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TRIBUNAL REGIONAL DE JUSTIÇA ELEI- TORAL DO DISTRICTO FEDERAL

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BOLETIM ELEITORAL

ESTADOS UNIDOS DO BRASIL

(Decreto n . 21.076, de 24 de fevereiro de 1932)

A N N O IV P»IO D E J A N E I R O , 30 ' D E J U L H O D E 1935 N . 85

TRIBUNAL SUPERIOR DE JUSTIÇA ELEITORAL

J U L G A M E N T O S

O se. m i n i s t r o presidente designou o dia 31 do corrente para o julgamento dos seguintes processos:

1 — Recurso eleitoral n . 42 (relator s r . desembargador J o s é L i n h a r e s ) , sendo recorrentes a " U n i ã o P r o g r e s -

sista F l u m i n e n s e " c outros, e recorrido o T r i b u n a l Regional E l e i t o r a l da Estado do R i o de J a n e i r o . 2 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n. 1.3C3 (relator sr. des-

embargador J o s é L i n h a r e s ) do eleitor A n t ô n i o T e i - x e i r a Júnior,- na 108" zoua de São P a u l o .

3 — Cancellamento de inseri pão n . 1.354 (relator s r . des- embargador C o í l a r e s M o r e i r a ) , do eleitor. F r a n c i s c o Cordeiro na 24* zona de S ã o P a u l o .

h — Cancellamento do i n s c r i p ç ã o n . 1.305 (relator s r . prof.

J o ã o C a b r a l ) , do eleitor A l f r e d o Queiroz, n a 108* zona de. São P a u l o .

5 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.3G6 (relator s r . d r . Miranda V a l v e r d e ) , do eleitor J o r g e V c r d e r o z a , n a 108* zona de São P a u l o .

6 — Cancellamento do i n s c r i p ç ã o n . 1.307 (relator s r . m i - n i s t r o Eduardo E s p i n o l a ) , do eleitor J u s t i n o do N a s - cimento Pacheco, na 1 0 8a zona de São P a u l o . 7 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.368 (relator sr. m i -

nistro P l í n i o Casado;, do eleitor N í c o l a u Szegh, n a 1 0 8a zona de S ã o P a u l o .

8 — Cancellamento dc i n s c r i p ç ã o n . 1|309 (relator sr. des- embargador J o s é L i n h a r e s ) , do eleitor Olegario S a l - vador de Jesus, na 108" z o n a ' d e São P a u t o . 0 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o u . 1.370 (relator s r . des-

embargador Coílares Moreira) do eleitor A n n i b a l M a - r i n h o da S i l v a Pinto, na. 10Sa zona de São P a u l o . 10 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.371 (relator s r .

p r o f . J o ã o C a b r a l ) , do eleitor L u i z Mello Chaves, na 1 0 8a zona d São P a u l o

T5 — Cancellamcrilo de i n s c r i p ç ã o n . 1.373 (relator s r . d r , Miranda. Vai verde), do eleitor Rodolfo M o r e i r a G u i - m a r ã e s , n a 108* zona de São P a u l o .

12 — Cancelamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.373 (relator s r . m i n i s t r o Eduardo E s p i n o l a ) , do eleitor J o s é L u i z Gomes Nogueira, na 1 0 8a zona do São P a u l o . 13 — CanccLamonto de i n s c r i p ç ã o n . 1.374 (relator s r .

m i n i s t r o P l i n i o Casado), do eleitor E d g a r d V a s c o n - cellos de Mesouita, na 1 0 8a zona de São P a u l o . 14 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.375 (relator s r .

desembargador J o s é L i n h a r e s ) , do eleitor B o l i v a r Pacheco de Barros, n « 1 0 8a zona de S ã o P a u l o . 15 ~ •Cancellamento cie i n s c r i p ç ã o n . 1.370 (relator s r .

desembargador Coílares o M r o i r a ) , do eleitor d r . Adolfo Porcltat ue Assis, na 1 0 8a üona de S ã o P a u l o . 16 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.377 (relator s r .

p r o f . J o ã o C a b r a l ) , do eleitor Á l v a r o P i n t o de A l - meida, na 1 0 8a zona de São P a u i o .

17 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.378 (relator sr. d r . M i r a n d a V a l v c r d e ) , do eleitor Ângelo Spagnuolo, na

1 0 8a zona.de São P a u l o ,

*LS — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n , 1.375 (relator s r , m i -

n i s t r o Eduapdo E s p i n o l a ) , do eleitor L a u r i n l o dos Santos, ha 1 0 8a zona de São P a u l o .

39 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.380 (relator s r , m i n i s t r o P l i n i o Casado), do eleitor C l á u d i o da S i l - va B i t t e n c o u r t , na 1 0 8a zona de S ã o P a u l o .

20 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.381 (relator sr.

desembargador J o s é L i n h a r e s ) , do eleitor A n t ô n i o Vaz P i n t o , na 1 0 8a zona de S ã o P a u l o i

21 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.362 (relator s r . desembargador C o í l a r e s M o r e i r a ) , do eleitor J o ã o A l v e s F i l h o , na 1 0 8a zona de São P a u l o .

22 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.383 (relator s r . prof J o ã o C a b r a l ) , do eleitor L a u r o N o r m i n o de- Souza, na 1 0 8a zona de S ã o P a u l o .

23 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.384 (relator s r . d r . M i r a n d a V a l v e r d e ) , do eleitor Manoel F r a n c i s c o da S i l v a , na 1 0 8a zona de São P a u l o .

£4 — Cancellamento dc i n s c r i p ç ã o " n . i.3-85 (relator s r . m i n i s t r o E d u a r d o E s p i n o l a ) , do eleitor Ricardo

Scliioser, na 0 7a zona de S ã o P a u l o .

25 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1 380 (relator sr. m i - nistro P l i n i o Casado), do eleitor M i g u e l Lopes de O l i v e i r a , na 2 4a zona de São P a u l o .

20 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.388 (relator s r . desembargador Coílares Moreira) do eleitor Alberto Eichenborger, na 6 7a zona de S ã o P a u l o .

•g? — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.389 (rMator, s r . p r o f . J o ã o Cabral) do eieitot Claudino S i m ã o de A l - meida, n a 2 4a zona de São P a u l o .

28 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o s. 1.390 (relator sr. dr.

M i r a n d a V a l v e r d e ) do eleitor C i r i l i o Catr.paguer, n a 07a zona de São P a u l o .

20 •— Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . í . . 3 9 1 ( r e a t o r sr. m i - n i s t r o E d u a r d o E s p i n o l a ) d » eleitor Olavo Antunes Mendes, na 4 7a zona de São. P a u l o .

30 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.392 (relator sr. m i - nistro P l í n i o Casado) da e l e i í o r a M a r i a n a B u m a r d i n a das Dores na. 47, zona cie São P a u l o .

31 1 Caneellamonto de i n s c r i p ç ã o r. 1.393 (relator <;r des- embargador J o s é L i n h a r e s ) do eleitor J o s é B r a z L e i - te na 4 7a zona de São P a u í o .

32 — Cancellamento d e - i n s c r i p ç ã o n . 1.394 (relator sonho?

desembargador C o í l a r e s Moiceira) do eleitor Z a e h a - r i a s Manoel de Santiago, na 1 8a do P i a u i i y .

33 — Cancellamento de iftscripeão n 1.395 (relator senhor p r o f . J o ã o C a b r a l ) . d o eleitor SobatUno SpaeetiL n a 19a gona de São P a u l o .

S i — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.390 (relator senhor d r . M i r a n d a V a l v e r d e ) do eleitor L a u r o Soessel F e r r e i r a de. Mello, na IA zona do P a r á .

35 —- Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . . 1.397 (relator senho?

m i n i s t r o Eduardo Espinola) do eleitor Urbano G a r « cia, na 2 4a zona do R i o Grande do S u l .

36 —- Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.398 (relator senho?

m i n i s t r o P l i n i o Casado! do eleitor J o ã o Ramos de M o u r a , na 4 3a zona do R i c Grande do & u i .

37 —. Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.309 (relator, se- n h o r desembargador J o s é L i n h a r e s ) da eleitora J o a q u i n a Schroeder L a m p e r , na 1 8a zona do R i o Grande do S u l .

38 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.400 (relator, se- n h o r desembargador C o í l a r e s M o r e i r a ) do eleitor H e n r i q u e Sehiimdt, na 23" zona do R i o Grande do S u l .

(2)

Terca-feir" 30 P A I F t T M PT P T T O n \ j: Julho de 1935 39 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.401 (relator, se-

n h o r p r o f . J o ã o Cabral) do eleitor E d g a r d T o u r i n h o de Bittencourt, na 4 4a zona de S ã o P a u l o .

40 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.402 (relator, senhor d r . M i r a n d a Valverde) do eleitor S e b a s t i ã o F e r r e i - r a dos Santos, na 92° zona de São P a u l o .

