Br asil. Em ail: car olescur a@gm ail.com

* * * Dout or a em Adm inist r ação pela Univer sidade Feder al de Minas Ger ais - CEPEAD/ UFMG. Pr ofessor a

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Introdução

A

s em presas fam iliares t êm sido obj et o de int eresse crescent e por part e dos pesqui-sador es. Trat a- se de um t ipo de em pr esa que pode ser considerada com o pr edo-m inant e eedo-m diferent es set or es de at ividade, e que cont r ibui de foredo-m a signifi cat iva para aspect os de or dem econôm ica e social, sobr et udo no Brasil ( GONÇALVES, 2000) . Dados est at íst icos r evelam que um núm er o expr essivo de or ganizações é con-t r olado por núcleos fam iliar es, o que r efor ça a im por con-t ância desses em pr eendim encon-t os para a m ovim ent ação da econom ia ( BUENO et al., 2007) . Especifi cam ent e no con-t excon-t o brasileir o, é ver ifi cável que a pr odução de ar con-t igos em congr essos e per iódicos cient ífi cos se deu com m aior frequência a part ir dos anos de 1999 e 2000 ( LI MA et al., 2010; GRZYBOVSKI , 2007) .

At ualm ent e, observa- se um aum ent o do int eresse acadêm ico pela t em át ica das em presas fam iliares, sobret udo quando se considera o crescent e volum e de produção cient ífi ca do cam po ( DEBI CKI , et al., 2009) . Cont udo, not a- se que a preocupação cient í-fi ca para com o t em a é apenas recent e ( HECK et al., 2008; POUTZI OURI S et al., 2006) . Na m edida em que se r econhece a im por t ância socioeconôm ica das em pr esas fam iliares e que o int eresse cient ífi co volt ado para a com preensão dessas organizações se t or na cr escent e, sur ge a necessidade de r ealização de est udos r efl exivos sobr e o desenvolvim ent o dest e cam po de pesquisas. Tendo em vist a est a pr eocupação, dife-r ent es t dife-rabalhos t dife-r ouxedife-ram em seu boj o esfodife-r ços de dife-r evisão do cam po de pesquisas sobr e em pr esas fam iliar es. Esses t rabalhos se dividem ent r e aqueles volt ados para a r efl exão sobr e t em as de pesquisa ( DEBI CKI , et al., 2009; PAI VA et al., 2008; CA-SI LLAS; ACEDO, 2007; SHARMA, 2006; BI RD et al., 2002; DYER JR.; SÁNCHEZ, 1998; SHARMA; CHRI SMAN; CHUA, 1997) , per spect ivas paradigm át icas ( MOORES, 2009) e per spect ivas m et odológicas ( PAI VA et al., 2008; ZAHRA; SHARMA, 2004; DAVEL; COLBARI , 2003; WI NTER et al., 1998) .

O levant am ent o da lit erat ura sobr e em pr esas fam iliar es execut ado nest a pes-quisa per m it iu obser var que exist em poucos est udos brasileir os r ealizados com o obj et ivo de m apear a pr odução nessa ár ea. Visando cont r ibuir nesse sent ido, com est e t rabalho, obj et iva- se, exat am ent e, t ent ar supr ir t al lacuna exist ent e. Para t ant o, buscou- se analisar a produção cient ífi ca brasileira sobre em presas fam iliares, a part ir do levant am ent o de art igos publicados em periódicos e anais de event os em Adm inist ração no per íodo 1997- 2009. A j ust ifi cat iva para est e r ecor t e t em poral se dá, de um lado, pelo cr escim ent o obser vado na pr odução cient ífi ca sobr e o t em a, sobr et udo a par t ir do fi nal da década de 90 e início da década de 2000 ( GRZYBOVSKI ; 2007; PAI VA et

al., 2008; LI MA et al., 2010) , e, de out r o, pela disponibilização das bases de ar t igos

em for m at o digit al, t ant o nos sít ios dos per iódicos com o nos acer vos elet r ônicos dos event os da ANPAD ( a par t ir do ano de 1997) .

Com a ident ifi cação desses aspect os, espera- se r eunir elem ent os que per m it am a const r ução de um a análise cr ít ica da at ual sit uação da ár ea, possibilit ando cont r i-buições m ais fecundas para o desenvolvim ent o do cam po e indicando novas dir eções para a pesquisa sobr e esses obj et os.

Est e t rabalho est á dividido nas seguint es seções, além dest a int rodução: um a breve revisão sobre o est ado da art e das pesquisas sobre em presas fam iliares; descrição dos procedim ent os m et odológicos ut ilizados na pesquisa; apresent ação e análise dos aspect os considerados m ais relevant es para o que se propõe nest e t rabalho e; algum as considerações e encam inham ent os que podem cont ribuir para pesquisadores da área.

Estado da Arte da Pesquisa sobre

Empresas Familiares

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a n á lise da pr odu çã o cie n t ífi ca n o pe r íodo 1 9 9 7 - 2 0 0 9

O cam po de est udos sobr e em pr esas fam iliar es é r elat ivam ent e j ovem . Seu sur gim ent o pode ser at r ibuído à abor dagem pr ó- at iva de prat icant es, cuj os pr i-m eir os t rabalhos forai-m fundai-m ent ados ei-m est udos pr át icos e ei-m est udos de caso ( POUTZI OURI S et al., 2006) . Nesse m om ent o, t eve início o r econhecim ent o do uni-ver so fam iliar no am bient e or ganizacional ( HECK et al., 2008) . No m eio acadêm ico, havia ainda algum as r esist ências para se considerar as especifi cidades desse t ipo de or ganização, especialm ent e a int eração fam ília- or ganização. Nesse sent ido, m uit os aut or es int er pr et avam que a par t icipação da fam ília nos negócios poder ia t or nar a gest ão desses em pr eendim ent os m enos pr ofi ssional ( HOY; SHARMA, 2006) .

Após esse m om ent o inicial, observou- se um crescim ent o gradat ivo do cam po de em pr esas fam iliar es. Est e cr escim ent o ocor r eu a par t ir do sur gim ent o de inst it uições pr eocupadas com o t em a ( ensino, pesquisa, consult or ia, gover no, fom ent o) , de m eios de divulgação cient ífi ca ( per iódicos especializados, linhas t em át icas em event os) e da am pliação no volum e de ar t igos publicados sobr e o t em a ( HOY; SHARMA, 2006) .

No Brasil, os pr im eir os est udos sobr e em pr esas fam iliar es apar eceram no início da década de 90, dest acando- se aqui o pioneir ism o de João Bosco Lodi. O sur gim ent o do cam po de em pr esas fam iliar es se deu a par t ir de t rabalhos de consult or ia em pr e-sar ial que focavam , pr incipalm ent e, pr oblem as vivenciados por essas or ganizações no decor r er de pr ocessos de sucessão ( GRZYBOVSKI , 2007) . Ainda segundo a aut ora, o int er esse de pesquisador es brasileir os pela discussão t eór ica sobr e em pr esas fa-m iliar es t eve início sofa-m ent e no fi nal da década de 90, cofa-m as pr ifa-m eiras publicações cient ífi cas sobr e a t em át ica. Depois disso, houve um cr escim ent o gradat ivo no volum e de t rabalhos publicados, explicado, pr incipalm ent e, pelo fat o de que os est udos sobr e em pr esas fam iliar es com eçaram a ocupar cada vez m ais espaço em event os cient ífi -cos, t ais com o o Encont r o da Associação Nacional de Pós- Graduação e Pesquisa em Adm inist ração ( EnANPAD) e o Encont r o de Est udos Or ganizacionais ( EnEO) .

