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VINTE TODO DIA FIXCICLANDO 12

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Resumão do ponto do dia: para não esquecer mais

Pontos abrangidos:

4. Competência da Justiça do Trabalho: em razão da matéria, das pessoas, funcional e do lugar.

Modificação de competência. Conflitos de Competência. As alterações introduzidas pela Emenda Constitucional nº 45/2004.

5. Partes e procuradores. Capacidade. Representação e Assistência. Capacidade postulatória. Jus postulandi . Sucessão. Substituição processual. Litisconsórcio. Assistência judiciária e justiça gratuita.

Honorários advocatícios. Mandato tácito. Litigância de má-fé. Assédio processual. Intervenção de terceiros. Espécies. Intervenção anômala. Amicus curiae . Intervenção iussu iudicis . Aplicabilidade no Direito Processual do Trabalho. A Fazenda Pública perante a Justiça do Trabalho.

COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

A competência corresponde à distribuição da jurisdição entre os diversos juízes.

A doutrina brasileira informa que os critérios de competência são:

• Em razão da natureza da relação jurídica (competência em razão da matéria ou objetiva) – para a Justiça do Trabalho tal disciplina encontra albergue no art. 114, CF e art. 652 da CLT;

• Em razão da qualidade das partes envolvidas (competência em razão da pessoa);

• Em razão da hierarquia os órgãos judiciários (competência interna ou funcional) – no processo do trabalho, vem disciplina na CLT e nos Regimentos Internos dos TRTs e TST.

• Em razão do lugar (competência territorial) – no processo do trabalho, é disciplinada no art. 651 da CLT; regra geral, utiliza-se o local da prestação do serviço;

• Em razão o valor da causa – no processo do trabalho, serve para definir o rito processual (até 2 SM, rito sumário; de 2 a 40 SM – sumaríssimo e acima de 40 SM, rito ordinário.

As três primeiras são absolutas e de interesse público. Por sua vez, são relativas a territorial e a do valor da causa.

O principal artigo que trata sobre a competência da Justiça do Trabalho é o art. 114 da Constituição

Federal, de indispensável memorização:

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Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitu- cional nº 45, de 2004)

I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da admi- nistração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluí- do pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.

102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação ou à arbitragem, é facultado aos respecti- vos sindicatos ajuizar dissídio coletivo, podendo a Justiça do Trabalho estabelecer normas e condições, respeitadas as disposições convencionais e legais mínimas de proteção ao trabalho.

§ 3° Compete ainda à Justiça do Trabalho executar, de ofício, as contribuições sociais previstas no art.

195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas,

de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho

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decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

COMPETÊNCIA ABSOLUTA VS RELATIVA

Competência Absoluta: A competência absoluta é de interesse público e por isso as partes não podem alterá-la ou deixar de aplicá-la. Trata-se de norma cogente (obrigatória). Por ter natureza cogente, a competência absoluta pode ser declarada de ofício pelo juiz, bem como por provocação das partes. Ademais, pode ser alegada a qualquer tempo e grau de jurisdição, salvo quando exigir o prequestionamento (instâncias superiores).

#SELIGANASOJSDOTST.

OJ 62 da SDI-1, TST: É necessário o prequestionamento como pressuposto de admissibilidade em recurso de natureza extraordinária, ainda que se trate de incompetência absoluta.

#ATENÇÃO. A nulidade de foro prevista no §1º do art. 795 da CLT deve ser entendida como nuli- dade absoluta em razão da matéria, daí a possibilidade de declaração de ofício.

Competência relativa: Ao contrário da competência absoluta, a relativa pode ser alterada pelas partes, não podendo ser declarada de ofício pelo juiz. Deve ser obrigatoriamente alegada pelo réu. Privilegia a vontade das partes, já que embora a lei tenha definido o juízo competente, os interessados podem alterá-lo.

Deve ser alegada na primeira oportunidade sob pena de preclusão e prorrogação de competência.

Este é o nome dado ao juiz que era inicialmente incompetente para julgar a causa, mas que por falta de alegação do réu, passa a ser competente.

São espécies de competência relativa aquela em razão do lugar (territorial) e aquela do valor da

causa. Na Justiça do Trabalho, o critério do valor da causa não é delimitador de competência, mas sim de

rito processual (sumário e sumaríssimo).

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ABSOLUTA RELATIVA

Material/Funcional/Pessoal Territorial e valor da causa Alegada a qualquer tempo Alegada na 1º oportunidade

Declarada de ofício Declarada quando provocada

Não pode ser modificada Pode ser prorrogada ou alterada pela conexão/

continência

Pode ser objeto de rescisória Não pode ser objeto de rescisória

COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO BRASILEIRA APÓS A EC 45 DE 2004 E COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA

A EC 45 de 2004 trouxe significativas mudanças na competência material da Justiça do Trabalho brasileira. O critério anterior era a competência em razão das pessoas de trabalhadores e empregadores.

Com a EC 45, contudo, passou a ser em razão de uma relação jurídica, que é a de trabalho.

Na lição de Mauro Schiavi, “relação de trabalho” pressupõe trabalho prestado por conta alheia, em que o trabalhador (pessoa física) coloca sua força de trabalho em prol de outra pessoa (física ou jurídica), podendo o trabalhador correr ou não os riscos da atividade. Exclui-se da relação de trabalho quando o trabalho for prestado por pessoa jurídica.

Apesar disso, a competência em razão da pessoa ainda foi mantida em algumas hipóteses (art.

114, §3º, da CF): a) entes de direito público interno e externo; b) sindicatos; c) órgãos de fiscalização das relações de trabalho e MPT.

COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Competência da Justiça do Trabalho para apreciar as lides oriundas da relação de trabalho:

Inserem-se na competência da Justiça do trabalho as ações que demandam qualquer espécie de

prestação de trabalho humano, PREPONDERANTEMENTE PESSOAL, qualquer que seja a modalidade de

vínculo jurídico, prestada por pessoa natural para pessoa ( jurídica ou natural). E, apesar da aplicação de

competência decorrente da EC 45 de 2004, não se inserem na competência material da Justiça do Traba-

lho as relações de trabalho regidas por legislação especial (vide servidores estatutários), e as regidas pela

lei do consumidor.

