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Aula 08 Pontuação. Gramática Profª Letícia Bastos

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Aula 08

Pontuação

Gramática

Profª Letícia Bastos

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DIREÇÃO INICIAL ... 6

UMA INTRODUÇÃO AO CONTEÚDO DE PONTUAÇÃO ... 7

O USO DA VÍRGULA ... 10

Separa termos de mesma função sintática, numa enumeração ... 10

Separa aposto explicativo ... 11

Separa Vocativo ... 12

Separa predicativos do sujeito deslocados ... 13

Separa termos (objeto direto ou indireto, normalmente) deslocados de sua posição normal na oração (caso facultativo) .. 13

Separa (facultativamente) as expressões para mim, para ti ou para si (ou sinônimas) quando indicam benefício próprio ou posse, independentemente de sua posição na frase ... 13

Separa os adjuntos adverbiais deslocados ... 13

Separa certas expressões explicativas, retificativas, exemplificativas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo, ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com efeito, data vênia, digo. ... 15

Marca a elipse de um verbo ... 15

Separa orações coordenadas assindéticas ... 16

USO DO PONTO E VÍRGULA ... 17

Separar orações coordenadas assindéticas, normalmente entre trechos já separados por vírgula (ou outros sinais de pontuação), marcando uma enumeração ... 17

Separar vários itens de uma enumeração (frequente em leis) ... 17

Separar orações coordenadas cuja conjunção “implícita” é facilmente percebida ... 17

Separar orações coordenadas adversativas e conclusivas com conectivo deslocado ... 17

O SINAL DE DOIS-PONTOS ... 19

Introduzir uma citação (discurso direto) ... 19

Ligar orações ou termos que tenham natureza de “explicação” ... 19

Introduzir uma explicação ou enumeração após as expressões por exemplo, isto é, ou seja, a saber, como etc... 20

USO DAS RETICÊNCIAS ... 21

USO DAS ASPAS ... 22

Indicar citações ... 22

Indicar estrangeirismo, neologismo, arcaísmo, expressão popular ou gíria ... 22

Indicar ironia e sentido figurado ... 22

USO DO TRAVESSÃO ... 24

Mudança de interlocutor no diálogo... 24

Isolar termos ou orações intercaladas de caráter explicativo ou para dar destaque/ênfase ... 24

USO DO PARÊNTESES ... 26

USO DO PONTO FINAL... 27

QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS ... 28

LISTA DE QUESTÕES ... 59

GABARITO ... 80

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Olá, tudo bem? Sou a professora Letícia Bastos. Seja muito bem-vindo a esse meu curso! Aqui no DIREÇÃO CONCURSOS sou responsável pelas disciplinas de Redação Discursiva, Gramática e Literatura Nacional.

Caso não me conheça, sou formada em Letras pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), pós-graduada em Linguística Aplicada e em Literatura Brasileira. Atuo há alguns anos como professora de Gramática, Texto e Redação Discursiva em alguns preparatórios para concursos públicos. Além de ter vasta experiência como Revisora Textual.

Durante todo esse tempo, percebi que muitos alunos possuem dificuldade em nossa língua materna por não entenderem a “lógica” por detrás de tantas regras.

Além disso, também é perceptível que essa dificuldade nas regras da nossa língua também prejudica outras áreas, como, por exemplo, a escrita. Muitos alunos têm dificuldade em escrever justamente por não saberem utilizar as regras gramaticais ou, ainda, por não saberem como iniciar ou organizar as ideias para a construção de um texto.

Logo percebi a importância de levar para a sala de aula toda essa explicação, ou seja, o aluno precisa, necessariamente, compreender o motivo pelo qual tantas regras existem, bem como emprega-las em um texto. Além, obviamente, de conseguir organizar os seus argumentos para conseguir colocar no papel.

Dessa forma, compreendi que tal ideia era muito importante, pois aqueles alunos que diziam não saber nada sobre o conteúdo, conseguiam excelentes resultados em provas de concurso público. Sendo assim, trago para o meu curso sobre Redação Discursiva toda essa lógica. Contudo não apenas isso, mas também toda a magnitude dessa matéria que agrega tanto à nossa realidade.

É com MUITA ALEGRIA que inicio este curso de Gramática. A programação de aulas, que você verá mais adiante, foi concebida especialmente para a sua preparação focada no edital do seu concurso, por base o último edital, e cobriremos TODOS os tópicos exigidos naquela ocasião, ok? Nada vai ficar de fora, este curso deve ser o seu ÚNICO material de estudo! E você também não perderá tempo estudando assuntos que não serão cobrados na sua prova. Deste modo, você aproveita o tempo da melhor forma possível, estuda de modo totalmente focado, e aumenta as suas chances de aprovação.