Ao observar a evolução do cam po sobre em presas fam iliares, algum as caract eríst i-cas se dest acam . Diferent es aut ores m apearam a produção com o int uit o de com preender o est ado do cam po de form a sist em át ica, a part ir da ident ifi cação das linhas de pesqui-sa. No plano int ernacional, os est udos de Dyer Jr. e Sánchez ( 1998) , Bird et al. ( 2002) , Brockhaus ( 2004) , Sharm a ( 2006) , Casillas e Acedo ( 2007) e Debicki et al. ( 2009) ident i-fi caram os t em as m ais abordados nos t rabalhos, quais sej am : o processo de sucessão; a dinâm ica ent re fam ília e em presa; est rat égia e prát icas de gest ão; form ação de ciclos de vida; crescim ent o e desenvolvim ent o de em presas fam iliares; dist inções ent re em presas fam iliares e não fam iliares; cult ura organizacional; desem penho; dent re out ros. No âm -bit o nacional, Paiva et al. ( 2008) apresent aram um balanço da lit erat ura brasileira sobre em presas fam iliares publicada nos event os da ANPAD, o qual ident ifi cou os seguint es t em as m ais pesquisados: sucessão; est rat égia; m odelos de gest ão; profi ssionalização; cult ura; aprendizagem ; represent ações sociais; m udança; e em preendedorism o. Já o est udo de Davel e Colbari ( 2000) dividiu a produção cient ífi ca ent re aquela volt ada para a explicação de aspect os m at eriais ( sucessão, est rat égia, ciclos de vida, profi ssionaliza-ção, dent re out ros) e de aspect os im at eriais ( cult ura, valores, sím bolos, dent re out ros) . De m odo geral, por m eio das evidências expost as acim a, pode- se obser var que as pesquisas sobre em presas fam iliares ( t ant o no nível nacional com o no int ernacional) vêm sendo conduzidas a par t ir de abor dagens t eór icas var iadas. Segundo Gr zybovski ( 2007) , apesar de t al diver sidade evidenciar a am plit ude t em át ica do cam po, ela t am bém dem onst ra um a falt a de foco de invest igação e um a disper são de esfor ços dos pesquisador es, lim it ando a possibilidade de obt enção de cont r ibuições t eór icas m ais r obust as e o apr ofundam ent o em t em át icas r elevant es para o avanço da ár ea.

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( DEBI CKI et al., 2009; POUTZI OURI S et al., 2006) e o debat e endereça, priorit ariam ent e, o processo de am ostragem , a necessidade de com binação adequada entre m étodo, proble-m a e quadro t eórico da pesquisa, e a necessidade de realização de est udos longit udinais e cross- sect ion ( ZAHRA; SHARMA, 2004) . Os aut ores sugerem , t am bém , a ut ilização de out ras abordagens m et odológicas ( WI NTER et al., 1998) que possibilit em a const rução de t eorias m ais consist ent es e rigorosas sobre esse t ipo de organização. No âm bit o na-cional, predom ina a aplicação de m ét odos qualit at ivos ( PAI VA et al., 2008) , e o debat e dirige- se à ident ifi cação de part icularidades do processo de pesquisa fundam ent ado em t al abordagem , t ais com o a ut ilização da t écnica de est udo de caso, foco nos processos e análise das falas dos ent revist ados, possibilit ada pela int eração com os suj eit os da pes-quisa ( DAVEL; COLBARI , 2003) . Em sum a, a diferença m et odológica que se verifi ca ent re a pesquisa int ernacional e a pesquisa nacional reside na preocupação com dois pont os dist int os - am plit ude versus profundidade de análise - os quais const it uem elem ent os que podem cont ribuir e/ ou rest ringir o desenvolvim ent o do cam po.

A par t ir desse conj unt o de elem ent os, t or na- se necessár io r efl et ir sobr e o at ual est ágio de desenvolvim ent o das pesquisas sobre em presas fam iliares no Brasil. Assim , ser ia possível apont ar as pr incipais caract er íst icas dos t rabalhos sobr e a t em át ica, bem com o abr ir espaço para a r efl exão cr ít ica e geração de avanços, cont r ibuindo para am pliar as possibilidades de est udos fut uros e para ident ifi car agendas relevant es para as pesquisas sobr e esses obj et os.

Procedimentos Metodológicos

Para at ender ao obj et ivo dest e est udo, foi efet uada um a pesquisa bibliogr áfi ca, a part ir do levant am ent o dos t rabalhos publicados no Brasil sobre em presas fam iliares, em periódicos e anais de event os cient ífi cos de Adm inist ração que apresent am produção r elevant e no cam po, no per íodo com pr eendido ent r e os anos de 1997 e 2009. Com o j á expost o na int r odução dest e t rabalho, a j ust ifi cat iva para esse r ecor t e t em poral se dá pelo crescim ent o observado na produção cient ífi ca sobre o t em a, sobret udo a part ir do fi nal da década de 90 e início da década de 2000 ( GRZYBOVSKI ; 2007; PAI VA et

al., 2008; LI MA et al., 2010) , bem com o pela disponibilidade de acesso às bases de

art igos em form at o digit al, t ant o nos sít ios dos periódicos com o nos acervos elet rônicos ( CD- ROM) dos event os da ANPAD ( disponibilizado a par t ir do ano de 1997) .

É im por t ant e dest acar os pr ocedim ent os que foram efet uados no decor r er do pr ocesso de levant am ent o bibliogr áfi co. Os ar t igos foram classifi cados, inicialm ent e, com base no t ít ulo, r esum o, palavras- chave e cont eúdo do ar t igo pr opr iam ent e dit o. O quadr o 1 apr esent a os per iódicos e event os cient ífi cos pesquisados, bem com o o per íodo de t em po consult ado:

QUAD RO 1 - Pe r iódicos e Ev e n t os Cie n t ífi cos Con su lt a dos

Pu blica çã o Pe r íodo Con su lt a do

Revist a de Adm inist ração de Em pr esas ( RAE/

EAESP-FGV) 1997 a 2009

RAE Elet r ônica ( RAE- e/ EAESP- FGV) 2002 a 2009

Revist a de Adm inist ração ( RAUSP/ USP) 1997 a 2009

Revist a de Adm inist ração Mackenzie ( RAM/ Mackenzie) 2003 a 2009

Revist a Elet r ônica de Adm inist ração ( REAd/ UFRGS) 1997 a 2009

Revist a de Adm inist ração Pública ( RAP/ EBAPE- FGV) 2000 a 2009

Revist a de Adm inist ração Cont em por ânea ( RAC/ ANPAD) 1997 a 2009

Revist a Or ganizações & Sociedade ( O&S/ UFBA) 1997 a 2009

Cader nos EBAPE.br ( Cader nos/ EBAPE- FGV) 2003 a 2009

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a n á lise da pr odu çã o cie n t ífi ca n o pe r íodo 1 9 9 7 - 2 0 0 9

Encont r o de Est udos Or ganizacionais ( EnEO) 2000, 2002, 2004, 2006, 2008

Encont r o de Est udos em Em pr eendedor ism o e Gest ão

de Pequenas Em pr esas ( EGEPE) 2000, 2001, 2003, 2005, 2008

Font e: dados da pesquisa.

É im por t ant e r essalt ar que nem t odos os per iódicos e ev ent os analisados apr esent aram fl uxo cont ínuo de publicação no per íodo analisado. Alguns per iódicos com eçaram suas at ividades em anos post er ior es ( RAE- e, RAM, Cader nos EBAPE.br ) , e alguns event os ocor r em com per iodicidade bianual ( EnEO, EGEPE) . Essa var iação infl uencia o volum e de pr odução cient ífi ca, sobr et udo quando se analisa o núm er o de ar t igos publicados nos anos de 2000 ( edição especial da O&S) , 2003 ( EGEPE) , 2006 ( EnEO) e 2008 ( linhas t em át icas no EnEO e no EGEPE) . Out r o fat or que m er ece dest aque é a inclusão da t em át ica no gr upo de novos t em as de int er esse da ár ea de Est udos Organizacionais ( EnANPAD e EnEO) , am pliando o espaço acadêm ico disponível para o debat e e pr odução cient ífi ca.