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Informativo TST nº 186. A Justiça do Trabalho é manifestamente incompetente para julgar pedido de indenização por perdas e danos decorrentes da rescisão de contrato de parce- ria rural, em que ajustado o fornecimento de animais, alimentos e medicamentos pela empresa contratante, cabendo aos contratados responsabilizarem-se pela criação e engorda de aves, sendo remunerados de acordo com os resultados alcançados. Tal modalidade contratual possui carac- terísticas societárias, que a distancia da relação de trabalho, a qual exige, por exemplo, a obrigação de remunerar o empregado, independentemente de haver lucros. Sob esse entendi- mento, a SBDI-II, por unanimidade, deu provimento ao recurso ordinário para desconstituir o acórdão do Tribunal Regional, em razão da incompetência absoluta da Justiça do Trabalho (art. 485, II, do CPC de 1973), anulando todos os atos decisórios e determinando o envio dos autos à Justiça comum.

TST-RO-7648-78.2012.5.04.0000, SBDI-I, rel. Min. Douglas Alencar Rodrigues. 30.10.2018.

Competência da Justiça do Trabalho para as relações de trabalho que configurem relação de consu- mo:

Não se enquadram na competência trabalhista as relações de consumo. Entende-se por relação de consumo aquela entre o consumidor (destinatário final do serviço/produto) e o tomador de serviços (intermediário). Por exemplo, um médico de determinada clínica e seu paciente : a relação é de consumo e, por isso, a competência será da Justiça Comum. Contudo, a relação do médico com a clínica é de trabalho (não necessariamente de emprego), sendo a competência da Justiça do Trabalho.

Apesar de existirem outras teorias para justificar a não competência da Justiça do Trabalho nas relações de consumo, a MAJORITÁRIA é a explanada acima, inclusive ratificada pela Súmula 363 do STJ e aplicável ao à cobrança de honorários advocatícios.

#DEOLHONASSÚMULAS. STJ. SÚMULA 363. Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.

Sobre o tema, destacam-se as observações de Felipe Bernardes (2018, p. 155): “o Processo do Traba- lho é inspirado pelo princípio da isonomia material (ou princípio da proteção), de modo que muitas regras processuais têm o objetivo de facilitar o acesso à justiça pelo trabalhador (prestador de serviços), que é, em regra, o hipossuficiente da relação jurídica. Já no âmbito do Direito do Consumidor, a isonomia mate- rial (que também se poderia chamar de proteção) se aplica em sentido inverso, ou seja, as leis consume- ristas visam a tutelar e facilitar o acesso à justiça por parte do consumidor, que é o tomador de serviços”.

Servidor público. Relação Estatutária

O inciso I do art. 114 da CF ainda traz a competência em relação à pessoa ao incluir na esfera traba-

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lhista as causas em que são partes entes de direito público externo e da administração direta e indireta da União, dos Estados/DF e Munícipios.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de direito privado, submetem-se ao regime próprio das empresas privadas e, por isso, suas causas trabalhistas são julgadas pela Justiça do Trabalho.

Já quanto aos servidores da União, Estados, DF, Munícipios, autarquias e fundações públicas, é preciso que se verifique cada caso. Isso porque a relação de trabalho dos entes e a pessoa física podem ser de diferentes espécies: empregatícia, estatutária ou de caráter jurídico-administrativa (temporária).

A relação estatutária é aquela regulada por estatuto (lei) dos servidores públicos. A relação empre- gatícia é aquela referente aos empregados públicos regidos pela CLT por ausência de estatuto ou previ- são legal. Por fim, as relações de caráter jurídico-administrativas correspondem àquelas situações previs- tas pela lei, para contratação temporária de servidor público, que podem ser estatutárias ou celetistas a depender da legislação respectiva.

O STF decidiu que cabe a Justiça Comum processar e julgar as ações referente a RELAÇÕES ESTA- TUTÁRIAS, inclusive os cargos em comissão, e dos servidores temporários. Assim, cabe à Justiça Federal julgar os servidores estatutários federais e à Justiça Estadual, os estaduais e municipais. No uso da técnica da interpretação conforme, o STF (ADI 3.395) reconheceu a INCOMPETÊNCIA da Justiça Obreira para apreciar as causas que sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

Informativo TST nº 176. A competência para processar e julgar ação movida por servidor públi- co contratado na vigência da Constituição de 1988, sem prévia aprovação em concurso públi- co, depende da natureza do regime jurídico adotado pelo ente público para seus servidores.

Se de natureza administrativa ou estatutária, a competência é da Justiça comum. De outra

sorte, se o vínculo for regido pelas disposições da CLT, a competência é da Justiça do Traba-

lho. Sob esse entendimento, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu dos embargos do Município de

Boa Vista do Tupim/BA, e, no mérito, por maioria, deu-lhes provimento para declarar a incompetên-

cia da Justiça do Trabalho para processar e julgar a lide, determinando a remessa dos autos à Justiça

comum, nos termos do art. 64, § 3º, do CPC de 2015, visto que registrado na decisão embargada

que o regime jurídico adotado pelo Município é o estatutário. Vencidos os Ministros Cláudio Masca-

renhas Brandão, relator, e José Roberto Freire Pimenta. TST-E-ED-RR-1114-36.2013.5.05.0201, SBDI-I,

rel. Min. Cláudio Mascarenhas Brandão, red. p/ acórdão Min. Márcio Eurico Vitral Amaro, 12.4.2018.

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#DEOLHONASSÚMULASEOJSDOTST. #DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA DO STF – 2016. TEMA POLÊMICO!

OJ 138 da SDI-1, TST. Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens previstos na legislação trabalhista referente a período ANTERIOR à Lei nº 8.112/90, mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A superveniência de regime estatutário em substituição ao celetista, mesmo após a sentença, limita a execução ao período celetista.

Súmula 382, TST. A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime.

Compete à Justiça do Trabalho julgar causa relacionada com depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de servidor que ingressou no serviço público antes da Constituição de 1988 sem prestar concurso. STF. Plenário. CC 7.950/RN, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 14/09/2016 (Info 839).

Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar demandas propostas contra órgãos da Administra- ção Pública, por servidores que ingressaram em seus quadros, sem concurso público, antes da CF/88, sob regime da CLT, com o objetivo de obter prestações de natureza trabalhista. STF. Plenário. ARE 906491 RG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 01/10/2015 (repercussão geral).

Reconhecido que o vínculo atual entre o servidor e a Administração Pública é estatutário, compete à Justiça comum processar e julgar a causa. É a natureza jurídica do vínculo existente entre o traba- lhador e o Poder Público, vigente ao tempo da propositura da ação, que define a competência juris- dicional para a solução da controvérsia, independentemente de o direito pleiteado ter se originado no período celetista. STF. Plenário. Rcl 8909 AgR/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min.

Cármen Lúcia, julgado em 22/09/2016 (Info 840).

Entes de direito público externo Quadro resumo:

Estados estrangeiros, abrangendo as embai-

xadas e as repartições consulares Organismos Internacionais Não tem imunidade de jurisdição Tem imunidade absoluta de jurisdição Regra: tem imunidade de execução

#SELIGANAOJ

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OJ 416 SDI-I/TST. As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasilei- ro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados.

Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional.

Competência para as ações que envolvem o exercício do direito de greve:

Sempre foi de competência da justiça laboral julgar o dissídio coletivo de greve; todavia, com a EC 45 de 2004, o art. 114, II, ampliou esta competência para abranger também as ações que envolvam o exercício do direito de greve, e, para alguns autores, inserem-se também nessa competência as ações prévias (inibitórias) – para assegurar o exercício do direito de greve, as ações possessórias (reintegração e manutenção da posse e interdito proibitório), ações indenizatórias (para reparação de danos causados ao empregador quando do exercício de greve), de danos causados a terceiros (ver comentários abaixo) e obrigações de fazer (medidas que evitem prejuízos ao empregador durante o exercício da greve pelos empregados).

#DEOLHONASSÚMULAS.

Súmula Vinculante 23. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

O direito de greve no setor privado é regulado pela Lei nº 7.783/89. Considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador (art. 2º).

Os dissídios individuais devem ser ajuizadas nas Varas do Trabalho, já a competência para os dissí- dios coletivos de greve que busquem declarar a abusividade ou não do movimento grevista é originária do TRT ou TST (competência em razão da função), conforme a extensão territorial.

ATENÇÃO: A JUSTIÇA DO TRABALHO NÃO É COMPETENTE PARA JULGAR A ABUSIVIDADE DE GREVE DE SERVIDORES PÚBLICOS CELETISTAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, AUTÁRQUICA E FUNDACIONAL, CONFORME ENTENDIMENTO DO STF.

#DIZERODIREITO: A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abusividade de

greve de servidores públicos CELETISTAS da Administração pública direta, autarquias e fundações

públicas. STF. Plenário. RE 846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,

julgado em 1º/8/2017 (repercussão geral) (Info 871).

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Competência para ações sobre representação sindical

Dispõe a CF, art. 114, “compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: III – as ações sobre represen- tação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores” . Assim, as ações entre dois sindicatos, ações entre sindicato e empregados, ações entre sindicato e empregadores são de competência da Justiça do Trabalho, inclusive quando forem partes as confederações e federa- ções, pois se trata de representação sindical. Trata-se de novidade trazida pela EC 45 de 2004, pois ante- riormente, tal competência era da Justiça Comum (nesse sentido a Súmula nº. 222 do STJ).

#ATENÇÃO. Evidentemente que estão excluídas da Justiça do Trabalho as ações sobre representa- ção sindical de servidores estatutários.

#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIADOSTJ.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. COMPETÊNCIA PARA DECIDIR SOBRE PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS QUE TERIAM DECORRIDO DA INADEQUADA ATUAÇÃO DE SINDICATO NO ÂMBITO DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA QUE CONDUZIRA NA QUALIDADE DE SUBSTITUTO PROCESSUAL.

Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar demanda proposta por trabalhador com o objetivo de receber indenização em razão de alegados danos materiais e morais causados pelo respectivo sindicato, o qual, agindo na condição de seu substituto processual, no patro- cínio de reclamação trabalhista, teria conduzido o processo de forma inadequada, gerando drástica redução do montante a que teria direito a título de verbas trabalhistas. Com efeito, conside- rando que os alegados danos teriam advindo justamente de deficiente atuação do sindicato na defesa dos interesses do autor perante a Justiça do Trabalho, deve-se concluir que a demanda ora em discus- são somente será resolvida adequadamente no âmbito daquela justiça especializada, a mesma que antes conheceu da lide original (STJ-CC 124.930-MG, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 10-4-2013).

#JÁCAIUEMPROVA

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. Para finalizar o tema, cito questão cobrada na prova subjetiva da AGU em 2016, perguntando a competência, segundo o STJ, para analisar ação que impugna ato do Ministério do Trabalho e Emprego que nega registro sindical a Sindicato de Servidor Público. RESPOSTA: COMPE- TÊNCIA JUSTIÇA COMUM FEDERAL. (STJ - CC: 138214 DF 2015/0010033-8, Relator: Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Data de Publicação: DJ 01/07/2015).

Competência para Habeas Corpus, Mandado de Segurança

HABEAS CORPUS:

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O habeas corpus é remédio constitucional cabível sempre que alguém sofrer ou se achar em amea- çado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.

Na esfera trabalhista, tal remédio era utilizado no caso de depositário infiel; contudo, com a declaração do STF inconstitucionalidade sem redução de texto da prisão civil, atualmente na Justiça do Trabalho o uso de habeas corpus é de difícil incidência, apesar de parte da doutrina admiti-lo em casos de restrição de liberdade dos empregados pelos empregadores ou tomadores de serviços em casos de greve, por exemplo, ou, ainda, em casos de trabalho análogo a condições de escravo.

#ATENÇÃO. MESMO NA JUSTIÇA DO TRABALHO, no processamento do HC, por se tratar de rito especial, NÃO SE UTILIZA A CLT, mas o CPP.

