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O Tempo é o ingrediente mais misterioso do Universo. O tempo é algo que flui... Mas o passado é fixo, o futuro indeterminado e a realidade vive no

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Academic year: 2021

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(2)

  O Tempo é o ingrediente mais misterioso do Universo.   O tempo é algo que flui ...

  Mas o passado é fixo, o futuro indeterminado e a

realidade vive no presente.

  Na doutrina teológica cristã, o carácter dos

acontecimentos históricos deu lugar a uma noção linear do tempo.

  Muitas considerações filosóficas culminaram com a

noção newtoniana de tempo absoluto: o tempo flui com a mesma taxa para todos os observadores do Universo.

  Vários argumentos filosóficos e físicos sugerem o

contrário.

  Na antiga Grécia, Platão assumia que o tempo era

cíclico – talvez baseado na alternância dos dias e das noites e na sequência das estações do ano.

(3)

  Em 1905, Einstein mudou radicalmente essa noção: o tempo flui com diferentes taxas para diferentes observadores. O tempo é relativo. Minkowski, três anos mais tarde, une formalmente os parâmetros tempo e espaço, num espaço-tempo, tornando impossível dissociá-los.

  A passagem do tempo é possivelmente uma ilusão.

Por ocasião da morte de Michelle Besso, Einstein escreve à viúva:

“Michelle antecipou-se um pouco ao deixar este estranho mundo. Não é importante. Para nós que somos físicos convictos, a distinção entre passado presente e futuro é simplesmente uma ilusão, embora

persistente.”

  A passagem do tempo é uma noção internamente inconsistente. Podemos falar do movimento de um objecto através do espaço, calculando como a sua localização varia no tempo. Mas que

significado podemos atribuir ao movimento do próprio tempo? Em relação a quê é que ele se move?

 

(4)

  Carácter relativo da simultaneidade.

  Diferentes observadores (inerciais) medem

intervalos de tempo diferentes para o mesmo par de acontecimentos.

  Para além dos efeitos de velocidade, também há

efeitos da gravidade: nos campos gravíticos mais intensos os relógios andam mais devagar.

  A conjugação destes efeitos permite viajar no

tempo.

  As viagens ao futuro são fisicamente possíveis!

(5)

5 t’1 t1 t t’

x = t, c = 1

t'

1

2

= t

1

2

− x

1

2

x x1 O

(6)

6 T1 T3 T4 t2 t2 = 1 2 (T1 + T3), x2 = c 2 (T3 − T1)

T

2

= KT

1

,...,t

n

=

T

n−1

+ T

n

2

t

n

= T

n

γ

(v),

γ

=

1

1− v

2 t t’

λ

o

= K

λ

e

=

1+ v

1− v

T2 = KT1 = T1 1+ v 1− v

(7)

1.  O espaço e o tempo são inseparáveis.

(Einstein, Minkowski)

2.  Viagens ao futuro? E ao passado?

Ficção ou Ciência pura?

3.  Como construir uma Máquina do Tempo?

(H.G. Wells, The Time Machine, 1895)

4.  Poderemos mudar o Passado?

5.  Como evitar os Paradoxos?

(8)

Linhas do Universo ou trajectórias no espaço-tempo

x

t

A

A

1

A

2

(9)

9 Os cones de luz enchem o espaço todo Passado Futuro Taquião Fotão Curvas Temporais Espaciais e Nulas

(10)

Invariante que dá a “distância” no espaço-tempo

(11)

11

Paradoxo dos Gémeos ou

Viagem ao Futuro …

O gémeo viajante vai e volta com

velocidade constante. Quando chega

constata que o gémeo que ficou na Terra está mais velho do que ele, podendo estar muito mais velho, se a velocidade com

que é feita a viagem for suficientemente próxima da velocidade da luz.

t=5 anos τ=4 anos V=0.6 c t=7.59 anos τ=4 anos v=0.85 c t=40.05 anos τ=4 anos v=0.995 c

(12)

Δτ

2

=

Δ

t

2

Δ

x

2

,

Δ

t =

Δτ

1− v

2 Partida Chegada Regresso P R C

Δt

Δτ ct A B x Δτ A e R, acontecimentos simultâneos para o

gémeo viajante na ida. B e R, acontecimentos simultâneos para o gémeo viajante na volta.

(13)

Partícula que se desloca a uma velocidade maior que a da luz no vácuo, para todos os observadores.

13

O intervalo de tempo entre os dois acontecimentos, medido em S’, muda de sinal. Isto significa que não há uma relação causal entre esse par de acontecimentos. O que é natural, pois dois aontecimentos da vida do taquião formam

necessariamente um par espacial. Em particular há um referencial onde esses acontecimentos são simultâneos, aquele que satisfaz:

(14)

•  Como um taquião se move mais rápido do que a luz , não podemos vê-lo a aproximar-se.