Ressalt a- se, ainda, que os ar t igos selecionados foram r eagr upados e analisados sob o aspect o de cont eúdo, t endo sido dest acados: conceit o de em presa fam iliar; t em as de pesquisa; abor dagem de pesquisa; m ét odo de pesquisa; est rat égia de pesquisa; t écnicas de colet a e análise dos dados. A escolha dessas cat egor ias foi inspirada em out r os t rabalhos de r evisão j á r ealizados na ár ea de Adm inist ração e Est udos Or ga-nizacionais, t ais com o os est udos de Machado- da- Silva et al. ( 1990) , Ber t er o et al. ( 2005) , Paiva et al. ( 2008) , Nassif et al. ( 2009) , dent r e out r os.

O Campo de Pesquisas sobre

Empresas Familiares no Brasil

Nest a seção, é apr esent ado o m apeam ent o da pesquisa sobr e em pr esas fam i-liar es no Brasil. A apr esent ação dos r esult ados é subdividida em : conceit o de em pr esa fam iliar ; t em as de pesquisa; t ipo de abor dagem de pesquisa; m ét odo de pesquisa; est rat égia de pesquisa; t écnicas de colet a e análise dos dados.

Distribuição anual e por tipo de publicação

A dist r ibuição anual e por t ipo de publicação dos ar t igos é apr esent ada na t abela 1. Pr ocur ou- se ident ifi car quais são os m eios de divulgação que cedem m ais espaço para ar t igos sobr e em pr esas fam iliar es e a evolução da publicação ao longo do per íodo analisado.

TABELA 1 - D ist r ibu içã o An u a l da Pr odu çã o

An o Pe r iódico Ev e n t o TOTAL

N % N % n %

1 9 9 7 0 0,0 3 1,7 3 1 ,7

1 9 9 8 1 0,6 4 2,3 5 2 ,8

1 9 9 9 0 0,0 1 0,6 1 0 ,6

2 0 0 0 11 6,3 5 2,8 1 6 9 ,1

2 0 0 1 0 0,0 9 5,1 9 5 ,1

2 0 0 2 3 1,7 6 3,4 9 5 ,1

2 0 0 3 2 1,1 14 8,0 1 6 9 ,1

2 0 0 4 5 2,8 8 4,5 1 3 7 ,4

2 0 0 5 3 1,7 12 6,8 1 5 8 ,5

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Font e: dados da pesquisa.

Foram ident ifi cados 176 ar t igos publicados em per iódicos e anais de event os cient ífi cos no Brasil ent r e 1997 e 2009. Cabe r essalt ar que 117 t rabalhos analisam especifi cidades associadas à t em át ica das em pr esas fam iliar es ( 66,5% do t ot al) , en-quant o que 59 t rabalhos as assum em com o lócus para r ealização da pesquisa ( 33,5% do t ot al) . Essa par t icular idade r evela um im por t ant e aspect o a ser considerado no cam po. Se, por um lado, é possível obser var que exist e um r econhecim ent o dos em -pr eendim ent os fam iliar es com o obj et os de pesquisa, por out r o lado, ver ifi ca- se cer t a negligência dos pesquisador es ao considerar com o est udos sobr e em pr esas fam iliar es aqueles que t ão som ent e são realizados em em presas fam iliares. Nesse caso, especifi -cidades inerent es a esse t ipo de organização podem não ser adequadam ent e t rat adas, o que acaba por fragilizar os est udos r ealizados.

Quant o aos m eios de publicação m ais ut ilizados, dest acam - se os anais de event os cient ífi cos, os quais concent ram 75% dos ar t igos publicados. O EnANPAD, pr incipal event o cient ífi co da ár ea de Adm inist ração no Brasil, é aquele que r eúne o m aior nú-m er o de t rabalhos publicados sobr e enú-m pr esas fanú-m iliar es, conú-m 80 ar t igos ( 60,6% do t ot al) . Em seguida, os event os m ais r elevant es foram o EnEO, com 27 ar t igos ( 20,5% do t ot al) e o EGEPE, com 25 ar t igos ( 18,9% do t ot al) . Cabe r essalt ar o fat o de que os est es t r ês event os cient ífi cos cr iaram linhas t em át icas volt adas para a publicação de ar t igos sobr e em pr esas fam iliar es: EnANPAD ( edição de 2009) ; EnEO ( edição de 2008) ; e EGEPE ( edições de 2005 e 2008) . Dest aca- se, t am bém , o papel que t ais event os assum em para o desenvolvim ent o do cam po e que, at ravés desses espaços, os pesquisador es encont ram um m eio r econhecido para a divulgação de t rabalhos e cont at o com out r os pesquisador es. A t abela 2 apr esent a o núm er o de ar t igos e a dist r ibuição anual da publicação de ar t igos em anais de event os cient ífi cos.

TABELA 2 - N ú m e r o de Ar t igos e D ist r ibu içã o An u a l por An a is de Ev e n t os Cie n t ífi cos

2 0 0 7 3 1,7 11 6,3 1 4 8 ,0

2 0 0 8 6 3,4 32 18,2 3 8 2 1 ,6

2 0 0 9 2 1,1 8 4,5 1 0 5 ,7

TOTAL 4 4 2 5 ,0 1 3 2 7 5 ,0 1 7 6 1 0 0

An o En AN PAD En EO EGEPE Tot a l

N %

1 9 9 7 3 - - 3 2 ,3

1 9 9 8 4 - - 4 3 ,0

1 9 9 9 1 - - 1 0 ,8

2 0 0 0 3 0 2 5 3 ,8

2 0 0 1 5 - 4 9 6 ,8

2 0 0 2 4 2 - 6 4 ,5

2 0 0 3 6 - 8 1 4 1 0 ,6

2 0 0 4 3 5 - 8 6 ,1

2 0 0 5 8 - 4 1 2 9 ,1

2 0 0 6 14 5 - 1 9 1 4 ,4

2 0 0 7 11 - - 1 1 8 ,3

2 0 0 8 10 15 7 3 2 2 4 ,2

2 0 0 9 8 - - 8 6 ,1

Tot a l 8 0 2 7 2 5 1 3 2 1 0 0

6 0 ,6 2 0 ,5 1 8 ,9 1 0 0 %

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a n á lise da pr odu çã o cie n t ífi ca n o pe r íodo 1 9 9 7 - 2 0 0 9

Os per iódicos, t am bém , const it uem um m eio r elevant e para a publicação de ar t igos sobr e em pr esas fam iliar es, r eunindo 25% da pr odução t ot al na ár ea, com o m ost rado na t abela 1. A quant idade e dist r ibuição anual dos t rabalhos publicados em per iódicos são apr esent adas na t abela 3.