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coloque na prática tudo que você aprendeu.

Caso você queira tirar alguma dúvida antes de adquirir o curso, basta me enviar um e-mail ou um direct pelo Instagram:

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Direção Inicial

Oi, gente. Tudo bem com vocês? Na aula de hoje falaremos sobre Pontuação, um assunto bastante recorrente em provas de concursos públicos. Neste momento, talvez, você possa estar pensando: “Eu quase não vejo questões somente de pontuação” e, de certa forma, você tem razão. No entanto, as bancas costumam cobrar tal conteúdo em questões de reescrita, este tipo de questão eu sei que você já viu muitas vezes, não é mesmo?

Além disso, se você é do tipo que pensa: “Meu Deus, eu não sei nada sobre pontuação, então eu vou começar por esse conteúdo e depois eu vejo o restante”, então eu vou dizer para você que está tudo errado e para você voltar ao início. Isso porque o conteúdo de pontuação tem MUITOS pré- requisitos, ok? Então toda a sintaxe é pré-requisito para você compreender esta aula. Eu também sou obrigada a te contar um outro segredo: o uso da vírgula – principal assunto da aula de pontuação – não é uma pausa para respirar. Se você ainda acreditava nisso, então já pode ir deixando essa definição ridícula de lado, ok? Inclusive... se fosse mesmo uma pausa, então eu acredito que Michael Phelps estaria dispensado de usar a vírgula, não é mesmo?

Agora vamos conversar e desmistificar, de uma vez por todas, este conteúdo incrível que é pontuação. Vamos lá?

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Uma introdução ao conteúdo de Pontuação

Antes de adentrarmos às regras propriamente ditas, você precisa se lembrar do básico, ok?

Então aqui eu preciso te lembrar de uma regra básica em relação à estrutura de uma oração.

Lembre-se de que a ordem natural da organização de uma sentença é:

Sujeito + Verbo + Complemento + (Adjuntos)

Essa ordem, inclusive, tem um nome e se chama ordem direta.

É importante que você saiba que a inversão desses termos ou a inclusão de outros termos entre eles tem implicações na pontuação, para que ainda seja possível enxergar a relação de sentido e a sequência natural da frase.

Desse modo, na ordem direta, a vírgula não pode separar esses que se ligam diretamente.

Qualquer termo que vier entre eles deve estar entre vírgulas, devidamente isolado para não interferir nessa ordem direta. Em outras palavras, isso significa que não pode haver separação entre:

➢ Sujeito e seu verbo: Mel, saiu ontem.

Verbo e seu complemento: Mel comprou, uma blusa.

Verbo e predicativo: Mel é, professora de português.

Nome e seu complemento ou adjunto: Tenho um carro, de corrida, mas tenho medo, de correr.

➢ Predicativo de seu objeto: Considerei, legal o filme.

Por que a gramática proíbe essas construções "cortadas"? Essas estruturas não devem ser divididas, pois se ligam diretamente, logo devem ser estruturas que devem ser lidas de uma vez. Por isso, caso haja algum termo intercalado entre esses, ele deve estar isolado por pontuação: por vírgulas, parênteses, travessões.

Mel comprou um carro de corrida.

Não poderia haver nenhuma vírgula entre esses termos. Contudo, poderia haver outros termos intercalados, isto é, entre um termo e outro, caso em que deveria estar devidamente indicado e isolado por pontuação.

Mel, sem pensar muito, comprou, a prazo e sem poder pagar, um carro, que mais parecia uma nave, de corrida, ontem à noite.

Agora você já sabe que a vírgula é um marcador de funções sintáticas, então, falaremos sobre as principais regras que cercam esse assunto. Importante lembrar que as pontuações utilizadas são:

Vírgula [ , ]

Ponto e Vírgula [ ; ]

➢ Dois-pontos [ : ]

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➢ Ponto Final [ . ]

➢ Ponto de Interrogação [ ? ]

➢ Ponto de Exclamação [ ! ]

Travessão [ – ]

Parênteses [ ( ) ]

Aspas [ “ ” ]

➢ Reticências [ ... ]

(CESPE / MP-CE / 2020)

1. A cada ano, quase uma em cada dez pessoas no mundo (cerca de 600 milhões de pessoas) adoece e 420 mil morrem depois de ingerir alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas.