Destacam-se os seguintes julgados:

INFORMATIVO 162 DO TST. Habeas corpus. Cabimento. Jogador de futebol. Livre exercício da profis- são. A SBDI-II, por maioria, conheceu de agravo regimental e, no mérito, negou-lhe provimento, mantendo, portanto, decisão monocrática que, em sede de habeas corpus, concedeu pedido liminar para autorizar jogador de futebol a exercer livremente sua profissão, participando de jogos e treina- mentos em qualquer localidade e para qualquer empregador, conforme sua livre escolha. Na espécie, ressaltou-se que não há falar em não cabimento do habeas corpus, pois, na Justiça do Trabalho, a referida ação constitucional não se restringe à proteção do direito à locomoção, mas abrange a defesa da autonomia da vontade contra ilegalidade ou abuso de poder perpetrado tanto pela autoridade judiciária quanto pelas partes da relação de trabalho. Ademais, no caso em tela restou demonstrada a presença da fumaça do bom direito e do perigo da demora, pois o paciente encontra-se impedido de exercer a função de jogador de futebol no clube que lhe interessa, e a manutenção do vínculo com o empregador atual, por tempo indeterminado, ofende o direito de livre exercício da profissão. De outra sorte, o debate travado nos autos reclama medida urgente, pois envolve atleta que, em razão da idade, encontra-se em fim de carreira. Vencidos os Ministros Douglas Alencar Rodrigues e Renato de Lacerda Paiva. TST-AgR-HC-5451-88.2017.5.00.0000, SBDI-II, rel. Min. Delaíde Miranda Arantes, 8.8.201

INFORMATIVO 187 DO TST. Habeas corpus. Não cabimento. Atleta profissional de futebol. Liberação

para exercício de atividade esportiva em agremiação diversa. Ausência de restrição ao direito primário

de liberdade de locomoção. Conforme vem se posicionando o STF e o STJ, o habeas corpus tem cabi-

mento restrito à defesa da liberdade de locomoção primária (direito de ir, de vir ou de permanecer),

ou seja, é meio de proteção a direitos que tenham como condição necessária para o seu exercício a

liberdade física. Assim, é incabível habeas corpus para discutir cláusula contratual envolvendo atleta

profissional de futebol, com pedido de transferência imediata para outra agremiação desportiva e de

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rescisão indireta do contrato de trabalho. No caso, a liberdade de locomoção é afetada apenas de forma secundária, como reflexo da liberdade de exercício de profissão ou de trabalho, tutelada por outro meio admitido em Direito. Sob esses fundamentos, a SBDI-II, em sua composição plena, por maioria, não admitiu o habeas corpus, extinguindo o processo sem resolução de mérito, na forma do artigo 485, IV, do CPC de 2015. Vencidos os Ministros Alexandre de Souza Agra Belmonte, Delaíde Miranda Arantes e Maria Helena Mallmann, que admitiam o habeas corpus ao fundamento de que é a medida adequada para combater a restrição à liberdade de locomoção advinda da impossibilidade de o atleta transferir-se para outra agremiação, não obstante haja mora contumaz do clube empre- gador a autorizar o rompimento do contrato (art. 31 da Lei Pelé), e em razão de o valor da cláusula compensatória de transferência ser exorbitante. TST-HC-1000678-46.2018.5.00.0000, SBDI-II, rel. Min.

Alexandre Luiz Ramos, 13.11.2018 MANDADO DE SEGURANÇA:

Ação constitucional com rito especial (definido na Lei nº. 12.016 de 2009) que visa defender direito líquido e certo, não amparado por Habeas Corpus e Habeas Data.

Antes da EC 45/04 o julgamento de MS era restrito aos Tribunais, pois decorria de atos jurisdicionais (do juiz do trabalho). Com a alteração legislativa, os juízes de primeiro grau passam a ter competência para julgar MS, por exemplo, contra ato do auditor fiscal no exercício de suas atribuições.

HABEAS DATA:

CF. Art. 5º, inc. LXXII. É remédio constitucional para assegurar o conhecimento de informações em banco de dados (públicos ou privados com caráter público) ou para retificação de informações nestes bancos de dados.

Pode ocorrer, por exemplo, no caso de empregadores que buscam informações sobre procedimen- to administrativo referente à penalidade administrativa.

Competência para ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes da relação de trabalho:

Apesar de apenas com a EC 45 ter recebido albergue constitucional - art. 114, VI - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho – a competência da Justiça do trabalho em tal matéria já estava devidamente firmada, tanto no TST quanto no STF.

#SELIGANASSÚMULASDOTST.

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SUM-392. Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.

Danos nas fases pré-contratual e pós-contratual:

Tema polêmico. Nas duas fases (pré e pós contratual), também podem surgir danos relacio- nados com o vínculo laboral. Parte da doutrina se inclina pela admissibilidade da competência da Justiça do Trabalho nessas fases, em razão da relação (futura ou passada) com o contrato de trabalho; outra parte, entende de forma diametralmente oposta, justamente porque ainda não há (ou já se extinguiu) o contrato de trabalho. Conforme destaca Élisson Miessa, somente será competente a JT se a causa de pedir estiver embasada na relação e trabalho, ainda que o contrato de trabalho não tenha se firmado ou já tenha sido extinto.

Da competência da Justiça do Trabalho para apreciação dos danos morais e materiais decor- rentes do acidente de trabalho e doença ocupacional

As ações desta natureza decorrentes de acidente de trabalho também serão de competência da Justiça do Trabalho, inclusive quando ajuizadas pelos sucessores e herdeiros, desde que sejam contra o empregador. Já as ações contra o INSS (autarquia federal) serão ajuizadas na Justiça Comum Estadual.

#SELIGANASSÚMULAS.

Súmula Vinculante 22. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de ACIDENTE DE TRABALHO propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda NÃO possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.

Súmula 501, STF. Compete à justiça ordinária estadual o processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autar- quias, empresas públicas ou sociedades de economia mista.

Ressalta- se que a alteração de competência realizada pela EC 45/04 não alcançam as ações que, a época da sua vigência, já havia sido sentenciada.

#SELIGANASSÚMULAS.

Súmula 367, STJ: A competência estabelecida pela EC 45/2004 não alcança os processos já senten-

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ciados.

