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Para quem a Informação? Uma questão de Usabilidade :: Brapci ::

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RESENHAS

PARA QUEM A INFORM AÇÃO?

UM A QUESTÃO DE USABILIDADE

Thiago de Andrade M arinho

M est rando em Comunicação pela Universidade Federal da Paraíba, Brasil. Email: t marinho@gmail.com

O livro Usabilidade na w eb. Projet ando Websit es com qualidade é considerado pelos próprios aut ores, Jakob Nielsen e Hoa Loranger, com o um apanhado de anos de pesquisa com m ilhares de usuários, analisando a usabilidade de sit es das m ais diversas áreas. Apesar da t ecnicidade do est udo, por se t rat ar de um assunt o diret am ent e relacionado ao universo digit alizado e t écnico da int ernet , a im port ância dessa publicação é para o desenvolviment o da relação ent re os sit es e seus client es, onde o diferencial est á na preocupação da experiência do usuário com o am bient e virt ual.

Jakob Nielsen é considerado um dos, senão o m ais renom ado est udioso da usabilidade na w eb. É Ph.D em Int eração Hum ano-Com put ador pela Technical University of Denmark e pesquisador da área desde o início da década de novent a. Hoje é dirigent e do Nielsen Norman

Group. Hoa Loranger é especialist a em experiência do usuário, chefia o escrit ório de San Diego

do Nielsen Norman Group. Ela é m est re em Fat ores Hum anos e em Psicologia Experim ent al Aplicada pela California St at e Universit y em Nort hridge.

A obra nos faz com preender que a utilização da usabilidade com o conhecim ent o incorporado aos processos de produção e ut ilização dos cont eúdos da int ernet foi se m odificando e evoluindo em paralelo com as novas t ecnologias e com m odelos de negócios que foram sendo im plant ados e aplicados para os sit es na w eb.

A aplicação dos conhecim ent os proporcionados pela usabilidade é part e int egrant e da dinâm ica e da velocidade exigida pela at ual form a de nós hum anos nos relacionarm os com os am bient es digit ais e as em presas que represent am e produzem cada janela virt ual que visit am os. Tais em presas precisam gerir seus cont eúdos de m aneira eficient e, responsável e com qualidade, pois com o desenvolvim ent o t ecnológico, os client es (usuários) est ão cada vez m ais exigent es.

Ainda no prefácio os aut ores definem a usabilidade com o “ ... um at ribut o de qualidade relacionado à facilidade de uso de algo. M ais especificam ent e, refere-se à rapidez com que os usuários podem aprender a usar algum a coisa, a eficiência deles ao usá-la, o quant o lem bram daquilo, seu grau de propensão a erros e o quant o gost am de ut ilizá-la...” . É apont ada ainda a m elhora da qualidade dos sit es da int ernet ao longo dos anos, t om ando com o base o ano de 2000, quando foi publicado o livro Projet ando Websit es, de Jakob Nielsen. Os aut ores direcionam o cont eúdo do livro àqueles que t êm int eresse em com preender a im port ância da usabilidade para “ o negócio” que est á sendo aplicado na int ernet , m esm o que o que est iver sendo oferecido sejam not ícias, inform ações ou conhecim ent o. Independent e do “ produt o” oferecido o im port ant es será a sat isfação do client e (usuário ou visit ant e) de est ar, visit ar, com prar, com part ilhar ou int eragir com aquele espaço.

Na int rodução, som os cont ext ualizados sobre um a série de inform ações t écnicas que encont ram os do decorrer de t odo o livro, desde onde vieram os dados sobre os sit es que são cit ados at é a m aneira com o os pesquisadores procederam na pesquisa, seus m ét odos e descrições para alcançar os result ados desejados, exem plos de t est es.

Ao final da int rodução os aut ores enfat izam a necessidade de fazer os t est es de usabilidade com usuários, explicando que eles se baseiam em um t ripé de diret rizes:

Perspect ivas em Gest ão & Conhecim ent o, João Pessoa, v. 1, Núm ero Especial, p. 213-216, out . 2011.

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Perspect ivas em Gest ão & Conhecim ent o, João Pessoa, v. 1, Núm ero Especial, p. 213-216, out . 2011.

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com port am ent o geral de usuários pela m aioria dos w ebsit es, descobert as especializadas sobre gêneros específicos de sit es ou áreas dos sit es e descobert as det alhadas sobre sit e específico e seus client es.

É im port ant e salient ar e eles deixam claro que exist em exceções de sit es e usuários que devem ser levadas em consideração de acordo com a necessidade do client e e os objet ivos das em presas a part ir de seus sit es.