41 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.403 (relator, se- nhor m i n i s t r o E d u a r d o E s p i n o l a ) do eleitor A n t ô - nio L u i z de A l m e i d a na 48* zona de S ã o P a u l o . 42 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.404 (relator, se-

nhor m i n i s t r o P l i n i o Casado) do eleitor B e n n o G o e d - tel, na 2 3a zona do R i o Grande do S u l .

43 —C a n c e l l a m e n t o de i n s c r i p ç ã o n . 1.405 (relator, se- n h o r desembargador J o s é L i n h a r e s ) do eleitor A r e - ]io Fei-reira de Senna na 2 0a zona do R i o Grande do -n,

44 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.406 (relator, senhor desembargador Coílares Moreira) do eleitor G u i - lherme de Quadros Schleder, na 2 3a zona do R i o Grande do S u l .

45 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.407 (relator, senhor p r o f . J o ã o Cabral) do eleitor J o ã o Pedro P a i m de O l i v e i r a , na 5" zona do R i o Grande do S u l . 46 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.408 (relator, se-

nhor d r . Miranda Valverde) do eleitor d r . C â n d i d o L i n c o l n Gustavo, na 4 5a zona de São P a u l o .

47 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.409 (relator, senhor m i n i s t r o Eduardo E s p i n o l a ) do eleitor A r n a l d o F r e y e r , na 67* zona de São P a u l o .

48 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.410 (relator, se- nhor m i n i s t r o P l i n i o Casado) do eleitor D j a l m a A l m e i d a Senna, na 3 2a zona de São P a u l o .

49 — C a n c e l l a m e n t o ' d e i n s c r i p ç ã o n . 1.411 (relator, se- nhor desembargador J o s é L i n h a r e s ) do eleitor A l - cides M o r e i r a F a r i a , na 1 3 1a zona de São P a u l o . 50 — Cancellamento de i n s c r i p ç ã o n . 1.412 (relator, se-

nhor desembargador Coílares Moreira) do eleitor S e b a s t i ã o A m é r i c o V i e i r a , na 4a zona do São P a u l o . 51 —C a n c e l l a m e n t o de i n s c r i p ç ã o n . 1.413 (relator, se-

nhor p r o f . J o ã o Cabral) do eleitor J o a q u i m Rufino de Souza, na 1 9a zona de São P a u l o .

S e c r c t a n a do T r i b u n a l , c m 29 de j u l h o do 1935. — Agripino Veado, secretario.

O T r i b u n a l , em sua 7 4a sessão o r d i n á r i a , realizada em 26 de j u l h o do 1935, sob a p r e s i d ê n c i a do s r . m i n i s t r o H e r - menegildo de Barros. r e s o l v e u :

IO) adiar para a p r ó x i m a sessão, por proposta do relator, s r . m i n i s t r o Eduardo E s p i n o l a , o julgamento da c o n - sulta n . 1.625. do T r i b u n a l Regional de Sergipe;

2o) n ã o tomar conhecimento, unanimemente, da consulta n . 1.206 (relator, s r . m i n i s t r o P l i n i o Casado), do Syndicato dos Empregados em Hotel. Restaurantes e C o n g ê n e r e s do Porto A l e g r e :

3") j u l g a r prejudicada a r e c l a m a ç ã o n . 1.269 (relator, s r . p r o f . J o ã o Cabral), de Euclydes V i e i r a S a m - paio e outros associados do Syndicato U n i t i v o dos F e r r o v i á r i o s da E s t r a d a de F e r r o Central do B r a s i l , encaminhada polo sr. m i n i s t r o do Trabalho, Industria o Commercio, por se haver esgotado o prazo para a eleição do delegado-eleitor.de classe, unanimemente;

4o) *Hio '.ornar conhecimento da consulta n . 1.35'G (relator, s r . m i n i s t r o P l i n i o Casado), da Associação dos F u n e - cionarios P ú b l i c o s do Estado do R i o Grande do S u l , porque a mesma consulta devia ser e n d e r e ç a d a ao T r i h i u i a l Regional do referido Estado, u n a n i m e - mente:

5°) adiou o julgamento da consulta n . 1.215, por proposta do relator, s r . p r o f . J o ã o C a b r a l ,

6o) mandar cancellar no A r c h i v o E l e i t o r a l , as i n s c r i p ç õ e s de que tratam os processos n s . 1.2G7 e 1.208, 1.270 a 1.283 e 1.286 a 1.312, unanimemente;

7o) mandou cancellar as i n s c r i p ç õ e s n s . 1.234. 1.239, 1.245, 1.251, 1.257 e 1.263 (relator, s r . prof.1 J o ã o C a - b r a l ) , dos quaes o T r i b u n a l n ã o havia tomado conhe- cimento na sessão anterior;

8°) converteu em d i l i g e n c i a o julgamento do processo do cancePamento de i n s c r i p ç ã o eleitoral n . 1.284 p a r a pedir i n f o r m a ç õ e s ao T r i b u n a l Regional do M a r a n h ã o . S e r ni-ia rio T r i b u n a l Superior de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 29 do j u l h o de 1935. — Aaripino Veado, secretario.

J U R I S P R U D Ê N C I A E S T A D O D O RIO D E J A N E I R O

RECURSO ELEITORAL N . 42 — 4a CLASSE DO ARTIGO 30 DO PEG INT.

Recorrente — U n i ã o Progressista F l u m i n e n s e .

Recorrido — T r i b u n a l hegional de J u s t i ç a Eleitoral, lielator — E x m o . Sr. desembargador J o s é L i n h a r e s .

Parecer n . 225*

1 3a secjão da 4a zona — Campos

Os g r a v í s s i m o s f a c í c s que oceorrem nas eleiçõws reno- vadas no m u n i c í p i o de Campos, Estado do R i o de J a n e i - ro, me obrigam a i n i c i a r o estudj do caso por uma ex- p o s i ç ã o dos acontecimentos que e n t ã o se d e r a m .

A f l s . 13 do Io v o l dos autos, e s t á a acta de i n s t a l - lação ua mesa da aP.udida secção, a 26 de maio do corren- te anno.

Delia consta que, a u m a s o l i ^ a ç ã o de u m candidato da U n i ã o Progressista F l u m i n e n s e , o qual notara que, no canto .anterior direito da urna, a j u s t a p o s i ç ã o da tampa n ã o era perfeita, permittindo, ao parecer do reclamante, a i n t r o d u c ç â o de urna sobrecarta modelo 17, o j u i z p r e - sidealo, d r . L u i z da S i l v e i r a P a i v a , v e r i f i c o u

"que a fresta referida, oriunda de ter 'empenado a madeira, duva passagem, ou melhor, poderia dar passagem a uma sobrecarta modelo 17.

E*n seguiria tomou u m providencia que, no caso em a p r e ç o , assume uma grande i m p o r t â n c i a , o que me leva a chamai para ella a a t t e n ç ã o dos e m é r i t o s julgadores.

E m c o n s e q ü ê n c i a , reza a acta de installação, sacudindo a u r a ; e constatando, na presença de Io- dos, que a mesma não arcuspra qualquer ruido nu signal de qualquer corpo solto em seu conteúdo, to- mou etc.

Reieva sabor quem eslava e n t ã o presente e acompa- nhou a p r i m e i r a phase da. v e r i f i c a ç ã o da u r n a . A acta aceusa a p r e s e n ç a do d r . A r t h u r L o n t r a ' C o s t a , autor rta s o l i c i t a ç ã o acima referida, e mais dos s e s u í u t u s c i d a d ã o s : d r s . N i l o Alvarenga, Oswaldo L u i z Cardoso de Mello.

J o ã o Antônio de O l i v e i r a G u i m a r ã e s . Sylvio Bastos T a v a - res, O l y m p i o Saturnino da S i l v a Pinto, Bento Gosta J ú n i o r , candidatos, Adamastor V e r g u e i r o da Cruz, dei í i d i n do ' ' P a r - tido Socialista, S é r g i o de B a r r o s . H o r á r i o André de O l i - veira, J o s é J o a q u i m L i n h a r e s , Abrioi. Rangel, d r . Alberto de V a s c m c e l l o s Cruz, S a l i m A'.ala Jorge \lielarvlo Francisco Augusto Ribeiro. Paurino Aieveao, M a r i a Isnana P e ç a n h a , Natividade Rocha e I": • 'tio Jose L. J*I v *s''aes. respe- ctivamente, dos can Asdruba Gaawei de Azevedo, d r . i^uiz Paimii-r, l> « Nascente Tinoco, Nelson P e r e i r a Robel, Milton de CPCVMIIU Rayn.unde B a n d e i r a W a u g h a n , H e r m j l e Rodrigi es Siiva. Moacyr Gomes de Azevedo, Os- w a l d j L u i z Cardoso ie Mello d r . Abelardo Nascimento Vasconcellos e J o s é Máximo B a l i e r o .

Averigou-se, as um, em p n . . 'de todas essas teste- munhas, que, sacudida a urna. n ã o sc o u v i u nenhum r u i d o ou qi-.alquer outro- signal que denunciasse dentro delia a p r e s e n ç a de qualquer co"po extranhi..

ISenhuma das pessoas relacionadas na acta poz em d u v i d a o factq ou declarou, no momento ou mesmo depois, que o u v i r a ruido, que desconfiara de que a urna n ã o esta- va completamente v a z i a .