No trecho “quase uma em cada dez pessoas no mundo” (1º parágrafo), a inserção de uma vírgula logo após

“pessoas” prejudicaria a correção gramatical do texto.

Comentário:

Essa vírgula separaria o sujeito do verbo, causando erro de pontuação: quase uma em cada dez pessoas no mundo, adoece. Gab. C.

(CESPE / SEFAZ-AL / 2020)

2. É uma loja grande e escura no centro da cidade, uma quadra distante da estação de trem. Quando visito a família, entre um churrasco e outro, vou até lá para olhar as gôndolas atulhadas de baldes. A supressão da vírgula empregada após o vocábulo “família” (1º parágrafo) implicaria alteração no sentido do período.

Comentário:

Implicaria sim mudança de sentido, pois a expressão “entre um churrasco e outro” passaria a restringir outra parte do texto: Quando visito a família entre um churrasco e outro, vou até lá (visito entre um churrasco e outro) Quando visito a família, entre um churrasco e outro vou até lá (vou lá entre um churrasco e outro) Além das tradicionais regras, a pontuação também serve para “dividir” o texto. Gab. C.

(CESPE / IHBDF / 2018)

3. Hospitalizados eram só os pobres, e Florence preparou-se para cuidar deles, praticando com os indigentes que viviam próximos à sua casa. Viajou por toda a Europa, visitando hospitais.

A inserção de uma vírgula logo após o termo “Hospitalizados” manteria a correção gramatical do texto.

Comentário:

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Pela ordem direta aplicada (sujeito>verbo), não pode haver vírgula entre o sujeito “hospitalizados” e o verbo

“eram”. Ainda seria razoável cogitar também que a frase está na ordem direta e que “os pobres” é o sujeito deslocado, fora da ordem direta. Isso nada mudaria na análise da questão, pois o sujeito, mesmo deslocado, não deve ser separado do verbo. É a inversão dos adjuntos adverbiais que, como regra, justificam a pontuação na ordem indireta. Gab. E.

(CESPE / EBSERH / 2018)

4. Essa mudança drástica não deixou o organismo humano ileso. Estudos mostram que o açúcar, por alterar alguns tecidos humanos durante a fase de crescimento, pode ser o responsável por problemas que vão de miopia e acne até o câncer.

A colocação de uma vírgula logo após a forma verbal “mostram” prejudicaria a correção gramatical do texto.

Comentário:

Aqui, temos separação entre verbo e complemento, que veio em forma oracional: Estudos mostram [que o açúcar, por alterar alguns tecidos humanos durante a fase de crescimento, pode ser o responsável por problemas que vão de miopia e acne até o câncer.]. Estudos mostram [ISTO]. Então, a vírgula é indevida, pois não pode haver separação entre verbo e complemento. Gab. C.

(CESPE / SEDF / 2017)

5. Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que manuais de estilo tinham consultado durante seu aprendizado, a resposta mais comum foi “nenhum”. Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente.

No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir.

Em “Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente”, a supressão das vírgulas preservaria a correção gramatical do período, mas prejudicaria seu sentido original.

Comentário:

Na redação original, a expressão adverbial “para eles” indica opinião: na opinião deles, aconteceu naturalmente.

Poderíamos entender também que tem sentido de “com eles”: escrever aconteceu naturalmente com eles, na vida deles. Se tirarmos as vírgulas, “para eles” passa a ser objeto de “escrever”. Então, o sentido original muda, pois agora se escreve para alguém (escrever para eles). Portanto, a ausência de vírgulas mudou o sentido e a análise sintática. Gab. C.

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O uso da vírgula

Agora vamos ver as principais regras de uso da vírgula. Vocês vão observar como elas se encaixam nos princípios que trouxemos no início da aula.

Não vamos ser rigorosos com nomenclatura, pois isso varia muito entre bancas e questões. De modo geral, “marcar”, “separar” e “isolar” serão sinônimos, embora “isolar” geralmente signifique mais especificamente que o termo está entre vírgulas ou sinal que as substitua. Do mesmo modo,

“deslocado” significa que o termo está fora da posição tradicional, pode ser sinônimo de “anteposto”, se estiver antes do verbo ou oração a que se refere, e “intercalado”, se estiver entre termos, no meio.

Esse é o vocabulário mais tradicional. Na sequência teremos tópicos com as principais finalidades das vírgulas. Vamos em frente!

Separa termos de mesma função sintática, numa enumeração

Uma das razões de uso da vírgula mais recorrentes em provas é a enumeração. As bancas gostam de chamar os itens de uma lista de "elementos coordenados de uma série enumerativa".

– Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a serem observadas na redação oficial.

– Devemos observar a simplicidade, a clareza, a objetividade e a concisão na redação oficial.

Observem que, em uma enumeração, pode-se dispensar a conjunção que liga o penúltimo ao último elemento e deixar só a vírgula.

(CESPE / IPHAN / 2018)

6. Para fazer frente a essas transformações, é necessário um novo tipo de planejamento urbano. Conceitos rígidos dão lugar à flexibilidade, à análise de cenários alternativos e à inclusão da sociedade na formulação das políticas. Nesse contexto novo, o patrimônio histórico tem de ser integrado ao planejamento da cidade, sob pena de ficar à deriva em um mar de interesses puramente econômicos.

As vírgulas empregadas após as palavras “flexibilidade” (ℓ.2) e “novo” (ℓ.4) justificam-se pela mesma regra de pontuação.

Comentário:

Conceitos rígidos dão lugar à flexibilidade, à análise de cenários alternativos e à inclusão da sociedade na formulação das políticas. A vírgula após “flexibilidade” separa termos de mesma função sintática numa enumeração. Nesse contexto novo, o patrimônio histórico tem de ser integrado ao planejamento da cidade, sob pena de ficar à deriva em um mar de interesses puramente econômicos. A vírgula após “novo” marca a antecipação de um adjunto adverbial. Logo, estão em regras diferentes. Gab. E.

(CESPE / EBSERH / 2018)

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7. O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-natalista. Por cerca de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência de altas taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do crescimento do mercado interno.

O trecho “da prevalência de altas taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do crescimento do mercado interno” constitui uma enumeração que complementa o sentido da expressão iniciada por “em função”.

Comentário:

Sim, aqui temos a vírgula separando termos de mesma função sintática, numa enumeração de complementos:

em função 1da prevalência de altas taxas de mortalidade, 2dos interesses da colonização portuguesa, 3da expansão da ocupação territorial e 4do crescimento do mercado interno. Gab. C.

Separa aposto explicativo

O aposto é um termo explicativo de valor substantivo que desenvolve ou esclarece um termo anterior. Por ter natureza explicativa e acessória, normalmente vêm marcado por vírgulas e pode ser retirado.

– Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.

(CESPE / FUB / 2015)

8. Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, o verão não é sinônimo apenas de praia, corpos à mostra e pele bronzeada. Seria mantida a correção gramatical do período caso o fragmento “Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros" fosse deslocado e inserido, entre vírgulas, após “verão" feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas.

Comentário:

A redação que a banca propôs foi: O verão, estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, não é sinônimo apenas de praia... Importante para questões de substituição: a banca fez menção ao ajuste de maiúsculas. Se não fizesse, o item estaria errado, pois é regra começar períodos com letra maiúscula. Qual é a estação mais aguardada pelos brasileiros? É o verão. Então, o termo entre vírgulas é um aposto explicativo do termo verão.

Como sabemos, a vírgula é usada para isolar o aposto explicativo. Gab. C.

(CESPE / TCE-RN / 2015) – Adaptada

9. Exercer a cidadania é muito mais que um direito, é um dever, uma obrigação. A substituição da última vírgula da frase pela conjunção e não acarreta erro gramatical ao texto nem traz prejuízo à sua interpretação original.

(12)

Comentário:

Vamos pensar um pouco: o “e” indica soma, geralmente de elementos diferentes: comprei um carro e uma moto.

Ninguém diz “comprei um carro e um veículo” ou “você é bonita e bela”. A substituição da vírgula por uma conjunção aditiva “e” traria alteração de sentido, pois a vírgula marca um aposto explicativo: uma obrigação amplia e explica a ideia de dever; traz uma palavra e depois um sinônimo para explicá-lo. Se for colocada a conjunção “e” fica parecendo que são duas noções diferentes. Isso afeta a interpretação original. Gab. E.

Separa Vocativo O vocativo é um chamamento, uma invocação do ouvinte.

– Brasileiros, é chegada a hora de votar.

Bom dia, Brasil.

Felipe, seja mais gentil com ela!

Olha aqui, meu querido, não há milagre: você tem que estudar!

A jornalista, Patrícia, perdeu 22 kg!

Atenção !!

Observe que, se retirarmos a vírgula, o vocativo passa a ser aposto especificativo: A jornalista Patrícia perdeu 22 kg! Também é possível considerar que o termo entre vírgulas é um aposto especificativo.

