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Palavras-Chave: Educação, Jogos, Autocontrole. 1. Introdução

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Academic year: 2021

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REVISÃO SISTEMÁTICA SOBRE EDUCAÇÃO, JOGOS E AUTOCONTROLE Fernanda Albertina Garcia 1 Daniela Karine Ramos Segundo 2 Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Eixo Temático:Pesquisa e inovação metodológica

Palavras-Chave: Educação, Jogos, Autocontrole

1. Introdução

Este trabalho tem por objetivo apresentar uma revisão sistemática de trabalhos científicos, como parte da pesquisa que visa analisar a contribuição da mediação com jogos eletrônicos no desenvolvimento da autorregulação de crianças público-alvo da educação especial. A partir desse levantamento são analisadas as contribuições, os resultados das pesquisas e as abordagens metodológicas utilizadas.

2. Desenvolvimento

Dentre os portais destinados a busca de trabalhos a fins, elencamos o portal Science Direct, por ser acessível, reunir produções de diversos países e apresentar um grande número de trabalhos convergentes ao tema. A busca pelos trabalhos relacionados ao tema foi iniciada por meio do uso das seguintes palavras chaves em língua portuguesa: educação, jogos eletrônicos, autocontrole. Como resultado obtivemos apenas três registros que não estavam relacionados ao tema almejado.

Como alternativa realizou-se a mesma pesquisa em língua inglesa utilizando os seguintes termos: education, "electronic games", "self control", contudo contamos com o resultado de apenas 14 trabalhos, destes apenas 2 artigos poderiam contribuir com o tema, os demais trabalhos eram da área jurídica e da saúde. Em função da especificidade do tema escolhido,

1Mestranda em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora de Educação Especial do Colégio de Aplicação UFSC.

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elencaram-se palavras-chave que possibilitassem uma gama maior de ocorrências, assim ainda na busca por mais trabalhos incluímos a palavra mediation, realizando assim a busca então com as seguintes palavras chave: education, mediation, games, "self control", por meio desta busca contamos com os seguintes resultados: 243 trabalhos.

A primeira seleção foi realizada primeiramente por meio da análise dos títulos e em seguida dos resumos. Quando havia dúvida sobre relação do trabalho com temática, analisou- se o trabalho completo. A partir disso, selecionou-se 5 artigos para proceder a análise. A maior parte dos artigos encontrados não selecionados, abordavam temas voltados para à área da saúde e psicologia, sem estar diretamente relacionado ao tema escolhido, havia por exemplo trabalhos relacionados ao tema obesidade.

Considerando as duas buscas realizadas foram selecionados 7 trabalhos para análise. Na primeira busca os seguintes trabalhos foram selecionados: “Criança, Mídia e Saúde” e

“Implicações das tecnologias da nova era na saúde dos Adolescentes”.

O artigo “Criança, Mídia e Saúde” analisa como o uso das tecnologias e dos meios de comunicação, por crianças e adolescentes, podem promover a saúde e ao mesmo tempo tornar-se uma ameaça a própria saúde. O estudo foi realizado na África do Sul e a metodologia descrita foi o estudo de caso (S. Golsdstein, S. Usder, 2014).

No artigo “Implicações das tecnologias da nova era na saúde dos Adolescentes” é destacado os riscos associados ao uso das tecnologias que cada vez mais vem ocupando um importante papel na vida dos estudantes, elencou-se graves consequências tais como, efeitos físicos emocionais e de desenvolvimento adverso. Por último, os autores discutiram as implicações para a saúde da utilização de jogos de videogames, mostraram correlações negativas entre vício em jogos on-line e autocontrole. Pesquisas Longitudinais foram indicadas para aprofundar em função da falta de consenso sobre o efeito dos vídeogames.(C. Jacobson et al, 2016).

Na segunda busca mais cinco trabalhos foram encontrados, deste quarto artigos e um capítulo de livro, consecutivamente: “The role of executive control in young children's serious gaming behavior”, “Mediação de pares para aumentar a comunicação e interação no recreio para os alunos com transtorno do espectro autista”, “Autismo e aprendizagem em ambientes digitais: Processos de interação e mediação”, “Autocontrole: A excursão behaviorista na cova do leão” e “Personalidade, autorregulação, e Adaptação: um quadro cognitivo-social”.

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No artigo, “The role of executive control in young children's serious gaming behavior”, foi analisado como o controle executivo contribui para o comportamento em crianças ao jogar um jogo sério. Para Sande, Segers, e Verhoeven (2015), jogos sérios são projetados com foco em metas, tais como vocabulário, habilidade sócio-emocionais de aprendizagem e resolução de problemas. O estudo foi realizado com uma amostra de 106 crianças que frequentavam a educação infantil, as quais foram selecionadas aleatoriamente por turma, destas 56 eram meninas e 50 eram meninos. O experienciado pelas crianças era o jogo de uma lebre que se envolvia em uma aventura em busca de um odor e durante o percurso deveria cumprir algumas tarefas, as crianças jogaram duas vezes seguidas. Os resultados indicaram que esses jogos podem envolver crianças pequenas por intervalos relativamente longos, sem que queiram abandonar a tarefa, demostrando assim que contribuiu para o desenvolvimento do auto-controle. (Sande,Segers,Verhoeven, 2015).