F e i t a a v e r i f i c a ç ã o de que a u r n a nada continha, o j u i z presidente, declara a acta.

"tomou a p r o v i d e n c i a de fazer collar, em redor da urna, apanhando toda a parte de contacto entre a d i t a urna e sua tampa, uma cinta de papel, i d ê n - tica ás usadas para encerramento, apds a v o t a ç ã o , com que assegurou a inviolabilidade da urna antes da votação. T a ' cinta f o i , e n t ã o , rubricada pelos membros da mesa, candidatos úb fiscaes que o q u i - zerem fazer.

Original ilegível

(3)

Terça-feira 30 B O L E T I M

A acta em q u e s t ã o é u m a p e ç a m i n u c i o s a . Voltando á p r i m e i r a privdeneia tomada pelo presidente, accrescenta:

"Esclarece-se que o doutor j u i z presidente fez a v e r i t i c a ç ã o do faetr allegadc pelo candidato "dou- tor A r l h u r L u s t r a Co«ta, i n t r o d u z i n d o a r e f e r i d a sobrecarta 17, v a s i a e retirando-se em seguida, para que n ã o cahisse, como n ã o c a h i u , no i n t e r i o r da u r n a . A seguir, i n u t i l i z o u a t i r a que vedava o o r i - fício de entrada de c é d u l a s n a urna e declarou, em voz alta, iniciados os trabalhos de v o t a ç ã o " .

TAz a acta que o candidato d r . A r t h u r L o n t r a Costa pediu se consigr.ass.-; o protesto, q u j fez, pela nullidade da votação, em conseguem ia do defeito encontrado na urna e retro referido.

As occorrencias verif:'cadas p i . o e e a s i ã o do i n i c i o da a p u r a ç ã o sob a p r e s i d ê n c i a do desembargador A n t ô n i o J o s é .^e F r e i t a s J u n i c r , voem narrados na respectiva acta, que Sc encontra a f l s . 18 do Io v o l . dos autos e é de 28 de m a i o .

U d r . P r M o K e l l y , delegado da U n i ã o P r o g r e s - sista F l u m i n e n s e , declara a acta, i m p u g n o u , i n i c i a l - mente, a v o t a ç ã o , por nullidade decorrente da v i o - labilidade da u r n a , em v s i U da p r e t e r i ç ã o de f o r - malidades i n d i s p e n s á v e i s ao sigillo do voto, como se prova da acta de i n s t a l l a ç ã o , em que consta haver o presidente da mesa verificado a e x i s t ê n c i a de uma í r e s t a q u t p e r m i t t i a a i n t r o d u c ç ã o de qualquer s o - hrecarta, como elle p r ó p r i o teve oeeasião de v e r i f i - car, e n ã o haver prova bastante de estar vazio o i n t e r i o r da u r n a , e cuja abertura n ã o se procedeu, á q u e l l e tempo.

São j á contieeidos os termos da acta de i n s t a l l a ç ã o , qve íTan-screvL por onde se nota que a p r o v i d e n c i a a ser toma Ia não era a da abertura da u r n a , consa vedada p e - los arts. 70, 2o e 79 do C o d . E l e i t o r a l , a respeito dos quaes ha o seguinte commentario da l a v r a autorizada do d r . J o ã o C a b r a l :

"O seilo que o presidente r a s g a r á é o do o r i f í - cio da urna, por onde os eleitores t e r ã o de i n t r o - d u z i r os seus votos; n ã o os outros sellos appostos

ás fechaduras das urnas, os quaes devem se conser- v a r intactos".

V . Inst.' a r t . 24, l e t r a b, e 2 5 .

Voltando á acta da a p u r a ç ã o , nella achamos consigna- do, logo a p ó s o trecho para a q u i trasladado, o seguinte:

O d r . Soares F i l h o , delegado do " P a r t i d o P o p u l a r Radical", c o n t r a r i o u a i m p u g n a ç ã o pelos "seguintes fundamentos: «) que a u r n a , quando n ã o offerecesse ES condições de i n v i o l a b i l i d a d e , por p r e t e r i ç ã o de e x i g ê n c i a de natureza f o r m a l antes da v o t a ç ã o , como pretendia o impugnante, o j u i z presidente da Mesa Receptora, em tempo ut.il, isto é, antes do ser i n i - ciada a v o t a ç ã o , tomou as providencias para que n ã o pudesse ser violada, e o fez usando da a t t r i b u i - ç ã o que lhe confere o a r t . 24, § 2 das I n s t r u c ç õ e s ; b que os indiciou de v i o l a ç ã o a que se refere a l e i , f-ão os que se v e r i f i c a m depois e n ã o antes da v o - t a ç ã o .

Deduzidas as r a z õ e s que acabo de transcrever, o p r e - sidente convidou o d r . p r o c u r a d o r r e g i o n a l a e m i t t i r sua o p i n i ã o

•"tendo este, conforme reza a acta, depois de conhe- cer os termos da acta de i n s t a l l a ç ã o dos trabalhos da eleição, opinado pela a p u r a ç ã o da u r n a , porque a providencia do j u i z presidente da Mesa Receptora, calafetando, antes da eleição, os o r i f í c i o s ou a b e r t u - ras da urna, sanou de modo inequívoco, a irregula- ridade" .

Continua a acta n a m i n u c i o s a e x p o s i ç ã o das c i r c u m - etancias que cercaram o ruidoso caso:

O desembargador presidente j u l g o u procedente a i m p u g n a ç ã o pulos fundamentos apresentados contra

R L E T T O R A L Julho de 1935 1805 o acto do j u i - presidente da Mesa Receptora, embo- r a entendesse n ã br ver v e s t í g i o s actuaes e externos de v i o l a ç ã o , caso que fundamentaria o í m m e d i a t o e x a - me p e r i c i a l . O c â n d i d a ^ d r . Soares F i l h o requereu que fosse aberta a u r n a e computados os votos, por n ã o haver signaes externos de v i o l a ç ã o . O candidato d r . P r a d o K e l l y concordou en. parte com o pedido, a f i m de serem as c é d u l a s apuradas em separado.

A t í i n g e - s e agora o momento c r i t i c o da a p u r a ç ã o , quando se descobre o que tem aberto margem aos m a i s l a m e n t á v e i s acontecimentos. Prosegue a a c t a :

" A b e r t a a urna, procedeu-se á contagem das so- breeartas, verificando-se a e x i s t ê n c i a de 292, sondo que u m a se achava collada j u n t o á fresta, pelo lado m t e m o , e d u a i colladas u m a na outra, que por sua vez estavam colladas no fundo da u r n a .

E s t o u destacando os factos, para m e l h o r graval-os n a m a m a r i a e para f a c i l i t a r as c o n c l u s õ e s .

"Prosegu.nQO-so nos trabaihos, accrescenta a ac',a, constatou-se t a m b é m que h a v i a o excesso de duas sobreeartas. O candidato d r . Prodo K e l l y r e - quereu, deante da evidencia da fraude, se desse i m - mediato conhecimento do facto ao s r . d r . p r o c u r a - dor regional, para abertura cie rigoroso i n q u é r i t o , e m que se a p u r e m todas as responsabilidades dos pssiveis autores do d e l i c t o . E adeantou que i m p u - gnava a u m * , a l é m daquelle motivo, por todos os demais constantes dos protestos offerecidos pelos candidatos, perante a mesa r e c e p t o r a . Pelo c a n d i d a - to d r . Soares F i l h o foi dito que, lendo sido encon- trada uma sobveca'-^. c o l l a d - na tampa da u r n a e duas outras t a m b é m c o m p l e l a m e n l e collada no f u n - do da mesma, era evidente a tentativa dc fraudar os snffragios o requeria, assim, em bem da verdade eleitoral, que essas ires sobreeartas colladas na u r n a e que, visivelmente, n ã o foram authenticadas pelo presidente da Mesa e pelo secretario, fossem separa- das e que se procedesse ao- exame p e r i c i a l n e c e s s á - r i o para provar a falsificação, visto haver c o i n c i - d ê n c i a entre o n u m e r o de volantes e o de sobre- eartas authenticadas legitimamente, expurgadas as mtromettidas clandestinamente"

O trecho da acta om que se a t t n b u e ao d r . Soarea F i l h o a a f f i r m a ç ã o de que "essas tres sobreeartas e t c , f o i corrigido, consoante resalva feita na p r ó p r i a acta, c m seu f i - v\, devendo-se l ê r , n ã o Ires, mas duas sobreeartas. A resalva revela que as sobreeartas em q u e s t ã o e que n ã o estavam authenticadas, consoante.a a f f i r m a ç ã o do impugnante, eram as duas que se encontravam colladas no fundo da u r n a .