Quadro resumo:

AÇÕES ACIDENTÁRIAS – ACIDENTE DE TRABALHO – COMPETENCIA - Segundo Élisson Miessa (2015)

Promovida pelo trabalhador em face do INSS, para recebimento de benefício previdenciário (AUXÍLIO ACIDENTE) - JUSTIÇA COMUM ESTADUAL (art. 109, inc. I, da CF);

Ajuizada pelo trabalhador em face do EMPREGADOR, postulando indenização por danos MORAIS ou PATRIMONIAIS - JUSTIÇA DO TRABALHO.

Competência da Justiça do Trabalho para apreciar o dano moral em ricochete

O dano em ricochete insere-se na competência da Justiça do Trabalho em decorrência da previsão do art. 114, inc. VI, da CF. Trata-se do dano reflexo que atinge pessoa diversa daquele que sofre direta- mente o dano moral.

A competência foi reconhecida, ainda na súmula 392 do TST:

#SELIGANASSÚMULASDOTST.

SUM-392. Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.

#PARAIRALÉM: PRAZO PRESCRICIONAL DA AÇÃO AJUIZADA EM FACE DE EX-EMPREGADOR PELA ESPOSA DE EMPREGADO QUE FALECEU EM DECORRÊNCIA DE ACIDENTE DE TRABALHO.

A SDI-1/TST decidiu, em junho de 2018, que o prazo prescricional aplicável é o de 3 anos presente no Código Civil.

INFORMATIVO 180 DO TST. Indenização por dano moral e material. Morte do trabalhador em razão

de suposta moléstia profissional. Ação ajuizada pelos sucessores em nome próprio. Direito personalís-

simo e autônomo. Natureza cível. Prescrição do Código Civil. A ação em que viúva e filhos de empre-

gado falecido pleiteiam, em nome próprio, o pagamento de indenização por danos morais e materiais

decorrentes da morte de seu ente familiar por suposta doença ocupacional adquirida no curso do

contrato de emprego se submete à prescrição prevista no art. 206, § 3º, do Código Civil. Ainda que

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a competência para o julgamento da ação seja da Justiça do Trabalho, nos termos do art. 114, VI, da CF e da Súmula nº 392 do TST, trata-se de direito personalíssimo e autônomo dos familiares da vítima, de natureza eminentemente civil, e que se distingue do dano sofrido pelo próprio trabalha- dor. Sob esse entendimento, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu dos embargos da reclamada, por divergência jurisprudencial, e, no mérito, negou-lhes provimento para manter a decisão turmária que conhecera do recurso de revista por violação do art. 206, § 3º, do Código Civil para dar-lhe provimen- to e afastar a prescrição declarada pelo TRT. TST-E-RR-10248-50.2016.5.03.0165, SBDI-I, rel. Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 7.6.2018

Competência para penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos da fiscalização do trabalho.

Antes da EC 45, essas espécies de ações eram julgadas pela Justiça Federal. Atualmente, trata-se de matéria indiscutivelmente da competência da Justiça do Trabalho (art. 114, VII, CF). Desse modo, quando o objeto das ações disser respeito às penalidades (multas) impostas em sede de fiscalização trabalhista pelo MTE (auditores fiscais do trabalho), a competência será da Justiça do Trabalho.

Execução fiscal das multas decorrentes da fiscalização do trabalho: Destaca Mauro Schiavi que, a despeito de não está explicita na CF, tal competência advém no art. 114, VII, CF, pois se há competência para o processo de conhecimento, também tem competência para o processo de execução.

#ATENÇÃO. Quanto aos órgãos de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas (CREA, OAB etc.), as penalidades administrativas por eles impostas não serão objeto de ações na competência da JT; tais entidades são classificadas como autarquias federais (com exceção da OAB, que é um serviço público independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasi- leiro) e, por isso, as execuções se processam na JF.

#SELIGANASSÚMULAS.

Súmula 66 do STJ. COMPETE A JUSTIÇA FEDERAL PROCESSAR E JULGAR EXECUÇÃO FISCAL PROMOVIDA POR CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL.

Competência para execução, de ofício, das contribuições sociais das sentenças que proferir

Prevista no art. 114, inc. VIII, da CF - compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: VIII – a

execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, “a”, e 195, II, e seus acréscimos legais,

decorrentes das sentenças que proferir.

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O artigo mencionado refere-se às contribuições sociais devidas pelo empregador e pelo empre- gado para custeio da previdência social. Incidem sobre as parcelas de NATUREZA SALARIAL: salário, 13º, horas extras, adicionais etc.

Os juízes do trabalho não têm competência para executar, de ofício, eventuais contribuições sociais de sentenças DECLARATÓRIAS da relação de trabalho. A competência da JT limita-se às sentenças conde- natórias e homologatórias de acordo.

#SELIGANASSÚMULAS.

Súmula 368, TST. I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das CONTRIBUIÇÕES FISCAIS. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contri- buições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valo- res, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. II – É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de condenação judicial, devendo ser calculadas, em relação à incidência dos descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713/88. III – Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração encontra-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto nº 3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art.

198, observado o limite máximo do salário de contribuição.

Súmula Vinculante 53-STF. A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da CF, alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da CONDENAÇÃO constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados. STF. Plenário. Aprovada em 17/06/2015.

Ademais, com a Reforma Trabalhista passou a haver previsão expressa na CLT:

Art. 876, CLT. As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Minis- tério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo.

Parágrafo único. A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais previs-

tas na alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da Constituição Federal, e seus acréscimos

legais, relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e dos acordos que

homologar. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

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#SELIGANASSÚMULASDOTST.

SÚMULA Nº. 454. Compete à JUSTIÇA DO TRABALHO a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapaci- dade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei n.º 8.212/1991).

PARA SABER MAIS:

#SELIGANASSÚMULASDOTST.

Súmula 300, TST: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS).

Súmula 389, TST: I – Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empre- gado e empregador tendo por objeto indenização pelo não fornecimento das guias do seguro-desem- prego. II – O não fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro- -desemprego dá origem ao direito à indenização.