TABELA 3 - N ú m e r o de Ar t igos e D ist r ibu içã o An u a l por Pe r iódico

An o RAE RAE- e RAUSP RAM REAd RAP RAC O& S Ca de r n os

TOTAL n % 1 9 9 7 0 - 0 - 0 - 0 0 - 0 0 ,0 1 9 9 8 0 - 0 - 0 - 0 1 - 1 2 ,3 1 9 9 9 0 - 0 - 0 - 0 0 - 0 0 ,0 2 0 0 0 1 - 3 - 0 0 0 7 - 1 1 2 5 ,0 2 0 0 1 0 - 0 - 0 0 0 0 - 0 0 ,0 2 0 0 2 0 1 0 - 0 0 1 1 - 3 6 ,8 2 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2 4 ,5 2 0 0 4 0 0 3 0 0 0 0 1 1 5 1 1 ,4 2 0 0 5 0 0 0 0 1 1 0 1 0 3 6 ,8 2 0 0 6 0 0 3 3 0 0 1 1 0 8 1 8 ,2 2 0 0 7 0 0 2 0 0 0 0 1 0 3 6 ,8 2 0 0 8 1 0 0 1 0 0 1 1 2 6 1 3 ,6 2 0 0 9 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2 4 ,5 TOTAL

2 1 1 1 4 1 2 3 1 7 3 4 4 1 0 0 4 ,5 2 ,3 2 5 ,0 9 ,1 2 ,3 4 ,5 6 ,8 3 8 ,6 6 ,8 1 0 0 %

Font e: dados da pesquisa.

A Revist a Or ganizações & Sociedade é o per iódico que m ais publicou t rabalhos sobr e em pr esas fam iliar es, r eunindo 17 ar t igos ( 38,6% do t ot al) . Em seguida, apa-r ecem a RAUSP com 11 aapa-r t igos ( 25% ) , a RAM com quat apa-r o aapa-r t igos ( 9,1% ) , a RAC e o Cader nos EBAPE.br com t r ês ar t igos ( 6,8% ) , a RAE e a RAP com dois ar t igos ( 4,5% ) e, por fi m , a RAE Elet r ônica e a REAd com apenas 1 ar t igo ( 2,3% ) .

Pode- se observar que o volum e de art igos publicados em periódicos ainda é pequeno, sobret udo se com parado ao volum e de art igos publicados em event os cient í-fi cos. Com o vist o na t abela 1, foram apresent ados 132 art igos em event os e publicados 44 em revist as da área. Dest es, apenas 12 t rabalhos provenient es de event os ( 9,1% do t ot al de art igos apresent ados) foram publicados em periódicos cient ífi cos da área ( 27,3% do t ot al de art igos publicados) . Não se pode afi rm ar, nat uralm ent e, que os art igos publicados sob a form a fi nal deveriam t er sido apresent ados ant eriorm ent e em event os, m as há um a relação ent re essas duas form as de apresent ação. Na área de Adm inist ração, t em sido const ant em ent e afi rm ado que grande part e da produção de congressos não chega à form a fi nal de publicação em periódicos, o que fi ca aqui m ais um a vez const at ado. Algum as razões podem aj udar a explicar esse gap: a difi culdade e o t em po gast o para se publicar em periódicos reconhecidos, o espaço reduzido dedicado para publicações sobre o t em a e, m esm o, a t im idez dos pesquisadores que t endem a considerar a apresent ação em event os sat isfat ória para divulgar sua produção.

Foi ident ifi cada apenas um a edição especial dedicada a ar t igos sobr e em pr esas fam iliar es, r ealizada pela Revist a O&S no ano de 2000. Desse m odo, dest aca- se a im por t ância da r ealização de m ais fór uns para possibilit ar o encont r o e o debat e en-t r e os pesquisador es da ár ea, visando conen-t r ibuir para o desenvolvim enen-t o do cam po.

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signifi cat ivo, na m edida em que o aum ent o do volum e de ar t igos apont a para um a possível consolidação do cam po no cenár io brasileir o.

Conceito de empresa familiar adotado

nos artigos analisados

Considerando que exist e um a m ult iplicidade de conceit os sobr e em pr esas fa-m iliar es na lit erat ura ( DAVEL 2008; LI TZ, 2008) , t or na- se r elevant e ident ifi car quais t êm sido ut ilizados pelos pesquisador es em seus est udos ( t abela 4) .

TABELA 4 - Con ce it o de Em pr e sa Fa m ilia r Adot a do n os Ar t igos An a lisa dos

An o Obj e t o Pr opr ie da de Su ce ssã o Fa m ília TOTAL

n % n % N % n % N %

1 9 9 7 0 0,0 1 0,6 2 1,1 0 0,0 3 1 ,7

1 9 9 8 2 1,1 0 0,0 1 0,6 2 1,1 5 2 ,8

1 9 9 9 0 0,0 1 0,6 0 0,0 0 0,0 1 0 ,6

2 0 0 0 5 2,8 4 2,3 4 2,3 3 1,7 1 6 9 ,1

2 0 0 1 5 2,8 1 0,6 3 1,7 0 0,0 9 5 ,1

2 0 0 2 3 1,7 4 2,3 1 0,6 1 0,6 9 5 ,1

2 0 0 3 4 2,3 2 1,1 5 2,8 5 2,8 1 6 9 ,1

2 0 0 4 6 3,4 2 1,1 2 1,1 3 1,7 1 3 7 ,4

2 0 0 5 4 2,3 4 2,3 2 1,1 5 2,8 1 5 8 ,5

2 0 0 6 10 5,7 7 4,0 7 4,0 3 1,7 2 7 1 5 ,3

2 0 0 7 9 5,1 2 1,1 1 0,6 2 1,1 1 4 8 ,0

2 0 0 8 9 5,1 5 2,8 14 8,0 10 5,7 3 8 2 1 ,6

2 0 0 9 2 1,1 3 1,7 2 1,1 3 1,7 1 0 5 ,7

TOTAL 5 9 3 3 ,5 3 6 2 0 ,5 4 4 2 5 ,0 3 7 2 1 ,0 1 7 6 1 0 0 ,0

Font e: dados da pesquisa.

Os padr ões conceit uais do cam po foram sint et izados nos seguint es t er m os: 1) obj et o, quando a em pr esa fam iliar é abor dada apenas com o obj et o para a r ealização do est udo; 2) pr opr iedade, quando a em pr esa é considerada fam iliar a par t ir da con-j unção ent r e pr opr iedade e gest ão da em pr esa nas m ãos da fam ília ( GERSI CK et al., 1997) ; 3) sucessão, quando a em pr esa é considerada fam iliar a par t ir da pr esença de pelo m enos duas gerações na gest ão da or ganização ( DONNELLEY, 1964; LODI , 1998) ; e 4) fam ília, quando a em pr esa é considerada fam iliar a par t ir dos laços de par ent esco e/ ou sociais exist ent es ent r e um gr upo de pessoas que cont r ola a or gani-zação ( GRZYBOVSKI ; LI MA, 2004) .

Pr im eiram ent e, cabe dest acar que, dent r e os 176 ar t igos classifi cados, 117 t rabalhos analisam especifi cidades associadas à t em át ica das em pr esas fam iliar es ( 66,5% do t ot al) , enquant o 59 t rabalhos as assum em apenas com o sim ples obj et o para a r ealização do est udo ( 33,5% do t ot al) . Dent r e os t rabalhos que analisam as em pr esas fam iliar es com o t em át ica cent ral de est udo, t r ês foram os padr ões concei-t uais idenconcei-t ifi cados: o conceiconcei-t o de em pr esa fam iliar a par concei-t ir da quesconcei-t ão da pr opr iedade est eve pr esent e em 36 t rabalhos ( 20,5% do t ot al) ; o conceit o de em pr esa fam iliar vinculado à quest ão da sucessão foi encont rado em 44 ar t igos ( 25% do t ot al) ; e a noção de em pr esa fam iliar a par t ir das r elações sociais e/ ou de par ent esco ent r e seus cont r olador es est eve pr esent e em 37 t rabalhos ( 21% do t ot al) .