•  Depois de um taquião ter passado perto, teríamos a

possibilidade de ver 2 imagens dele, em sentidos opostos, chegando e partindo.

•  Este efeito de dupla imagem é ilustrado de forma mais dramática para um observador localizado no caminho do taquião.

(15)

15 1h00 1h00 1h15 1h30 1h24 2h00 2h15 t t’ 1h30 1h37.5 1h48 2h00

v = 0.6, K =

1+ v

1− v

= 2

37.5 =

30

1− 0.6

2

v

T

=

0.6 × 30

30 −15

=

18

15

= 1.2

t = t' 1− v2

(16)

O mistério das viagens no tempo

1.  “Nenhuma das leis (físicas) que conhecemos

proíbe as viagens no tempo.”

J. Richard Gott, astrofísico da Universidade de Princeton. Gott é autor de “Time Travel in

Einstein’s Universe: The Physical Possibilities of

Travel Through Time”, publicado em 2001.

2.  Assim que admitimos VT, somos inundados com

paradoxos.

3.  Não há problemas conceptuais com as viagens

(17)

Sobre as máquinas do tempo

1.  Mesmo que as leis da física proíbam as máquinas do

tempo, o esforço para compreendê-las pode ensinar-nos muito, ajudando-nos a ajustar a nossa compreensão da

causalidade. Mesmo que se verifique que viajar no tempo é impossível, é importante compreender porque é que é

impossível.

(Stephen Hawkimg em “The Universe in a Nutshell”).

2.  Vamos então assumir que as MT são possíveis e vamos

explorar as suas consequências.

3.  As MT podem ser perigosas. Se alguém consegue viajar ao

passado poderá modificar toda a história subsequente.

Será possível usar uma MT para mudar o passado? Recordo que Albert Einstein descobriu que o tempo não é imutável. Ver o exemplo dos campos gravíticos fortes.

(18)

tempo

(19)

19 Campos gravíticos fortes provocam flutuações de curvatura tempo tempo espaço espaço

(20)

Estas geometrias podem ser soluções das equações de Einstein da RG Kip Thorne investigou estas soluções em 1988 O efeito poderá ser o fluxo do tempo separar-se em dois ramos tempo tempo espaço espaço

(21)

 

Vamos aqui discutir 3 questões acerca das

máquinas do tempo (MT):

- Como podem ser criadas as MT?

- As MT permitem mudar o passado?

- Quais as consequências para a

causalidade?

(22)

O campo gravítico aumenta à medida que a estrela colapsa.

(23)

23

Formação

de um

(24)
(25)

25 O horizonte de acontecimentos está representado pela

circunferência vermelha, e a singularidade está patente na parte inferior.

(26)

O universo superior está representado acima do plano. O universo inferior é uma imagem especular do universo superior.

(27)
(28)

A distância ao longo do corredor é menor que a distância

entre as bocas pelo espaço exterior

(29)

29

Campo gravítico forte

(30)
(31)

31

Quando olha através do

wormhole ele vê o passado

(32)

 

As MT podem ser muito poderosas.

Quanto mais tempo a boca B se mantém

junto de um forte campo gravítico, maior

é a diferença entre os relógios A e B.

 

Podemos viajar ao passado muitas horas

ou muitos anos atrás.

 

Se afastamos as bocas da vizinhança da

estrela, o wormhole continua a funcionar

como MT.

(33)

33 Haverá 2 versões de mim próprio

(34)
(35)

 

A nossa descrição contém um erro lógico:

o caminho para a boca não assume o

encontro com a minha versão mais velha,

vinda do futuro. O erro está na hipótese

de que não havia encontro entre as

minhas duas versões.

Se houve um encontro, tem de haver um

encontro nas duas versões da viagem.

 

Mesmo que não seja morto, tenho de

recordar o encontro.

(36)

Se a versão mais nova não atinge B, como surgiu de A a versão mais velha?

(37)

37

O movimento da

versão mais nova é influenciado por

dois efeitos: o toque inicial e a colisão com a

versão mais velha. Houve uma colisão mas só uma

descrição dos

(38)
(39)

39

B

(40)

 

J. Richard Gott, “Time Travel in Einstein’s

Universe: the physical possibilities of travel

through time”, Mariner Books, 2001

 

Kip S. Thorne, “Black Holes And Time Warps:

EINSTEIN’S OUTRAGEOUS LEGACY”, W.W.

Norton & Company, Inc. 1994

 

Paul Davies, “Como Construir uma Máquina

do Tempo”, Gradiva, 2003

 

Paul J. Nahin, “Time Machines”, 2nd ed.,

Springer, 1999

Referências

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