(CESPE/ TJ CE / 2014)

10. Papel, amigo papel, não recolhas tudo o que escrever esta pena vadia. Querendo servir me, acabarás desservindo-me, porque se acontecer que eu me vá desta vida, sem tempo de te reduzir a cinzas, os que me lerem depois da missa de sétimo dia, ou antes, ou ainda antes do enterro, podem cuidar que te confio cuidados de amor. Não, papel. Quando sentires que insisto nessa nota, esquiva-te da minha mesa, e foge. A janela aberta te mostrará um pouco de telhado, entre a rua e o céu, e ali ou acolá acharás descanso. Comigo, o mais que podes achar é esquecimento, que é muito, mas não é tudo; primeiro que ele chegue, virá a troça dos malévolos ou simplesmente vadios. Escuta, papel. O que naquela dama Fidélia me atrai é principalmente certa feição de espírito, algo parecida com o sorriso fugitivo, que já lhe vi algumas vezes. Quero estudá-la se tiver ocasião.

Tempo sobra-me, mas tu sabes que é ainda pouco para mim mesmo, para o meu criado José, e para ti, se tenho vagar e quê — e pouco mais.

Sem prejuízo da correção gramatical do texto ou de seu sentido original, a vírgula empregada em “Escuta, papel”

poderia ser suprimida.

Comentário:

A vírgula está sendo usada para separar o vocativo. O autor se dirige a um ouvinte, o papel. A vírgula é obrigatória e não pode ser suprimida. Gab. E.

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Separa predicativos do sujeito deslocados

– Sereno e tranquilo, o condenado esperava sua morte.

– O condenado, sereno e tranquilo, esperava sua morte.

Separa termos (objeto direto ou indireto, normalmente) deslocados de sua posição normal na oração (caso facultativo)

– As explicações sobre vírgula, o professor procurou lhes dar?

Atenção !!

Se o objeto estiver no início da oração e vier depois um objeto pleonástico, a vírgula pode não figurar, segundo Sacconi: “Aos amigos(,) ninguém lhes dá a devida atenção”. Para Rocha Lima, a vírgula é obrigatória nesse caso. Gladstone Chaves de Melo atesta que, assim como o sujeito, um objeto deslocado não pode ser separado por vírgula do seu verbo: “As explicações procurou lhes dar o professor?”.

Confrontando as opiniões diversas, podemos dizer que a vírgula é facultativa quando o objeto vem deslocado.

Separa (facultativamente) as expressões para mim, para ti ou para si (ou sinônimas) quando indicam benefício próprio ou posse, independentemente de sua posição na frase

– Para mim(,) nada é melhor que acordar depois do meio-dia e dormir depois da meia noite.

Separa os adjuntos adverbiais deslocados

Os adjuntos adverbiais expressam circunstância relacionada à ação verbal, como tempo, modo, motivo, condição, concessão, instrumento, finalidade. Podem vir em termos simples, locuções ou até na forma de orações subordinadas adverbiais, introduzidas pelas conjunções subordinativas adverbiais (quando, embora, porque, como, conforme, à medida que, na medida em que, para que, tanto... que).

Então, essa regra vale para orações subordinadas adverbiais e termos adverbiais.

Na casa de minha namorada, vou jogar xadrez. (adjunto deslocado)

Vou jogar, em casa, xadrez até a madrugada. (adjunto deslocado)

Sem pensar muito, inscrevi-me no concurso. (adjunto deslocado)

➢ Inscrevi-me, sem pensar muito, no concurso. (adjunto deslocado)

(CESPE / PC-SE / 2018)

11. Devido a seu protagonismo e sua importância na organização e garantia da reprodução das normas legais, o Estado democrático não pode abdicar dessa instituição. A eliminação da vírgula logo após “legais” prejudicaria a correção gramatical do texto.

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Comentário:

A vírgula marca um adjunto adverbial de causa, que está antecipado. Temos caso de vírgula obrigatória, não é possível suprimir. Gab. C.

(CESPE / MPE PI / 2018)

12. Desta vez, Arthur Frommer e Holly Hugues elencam os 500 locais que precisamos visitar antes que desapareçam.

Seria incorreta a eliminação da vírgula empregada logo após a expressão “Desta vez”, pois seu uso é obrigatório naquele contexto.

Comentário:

Não seria. “Desta vez” é adjunto adverbial de curta extensão, então a vírgula é facultativa e poderia ser retirada sem qualquer prejuízo. Questão incorreta.