(9)

a n á lise da pr odu çã o cie n t ífi ca n o pe r íodo 1 9 9 7 - 2 0 0 9

a noção de em pr esa fam iliar a par t ir da sucessão, em bora m ais r est r it a, é a m ais ut ilizada pelos aut or es brasileir os. I sso pode ser explicado, em par t e, pela pr edo-m inância da t eedo-m át ica da sucessão nos est udos r ealizados, coedo-m o ser á evidenciado post er ior m ent e. Paralelam ent e, o uso do conceit o de em pr esa fam iliar a par t ir das r elações de par ent esco e/ ou sociais ent r e seus cont r olador es vem cr escendo ent r e os pesquisador es, em bora possa ser quest ionado por sua am plit ude. Esse int er esse m aior pelo conceit o vinculado à sucessão e a em er gência do conceit o de r elações fam iliar es na or ganização dem onst ram um afast am ent o do conceit o sim plesm ent e associado à pr opr iedade, evidenciando um int er esse m ais apr ofundado e com plexo pela com pr eensão da dinâm ica dessas or ganizações.

Temas de pesquisa

Um aspect o essencial da pr odução cient ífi ca do cam po de est udos sobr e em -pr esas fam iliar es é a abor dagem t em át ica adot ada pelos pesquisador es. A par t ir da análise dos ar t igos selecionados, foi possível ident ifi car onze t em át icas que t êm sido t rabalhadas e que dem onst ram alguns padr ões t eór icos da pesquisa sobr e em pr esas fam iliar es ( t abela 5) .

TABELA 5 - Te m a s de Pe squ isa sobr e Em pr e sa s Fa m ilia r e s

Te m a s de Pe squ isa N %

Sucessão 40 22,9

Est rat égia 14 8,0

Gover nança 14 8,0

Cult ura Or ganizacional 11 6,3

Pr át icas de Gest ão 9 5,1

Apr endizagem 9 5,1

Fam ília 9 5,1

Gêner o 7 4,0

Cr escim ent o e Desenvolvim ent o 6 3,4

Em pr eendedor ism o 6 3,4

Repr esent ações Sociais/ Fam iliar es 5 2,9

TOTAL: 1 3 0 7 4 ,3 %

Font e: dados da pesquisa.

Pode se observar que, dent re as abordagens t em át icas m ais est udadas no cam -po de em pr esas fam iliar es, a que m ais se dest aca é a da sucessão, pr esent e em 40 t rabalhos ( 22,9% do t ot al) . Com o t em át ica cent ral dos ar t igos, a sucessão t em sido t rabalhada a par t ir da análise do pr ocesso de sucessão em si, bem com o por m eio de m odelos t eór icos desenvolvidos por pesquisador es do cam po de est udos int er nacional ( GERSI CK et al., 1997; STAFFORD et al., 1999; BAYAD; BARBOT, 2002; LAMBRECHT, 2005) . A sucessão, t am bém , t em sido est udada sob a ót ica da const r ução e evolução do pr ocesso sucessór io, do planej am ent o da sucessão, das r elações de poder, da pr o-fi ssionalização, das pr át icas de gest ão, da cult ura, do sim bolism o, da est rat égia, do gênero, das int erações ent re predecessores e sucessores, das perspect ivas individuais dos sucessor es, da int eração ent r e fam ília e em pr esa, dent r e out r os.

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associadas à fam ília ( noção de fam ília, r elações fam iliar es na or ganização, dent r e out r os) , com 9 t rabalhos cada ( 5,1% ) ; r elações de gêner o, com 7 t rabalhos ( 4% ) ; cr escim ent o e desenvolvim ent o e em pr eendedor ism o, com 6 ar t igos cada ( 3,4% ) e; r epr esent ações sociais/ fam iliar es, com 5 t rabalhos ( 2,9% ) . Esses t em as, j unt am ent e com sucessão, est rat égia e gover nança, concent ram 74,3% de t oda a pr odução na-cional sobre em presas fam iliares durant e o período analisado. Out ros t em as, t am bém , t êm sido est udados, t ais com o: r elações de poder ; ar t igos de r evisão do cam po; m u-dança or ganizacional; ident idade; r ecur sos hum anos; psicologia; inst it ucionalism o; profi ssionalização; redes; cont abilidade; m arket ing; responsabilidade social; cognição; desenvolvim ent o local; hist ór ia; sobr evivência; e visão baseada em r ecur sos.

De m odo geral, not a- se um a concent ração de t em as de est udo no cam po. Por out r o lado, há, ainda, um a diver sidade e um a grande am plit ude de t em as abor dados. Apesar de t al am plit ude ser benéfi ca para o cam po, r efl et indo difer ent es facet as da realidade das em presas fam iliares, ela refl et e, t am bém , um a falt a de foco da pesquisa, lim it ando a possibilidade de cont ribuições t eóricas m ais robust as e de aprofundam ent o em t em át icas r elevant es para a com pr eensão da nat ur eza dessas or ganizações.

Ver ifi ca- se, assim , um a necessidade de am pliação do quadr o t eór ico de est udos sobr e em pr esas fam iliar es ( CHUA et al., 2003) , pr incipalm ent e com o int uit o de se com pr eender a dinâm ica ent r e fam ília e em pr esa, as int erações ent r e fam iliar es e os im pact os dessa r elação sobr e as pr át icas de gest ão e o desem penho da em pr esa. Assim , a t eor ização dever ia considerar, de for m a conj unt a, os obj et ivos fam iliar es e or ganizacionais, possibilit ando a ocor r ência de um a r elação sinér gica e sim bólica ent r e fam ília e em pr esa que, post er ior m ent e, possa infl uir na longevidade da or-ganização fam iliar. Por t ant o, faz- se necessár ia a inclusão da ver t ent e fam iliar nos est udos or ganizacionais e nos est udos sobr e em pr esas fam iliar es ( DYER JR.; DYER, 2009; DYER JR., 2003; LI TZ, 1997) , pois m uit os com por t am ent os or ganizacionais só podem ser explicados quando com pr eendidas as r elações que ocor r em no âm bit o da fam ília ( CASTRO et al., 2008) . É pr eciso r elevar a “ t ransver salidade do conhecim en-t o, a m ulen-t idisciplinar idade de abor dagens e a pluralidade de conceien-t os r esulen-t anen-t es da int er conexão fam ília- em pr esa” ( GRZYBOVSKI et al., 2008, p. 417- 418) .

Tipo de abordagem da pesquisa

Quant o à per spect iva m et odológica da pesquisa sobr e em pr esas fam iliar es, um dos aspect os analisados foi o t ipo de abor dagem adot ada. Os t rabalhos foram difer en-ciados a par t ir de t r ês abor dagens dist int as: abor dagem t eór ica, abor dagem em pír ica ou abor dagem t eór ico- em pír ica. Há pr edom inância da abor dagem t eór ico- em pír ica, pr esent e em 154 t rabalhos ( 87,5% ) . Foram t am bém ident ifi cados 21 t rabalhos de nat ur eza t eór ica ( 11,9% ) e apenas 1 t rabalho de nat ur eza est r it am ent e em pír ica ( 0,6% ) . Por um lado, a concent ração do cam po em t rabalhos t eór ico- em pír icos é be-néfi ca para o cam po, pois evidencia um a m aior pr eocupação com a int er face exist ent e ent re a t eoria e a prát ica. Ent ret ant o, o baixo núm ero de t rabalhos t eóricos revela um a fragilidade e lim it a o avanço da ár ea, r est r ingindo o desenvolvim ent o de conceit os, t eor ias e m odelos volt ados para a com pr eensão da dinâm ica dessas or ganizações. A t abela 6 apr esent a os r esult ados encont rados.