Súmula 19, TST: A Justiça do Trabalho é competente para apreciar reclamação de empregado que tenha por objeto direito fundado em quadro de carreira.

#IMPORTANTE. As normas relativas ao meio ambiente do trabalho são aplicáveis a todos os traba- lhadores sem importar o regime jurídico que os vincula ao tomador de serviços, nos termos dos artigos 1º a 3º da Convenção 155 da OIT. Decorre da indivisibilidade do meio ambiente laboral. Nesse aspecto, o STF já decidiu – ao apreciar a Rcl. 3.303 – que os efeitos da decisão proferida na ADI 3395-6 são inaplicáveis às demandas coletivas destinadas a tutelar o meio ambiente do trabalho.

Súmula 736, STF: Compete à justiça do trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores.

Em síntese, a Justiça do Trabalho é competente para apreciar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores, independentemente do regime sob o qual o vínculo se estabelece com o tomador do serviço.

Informativo TST nº 188. Conforme entendimento consagrado pelo Supremo Tribunal Federal nos

autos do processo STFRcl 3303/PI, a restrição da competência da Justiça do Trabalho para julgar

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as causas de interesse de servidores públicos, resultante do decidido na ADI 3395/DF-MC, não alcança as ações civis públicas propostas pelo Ministério Público do Trabalho cuja causa de pedir seja o descumprimento de normas de segurança, saúde e higiene dos trabalhadores. No caso, aplica-se a Súmula nº 736 do STF, pois a ação se volta à tutela da higidez do local de trabalho e não do indivíduo em si, de modo que é irrelevante o tipo de vínculo jurídico existente entre os servi- dores e o ente público. Sob esse fundamento, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu dos embargos, por divergência jurisprudencial, e, no mérito, deu-lhes provimento para declarar a competência da Justiça do Trabalho, decretar a nulidade dos atos decisórios e determinar o retorno dos autos à Vara do Trabalho de origem, a fim de que prossiga no julgamento como entender de direito. TSTE-ED- -RR-60000-40.2009.5.09.0659, SBDI-I, rel. Min. Walmir Oliveira da Costa, 22.11.2018.

Ações sobre o FGTS movidas em face da CEF: Não compete à Justiça do Trabalho decidir demanda contra a CEF para liberação de FGTS por via contenciosa.

COMPETÊNCIA TERRITORIAL (EM RAZÃO DO LUGAR) DA JUSTIÇA DO TRABALHO BRASILEIRA

A competência territorial delimita a base geográfica da jurisdição. Ela depende de provocação por meio de exceção de incompetência, sob pena tornar competente o juiz que anteriormente era incompe- tente (prorrogação de competência).

No Processo do Trabalho, em regra, a competência territorial é o LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVI- ÇOS. Caso o serviço tenha sido em mais de um lugar, será competente o último local (corrente majoritária, embora haja controvérsias).

As exceções à regra estão disciplinadas nos parágrafos do art. 651 da CLT:

Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se

aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e

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não haja convenção internacional dispondo em contrário.

§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

Agente ou viajante comercial:

Será competente o local que a empresa tenha agência ou filial e o empregado esteja subordinado a ela. Não existindo agência ou filial, poderá optar entre o próprio domicílio ou localidade mais próxima.

Competência territorial – Ordem - Agente ou viajante comercial 1º) Local da agência ou filial a que o empregado está subordinado;

2º) Domicílio ou localidade mais próxima do empregado.

Brasileiro que trabalha no exterior:

Quando a prestação do serviço se der no exterior, se o empregado é brasileiro e não houver convenção internacional dispondo em contrário, a competência é do local em que a empresa tenha sede ou filial no Brasil, apesar da divergência doutrinária (alguns entendem que o local da contratação ou domicílio do reclamante também seria competente).

Prestação de serviços fora do lugar da celebração do contrato:

O exemplo mais recorrente é a empresa circenses, cuja atividade é realizada em diversos locais. A competência será do local da celebração do contrato ou do local da prestação de serviços, a critério do empregado.

#SELIGANASOJSDOTST.

OJ 149. SDI –II. Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo traba- lhador, da faculdade prevista no art. 651 , § 3º , da CLT . Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local onde a ação foi proposta

COMPETÊNCIA TERRITORIAL NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA

A competência da Ação Civil Pública é absoluta (funcional-territorial) sendo inderrogável e impror-

rogável por vontade das partes. Nesse sentido, dispõe o art. 2º que o foro competente é o local onde

ocorrer o dano. Logo, é competente a Vara do Trabalho ( juiz singular/ 1º instância), veja-se:

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FIXCICLANDO

Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa.

Parágrafo único. A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posterior- mente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.

Deve-se observar a extensão do dano, que pode ser de 4 tipos:

• DANO LOCAL: ocorrido dentro da circunscrição da Vara do Trabalho.

• DANO REGIONAL: atinge localidades com Varas do Trabalho diversas dentro de um estado ou TRT e Varas do Trabalho limítrofes, ainda que em estados ou TRT’s diferentes.

• DANO SUPRARREGIONAL: ocorrido dentro de uma mesma região do País.

• DANO NACIONAL: atinge mais de uma região do País ou a maioria dos estados.

Definida a extensão do dano, passa-se a estabelecer o juízo competente, conforme dispões a OJ 130 da SDI-II do TST:

#SELIGANASOJSDOTST.

OJ 130 da SDI-2, TST: AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COMPETÊNCIA. LOCAL DO DANO. LEI Nº 7.347/1985, ART. 2º. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, ART. 93. I – A competência para a Ação Civil Públi- ca fixa-se pela extensão do dano; II – Em caso de dano de abrangência REGIONAL, que atinja cidades sujeitas à jurisdição de mais de uma Vara do Trabalho, a competência será de QUALQUER DAS VARAS DAS LOCALIDADES ATINGIDAS, ainda que vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos; III – Em caso de dano de abrangência SUPRARREGIONAL ou NACIONAL, há competência concorrente para a Ação Civil Pública das VARAS DO TRABALHO DAS SEDES DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO; IV – Estará prevento o juízo a que a primeira ação houver sido distribuída.