(CESPE / MPU / 2018)

13. Os mecanismos que reproduzem as desigualdades devem ser revelados de forma que se possibilite seu enfrentamento pela sociedade civil por meio da cidadania ativa, buscando-se o aprofundamento da democracia e a garantia da justiça de gênero, da igualdade racial e dos direitos humanos.

A introdução de uma vírgula imediatamente após a palavra “revelados” (l.1) manteria a correção gramatical do texto.

Comentário:

Veja: Os mecanismos que reproduzem as desigualdades devem ser revelados, de forma que se possibilite seu enfrentamento. A oração destacada é adverbial e pode sim perfeitamente ser marcada por vírgula, sem erro gramatical. Gab. C.

(CESPE / IFF / 2018)

14. Fecha-se o tempo, o juiz apita, a assistência pula a cerca e invade o campo, o pau começa a comer, mormente nas costas dos forasteiros, o juiz retira-se e se encosta à cerca, aguardando aparentemente que os ânimos serenem. O jogo recomeça.

Caso fosse suprimida a vírgula empregada logo após “comer”, seriam preservados a correção gramatical e o sentido do texto.

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Comentário:

“..., mormente nas costas dos forasteiros, o juiz retira-se e se encosta à cerca, aguardando aparentemente que” é uma expressão adverbial intercalada e, portanto, deve ser usada entre DUAS vírgulas. Não podemos tirar a primeira vírgula do par. Gab. E.

Separa certas expressões explicativas, retificativas, exemplificativas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo, ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com efeito, data

vênia, digo.

– O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, ou seja, de fácil compreensão.

Marca a elipse de um verbo

A vírgula é usada para indicar que uma palavra foi suprimida, mas que pode ser facilmente subentendida pelo contexto.

Ela gosta de Instagram; eu, de estudar. (a vírgula substitui o verbo omitido gostar; a vírgula se justifica por ocorrência da Zeugma, omissão de termo já mencionado.)

O meu pai foi peão, minha mãe, solidão. (minha mãe “foi” solidão. A vírgula substitui o verbo

“ser”, que está omitido.)

Elipse é a omissão de um termo que não foi expressamente mencionado, mas que pode ser facilmente identificado ou presumido no contexto. Zeugma é uma elipse específica: a omissão de um termo que expressamente já foi mencionado. Veja um caso de elipse. Ex.:

Só faço o que mandam. (Eu faço o que eles(as) mandam; as palavras “Eu” e “Eles(as)” estão elípticas, mas podem ser facilmente inferidas pelas desinências)

Agora veja um caso de elipse que justifica a vírgula: geralmente pela existência de um verbo implícito. Ex.:

Na casa de mamãe, roupa lavada; na minha, contas embaixo da porta. (Na casa de mamãe havia roupa lavada; na minha há contas embaixo da porta.)

Sábado, balada; domingo, sono profundo. (Subentende-se que sábado alguém vai a balada e no domingo dorme muito)

Aos amigos, tudo; aos inimigos, nada. (aos amigos oferecemos tudo; aos inimigos oferecemos nada)

*O meu pai era paulista, meu avô, pernambucano, o meu bisavô, mineiro, meu tataravô, baiano.

*essa última sentença é especial, pois traz duas regras de pontuação. As vírgulas em negrito separam as orações coordenadas; as demais marcam a omissão do verbo. Por substituírem um verbo omitido numa Zeugma (forma de elipse), essas vírgulas são chamadas de vírgulas vicárias.

(CESPE / TCE-RN / 2015)

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15. Ao Poder Legislativo é conferida a função de elaborar a lei; ao Poder Executivo, a função de administrar a aplicação da lei; ao Poder Judiciário, a função de dirimir os conflitos legais surgidos entre pessoas ou entre estas e o Estado.

As vírgulas empregadas logo após os nomes “Executivo" e “Judiciário" indicam a elisão da forma verbal composta que as precede no texto.

Comentário:

Vamos traduzir: Elisão da forma verbal composta que as precede = elipse de verbo que apareceu antes. Temos aqui a vírgula da Zeugma:

Ao Poder Legislativo é conferida a função de elaborar a lei Ao Poder Executivo, a função de administrar... (é conferida) Ao Poder Judiciário, a função de dirimir os conflitos... (é conferida)

A vírgula indica a elipse da forma verbal composta “é conferida”, que está implícita nas outras orações. Repare também no uso do ponto e vírgula para enumerar orações coordenadas. Não foi o objeto da questão, mas às vezes é! Fique atento. Gab. C.

Separa orações coordenadas assindéticas

– Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as ideias na cabeça...