TABELA 6 - Abor da ge m de Pe squ isa

An o Te ór ico- e m pír ico Te ór ico Em pír ico TOTAL

n % n % n % n %

1 9 9 7 3 1,7 0 0,0 0 0,0 3 1 ,7

1 9 9 8 4 2,3 0 0,0 1 0,6 5 2 ,8

1 9 9 9 1 0,6 0 0,0 0 0,0 1 0 ,6

2 0 0 0 10 5,7 6 3,4 0 0,0 1 6 9 ,1

(11)

a n á lise da pr odu çã o cie n t ífi ca n o pe r íodo 1 9 9 7 - 2 0 0 9

Font e: dados da pesquisa.

Método de pesquisa

Os art igos apont ados com o t eórico- em píricos e em píricos na classifi cação ant erior foram reclassifi cados quant o ao m ét odo neles em pregado, ut ilizando- se o seguint e recor-t e: abordagem qualirecor-t arecor-t iva, abordagem quanrecor-t irecor-t arecor-t iva ou um a abordagem m isrecor-t a ( recor-t abela 7) :

TABELA 7 - Abor da ge m M e t odológica

2 0 0 2 9 5,1 0 0,0 0 0,0 9 5 ,1

2 0 0 3 14 8,0 2 1,1 0 0,0 1 6 9 ,1

2 0 0 4 10 5,7 3 1,7 0 0,0 1 3 7 ,4

2 0 0 5 13 7,4 2 1,1 0 0,0 1 5 8 ,5

2 0 0 6 27 15,3 0 0,0 0 0,0 2 7 1 5 ,3

2 0 0 7 14 8,0 0 0,0 0 0,0 1 4 8 ,0

2 0 0 8 31 17,6 7 4,0 0 0,0 3 8 2 1 ,6

2 0 0 9 9 5,1 1 0,6 0 0,0 1 0 5 ,7

TOTAL 1 5 4 8 7 ,5 2 1 1 1 ,9 1 0 ,6 1 7 6 1 0 0 ,0

An o Qu a lit a t iv a Qu a n t it a t iv a M ist a Tot a l

n % n % n % n %

1 9 9 7 2 1,3 1 0,6 0 0,0 3 1 ,9

1 9 9 8 5 3,2 0 0,0 0 0,0 5 3 ,2

1 9 9 9 1 0,6 0 0,0 0 0,0 1 0 ,6

2 0 0 0 9 5,8 1 0,6 0 0,0 1 0 6 ,5

2 0 0 1 6 3,9 3 1,9 0 0,0 9 5 ,8

2 0 0 2 6 3,9 3 1,9 0 0,0 9 5 ,8

2 0 0 3 11 7,1 3 1,9 0 0,0 1 4 9 ,0

2 0 0 4 7 4,5 3 1,9 0 0,0 1 0 6 ,5

2 0 0 5 10 6,5 3 1,9 0 0,0 1 3 8 ,4

2 0 0 6 21 13,5 6 3,9 0 0,0 2 7 1 7 ,4

2 0 0 7 11 7,1 2 1,3 1 0,6 1 4 9 ,0

2 0 0 8 26 16,8 4 2,6 1 0,6 3 1 2 0 ,0

2 0 0 9 9 5,8 0 0,0 0 0,0 9 5 ,8

Tot a l 1 2 4 8 0 ,0 2 9 1 8 ,7 2 1 ,3 1 5 5 1 0 0 ,0

Font e: dados da pesquisa.

A par t ir dos dados acim a apr esent ados, é possível obser var que a pesquisa qualit at iva foi a m ais em pr egada nas invest igações sobr e em pr esas fam iliar es, con-cent rando 80% do t ot al de ar t igos classifi cados. A pesquisa quant it at iva, por sua vez, se fez pr esent e em 18,7% dos t rabalhos, enquant o que a abor dagem m ist a ou m ult im ét odo foi encont rada em apenas 2 ar t igos ( 1,3% do t ot al) .

(12)

as diferenças de versões da realidade, as represent ações, a explicação das causas, dos processos e das dinâm icas int ernas dessas organizações. Desse m odo, a profundidade das análises passa a ser m ais im por t ant e do que a sim ples m ult iplicação quant it at iva de casos ( DAVEL; COLBARI , 2003) . Cont udo, o excessivo enfoque qualit at ivo dos est udos pode r est r ingir o desenvolvim ent o do cam po, vist o que est udos com um a am ost ra m ais am pla e com o uso de m ét odos quant it at ivos podem cont r ibuir para um a m aior com preensão das especifi cidades dessas organizações, com o apont ado por aut or es com o Wint er et al. ( 1998) e Zahra e Shar m a ( 2004) . O m ais apr opr iado ser ia a t r iangulação de m ét odos, possibilit ando t ant o a am plit ude, quant o a pr ofundidade na com pr eensão das em pr esas fam iliar es.

Estratégia de pesquisa

A est rat égia de pesquisa delim it ada nos t rabalhos, t am bém , foi um aspect o analisado, sendo os est udos classifi cados com o est udos de caso, et nografi as, sur vey e hist ór ia de vida e oral. A t abela 8 apr esent a a dist r ibuição dos ar t igos quant o à est rat égia de pesquisa adot ada

TABELA 8 - Est r a t é gia de Pe squ isa

An o

Est u do de

ca so Et n ogr a fi a Su r v e y

H ist ór ia de

v ida e or a l Tot a l

n % N % N % n % n %

1 9 9 7 2 1,3 0 0,0 1 0,6 0 0,0 3 1 ,9

1 9 9 8 5 3,2 0 0,0 0 0,0 0 0,0 5 3 ,2

1 9 9 9 1 0,6 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 0 ,6

2 0 0 0 9 5,8 0 0,0 1 0,6 0 0,0 1 0 6 ,5

2 0 0 1 6 3,9 0 0,0 3 1,9 0 0,0 9 5 ,8

2 0 0 2 5 3,2 0 0,0 3 1,9 0 0,0 8 5 ,2

2 0 0 3 7 4,5 3 1,9 3 1,9 1 0,6 1 4 9 ,0

2 0 0 4 7 4,5 1 0,6 3 1,9 0 0,0 1 1 7 ,1

2 0 0 5 9 5,8 1 0,6 3 1,9 0 0,0 1 3 8 ,4

2 0 0 6 19 12,3 2 1,3 6 3,9 0 0,0 2 7 1 7 ,4

2 0 0 7 9 5,8 1 0,6 3 1,9 1 0,6 1 4 9 ,0

2 0 0 8 25 16,1 1 0,6 5 3,2 0 0,0 3 1 2 0 ,0

2 0 0 9 7 4,5 0 0,0 0 0,0 2 1,3 9 5 ,8

TOTAL 1 1 1 7 1 ,6 9 5 ,8 3 1 2 0 ,0 4 2 ,6 1 5 5 1 0 0 ,0

Font e: dados da pesquisa.

Dent r e as est rat égias de pesquisa ident ifi cadas, dest acam - se os est udos de caso - sej a na m odalidade de est udo de caso único ou est udo m ult icaso - com 111 ar t igos ( 71,6% do t ot al) , os quais t êm sido a est rat égia pr ivilegiada pelos aut or es brasileir os para invest igar em pr esas fam iliar es. As dem ais est rat égias ut ilizadas, com per cent uais signifi cat ivam ent e infer ior es, são o sur vey ( 20% ) , a et nografi a ( 5,8% ) e as hist ór ias de vida e oral ( 2,6% ) .

(13)

a n á lise da pr odu çã o cie n t ífi ca n o pe r íodo 1 9 9 7 - 2 0 0 9

caso par ece dem onst rar um a falt a de aber t ura dos pesquisador es para a ut ilização de out r os m ét odos de pesquisa, fat o que cont r ibui de for m a bast ant e lent a para o avanço do conhecim ent o no cam po.