O desfecho de tudo isto assim consignado na a c t a :

" P e l o desembargador presidente f o i declarado que deixava de toma'' conhecimento deslas p e t i ç õ e s , em vista da incoincidcncia do numero de sobreeartas com o de votantes declarados acima narrados, pelo gue, encerrados todos os documentos na urna, fosse esta fechada e lacrada, o que f o i feito com as r u b r i - cas dos membros da T u r m a e demais interessados e que se officiasse, nos termos do a r t . 43, § Io das I n s t r u c ç õ e s , ao e s m o , s r . presidente do T r i b u n a l R e g i o n a l " .

A d v i e r a m os recursos e protestos dos interessados. De»

pois, a u r n a foi fechada e lacrada, appostas nas respectivas tiras as f i r m a s dos membros da Mesa, delegados e interes-

sados.

S u b i r a m os recursos ao T r i b u n a ! Regional, que a 8 de junho, p r o f e r i u o seguinte a c c o r d ã o , que se lê a f l s . 77, do 2o v o l u m e dos autos:

A c c o r d ã o

Vistos" e relatados os recurschs interpostos pelos candidatos D r s . J o s é M . Soares F i i h o e Heitor C o l - let e o interposto pe a U n i ã o Progressista Fluminense d a d e c i s ã o do Desembargador Presidente da 3a T u r -

ma apuradora que deixou de apurar, conforme c o m -

(4)

R O T . F / r i M F T . F T T O R A T ; Julho de 1935 m u n i c a ç ã o em officio, a v o t a ç ã o realizada na 1 3a sec-

ção da 4a zona eleitoral, por ter encontrado n a u r n a 292 sobreeartas em d i s c o r d â n c i a com o numero dc v o - tantes, que foi de 290, apud acta e folhas de v o t a ç ã o ;

Tendo decidido o T r i b u n a l p r e l i m i n a r m e n t e o julgamento conjunto dos recursos, attenta a c o n n e x ã o

<.'.a m a t é r i a , e a cxiiibição, na assentada do julgamento*

para i n s t r u c ç ã o do processo, dos documentos o r i g i * naes do acto eleitoral e da u r n a para exame das so- breeartas;

Attendcndo a que, aberta a u r n a e examinado o seu c o n t e ú d o na assentada do julgamento, ficou v e - r i f i c a d o que as sobreeartas existentes .na u r n a esta- vam authenticadas com as assignaturas por extenso do J u i z Presidente e do Secretario da Mesa -receptora, com os nomes respectivamente — L u i z cia S i l v e i r a P a i v a e G u a r a c y A l b u q u e r q u e Souto Mayor — e t i - n h a m impressas no centro a p a l a v r a —'• R e g i ã o — em seguida a quai era l a n ç a d o manuscripto o n u - mero da Zona, excepto as duas sobreeartas, colladas, uma á outra, que foram ut a acta da a p u r a ç ã o e n - contradas colladas ao fundo da urna, as quaes c o n - t i n h a m as rubricas do J u i z Presidente e do Secreta- rio, em breve, respectivamente — L u i z P a i v a e G . A . S. Mayor, e tinham, ç m manuscripto, no lado es- querdo, o numero da Zona, n ã o constando dos dizores impressos das mesmas a p a l a v r a R e g i ã o ;

Álteiidendo a que foi t a m b é m v e r i f i c a d a a e x i s - t ê n c i a do uma sobrecarta com u m a rasgadura e v e s - tigds d c c o l l a , q ü e a acta de a p u r a ç ã o diz ter-se e n - contrado c o l a d a á tampa da u r n a ;

D E C I D E o T i i b u n a l , para melhor esclarecimento da m a t é r i a debatida, deferindo o requerimento dos p r i m e i r o s recorrentes, converter o julgamento em d i - ligencia afim dc mandar proceder a exame p e r i c i a l nas tres sobreeartas differenciadas, servindo de p a d r ã o para confronto dez das sobreeartas restantes, tiradas a esmo do conjuneto, neste acto.

Nictheroy, 8 de j u n h o de 1935.

.(a.) E i o y T e i x e i r a , P .

(a.) A b e l de M a g a l h ã e s , R e l a t o r .

A f l s . 78 do mesmo 2o v o l . , no translado da acta da 0 3a

sessão do T r i b u n a l Regional, consta que o Presidente expoz, longa e minuciosamente, o furto do envolucro collado e l a - crado, em que se continham as c é d u l a s retiradas d.a u r n a , que entregues á sua guarda e autot idade, h a v i a posto em u m a das gavetas d.a sua s e c r e t á r i a , na sa a da P r e s i d ê n c i a . O T r i b u n a l Regional resolveu dar conhecimento do o c - corrido ao T r i b u n a l S u p e r i n r . E m v i s t a da d e l i b e r a ç ã o por

do votantes;, sendo que no Io recurso se pede a r e - lator o desembargador A b e l de M a g a l h ã e s , p r o f e r i u o se- guinte a c c o r d ã o , que se encontra a f l s . 80 do 2o v o l . dos autos.

Vistos, relatados o discutidos o recurso interposto pe'os D r s . J o s é M . Soares F i l h o e H e i t o r Collet e o interposto po.a U n i ã o P i o g r e s s i s t a F l u m i n e n s e da de- cisão do Desembargador P r e s i d é n l e da 3a T u r m a A p u - radora, que deixou de a p u r a r a v o t a ç ã o procedida n a

1 3a secção da 4a zona eleitoral, pelo fundamento d a i n ç o i n c i d e n c i a entre os n ú m e r o s de sobreeartas o o de votantes, sendo que no Io recurso se pede a r e - forma' da d e c i s ã o para ser pro:edid.a a a p u r a ç ã o p o r

n ã o e x i s t i r a . i n ç o i n c i d e n c i a declarada, o no 2o p l e i t e i a a d e c l a r a ç ã o de nullidade que n ã o f o r a m d e - claradas pela d e c i s ã o r e c o r r i d a ;

A G C O R D A M os J u i z e s do T r i b u n a l , de accordo com o parecer o r a l do D r . P r o c u r a d o r Regional, d a r provimento ao Io recurso para mandar proceder á.

a p u i a ç ã o e negar ao segundo, pelos seguintes f u n d a - mentos.:

I — P r e j u d i c i a l m e n t e :

Convertido o Io julgamento em d i l i g e n c i a a f i m de effectuar-se u m a p e r í c i a , tendo-se retirado, p a r a esse f i m , da u r n a 13 sobreeartas. nos termos do a c - c o r d ã o interlocutorio de f l s . , i m p o s s í v e l , se t o r n o u a r e a l i z a ç ã o da p e r í c i a , por terem sido c r i m i n o s a m e n - te subtrahidas do movei em que as guardava no s e u gabinete o E x m o . S r . Presidente do T r i b u n a l , as 13 srhrnenrtas; volvendo assim o fe;to ao j u l g a m e n t o d e f i n i t i v o .

S ú s c i t o u - s e , no debate oral, a a r g u i ç a o de que <i roubo das sobreeartas, ipso facto e ipso jure, acarreta a nullidade da v o t a ç ã o nos termos do a r t . 97, n . 7, rio Cod. E l .

Não. procede a a r g u i ç ã o .

As i n s t i t u i ç õ e s j u r í d i c a s se caracterizam, na sua d i f e r e n c i a ç ã o , por u m a finalidade especifica, e — é p r i n c i p i o inconcusso que a l e i eleitoral tem sempre por f i m assegurar a verdade da eleição .— ( R e l a t ó r i o , do E x m o . S r . Desembargador L i n h a r e s , a p a g . 981 do B o i . E l . )

Demais, sobre todas as leis, p a i r a uma finalidade s u p e r i o r que as prende em u m a d i r e c ç ã o constante o c o m m u m : o minimum elhicum de Jelinek, e subs- t r a c t u m moral que e s t á n a r a i z de todo instituto l e - gal, cujo c l a r ã o deve i l l u m i n a r o J u i z nos meandros escusos da c a s u í s t i c a j u d i c i a r i a , aonde n ã o baste para dessipar as sombras da d u v i d a a luz incerta do texto legal . . . A s s i m , j a m a i s se pode t r a d u z i r a a p p l i c a ç â o d<X l e i ao estimulo ao c r i m e e no p r ê m i o ao d e l i n q ü e n t e , com a c o n s a g r a ç ã o j u d i c i a l dos objectivos visados pela p r a t i c a c r i m i n o s a .

V i s a o preceito do a r t . 97, n . 7, i m p e d i r que a fraude .logre os effeitos collimados com a a d u l t e r a ç ã o da verdade eleitoral, mas n ã o p ô r os destinos desta A m e r c ê . d a a u d á c i a c r i m i n o s a ; o, por isso, i n v a l i d a a a eiçâo p r o v i n d a da fraude, mas n ã o f u l m i n a a urna.

v á l i d a , porque o c r i m e tenha conseguido destruir a l - gumas das c é d u l a s nella contidas, a menos que a des- t i t t j i ç ã o importe, na a l t e r a ç ã o do recultado final do p e i t o , o que somente se pode v e r i f i c a r , depois de a p u - rarem-se as c é d u l a s v á l i d a s restantes e sommarem-se>

i\s resultados da v o t a ç ã o total j á a p u r a d a . II — Quanto ao Io r e c u r s o .