– A honestidade “deveria” ser a ordem do dia, não “poderia”.

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Uso do Ponto e Vírgula

A definição clássica do ponto e vírgula (;) é ser uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto final, é uma pontuação intermediária entre os dois. As gramáticas não trazem regras absolutas e obrigatórias para essa pontuação, o que gera certa insegurança no seu uso. Sendo assim, falaremos sobre os casos mais comuns em relação ao seu uso.

Separar orações coordenadas assindéticas, normalmente entre trechos já separados por vírgula (ou outros sinais de pontuação), marcando uma enumeração

– As leis, em qualquer caso, não podem ser infringidas; mesmo em caso de dúvida, portanto, elas devem ser respeitadas.

– Em criança, era um menino tímido mas inteligente; quando moço, era esperto e alegre; agora, como homem maduro, tornou-se um chato.

– Por que Deus permite terremotos (como os que ocorreram recentemente na Itália e na Grécia);

não impede os ciclones (como os que atacam os EUA ano após ano); nada faz contra as secas intensas (como as do nordeste brasileiro), etc.?

Separar vários itens de uma enumeração (frequente em leis)

Ex.: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

III - fundo de garantia do tempo de serviço;

Separar orações coordenadas cuja conjunção “implícita” é facilmente percebida

– Comeu muito na festa, exageradamente; não conseguiu ir à aula de hoje. (= Comeu muito na festa, exageradamente, por isso não conseguiu ir à aula hoje.)

Separar orações coordenadas adversativas e conclusivas com conectivo deslocado – Ficarei com esta; não posso pagá-la à vista, porém.

– Finalmente vencemos; fiquemos, pois, felizes com nossa conquista!

(CESPE / MPU / 2018)

16. Se a cultura, no que tange a valores e visões de mundo, é fundamental para nossa constituição enquanto indivíduos (servindo-nos como parâmetro para nosso comportamento moral, por exemplo), limitarmo-nos a ela, desconhecendo ou depreciando as demais culturas de povos ou grupos dos quais não fazemos parte, pode nos levar a uma visão estreita das dimensões da vida humana.

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Na linha 2, a correção do texto seria prejudicada caso a vírgula empregada logo após o parêntese fosse substituída por ponto e vírgula.

Comentário:

Como temos uma estrutura “paralela”: Se por um lado a cultura é importante, por outro é perigoso limitar-se a ela. Não podemos separar esse “par” por ponto e vírgula, pios são metades dependentes. Gab. C.

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O sinal de Dois-Pontos

Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. Em termos práticos, este sinal é usado para:

Introduzir uma citação (discurso direto)

– Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas.”

Ligar orações ou termos que tenham natureza de “explicação”

Em essência, o sinal de dois pontos indica que há uma relação entre o que vem antes dele com o que vem depois. Essa relação geralmente é de explicação ou, de forma mais ampla, qualquer sentido que seja um desenvolvimento do que foi dito antes.

O euro estava muito alto: não viajei.

Ele era difícil de conviver: nunca se casou.

Nesse caso, como são duas orações coordenadas, poderia também haver entre elas uma vírgula.

Por isso, a banca muitas vezes pergunta se é possível trocar a vírgula por dois pontos. Nesse caso, seria até possível trocar por (;). Veja:

Tenho apenas um objetivo: passar em concurso.

(CESPE / TJ-PA / 2020)

17. Entretanto, eram nítidos os preconceitos que cercavam o trabalho feminino nessa época. Como as mulheres ainda eram vistas prioritariamente como donas de casa e mães, a ideia da incompatibilidade entre casamento e vida profissional tinha grande força no imaginário social. Um dos principais argumentos dos que viam com ressalvas o trabalho feminino era o de que, trabalhando, a mulher deixaria de lado seus afazeres domésticos e suas atenções e cuidados para com o marido: ameaças não só à organização doméstica como também à estabilidade do matrimônio.

Na linha 5 do texto CG4A1-II, os dois-pontos foram utilizados para introduzir uma A) enumeração.

B) enunciação.

C) hipótese.

D) explicação.

E) ressalva.

Comentário:

(20)

O sinal de dois-pontos explica que a “deixar de lado afazeres domésticos e atenção ao marido” era considerado ameaça à organização doméstica e à estabilidade do matrimônio. Gab. D.

(CESPE / PGE-PE / 2019)

18. Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para absolver o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos.

Na linha 1, os dois-pontos foram empregados com a finalidade de introduzir uma síntese das ideias enunciadas no primeiro parágrafo do texto.