No segundo capít ulo, os aut ores t rat am especificam ent e sobre “ a experiência do usuário na w eb” . Nielsen e Loranger deixam claro que os sit es precisam conquist ar os client es de cara, assim que eles ent ram nas homepages, pois de acordo com dados de pesquisa, os sit es t êm apenas dois m inut os para se com unicar com o pot encial client e, baseado nos int eresses e necessidades dest e.

Os aut ores deixam claro no decorrer de t odo o capít ulo, de m aneira diret a ou indiret a, a im port ância de um sit e ser produzido pensando no público que deseja at rair, nos fazendo acredit ar que o sucesso de um sit e vai depender de com o a int erface f oi desenvolvida, pensando nos usuários específicos que a em presa deseja. Lem brando sem pre que os client es da int ernet t ent am ser o m ais rápido e eficient e possível, caso o sit e que ele visit e não lhe proporcionar isso, ele buscará out ra opção, isso acont ecendo não apenas na página inicial, m as t am bém nas int ernas.

No t erceiro capít ulo, Nielsen e Loranger est ão “ revendo as descobert as iniciais de usabilidade da w eb” , mesm o sabendo que a int ernet passou por um grande processo de t ransform ação desde 1994, exist em diret rizes que ainda são aplicadas a w eb desde aquela época. Os aut ores apresent am t rint a e quat ro pr oblem as que ainda podem os nos deparar nos sit es, de um a m aneira geral, apont ando quais deles evoluíram e quais ainda cont inuam causando problem as para os usuários.

No quart o capít ulo, “ priorizando seis problem as de usabilidade” , os aut ores t rat am com o se devem t rat ar os problemas que os sit es possuem , discut indo as quest ões que causam os problem as e suas possíveis conseqüências, ajudando as em presas a gerir e aplicar os recursos em um sit e da m aneira m ais adequada, auxiliando t am bém na filt ragem dos problem as, para que t odos sejam ident ificados, pois m uit as vezes pode-se pensar que resolver os grandes problem as é suficient e, no ent ant o, pequenos problem as associados às dificuldades nat urais de um client e podem gerar um a perca irrecuperável.

O capít ulo cinco, “ buscar” , t rat a de form a mais t écnica sobre com o as em presas devem program ar e pensar os sist emas de busca dent ro dos sit es, ot im izando-os e sat isfazendo os client es quando precisarem desse t ipo de recurso.

No sext o capít ulo, Nielsen e Loranger t rat am da “ navegação e arquit et ura da inform ação” que cert am ent e são dos aspect os m ais fundam ent ais para a sat isfação dos client es ao navegarem por um sit e. Nest e capít ulo explicam que quando um sit e é bem est rut urado, ele proporciona aos usuários aquilo que eles precisam no m om ent o que eles desejam . M as que possíveis problem as podem cont inuar a exist ir, os quais os aut ores cham am de obst áculos de design, sendo fornecidas possíveis soluções para t ais problem as.

Os aut ores explicam que um design ruim pode não apenas diminuir a velocidade da navegação de um usuário, m as pode m uit o bem afast á-lo em definit ivo pelas dificuldades encont radas, “ desencorajando a ut ilizá-los” . Sendo assim , o im port ant e é “ adequar a est rut ura do sit e às expect at ivas do usuário” , facilit ando a relação de cada usuário com o am bient e virt ual o qual ele est á int eragindo.

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aplicadas ainda na base da const rução do sit e, para que cada idéia e aconselham ent o sugerido por eles venham fazer efeit o para os usuários, no m om ent o em que eles est iverem navegando. No sét im o capít ulo, Nielsen e Loranger t rat am da “ t ipografia: leit ura & legibilidade” e relaram o quant o é im port ant e fazer um est udo sobre as font es e cores que são aplicados aos sit es. Quer por m ais sim ples que possa parecer, influenciam nas idéias que os sit es querem t ransm it ir e no conceit o que os client es t êm daquele espaço. Let ras e cores são à base da est rut ura visual das int erfaces dos sit es, baseados nisso os aut ores t eceram diret rizes que vão influenciar os designers a escolherem a t ipografia m ais adequada para cada am bient e virt ual.

No oit avo capít ulo, “ redigindo para a w eb” , Nielsen e Loranger afirm am que a preocupação da usabilidade não se aplica apenas ao design, mas t am bém ao cont eúdo. Um

sit e com um a redação bem elaborada auxilia não apenas na qualidade do cont eúdo, que t alvez

seja o principal at rat ivo de qualquer sit e, m as cont ribui t am bém para a boa qualidade da visualidade proporcionada para o sit e, ajudando os usuários na eficiência que eles buscam .