A l l e g a m os p r i m e i r o s recorrentes que existe c o - i n c i d ê n c i a legal entre o numero das sobreeartas a u - thenticas encontradas na u r n a e o dos votantes, por ser esle de 290 egual ao daque Ias, porquanto duas das sobrecarlas. dentre as 292 encontradas na u r n a , ao ser aberta pela t u r m a apuradora, eram falsas e>

t i n h a m sido introduzidas f r a u d n l e n t a m e n " a n t e s de entregue a u r n a a M . R . O T r i b u n a l , fazendo a b r i r a u r n a no acto do Io julgamento, exammou por todo?

os Juizes presentes, o seu conteúdo, conforme consta do a c c o r d ã o a f l s . e da acta da sessão, et verificou qu&

as sobreeartas contidas na urna estavam authentica- das com as assignaturas,. por extenso, do D r . J u i z Presidente' e do Secretario, P r o m o t o r Publico d.a C o - marca, com os nomes respectivameiue, — L u i z da Sil-<

v e i r a P a i v a e G u a r a c y A l b u q u e r q u e íjouto Mayor — , e t i n h a m impressa no centro a p a l a v r a — R e g i ã o — , em seguida a qual era l a n ç a d o , manuscripto, o n u - mero da zona. excepto as duas sobreeartas, presas entre si fortemente por colla, que tinnam sido e n - contradas, ut acta de a p u r a ç ã o , colladas ao fundo d a u r n a , as. quaes continham as -ubrieas do J u i z P r e s i - dente e do Secretario, c m breve respectivamente:

L u i z P a i v a e G . A . S . Mayor — e tinham em m a n u s - c r i p t o no lado esquerdo o numero da zona. n ã o cons- tando dos seus dizeres impressos a paiavra — R e - gião. — , . o que evidenciava serem de modelo o f f i c i a l differente das outras todas; tendo sido t a m b é m o b - servada d i f f e r e n ç i a entre os caracteres grapnicos das r u b r i c a s nessas duas sobreeartas e as das assignatu- ras constantes das o u t r a s .

A c i r c u m s t a n c i a do, ao ser examinada pcia Mesa Receptora, anfes da v o t a ç ã o , apresentar a urna, n a j u s t a p o s i ç ã o do tampo ao corpo, uma abertura p e r - m i t t i n d o a i n t r o m i s s ã o dc sobreeartas m o d e í o 17:

' a c t a d.e i n s t a l l a ç ã o ) , devidamente, vedada pelo J u i z Presidente, com u m a t i r a dc papel conservada intacta a t é a abertura, no momento da a p u r a ç ã o , ut acta r e s - pectiva, explica, o facto do terem sido encon1 radas as duas sobreeartas que obviamente foram unidas p o r col1 a e l a n ç a d a s , pela abertura, antes de vedada, u n - tadas de colla, p a r a f i c a r e m presas ao fundo da u r n a e n ã o revelarem, pelo r u i d o , a sua ex sieneia, ao ser a u r n a sacudia pelo J u i z , p a r a v e i r i f e ^ ç ã o .

Esse conjuneto de circumstancias gera a c o n v i c - ção segura de que essas duas sobreeartas são falsas e foram introduzidas fraudulentamente na u r n a e a s - sim n ã o se podem computar no numero das sobreear- tas authenticas que s ã o as restantes, em numero

(5)

Tcvça-feirr. 30 B O L E T I M E L E I T O R A L1 Julho de 1935 1807 exacto do 290, em c o i n c i d ê n c i a com o numero de v o -

tantes.

No Io julgamento, d e c i d i u o T r i b u n a l mandar proceder a p e r í c i a nas duas sobreeartas falsas, e n v o l - vendo lambem uma sobrecarta authenlica, por ter soffrido f i m r a s g ã o ao ser desprendida da u r n a na abertura da u r n a ; c assim d e c i d i u para m e l h o r e s c l a - recimento do assumpto, i n c l u s i v e p a r a e í f e i t o s neces- s á r i o s da i n v e s t i g a ç ã o c r i m i n a l , e pnr entender n ã o poder denegar aos p r i m e i r o s recorrentes, que i n s i s - t i a m pela diligencia, esse elemento de prova, tanto mais que .a m a t é r i a t e r i a do ser apreciada pela I n s - t â n c i a superior, onde s e r i a mais d i f í i c i l , s e n ã o i m - possível, depois de abortas as sobreeartas, o exame d i r e c l o .

E o roubo das sobreeartas, praticado com o fina obvio de tornar i m p o s s í v e l a p e r í c i a considerada q u i - çá, elemento i m p r e s c i n d í v e l p a r a autorizar a a p u r a - ção da urna, robustece a c o n v i c ç ã o j á f i r m a d a da f a l - sidade das duas sobreeartas.

III — Quanto ao 2o recurso.,

Não procedem as a r g u i ç õ e s de nullidade s u s c i t a - das no 2o recurso pela U n i ã o Progressista F l u m i n e n - se, das quaes se toma conhecimento, por ter 'o officio do P . da T . A . devolvido ao T r i b u n a l a a p r e c i a ç ã o de todo o processo a p u r a t o r i o :

a) o defeito do que se resentia a urna, ao ser presente a M . R . , foi sanado pelo J u i z Presidente, no e x e r c í c i o das a t t r i b u i ç õ e s que l h e ' c o n f e r e m o a r t . 79 do Codi e a r t . 24, § 2o das I n s t r u c ç õ e s com a v e - dação da fresta resultante da i m p e r f e i t a j u s t a p o s i ç ã o do tempo ao corpo movei, por u m a t i r a de papel au~

tlienticada com as assignaturas dos mesarios interes- sados e i d ê n t i c a á t i r a usada normalmente p a r a vedar a fenda .de entrada das sobreeartas. F i c o u assim a u r n a em condições de r e l a t i v a ..inviolabilidade, of- ferecendo a s e g u r a n ç a dc n ã o poder ser v i o l a d a sem deixar v e s t í g i o s .

. i circumstancia, em que t a m b é m se funda a r e - corrente, de ter sido anteriormente v i o l a d a a u r n a com a i n t r o d u c ç ã o das sobreeartas falsas, n ã o pode ser apreciada á luz dos preceitos d o ' a r t . 90, n . 1, § Io e 3o do C o d . e art*. 42 n . 1, § Io, 2o, 3o, 4o o 5o das I n s t r u c ç õ e s , que, manifestamente, se referem a v i o - lação posterior á votação e que deixe v e s t í g i o s cons- tataveis ao ser porsente a u r n a a T . A . A vioalção havida somente se pode c a p i t u l a r como um. caso do fraude, a ser considerado em face do art. 97, n. 7; e como a fraude se tornou, inoperante e n ã o tem i n f l u e n - cia alguma sobre o resultado da v o t a ç ã o valida, n ã o oc- corre a n u l l i d a d e .

b) Não procede a allegada i n f r a c ç ã o do a r t . 57 n . 2.

Esclarecem perfeitamente- o caso as i n f o r m a ç õ e s dadas na acta de encerramento pelo J u i z P . da M . II., que, examinando pessoa.mente as condições do gabinete indevassavel, n ã o só v e r i f i c o u que a fresta existente entre as t á b u a s da parede n ã o p e r m i t t i a ver os movimentos do qualquer pessoa no seu i n t e r i o r ,

tanto mais que a b i h a v i a obscuridaclo, como ainda teve a cautela de vedar a fresta com tiras de papei, quando se tornou n e c e s s á r i o i l l u m i n a r o gabinete.

c) A coacção arguida é inconsistente. A attitude do cummissario dc p o l i c i a , que, razoavelmente n ã o . se pode p r e s u m i r capaz de i n t i m i d a r o eleitor, no g a b i - nete de ordem e de s e g u r a n ç a mantido pelas a u t o r i d a - des superiores, e de a s s i s t ê n c i a v i g i l a n t e prestada pelos partidos aos seus c o r r e l i g i o n á r i o s , n ã o p r o d u - z i u , realmente, e f í e i t o , porque o eleitor que se diz coaeto n ã o aeeeitou as c é d u l a s que lhe dera o s u p - posto coactor.

d) Argue-se ainda a v i o l a ç ã o potencial do sigillo do voto, por terem sido numeradas p e l o - P . da M . R . algumas sobreeartas. antes da v o t a ç ã o e n ã o a m e - dida da entrega ao eleitor, como preceitua o a r t . 57, n . 1. •

A noção j u r í d i c a da quebra potencial do s i g i l l o do voto, como motivo determinante de nullidade nos lermos do a r t . 97, n . 6, n ã o envolve um.a attitude de mystica d e v o ç ã o ao tabu da p a l a v r a da l e i , n e m é uma revivescencia do sacramentalismo das f o r m u - las legaes; ao contrario, é u n i p r i n c i p i o lógico, de s i g n i f c a ç ã o conceituai d e f i n i d a n ã o simplesmente

pela letra da l e i , mas principalmente pela sua r a z ã o do ser, pela finalidade que a i n s p i r o u ; e que ej.ua es- p é c i e , a salvaguarda do. voto l i v r o e e x p o n t â n e o .