Técnicas de coleta e análise de dados

Os dois últ im os aspect os analisados foram as t écnicas de colet a e análise do m at er ial em pír ico. A t abela 9 apr esent a os r esult ados encont rados acer ca das t écnicas de colet a de dados.

TABELA 9 - Té cn ica s de Cole t a de D a dos

An o En t r e v ist a Qu e st ion á r io Obse r v a çã o

Pe squ isa docu m e n t a l

n % N % n % n %

1 9 9 7 2 1,7 1 3,6 0 0,0 0 0,0

1 9 9 8 4 3,4 1 3,6 2 5,3 1 1,4

1 9 9 9 1 0,8 0 0,0 0 0,0 1 1,4

2 0 0 0 8 6,7 1 3,6 2 5,3 5 6,8

2 0 0 1 6 5,0 3 10,7 0 0,0 4 5,5

2 0 0 2 5 4,2 3 10,7 1 2,6 1 1,4

2 0 0 3 11 9,2 3 10,7 4 10,5 7 9,6

2 0 0 4 8 6,7 2 7,1 3 7,9 6 8,2

2 0 0 5 9 7,6 2 7,1 4 10,5 8 11,0

2 0 0 6 20 16,8 4 14,3 7 18,4 13 17,8

2 0 0 7 11 9,2 4 14,3 4 10,5 7 9,6

2 0 0 8 26 21,8 4 14,3 9 23,7 14 19,2

2 0 0 9 8 6,7 0 0,0 2 5,3 6 8,2

TOTAL 1 1 9 1 0 0 ,0 2 8 1 0 0 ,0 3 8 1 0 0 ,0 7 3 1 0 0 ,0

Font e: dados da pesquisa.

Um a vez que a pesquisa qualit at iva e o m ét odo do est udo de caso foram os m ais ut ilizados pelos pesquisador es, era esperado que a t écnica de colet a de dados pr ivilegiada fosse m esm o a ent r evist a, que apar ece em 76,7% dos ar t igos pr oduzidos no per íodo. A obser vação ( sist em át ica e/ ou par t icipant e) e a pesquisa docum ent al, t am bém , apar ecem com o t écnicas bast ant e ut ilizadas pelos pesquisador es, especial-m ent e por que elas, de especial-m aneira geral, são adot adas de especial-m odo conj ugado coespecial-m out r os r ecur sos de colet a de dados, com o a pr ópr ia ent r evist a. A aplicação de quest ionár ios, por sua vez, apar eceu com o um a t écnica m enos adot ada, j ust am ent e por ser m ais aplicada a est udos de nat ur eza quant it at iva. Vale r essalt ar a r ecor r ência do uso de difer ent es m eios para colet a de dados, indicando níveis at é cer t o pont o sat isfat ór ios de t r iangulação ent r e difer ent es pr ocedim ent os de colet a.

Por fi m , a t abela 10 apr esent a os r esult ados encont rados acer ca das t écnicas de análise de dados.

TABELA 1 0 - Té cn ica s de An á lise de D a dos

An o

An á lise de con t e ú do

An á lise de discu r so

An á lise biv a r ia da

An á lise

m u lt iv a r ia da TOTAL

n % n % N % n % n %

1 9 9 7 2 1,3 0 0,0 1 0,6 0 0,0 3 1 ,9

(14)

Font e: dados da pesquisa.

No que se r efer e às t écnicas para análise dos dados, a análise de cont eúdo apa-r ece com o a t écnica m ais ut ilizada nas pesquisas sobapa-r e em papa-r esas fam iliaapa-r es no Bapa-rasil ( 72,3% do t ot al) , sobr et udo, devido à difusão ent r e os pesquisador es e, t am bém , pelo fat o das pesquisas ser em cent radas, pr ior it ar iam ent e, na abor dagem qualit at i-va. A análise de discur so é m enos em pr egada ( 7,7% do t ot al) , em bora sej a possível obser var que a ut ilização dest a t écnica t em cr escido nos últ im os anos. A m enor de-cor r ência dest e t ipo de análise, t alvez, possa ser explicada pela pouca fam iliar idade dos pesquisador es com a t écnica.

A Pesquisa sobre Empresas Familiares:

estado atual e direções futuras

De m odo geral, pode- se concluir, com a r ealização dest a pesquisa, que o cam po de pesquisas sobr e em pr esas fam iliar es apr esent a alguns padr ões r ecor r ent es, cuj a ident ifi cação per m it e r ealçar os aspect os cent rais que cont r ibuem para a confi guração at ual da ár ea.

No que se r efer e ao uso dos diver sos conceit os de em pr esa fam iliar nos ar t igos pr oduzidos, per cebe- se cer t a fragilidade do cam po, pois apesar de r econhecer os em pr eendim ent os fam iliar es com o obj et os de est udo, um a quant idade signifi cat iva de t rabalhos negligencia aspect os iner ent es à dinâm ica da int eração ent r e fam ília e em pr esa, deixando de agr egar m aior es cont r ibuições t eór icas em suas análises. I sso pode ser explicado, ainda que par cialm ent e, pelo fat o de que o cam po de pesquisas sobr e em pr esas fam iliar es é r elat ivam ent e novo. Em bora um cam po de est udos novo const it ua um a opor t unidade int er essant e para novos ent rant es, obser va- se, ainda, um a fragilidade t eór ica e conceit ual, em que grande par t e dos est udos não consegue apr ofundar e explicar as par t icular idades que t or nam as em pr esas fam iliar es dist int as de out r os t ipos de or ganizações.

Por out r o lado, dent r e os ar t igos que assum em a em pr esa fam iliar com o t e-m át ica cent ral do est udo, ver ifi ca- se ue-m r elat ivo afast ae-m ent o da sie-m ples defi nição de pr opr iedade e gest ão sob cont r ole de um a fam ília em pr esár ia, fat o que acaba por r epr esent ar um avanço do cam po. Exist e um a pr efer ência dos pesquisador es por de-fi nições vinculadas à sucessão e à noção de fam ília a par t ir de r elações de par ent esco e/ ou sociais. Essa par t icular idade cont r ibui para r evelar dinâm icas m ais apr ofundadas e com plexas, iner ent es à nat ur eza das em pr esas fam iliar es.

Em r elação aos t em as de pesquisa, ver ifi ca- se que est es abor dam um leque bast ant e am plo de alt er nat ivas. Essa caract er íst ica evidencia dois elem ent os im por-t anpor-t es. De um lado, é possível obser var a exispor-t ência de um a diver sidade de por-t em as ut ilizados para o est udo de em pr esas fam iliar es, o que per m it e a com pr eensão de

1 9 9 9 1 0,6 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 0 ,6

2 0 0 0 9 5,8 0 0,0 1 0,6 0 0,0 1 0 6 ,5

2 0 0 1 6 3,9 0 0,0 3 1,9 0 0,0 9 5 ,8

2 0 0 2 5 3,2 0 0,0 3 1,9 0 0,0 8 5 ,2

2 0 0 3 11 7,1 0 0,0 2 1,3 1 0,6 1 4 9 ,0

2 0 0 4 6 3,9 2 1,3 1 0,6 2 1,3 1 1 7 ,1

2 0 0 5 9 5,8 1 0,6 2 1,3 1 0,6 1 3 8 ,4

2 0 0 6 19 12,3 2 1,3 3 1,9 3 1,9 2 7 1 7 ,4

2 0 0 7 9 5,8 2 1,3 2 1,3 1 0,6 1 4 9 ,0

2 0 0 8 23 14,8 3 1,9 1 0,6 4 2,6 3 1 2 0 ,0

2 0 0 9 7 4,5 2 1,3 0 0,0 0 0,0 9 5 ,8

(15)

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difer ent es facet as da r ealidade vivenciada por essas or ganizações. Por out r o lado, essa am plit ude t em át ica pode r efl et ir, t am bém , um a falt a de foco das invest igações, o que lim it a as cont r ibuições t eór icas e o apr ofundam ent o de quest ões que poder iam possibilit ar um a com pr eensão m ais apr ofundada das em pr esas fam iliar es.