Extensão do dano COMPETÊNCIA

Dano Local Vara do Trabalho do local do dano

Dano Regional Qualquer das Varas das localidades atingidas, ainda que vinculadas a TRT’s distintos

Dano suprarregional ou

nacional Competência concorrente para ACP das Varas do Trabalho das sedes

dos TRT’s

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FIXCICLANDO

#ATENÇÃO. A competência é sempre de uma VARA do trabalho, ou seja, jamais será de compe- tência originaria de um Tribunal.

EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Art. 800 - Apresentada a exceção de incompe- tência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis, deven- do a decisão ser proferida na primeira audiência

ou sessão que se seguir.

Art. 800. Apresentada exceção de incompetên- cia territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo. NOVA

REDAÇÃO

SEM CORRESPONDENTE

§ 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se

decida a exceção.

§ 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo

comum de cinco dias.

§ 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que

este houver indicado como competente.

§ 4º Decidida a exceção de incompetência terri- torial, o processo retomará seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo

competente. NOVIDADE LEGISLATIVA

ATENÇÃO: Decisão da exceção de incompetência: possui natureza interlocutória, logo, irrecorrível na Justiça do Trabalho, salvo nos casos em que acolhida à exceção os autos sejam remetidos para Vara Trabalhista sob a jurisdição de outro TRT, hipótese em que é cabível o recurso a ser interposto da decisão final (no caso da Vara do Trabalho, cabe RO).

#SELIGANASÚMULADOTST

SÚMULA Nº 214 DO TST. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;

b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de

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incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.

COMPETÊNCIA FUNCIONAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Essa classificação decorre da divisão (hierarquia) existente na estrutura interna do poder judiciário trabalhista. Assim, a competência funcional se refere ao fato da ação ser ajuizada na Vara do Trabalho, no TRT ou no TST, ou ainda, sucessivamente nas 3 instâncias, em caso de vários recursos interpostos das decisões de cada órgão.

Esclarece Mauro Schiavi que a competência funcional pode ser originaria, recursal ou executória.

• Originaria: competência para conhecer a causa em primeiro plano; regra geral, compete as Varas do Trabalho;

• Recursal: competência para apreciar determinados atos do processo, em razão da apresentação de recursos pelas partes;

• Executória: competência para realizar execução no processo.

Competência Funcional Das Varas Do Trabalho

A CLT prevê a existência de órgão colegiado em primeiro grau, com a atuação de juízes classistas, mas tal previsão foi extinta pela EC 24 de 1999; assim, hoje, somente atua nas Varas um único juiz, tanto na fase de conhecimento, como na de execução. Prevista nos arts. 652, 653 e 659 da CLT.

Competência Funcional Dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Traba- lho.

Os Tribunais (TRT e TST) possuem 2 competências funcionais: a RECURSAL e a ORIGINÁRIA. Enten- de-se por competência recursal aquela fixada por norma jurídica (CF, Leis ou regimentos internos) para julgamento de terminado recurso (impugnação a uma decisão). Por sua vez, entende-se que a compe- tência é originária quando a legislação obriga o ajuizamento da ação diretamente no tribunal (TRT ou TST). Ex.: ações rescisórias, dissídio coletivo, ação anulatória de cláusula de ACT ou CCT.

#SELIGANASOJSDOTST.

OJ 129 da SDI-2, TST: AÇÃO ANULATÓRIA. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA. Em se tratando de ação

anulatória, a competência originária se dá no mesmo juízo em que praticado o ato supostamente

eivado de vício.

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FIXCICLANDO

CONFLITOS DE COMPETÊNCIA ENTRE ÓRGÃOS QUE DETÉM JURISDIÇÃO TRABALHISTA

Entende-se por conflitos de competência sempre que dois ou mais juízes se darem por competen- tes (querem julgar a causa) ou incompetentes (não querem julgar a causa) ou ainda quando dois ou mais juízes divergirem sobre a reunião ou separação de processos.

Podem ser suscitados pelos juízes e tribunais do trabalho, Ministério Público do Trabalho e pela parte interessada ou seu representante. Em caso de conflito de competências, o incidente é julgado pela instância superior e pela instância/órgão o mais imparcial possível.

O art. 808, “a” da CLT dispõe que será competente o TRT quando houver conflito entre Varado trabalho x Vara do trabalho ou Juiz de direito investido na jurisdição trabalhista (desde que abrangidos pelo mesmo TRT). Já o inciso “b”, prevê a competência do TST para conflito entre TRT x TRT; TRT x Vara de outro TRT; Vara de TRT diverso x Vara de TRT diverso ou juiz de direito de TRT diverso.

#IMPORTANTE. Destaca-se que entre os órgãos judiciais HÁ HIERARQUIA e, diante disso, não há conflito de competência entre TRT e Vara do Trabalho a ele vinculado, pois a Vara (instância inferior) deve acatar a decisão do TRT (instância superior).

#SELIGANASÚMULADOTST.

Súmula 420. Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada.

Por sua vez, em caso de conflito entre Vara do Trabalho ou TRT x Juiz de direito, TJ, juiz federal ou TRF, caberá ao STJ o julgamento (art. 105, I, “d”, CF). Por fim, caberá ao STF decidir sobre conflitos de competência quando houver divergência entre TST x TJ, TRF, juiz de direito ou juiz federal (art. 102, I, “o”, CF).

CONFLITO DE COMPETÊNCIA (JT) ÓRGÃO JULGADO

Entre duas Varas do Trabalho, ou entre Juiz do trabalho e Juiz de

Direito investido de jurisdição trabalhista TRT (art. 809, a, da CLT);

Entre TRTs TST (art. 808, b, da CLT);

Entre Juiz do Trabalho e Juiz de Direito, ou entre Juiz do Trabalho

e Juiz Federal STJ (art. 105, I, d, da CF);

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FIXCICLANDO

Entre TST e TJ, ou TRF STF (art. 102, I, o, da CF).

COMPETÊNCIA NORMATIVA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

No direito do trabalho é possível à criação de normas jurídicas gerais (abstratas e genéricas) pelas partes envolvidas no conflito. É o que ocorre nas negociações coletivas (ACT e CCT). Contudo, quando as partes não chegam a um acordo é instaurado o dissídio coletivo cuja função é legislativa, já que impõe normas abstratas e gerais aos interessados (poder normativo).