Nessa conformidade, p a r a que se v e r i f i q u e a i n - c i d ê n c i a de p r i n c i p i o , ó de mister que só deixem de guardar as providencias tendentes a assegurar a pie-»

n a liberdade v o l i t i v a do votante c que da i n o b s e r v â n - c i a da letra da l e i se possa i n d u z i r a suspeita de n ã o ser l i v r e c e x p o n t â n e o o voto dado.

A s s i m é que somente em duas hypotheses deu, este T r i b u n a l , com o voto do Relator, por verificada

a quebra potencial do s i g i l l o por v i c i o em sobreear- t a s : no caso de n u m e r a ç ã o " seguida das sobreeartas, que torna p o s s í v e l a i d e n t i f i c a ç ã o do voto do eleitor, e no caso de sobrecarta autlienticada apenas pela as- isignatur.a de u m dos componentes da mesa o que se affigurou ser u m a d i f f e r e n c i a ç ã o de ordem a i d e n t i - ficar o eleitor ou a e n t i b i a r - l h e o a n i m o ; sendo cer- to que, se o E g r é g i o T r i b u n a l S u p e r i o r confirmou as d e c i s õ e s dadas no p r i m e i r o caso, reformou a profe- r i d a no segundo, por j u l g a r excessiva a a m p l i a ç ã o do conceito.

u r a , na eleição em a p r e ç o , a irregularidade por ventura h a v i d a em r e l a ç ã o a algumas sobreeartas com a arguida i n o b s e r v â n c i a do preceito que manda serem

numeradas as sobreeartas á medida da entrega ao eleitor, (art. 57, n . 1), n ã o 6 de ordem a ensejar a possibilidade da i d e n t i f i c a ç ã o do eleitor- ou de ge- r a r no seu animo o receio eventual de ter sido m a r - cado' o seu v o t o .

Aliás, da e x p r e s s ã o da l e i — a medida da entrega, e n ã o no momento, da entrega, é do i n f e r i r - s e que a d e t e r m i n a ç ã o , embora i n c l u í d a no art.' referente ao sigillo do voto, com o qual n ã o parece ter c o n n e x ã o n e c e s s á r i a , c o n t ê m u m a p r o v i d e n c i a de ordem do ser- v i ç o de v o t a ç ã o , visando proporcionar — medir — a n u m e r a ç ã o das sobreeartas . ao numero de votantes para i m p e d i r a possibilidade de sobrarem sobreear- tas authenticadas.

e) T a m b é m n ã o constituo nullidade, cuja sanc- ção legal, a l i á s n ã o sc i n d i c a no recurso, a c i r c u m s - t.ancia dc uni eleitor, ao voltar ao gabinete indevas- savel. entregue ao P. da M . a sobrecarta para q n é fos- se supprida a o m i s s ã o da assignatura do secretario, e n t ã o notada.

A hypothesc de s u b s t i t u i ç ã o da sobrecarla pela p r e s t i d i g i t a ç ã o do Presidente, suggorida no recurso, é uma p r e s u m p ç ã o que a l e i repelle, pois d á ao me- sario, em v á r i o s lauces do acto eleitoral, a a t t r i b u i ç ã o de tomar a sobrecarta das m ã o s do eleitor, para dar- lhe destino ( a i t . 30, ns. 11 o 14 das í í i s t . )

Nictheroy, 15 de j u n h o dc 1935.

(a.) E l o y T e i x e i r a , P .

(a.) A b e l de M a g a l h ã e s , R e l a t o r ,

Esse pronunciamento do T r i b u n a l Regional, abrangendo os recursos ns. 9" e 11, n ã o somente versou os casos da i n - v i o l a b i l i d a d e d.a u r n a e da i n ç o i n c i d e n c i a , mas . t a m b é m as demais nullidades invocadas pelos interessados.

E s t ã o a f l s . 50 o 01 do 3o v o l t . c e r t i d õ e s da acta da a p u r a ç ã o da famosa urna, o que se realizou a 17 de j u n h o .

Seguiu-se o recurso n . 12, interposto pela U n i ã o P r o - gressista F l u m i n e n s e a 19 de j u n h o ( 3o v o l , f l s . 40,).

O T r i b u n a l Regional p r o n u n c i o u a respeito o a c c o r d ã o que se. encontra a f l s . T3 do 3o v o l , dos autos, cujo teor é o seguinte:

Accordão

Vistos, relatados e discutidos os presentes, autos d e ' r e c u r s o eleitoral n . 12, em que é recorrente- a União Progressista Fluminense e r e c o r r i d a a 3" Tur- ma A.puradora.

Das aliegações articuladas pela recorrente a f o - lhas 3, apenas t r ê s encerram m a t é r i a nova a t t i n e n - te á a p u r a ç ã o procedida pela 3a T u r m a  p u r a d o r a recorrida,- constituindo as demais m a t é r i a velha, j á devidamente examinada por este T r i b u n a l , que,, por accordão de 15 do corrente, exarado no .recurso n u - mero 9, houve por bem julgal-as imm-Qcedentcs e, assim, negar-lhe p r o v i m e n t o .

(6)

180 Terça-feira 30 ROTFTTM FJ.FTTORAL Julho de 1935 tsto p o s t o :

£ — A recorrente allega q u e : " O i l l u s t r e p r e s i - dente da t u r m a n ã o attendeu ao requerimento f o r - m u l a d o ' no sentido de proceder-se a u m exame p e - r i c i a l na u r n a , p a r a c o n s t a t a ç ã o de que lhe f a l t a m quaesquer i n d í c i o s de trafego p o s t a l " .

A a l l e g a ç ã o é de manifesta improcedencia, p o r isso que a d e c i s ã o do presidente da T u r m a  p u r a - dora plenamente se j u s t i f i c a na c i r c u m s t a n c i a de j á h a v e r sido a mesma u r n a aberta tres vezes, s u c - cessivamento. sendo a p r i m e i r a e m 28 de m a i o des- te anno, a segunda em 8 de j u n h o , e, finalmente, a terceira em 17 do mesmo mez. quando foi f e i t a a a p u r a ç ç o i m p u g n a d a .

I a e s v e s t í g i o s , consistentes em formulas do r e - gisto postal, colladas sobre a t a m p a da u r n a , n e - cessariamente t e r i a m desapparecido da p r i m e i r a

vez em que foi ella aberta. A l é m disso, nada h a que j u s t i f i q u e a suspeita de h a v e r sido s u b s t i t u í d a essa u r n a , como d e i x a transparecer o objeclivo a » d i l i g e n c i a requerida, de vez que, na parte e x t e r n a desse m a t e r i a l , f o r a m ainda constatados todos . os

elementos da sua i d e n t i f i c a ç ã o , isto é, as r u b r i c a s d>

Presidente do T r i b u n a l , do J u i z de D i r e i t o que p r e - s i d i u á Mesa Receptora, dos mesarios, delegados dos partidos e fisceas, sobre a t i r a de papel e n v o l v e n - te, como se l ê na acta dos trabalhos da a p u r a ç ã o , referente á secção ( f l s . ) .

II — A a l l e g a ç ã o de que o Presidenta da 3a T u r m a  p u r a d o r a i m p e d i u ou poz o b s t á c u l o s á ' f i s c a l i z a ç ã o dos trabalhos de a p u r a ç ã o , n ã o tem, por sua vez, apoio legal, por isso que exaetamente o c o n t r a r i o do que se allega, v e m demonstral-o as r a z õ e s da r e c o r - rente, nas quaes se encontram referencias aos m e - nores detalhes do que oceorrera nos s e r v i ç o s da a p u - r a ç ã o , baseados nas o b s e r v a ç õ e s vigilantes do delegado da recorrente, presente em todas as phases dos traba- lhos a p u r a t i v o s .

E da p r ó p r i a acta, cujo transumpto n ã o coffreit nenhuma c o n t e s t a ç ã o , se v e r i f i c a que f o r a m a d m i l t i - dos, no recinto, os delegados dos partidos interessados, inclusive o da recorrente, e os candidatos presentes desde o i n i c i o dos t r a b a l h o .

O que, naturalmente, o Presidente da T u r m a  p u - r a d o r a n ã o p e r m i t t i u , — e com acerto, — foi que houvesse a g g l o m e r a ç ã o i n ú t i l de pessoas, levadas pela curiosidade, e isso s e m . d u v i d a , por amor á ordem e fundado temor de oceurrencias prejudiciaes ou c o m - promottedoras dos trabalhos que e n t ã o se proces- savam .

III — Resta, finalmente, a a r g u i ç à o constante do item n . 12, pela q u a l t e r i a havido a quebra do s i - gillo do voto, porque, " n ã o obstante a regra posta no a r t . 57, I n . 1, do Código E l e i t o r a l , reclamando que as sobreeartas sejam uniformes, — uma, aquella c o m que votou — o ã o da Costa W a g n e r , estava d i f f e r e n c i a - da das outras'", e, sendo apurado, como f o i , o v o t o desse eleitor, contaminou os demais suffragios, a c a r - retando, assim, a n u l l i d a d e da v o t a ç ã o .