No artigo “Mediação de pares para aumentar a comunicação e interação no recreio para os alunos com transtorno do espectro autista”, Mason e colaboradores (2014), apresentam uma pesquisa, onde o recreio é apresentado como importante espaço para o desenvolvimento da interação e comunicação de estudantes autistas com os seus pares. Outro aspecto destacado no trabalho foi a mediação pelos colegas da mesma idade e sua eficácia em relação a melhora nas habilidades sociais e de comunicação. Como amostra três meninos de 6 à 8 anos, todos com diagnostico de autismo, estas crianças foram escolhidas entre participantes inscritos em um estudo clínico randômico avaliando a eficácia das redes de pares. Os resultados desta pesquisa mostraram mudanças melhorias no ato de comunicação em todos os participantes, por meio da interação orientada no ambiente escolar, entre criança com autismo e seus colegas. Como fragilidades da pesquisa destacou-se o pequeno número de participantes, os quais impedem a generalização dos resultados; a falta de continuidade de acompanhamentos nestes espaços, o que impede a analise se os avanços de comunicação continuaram (Mason Et al, 2014).

O trabalho, “Autismo e aprendizagem em ambientes digitais: processos de interação e mediação”, desenvolvido no Brasil, tinha como objetivo verificar quais os processos de interação foram observados em interação mediada por ambientes digitais e, se as pessoas com autismo mostraram ter níveis de autorregulação quanto à apropriação de tecnologias de comunicação informação. Este estudo foi realizado em três anos e meio, e foi dividido nas seguintes etapas: a) observação em campo com natureza exploratória; b) o desenvolvimento

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e interpretação. Nesta pesquisa concluiu-se que os instrumentos de mediação, em especial as tecnologias de informação, mostraram-se eficientes como suporte no desenvolvimento do autocontrole e autoregulação. (Passerino e Santarosa, 2008)

Outro trabalho selecionado foi “Autocontrole: a excursão behaviorista na cova do leão” de 1972, aborda o conceito de autocontrole, utilizando autores clássicos como Skinner, Luria e Piaget para fazer uma revisão bibliográfica, focando na análise conceitual. Neste artigo ainda os autores trazem o conceito de alfa e beta regulação, assim o alfa controle define-se como uma série de fontes de controle de comportamento que dependem diretamente do ambiente externo, enquanto o termo beta significa a moderação dos processos psicológicos com base em sua história, constituição biológica e seu processo de estímulos internos.(Frederick e Karoly, 1972).

O último trabalho a analisado é um capítulo de livro, que tem por título “Personalidade, autorregulação e adaptação: um quadro cognitivo-social”, nele é realizado uma síntese de perspectivas que enfatizam as estruturas de conhecimento cognitivos estáveis tanto como uma base para os traços de personalidade e como uma importante influência sobre cognições autorreguladoras vinculadas ao contexto. A autorregulação é apresentada como um conjunto de processos e comportamentos que suportam a busca de objetos pessoais dentro de um ambiente externo em mudança. Neste sentido, ao ser realizada a avaliação de controle, faz-se necessário descrever a apreciação global da pessoa e sua capacidade em lidar com as demandas. Para Kanfer e Karoly (1972), conciliar os traços e as perspectivas sócio-cognitivas na autorregulação requer a compreensão da arquitetura cognitiva subjacente. Assim, estudos de estratégias de enfrentamento e de autocontrole mostram que a escolha e a regulação da resposta depende das características dos sujeitos.

3. Conclusões

Com esta revisão foi possível ampliar o conceito de autocontrole e suas implicações no desenvolvimento dos possíveis sujeitos de pesquisa. Outra importante contribuição, foi a possibilidade de conhecer diferentes abordagem metodológicas e, principalmente, analisar as fragilidades e desafios pertinentes a escolha e delimitação de recorte e número da amostra. Um aspecto que se destacou durante a revisão foi a dificuldade em encontrar trabalhos

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científicos empíricos e que tenham relação direta com o tema almejado para o desenvolvimento pesquisa pretendida.

Referências

S. Goldstein, S. Usdin. Children, Media and Health. In: Reference Module in Biomedical Sciences. 2014. Disponível em:www.sciencedirect.com. Acesso em: 20 dez 2015.

C. JACOBSON, A. BAILIN, R. MILANAIK,Et al. Adolescent Health Implications of New Age TechnologyIn:Pediatric Clinics of North AmericaVolume 63, Issue 1, February 2016, pág. 183–194. Disponível em:www.sciencedirect.com. Acesso em: 20 dez 2015.

F. H. KANFER, P. KAROLY Self-control: A behavioristic excursion into the lion's den. In: Behavior Therapy, Volume 3, Issue 3, July 1972, Pages 398-416. Disponível em:

www.sciencedirect.com. Acesso em: 10 jan 2016.

R. MASON, D. KAMPS, A. TURCOTTE, Et Al. Peer mediation to increase Communication and interaction at recess for students with autism Spectrum disorders. In: Research in Autism Spectrum Disorders, Volume 8, Issue 3, March 2014, Pages 334-344. Disponível em:

www.sciencedirect.com. Acesso em: 4 jan 2016.

G. MATTHEWS, V. L. SCHWEAN, S. E. CAMPBELL, ET AL.Chapter 6 - Personality, Self-Regulation, and Adaptation: A Cognitive-Social Framework. In: G. MATTHEWS, V. L. SCHWEAN, S. E. CAMPBELL, ET AL. Handbook of Self- Regulation, 2000, Pages 171-20. Disponível em:www.sciencedirect.com. Acesso em: 10 jan 2016.

L. M. PASSERINO, L. M. COSTI SANTAROSA.Autism and digital learning environments: Processes of interaction and mediation. In:Computers & Education, Volume 51, Issue 1, August 2008, Pages 385-402. Disponível em: www.sciencedirect.com. Acesso em: 8 jan 2016.

E.SANDE, E. SEGERS, L. VERHOEVEN.The role of executive control in You children's serious gaming behavior. In: Computers & Education, Volume 82, March 2015, Pages 432-441. Disponível em:www.sciencedirect.com. Acesso em: 8 jan 2016.

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