Art. 114. [...]

§1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

§2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza ECONÔMICA, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

§3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Minis- tério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.

Lembre-se de que cabe sempre a um Tribunal (TRT ou TST) a competência para julgamento de dissídio coletivo, conforme a abrangência do conflito e as categorias envolvidas, exceto no estado de SP, onde será competente o TRT 2º Região (SP) se o conflito atingir o TRT 15º Região (Campinas).

COMPETÊNCIA PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL

A Reforma Trabalhista promovida pela Lei nº. 13.467 de 2017 alterou a redação do artigo 652 da CLT, passando a prever a competência da Justiça do Trabalho para ações que envolvam pedido de homolo- gação de acordo extrajudicial.

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

ART. 652. Compete às Juntas de Conciliação e

Julgamento: ART. 652. Compete às Varas do Trabalho:

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FIXCICLANDO

SEM CORRESPONDENTE f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justi-

ça do Trabalho

#TEMQUELERALEI

Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6º do art. 477 desta Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8º art. 477 desta Consolidação. (Incluí- do pela Lei nº 13.467, de 2017)

Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

PARTES E PROCURADORES

CONCEITO DE PARTE

Considera-se parte em uma demanda judicial o autor (quem pleiteia o direito) e réu (a quem é pleiteado).

CAPACIDADE DE SER PARTE E CAPACIDADE PROCESSUAL NA JUSTIÇA DO TRABALHO

A capacidade de ser parte refere-se à pessoa natural, isto é, pessoa física ou pessoa jurídica (a

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pessoa ficta), abrangendo toda pessoa que possua personalidade. É possível que entes despersonaliza- dos possam figurar como parte, por exemplo, a massa falida e o espólio.

A capacidade processual é caracterizada quando ao titular do direito é permitido pleitear em juízo sem a necessidade de assistência ou representação.

Os incapazes possuem capacidade de ser parte, mas não capacidade processual. Em âmbito traba- lhista, a capacidade plena da pessoa é alcançada aos 18 anos de idade.

A capacidade postulatória, por seu turno, é a capacidade para postular em juízo, em causa própria ou em favor de terceiros.

Na Justiça do Trabalho, há a capacidade postulatória pelas partes. Trata-se do “ jus postulandi ”, previsto no art. 791 da CLT.

Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.

§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.

§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.

§ 3º A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.

Contudo, lembrem-se das exceções ao “ jus postulandi ” das partes:

Súmula 425 do TST. Jus Postulandi na Justiça do Trabalho. Alcance. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de compe- tência do Tribunal Superior do Trabalho.

Ademais, com a Lei 13.467/2017, passou a haver outra hipótese em que é necessária a presença de advogado: processo de homologação de acordo extrajudicial.

Art. 855-B, CLT. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta,

sendo obrigatória a representação das partes por advogado.

(28)

20 TODO DIA

FIXCICLANDO

Destaca-se a seguinte tabela retirado do livro “Processo do Trabalho”, de Élisson Miessa (2018, p.

322):

JUS POSTANDI

Aplicável Empregados Empregadores

Não aplicável

Nos recursos de competência do TST Na ação rescisória

Na ação cautelar

No mandando de segurança Nos embargos de terceiro Recursos de perito e depositário Reclamação (CPC/2015, art. 988)

Processos de jurisdição voluntária para homologação de acordos extrajudiciais Nas relações de trabalho

Quando extrapolada a seara trabalhista

LITISCONSÓRCIO

Entende-se por litisconsórcio a autorização legal para que mais de uma pessoa figure no polo ativo (autor), no passivo (réu) ou em ambos da relação processual.

O litisconsórcio pode ser classificado segundo a formação, a obrigatoriedade, os polos e os efeitos:

Quanto à formação: pode ser inicial, já na propositura da ação ou, ulterior, no decorrer dela.

Neste último caso, por exemplo, quando há intervenção de terceiros (espontânea ou provocada);

Quanto à obrigatoriedade: pode ser necessário, quando a lei ou a natureza da relação jurídica exige mais de um litigante no processo, em qualquer dos polos ou em ambos, para a validade do proces- so. Também pode ser facultativo, quando a formação do litisconsórcio é opção da parte (art. 113, NCPC).

Art. 113, CPC Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passi- vamente, quando:

I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;

II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;

III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.

§ 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhe-

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20 TODO DIA

FIXCICLANDO

cimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.

§ 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeça- rá da intimação da decisão que o solucionar.

Quanto aos polos ou posição: pode ser ativo (mais de um reclamante); passivo (mais de um reclamado); misto, quando há pluralidade de partes em ambos os polos (ativo e passivo simultaneamen- te);

Quanto aos efeitos ou resultado: pode ser simples, quando o juiz pode julgar de modo diverso para cada litisconsorte, isto eu, a decisão pode ser diferente para as partes. Pode ser unitário, quando a decisão é unitária às partes, isto é, a decisão atinge todos os litisconsortes por ser uniforme.

A única previsão do instituto jurídico é o art. 842, aplicando-se, todavia, CPC no que for compatível (art. 769 da CLT).

CLT. ART. 842 – Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumu- ladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento.

#SELIGANASÚMULADOTST #NÃOSABOTESÚMULAS #VAICAIR

Súmula 406, TST. I – O litisconsórcio, na ação rescisória, é necessário em relação ao POLO PASSIVO da demanda, porque supõe uma comunidade de direitos ou de obrigações que não admite solução díspar para os litisconsortes, em face da indivisibilidade do objeto. Já em relação ao POLO ATIVO, o litisconsórcio é FACULTATIVO, uma vez que a aglutinação de autores se faz por conveniência e não pela necessidade decorrente da natureza do litígio, pois não se pode condicionar o exercício do direito individual de um dos litigantes no processo originário à anuência dos demais para retomar a lide. II – O Sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos autos fora proferida a decisão rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação rescisória, sendo descabida a exigência de citação de todos os empregados substituídos, porquanto inexistente litisconsórcio passivo necessário.

OJ 310 da SDI-1, TST. Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º

e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que

lhe é inerente.

Referências

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