Um a redação ruim cert am ent e t rará problem as para os usuários, provocando erros inesperados de percurso ou at é fazendo com que suas t arefas não consigam ser finalizadas. Para que problem as assim sejam evit ados, é necessária a com preensão que os usuários lêem at ravés da int ernet de form a diferent e, com um a dinâm ica acent uada, sendo necessária a aplicação de um a série de diret rizes que facilit arão a leit ura das páginas da w eb a part ir da dem anda e exigência de rapidez, com qualidade e simplicidade.

No capít ulo nove, “ fornecendo boas inform ações sobr e o produt o” , os aut ores t rat am m ais especificam ent e do set or com ercial da int ernet , ident ificando que problem as na apresent ação dos produt os, com o falt a de inform ações, prejudica e faz at é com que o set or com ercial na w eb não evolua m ais rapidament e. Sem a confiança necessária para que usuários com prem at ravés dos sit es, a int ernet pode se t ransform ar num cent ro de pesquisa dos client es que ainda se sent em m ais seguros para comprar em lojas físicas. Assim esse capít ulo serve com o um parâm et ro dos problem as que ocorrem nas lojas on-line e nas possíveis soluções para que t ais problem as não m ais acont eçam .

No décim o capít ulo Nielsen e Loranger volt am a discut ir sobre o com port am ent o e expect at ivas dos usuários diant e das int erfaces gráficas dos w ebsit es. “ Apresent ando elem ent os da página” m ost ra que a percepção dos usuários em relação à visualidade geral de um sit e é at ravés apenas de um realce de visão, ou seja, um rápido olhar para ident ificar os cam inhos ou ferram ent as que desejam usar, isso já baseado em experiências ant eriores.

É m uit o int eressant e ident ificar as reações dos usuários diant e de qualquer sit e, pois hoje em dia, a grande m aioria deles já t em um a mínim a experiência de navegação por suas áreas de int eresse, assim é fácil ident ificar que a m aioria dos usuários, at ravés de suas experiências ant eriores já ent ra em um sit e com expect at ivas pré-est abelecidas. As em presas que produzem os sit es já com preendem esse processo e já precisam pensar seus sit es at ravés dessas idéias. Assim os aut ores orient am os produt or es dos sit es at ravés de várias diret rizes e aconselham ent os, para que elas aperfeiçoem as navegações e at injam aquilo que os client es esperam e desejam.

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Thiago de Andrade M arinho

Perspect ivas em Gest ão & Conhecim ent o, João Pessoa, v. 1, Núm ero Especial, p. 213-216, out . 2011.

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Aplicando os conselhos e diret rizes propost os pelos aut ores, os sit es conseguiram at ingir um ót im o nível de sat isfação para os usuários, pois cont ribuirão em definit ivo para o uso corret o e eficient e de recursos m ult im ídia.

No décim o segundo e últ im o capít ulo, “ reflexões finais: o design que funciona” , Nielsen e Loranger volt am a reafirm ar aquilo que já foi percept ível no decorrer de t odo o livro, que um sit e deve ser projet ado para os usuários, pois independent e de gost o e preferências, um w ebsit e só chegará pert o de um a int erface ideal caso ele seja pensado para o usuário, sendo necessário deixar de lado t odo o diferencial que o conhecim ent o dos produt ores dos

sit es seriam capazes de proporcionar aquelas páginas virt uais, além t am bém de ponderar t oda

a m íst ica mercadológica da visão do usuário com o um pot encial client e e com prador de seus produt os.

Os adjet ivos ou caract eríst icas que m ais im port am para um sit e são: sim plicidade, objet ividade, bem est ar visual, rapidez, eficiência, result ando em satisfação, para o usuário, conseqüent em ent e felicidade para produt ores e em presas. Isso cert am ent e perm anecerá valendo at ravés da aplicação da usabilidade nos espaços virt uais criados pelas em presas, onde por m ais aglomeradas e excessivas que sejam as inform ações e conhecim ent os que som os capazes de lidar at ravés da int ernet , um bom gerenciam ent o at ravés da arquit et ura de inform ação dos sit es de qualquer em presa proporcionará um a série de benefícios a curt o, m édio e longo prazo. Sendo assim , o “ para quem ” e não o “ por quem ” é que fará diferença.

Dados bibliográficos da obra resenhada:

NIELSEN, Jakob; LORANGER, Hoa. Usabilidade na w eb. Projet ando Websit es com qualidade. Rio de Janeiro: Edit ora Campus, 2007. 406 p.

ISBN: 978-85-352-2190-9.

Referências

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