E m face dos dizeres da acta dos trabalhos de a p u - r a ç ã o , a a r g u i ç ã o f o r m u l a d a pela representante da recorrente n ã o parece y c r o s i m i í .

De facto, nessa acta, e s t á consignado que a r e - querimento do mesmo, formulado antes das r e s - pectivas aberturas, todas as sobreeartas foram e x a - minadas pelo Presidente da T u r m a , com a a s s i s t ê n c i a dc todos os seus membros, dos delegados dos partidos, inclusive o da recorrente, e dos demais interessados presentes ao acto.

Nesse exame, a s s á s meticuloso pela c i r c u m s t a n c i a do momento e feito anteriormente á contagem dos vofos, antes da abertura das sobreeartas, na o p p o r t u - nidade legal prescripta nas I n s t r u c ç õ e s (art. -13 § 4o) ,

— ficou plenamente eonstatada, sem n e n h u m p r o t e s - to, a perfeita uniformiiidade de todas as sobreeartas que iam ser apuradas.

Note-se, ainda, que p o r o e e a s i ã o do ser decre- tado o exame p e r i c i a l em 2 sobreeartas diffcrenciadas, ficou verificado na assentada do julgamento por este T r i b u n a l , como consta do A c c o r d ã o proferido no R e - curso, 9 a p a g . 9, que as sobrecargas e n t ã o existentes

na u r n a estavam authenticadas c o m as a s s i - gnaturas, por extenso, do J u i z Presidente u do Secre- t a r i o da Mesa Receptora o t i n h a m impressa no c e n - t r o a p a l a v r a — Região — em seguida á qual era l a n ç a d o , manuscripto, o n u m e r o da Zona, com e x c e p ç ã o daquellas duas sobreeartas, arroladas*de falsas.

E e i t a , entretanto, a contagem de todos os votos, depois de estarem confundidas, umas com as outras, todas as c é d u l a s j á apuradas de accôdo com as r e - gras do a r t . 44 das citadas Instrucções, sem que mais se pudesse, p o r q u a l q u e r forma, identificar a c é d u l a com a respectiva sobrecarta, sendo mesmo i m p o s s í v e l d i s t i n g u i r entre innumeras c é d u l a s apuradas, todas perfeitamente eguaes aquella em que t e r i a votado o eleitor, f o i que s u r g i u o delegado da recorrente i n d i - cando u m a determinada cédula c o m a q u a l t e r i a v o t a - do o eleitor J o ã o da Costa. W a g n e r , apontando, ainda, em re-exame das sobreeartas j á vasias, uma que d i f - í e r e n c i a v a das demais como sendo precisamente a q u e l - la que devera ter contido as c é d u l a s desse eleitor ( V i - de acta de f l s . )

Sem d u v i d a que o appareeimento, á u l t i m a h o r a , dessa sobrecarta assim assignalada, sem que os seus signaes differonciaes tivessem sido notados, nem no exame p r é v i o , feito anteriormente pelos membros do T r i b u n a l , nem no exame meticuloso procedido pelo Presidente da T u r m a  p u r a d o r a e por toda a a s s i s t ê n - c i a , v i v a m e n t e interessada n a a p u r a ç ã o , — constituo, u m f a d o dc accentuada estranheza e de m u i t a s i n - g u l a r i d a d e .

Mas, admitta-se a sua realidade e que se trate, apenas, de u m dos innumeros casos de que nos f a l a Claparéde no seu l i v r o "Experience sur le Temoigna- ge", no q u a l o .eminente professor da Universidade de

Geneve p r o c u r a demonstrar os erros a que podem l e - v a r os depoimentos fundados na a t t e n ç ã o e s p o n t â n e a .

A d m i t t a - s e , pois, que os membros deste T r i b u n a l e o Presidente da T u r m a  p u r a d o r a hajam elaborado em erro, e que todos os ciscumstantes que, na acta da a p u r a ç ã o testemunharam o exame p r é v i o procedido nas sobreeartas apuradas, se tenham, t a m b é m , enganado, a que a sobrecarta em q u e s t ã o , v e i u originariarnciite, sem que n i n g u é m , a t é e n t ã o , a tivesse percebido, d i f - f e r a i c i a d a das outras, por trazer, a mais. a i n d i c a ç ã o , m a n u s c r i p t a , da zona e l e i t o r a l .

T e r - s e - i a dado, por essa c i r c u m s t a n c i a , a quebra potencial do sigillo dp voto, em face da lei c da j u r i s - p r u d ê n c i a do E g r é g i o T r i b u n a l S u p e r i o r ?

E m face da l e i , n ã o , — porque, para que se dâ a i n c i d ê n c i a do p r i n c i p i o legal i n s c r i p t o no a r t . 97, n . 0. do Código E l e i t o r a l , é n e c e s s á r i o que se deixem do observar as providencias aeauleladoras da plena l i - berdade v o l i t i v a do eleitor e que, da i n o b s e r v â n c i a do texto da l e i , possa resultar a suspeita de n ã o ter sido l i v r e o e s p o n t â n e o o voto dado.

Ora, no caso em a p r e ç o se, dc facto, j á existia, o r i g i n a r i a m e n í e , a i r r e g u l a r i d a d e allegada, na sobre- carta em q u e s t ã o , pela i n o b s e r v â n c i a do preceito l e - gal — (art. 57, I, o. 1, do Código C i v i l ) , essa i r r e - gularidade n ã o é de ordem a p o s s i b i l i t a r a i d e n t i f i c a - ç ã o do e l e i l o r ou de gerar, em seu animo, o receio eventual de ter sido marcado o seu v o t o .

A s s i m , lambem, o tem entendido o E g r é g i o T r i - b u n a l Superior, que em pacifica j u r i s p r u d ê n c i a j á f i r m o u o p r i n c i p i o de que, a v i o l a ç ã o imminentc do s i g i l l o cio voto somente oceorro quando a n u m e r a ç ã o das sobreeartas n ã o obedecer á s e r i a ç ã o de 1 a 9, ou quando as sobreeartas n ã o rontecm a assignatura de qualquer dos membros da Mesa Receptora, o que n ã o se d á na e s p é c i e .

Ademais, nessa phasc final dos trabalhos da a p u - r a ç ã o , o requerimento do delegado da recorrente, de u n i ro-exame nas sobreeartas j á apuradas, era, n ã o s ó impertinente, como intempestivo, por absoluta c a r ê n - c i a de apoio legal, ú m a vez que a diligencia r e q u e - r i d a j á h a v i a sido realizada, a pedido do p r ó p r i o i m - pugnante, como se v ê da acta da a p u r a ç ã o , e n ã o mais

era de a d m i t t i r - s e , tanto na parte concernente ao r e - exame dessas sobreeartas. como no que dissesse r e s - peito ás c é d u l a s apuradas, — nos termos claros dos a r t s . 43 e §§, 44 e §§ das Instrucções.

(7)

Terça-feira 30 B O L E T I M E L E I T O R A L Julho de 1935 1809 Accordam, por estes fundamentos, os juizes do T r i -

bunal Regional E l e i t o r a l do Estado, negar p r o v i m e n t o ao recurso.

Nictheroy, 26 de J u n h o de 1935. — Eloy Teixei- ra, Presidente. — Costa e Silva, R e l a t o r . — Ribeiro de Freitas Júnior, somente pela c o n c l u s ã o .

E m recurso contra o resultado geral do pleito s u p p l e - mentar, os quaes se acham no v o l . 1 dos autos, s u b i u a m a - t é r i a ao T r i b u n a l S u p e r i o r .

Com referencia á 13a s e c ç ã o da 4" zona, as r a z õ e s de i m p u g u t ç ã o do f l s . 41 assim a r t i c u l a m as nullidades que i n - vocam :

a) v i o l a b i l i d a d e d a u r n a ;

b) i n ç o i n c i d e n c i a de sobreeartas com o n u m e - ro de votantes;

c) c o a c ç ã o ;

d) v i o l a ç ã o do s i g i l l o do voto, pela d e v a s s i b i l i - dade do gabinete;

e) p r e t e r i ç ã o de formalidades legaes e v i o l a ç ã o do sigillo do voto, pela i d e n t i f i c a ç ã o do suffragio do eleitor J o ã o da Gosta W a g n e r .

E x m o . s r . r e l a t o r allude á 13a secção da 4" zona ( C a m - pos) nos n s . I X , X e X I I I do seu rolatorio-parecer, c o n - cluindo pela nullidade da a p u r a ç ã o .