A par t ir das abor dagens t eór icas ident ifi cadas nos t rabalhos analisados, é pos-sível ident ifi car algum as dir eções fut uras para o cam po de pesquisas sobr e em pr esas fam iliar es. Not a- se que os t rabalhos t endem a ceder m ais at enção aos aspect os sin-gular es que const it uem essas or ganizações. Em out r os t er m os, é possível ver ifi car que a t endência não é t rat ar as em pr esas fam iliar es com o m er os obj et os de est udo, m as com pr eendê- las e invest igá- las a par t ir do pr essupost o de que a int eração ent r e fam ília e em pr esa é capaz de im pr im ir um a dinâm ica difer enciada a esses em pr een-dim ent os. Algum as t em át icas em er giram com o possibilidades int er essant es para o cam po, dent r e as quais se dest acam : a defi nição de em pr esa fam iliar ; a pr oblem át ica fam iliar pr esent e no espaço or ganizacional; a análise dessas or ganizações sob per s-pect ivas t eór icas e disciplinar es difer enciadas ( Sociologia, Ant r opologia, Psicologia, dent r e out ras) ; as pr át icas de gest ão; a est rat égia; os pr ocessos de sucessão; os pr ocessos de inovação; e o fenôm eno do em pr eendedor ism o. Esse conj unt o de t em as r evela que um a das pr eocupações cent rais dos pesquisador es cam inha no sent ido de r evelar as im plicações geradas pela infl uência da ver t ent e fam iliar sobr e os negócios e sua cont inuidade fut ura.

Em t er m os m et odológicos, v er ifi ca- se a pr edom inância de ar t igos t eór ico-em pír icos, r ealizados por m eio de abor dagens qualit at ivas de pesquisa. Out r o aspect o r elevant e consist e na pr edom inância de est udos de caso. As discussões t eór icas sobr e or ganizações fam iliar es apar ecem de m odo pouco fr equent e, fat o que lim it a o desvolvim ent o de conceit os, t eor ias e m odelos volt ados para a com pr eensão de elem en-t os vinculados a esse en-t ipo de em pr esa. Ouen-t ra defi ciência r elevanen-t e na ár ea consisen-t e na exist ência de poucos est udos quant it at ivos e de abor dagem m ist a, lim it ando um a com pr eensão m ais am pla e possíveis generalizações sobr e as caract er íst icas desses obj et os. Para a fut ura consolidação do cam po, t or na- se necessár io que haj a um equi-líbr io ent r e a ut ilização de abor dagens difer enciadas de pesquisa. A possibilidade de prim azia de um m ét odo sobre out ro parece um a discussão um t ant o inadequada nesse caso, pois a quest ão par ece ser a de ut ilizar, de for m a sim ult ânea e equilibrada, as diver sas possibilidades m et odológicas disponíveis para o pesquisador.

As lim it ações do cam po de pesquisas sobr e em pr esas fam iliar es podem ser, ent ão, sint et izadas nos seguint es elem ent os: o excesso de est udos que evidenciam as em pr esas fam iliar es apenas com o obj et o de est udo; a m ult iplicidade de conceit os e defi nições sobr e em pr esas fam iliar es; a am plit ude t em át ica; a falt a de foco das pesquisas; a pouca ut ilização de est udos t eór icos e de t rabalhos quant it at ivos; dent r e out r os. Essas lim it ações e fragilidades, por sua vez, r epr esent am desafi os cient ífi cos, na m edida em que a solução de t ais pr oblem as pode cont r ibuir para o avanço e de-senvolvim ent o do fut ur o da ár ea.

Por fi m , é possível obser var a exist ência de um cam po de pesquisas em er-gent e no cenár io brasileir o. O int er esse sobr e a t em át ica das em pr esas fam iliar es é cr escent e, o que r evela que a ár ea vivencia, at ualm ent e, um m om ent o signifi cat ivo. Assim com o o cam po int er nacional, o cam po brasileir o de pesquisas sobr e em pr esas fam iliar es t em adquir ido níveis cr escent es de volum e de t rabalhos publicados, bem com o níveis cr escent es de int er esse por par t e dos pesquisador es. Nesse sent ido, o cam po de pesquisas sobr e em pr esas fam iliar es assum e um car át er pot encial, se const it uindo com o alt er nat iva acadêm ica r elevant e para a pr odução de pesquisas e para o desenvolvim ent o de t eor ias dent r o da ár ea dos Est udos Or ganizacionais e da Adm inist ração no Brasil.

Considerações Finais

(16)

t endências e lim it ações da ár ea. Para t ant o, foi feit o um levant am ent o dos t rabalhos publicados no Brasil, no per íodo ent r e 1997 e 2009, em per iódicos e anais de event os cient ífi cos da ár ea de Adm inist ração, os quais apr esent aram pr odução r elevant e sobr e a t em át ica de em pr esas fam iliar es.

Os est udos sobr e em pr esas fam iliar es podem ser considerados r elat ivam ent e r ecent es no am bient e acadêm ico brasileir o. Essa é um a ár ea que t ende a ganhar m aior at enção dos pesquisador es em razão da im por t ância socioeconôm ica desses em pr eendim ent os. Cont udo, t or na- se desafi ador para os pesquisador es com pr eender as especifi cidades desses obj et os de pesquisa, pois são or ganizações que apr esent am um a dinâm ica par t icular, fr ut o da int eração fam ília e em pr esa, e que dem andam a const r ução de análises t eór icas sob a ót ica dessa int eração.

O conj unt o de evidências apr esent adas nest e t rabalho apont a para possibilida-des pr om issoras para o cam po de pesquisas sobr e em pr esas fam iliar es. Um novo e pr om issor cam po de est udos pode ser const r uído por m eio da r ealização de t rabalhos com m aiores níveis de profundidade, densidade, am plit ude, rigor, riqueza e relevância, t ant o no nível t eór ico com o, t am bém , em r elação ao em pr ego de um a m aior diver si-dade m et odológica. Faz- se necessár io apr ofundar as int er r elações exist ent es ent r e o sist em a fam iliar, o sist em a or ganizacional e as int er faces est abelecidas ent r e am bos. At ender a esse desafi o vai per m it ir aos pesquisador es fazer com parações e ext ensões da t eor ia exist ent e, bem com o gerar novas t eor ias para a análise dessas or ganiza-ções. Assim , o cam po de pesquisas sobr e em pr esas fam iliar es pode obt er avanços e desenvolver cam inhos que per m it am sua consolidação efet iva na ár ea dos Est udos Or ganizacionais e da Adm inist ração no Brasil, bem com o viabilizar o desenvolvim ent o de conceit os, conj unt os analít icos e cor pos t eór icos específi cos, confi gurando um a possível, desej ável e, por que não, necessár ia “ t eor ia da em pr esa fam iliar ”.

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Últ im a v e r sã o r e ce bida e m 1 0 / 0 2 / 2 0 1 2 .

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TABELA 1  -  D ist r ibu içã o An u a l da  Pr odu çã o
TABELA 2  -  N ú m e r o de  Ar t igos e  D ist r ibu içã o An u a l por  An a is  de  Ev e n t os Cie n t ífi cos
TABELA 3  -  N ú m e r o de  Ar t igos e  D ist r ibu içã o An u a l por  Pe r iódico
TABELA 4  -  Con ce it o de  Em pr e sa  Fa m ilia r  Adot a do  n os Ar t igos An a lisa dos
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