/ " N ã o estava longe, escreve s. e x c í a . , de concor- dar com a s o l u ç ã o dada pelo T r i b u n a l Regional, se n ã o houvessem sido subtrahidas as sobreeartas guardadas pelo presidente do T r i b u n a l Regional, por isto que ellas, tendo sido tirada? a esmo, n ã o t i n h a m ainda sido verificadas se eram ou n ã o authenticas, se entro ellas"

h a v i a ou n ã o d i v e r g ê n c i a , se h a v i a v i c i o na assignala- ção dellas, dc modo que o T r i b u n a l Regional p a r t i u de u m presupposto para v a l i d a r a v o t a ç ã o , quando, no caso, j á havia v i o l a ç ã o provada cuqa p e r í c i a v i r i a c o n - c l u i r pela authenticidade da v o t a ç ã o . Mas, desde que cila n ã o se realizou por ter oceorrido o furto, claro é que o T r i b u n a l Regional, para ser lógico, deveria, ficar no julgamento, digo, no julgado constante do a c c o r d ã o a f l s . 77 do 2" v o l . dos autos.-Penso que a a p u r a ç ã o é n u l l a , por n ã o se poder v e r i f i c a r se f o - r a m ou n ã o introduzidas dolosamente as tres sobre- eartas c mais que com estas desappareceram 10 o u - tras — que n ã o t i n h a m sido examinadas — só m e d i a n - te a v i s t o r i a , que o T r i b u n a l Regional j u l g o u i n d i s - p e n s á v e l oara resolver definitivamente o caso, seria p o s s í v e l se apurar ou n ã o a v o t a ç ã o .

De tudo se e s l á vendo que a s o l u ç ã o dada c m casos semelhantes na eleição do C e a r á n ã o é dc modo a l - gum recommendavel, porque o v i c i o a fraude, se p r o - duz dentro do p r ó p r i o T r i b u n a l .

Se estivesse provado de modo absolutamente c e r - to que as " c é d u l a s ditas colladas c differenciadas" t i - vessem sido introduzidas na u r n a antes desta ser r e - mettida a Secção eleitoral, seria de toda moralidade que se renovasse a v o t a ç ã o ainda que esta j á fosse r e - novaria, por isto que n ã o se p ô d e dizer r e n o v a ç ã o a u m a v o t a ç ã o que i n i c i a l m e n t e j á estava fraudada, mas só a p e r í c i a poderia resolver o caso, mas esta foi i m - p o s s i b i l i t a d a . Não discuto aqui a quem cabe a res- ponsabilidade, apenas objectivo o caso c m a p r e ç o . E ' o que se oceorre dizer sobre o famoso caso da u r n a do Carmine'*

O reiaturio parecer cogitou apenas das nullidades a r - gtiidas nas letras a, b da r e l a ç ã o ha r>ou<-o- t r a n s c r i p l a .

Procederei da mesma maneira, n ã o porque considero prejudicadas as demais a: -uições, uma vez r e s o l v i d a » as i m p u g n a r õ e s Cuidadas na v i o l a b i l i d a d e da u r n a e i n ç o i n c i - dencia, mas porque se me afigura que foram todas conscien- ciosamdnte estudadas e resolvidas pelos tres accordãos que transcrevi neste parecer, os quaes apreciaram, em todas as suas facetas, a d o c u m e n t a ç ã o e as allegações referentes aos suppostos vicios da e l e i ç ã o . E n t r e os elementos de prova se encontra a v i s t o r i a feita no gabinete, para v e r i f i c a r a sua. indevassahilidade. E s t á a f l s . 107 do 2o volume dos autos, no recurso p a r c i a l n . 11, o qual, appensado ao de n . 9. consoante de l ê r no termo de f l s . 129. foi julgado c u i i - mitantemente com este pelo a c c o r d ã o de f l s . 80. A l e i t u r a do laudo de fls. 123 convence da nenhuma s i g n i f i c a ç ã o do que se allegou contra as condições da e a b i n « .

Os peritos a declararam completamente indcvassavei, p a r a o f i m a que se d e s t i n a v a .

Evidentemente, as ú n i c a s circumstancias dignas de a p r e ç o , nesta fase do julgamento, s ã o aquellas a que se r e f e r i u o r c - l a t o r i o - p a r e c e r .

Lamento n ã o poder concordar com as c o n c l u s õ e s do s r . r e l a t o r . Os tres a e c o r d ã o s transcriptos, sobretudo o de f l s . 80 do 2° v o l . dos autos, me convenceram do que a r a z ã o e s t á com o T r i b u n a l R e g i o n a l .

A c h a o s r . relator que, se estivesse provado, do modo absolutamente certo, que as c é d u l a s ditas colladas o diffe- ciadas tivessem sido introduzidas na u r n a , antes de esta ser remettida á secção eleitoral, seria de toda a moralidade que se renovasse a v o t a ç ã o , ainda que esta j á houvesse sido objecto de r e n o v a ç ã o , p o r 'isso que n ã o se p ô d e q u a l i f i c a r do r e n o v a ç ã o a u m a v o t a ç ã o que i n i c i a l m e n t e estava fraudada.

A m i m me parece que a p r o v a do facto é a mais cabal p o s s í v e l . A ' Mesa Receptora se denunciou, antes da v o t a ç ã o , que a u r n a apresentava u m a fresta p o r onde sobreeartas p o - d e r i a m ser i n s i n u a d a s . Antes do i n i c i o dos trabalhos, o J u i z Presidente, no e x e r c í c i o das a t t r i b u i ç õ e s cpio lhe j u t o r g a - v a m o a r t . 79 do Código E l e i t o r a l o a r t . 24, § 2° das Ins- t r u c ç õ e s , sanou o defeito, g a r a n t i u a s e g u r a n ç a da u r n a , m i - nuciosamente, de modo que qualquer v i o l a ç ã o d e i x a r i a ves- t í g i o s . T ã o certas foram as medidas t o n a d a s que a u r n a chegou ás m ã o s da T u r m a  p u r a d o r a sem revelar signaes de ter sido desrespeitada, consoante se attesta na acta do a p u r a - ç ã o , a f l s . 18 do Io v o l . Estes factos demonstram, á sacieda- de, que as duas sobreeartas colladas J I fundo da u r n a foram n e l l a introduzidas antes dos trabalhos d a v o t a ç ã o . P a r a chegar-se a u m a c o n c l u s ã o contraria, s e r á n e c e s s á r i o destruir as actas do i n s t a l l a ç ã o e de a p u r a ç ã o do pleito renovado no m u n i c í p i o de Campos. Não me parecendo legalmente pos- sível, salvo m e l h o r lição, renovar eleição j á renovada, a c o n - c l u s ã o só p ô d e ser u m a : manter o pleito j á c o r r i d o .

O s r . relator concordaria com a s o l u ç ã o dada pelo T r i - b u n a l ' R e g i o n a l , se se realizassem as seguintes c o n d i ç õ e s :

a) n ã o haverem sido subtrahidas as sobreeartas guardadas pelo Presidente do T r i b u n a l Regional;

b) terem sido verificadas as sobreeartas, a ver se eram ou n ã o authenticas, e n ã o serem tiradas a esmo, como foram, de modo a levar o T r i b u n a l Regional a p a r t i r de falso presupposto.

Quanto á segunda c o n d i ç ã o , ha evidente equivoco por parte do s r . r e l a t o r . As sobreeartas foram tiradas a esmo, depois de minuciosamente examinadas pelo T r i b u n a l Regio- nal, sob o ponto dc v i s t a de sua authenticidade. Negal-o i m p o r t a em negar ioda a veracidade ao que assegurou o T r i - b u n a l Regional, no a c c o r d ã o do v o l . 2o p a g . 7 7 . E ' do r e - ferido a c c o r d ã o o seguinte:

a) attendendo a que, aberta a u r n a e examinado o seu conteúdo na"assentada do julgamento, ficou verifi- cado que as sobreeartas existentes na urna estavam authenticadas com as assignaturas por extenso do J u i z Presidente e do Secretario da Mesa Receptora, com os nomes respectivamente — L u i z da S i l v e i r a P a i v a e G u a r a c y Albuquerque Souto Mayor — e t i n h a m i m - pressas no centro a p a l a v r a — Região — em seguida a qual era l a n ç a d o manuscripto o numero da zona. ex- cepto as duas sobreeartas colladas uma á outra, que foram ut acta da apuração, encontradas colladas no fundo da urna, as quaes continham as rubricas do J u i z Presidente o do Secretario em breve, respectivamente, L u i z P a i v a e G . A . S. Mayor, e t i n h a m , cm m a n u s - c r i p t o , no lado esquerdo, o numero da zona, n ã o cons- tando dos dizeres impressos da mesma a p a l a v r a R e - g i ã o :

b) attendendo a que foi t a m b é m v e r i f i c a d a a e x i s - t ê n c i a de u m a sobrecarta com u m a rasgadura e v e s t í - gios de colla, que a acta diz ter-se encontrado collado á tampa da u r n a .

Com estes fundamentos, decidiu-se pela p e r í c i a , de- clarando-se que esta s e r v i r i a para melhor esclarecimento do assumpto, devendo a t t i n g i r as tres sobreeartas d i f f e r e n - ciadas.

O T r i b u n a l Regional especificou em que consistiam as d i f f e r e n c i a ç õ e s quanto ás duas p r i m e i r a s sobreeartas e quanto á t e r c e i r a . E s t a i a á p e r í c i a somente porque apre- sentava, u m a rasgadura o v e s t í g i o s de c o l l a . A acta de a p u r a - ção attesta que essa rasgadura se deu quando a sobrecarta

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