Comentário:

Não é uma síntese. Os dois-pontos foram usados para anunciar a explicação daquilo que deveria ficar claro. Gab.

E.

(CESPE / PF / 2018)

19. Os programas de investigação criminal de ficção não reproduzem corretamente o que ocorre na vida real quando o assunto são as técnicas científicas: um cientista forense da Universidade de Maryland estima que cerca de 40% do que é mostrado no CSI não existe.

Em Knoxville, Tennessee, um policial relatou: “Estou com um homem cujo carro foi roubado. Ele viu uma fibra vermelha no banco traseiro e quer que eu descubra de onde ela veio, em que loja foi comprada e qual cartão de crédito foi usado”.

Os dois-pontos subsequentes a “técnicas científicas” e “relatou” foram, ambos, empregados com o objetivo de introduzir um trecho que apresenta um esclarecimento.

Comentário:

Na primeira ocorrência, de fato, introduz um esclarecimento, um motivo para sustentar a afirmação de que “Os programas de investigação criminal de ficção não reproduzem corretamente o que ocorre na vida real quando o assunto são as técnicas científicas”.

Na segunda ocorrência, contudo, temos citação literal, o sinal de dois-pontos introduz o discurso direto. Gab. E.

Introduzir uma explicação ou enumeração após as expressões por exemplo, isto é, ou seja, a saber, como etc.

– Adquirimos vários saberes, como: Linguagens, Filosofia, Ciências...

(21)

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Uso das Reticências

As reticências, essencialmente, indicam uma interrupção de algo que ia continuar, ou seja, expressam interrupções no texto. O sinal de reticências sinaliza também uma ideia não concluída, algo que o escritor deixa no ar.

Nós fizemos tudo para salvar sua filha, porém...

O que eu quis dizer é... bem... deixa para lá.

(CESPE / STJ / 2012)

20. A um coronel que se queixava da vida no quartel, um jornalista disse:

— O senhor não sabe como é chato militar na imprensa.

O ponto final empregado logo após “imprensa” poderia ser corretamente substituído por reticências.

Comentário:

A banca apenas pergunta se é possível substituir “corretamente”, ou seja, sem causar erro gramatical. A substituição do ponto final pelas reticências seria sim correta; apenas causaria uma “suspensão” no pensamento, que ficaria interrompido, sem desfecho, não concluído, “no ar”. Gab. C.

(22)

Uso das Aspas

As aspas podem ser utilizadas para:

Indicar citações

➢ Reprodução literal do texto, as exatas palavras, no discurso direto.

Encheu o peito de ar com orgulho e gritou: “Agora ferrou!”

O padre começou a oração: “Em nome do pai, do filho...”

➢ Em citações literais, o ponto deve ficar dentro das aspas se a frase começa e termina com aspas.

Nunca fiz amigos bebendo leite.” (Vinícius de Morais)

➢ Se apenas uma parte da citação está dentro das aspas, a pontuação deve ficar fora das aspas.

Minha mãe sempre dizia que “lágrimas não são argumentos”.

Indicar estrangeirismo, neologismo, arcaísmo, expressão popular ou gíria

Para apagar caracteres, pressione “backspace” ou “delete”.

Você é um “esquerdopata” crônico!

Ela posta fotos de biquíni para “causar” na “net”.

Impetrei um “habeas corpus” com a “patroa” para poder sair na “night”.

Indicar ironia e sentido figurado

Uso “especial” de uma palavra, com intenção diferente do esperado, fora do contexto habitual.

Quem foi o “gênio” que tirou zero naquela prova fácil?

Você, calado, é um “poeta”...

O policial e o ladrão chegaram a um “entendimento”.

(CESPE / SEDUC-AL / 2018)

21. O estado de São Paulo realiza o chamado “dia D” da vacinação contra a febre amarela em 54 cidades da Grande São Paulo, do Vale do Paraíba e da Baixada Santista. O governo do estado pretende imunizar 9,2 milhões de pessoas.

O emprego das aspas em “dia D” (ℓ.1) justifica-se porque a expressão, originada do campo lexical militar, está empregada no texto em sentido mais amplo, significando uma data especial e muito aguardada.

Comentário:

(23)

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Exatamente. “Dia D” faz parte do campo lexical (vocabulário) militar e se refere ao dia em que tropas aliadas desembarcaram na Normandia e o rumo da guerra mudou completamente. Por isso, “Dia D” passou a indicar um dia de grande importância. Transferindo metaforicamente essa carga de grandiosidade para um dia com campanha massiva de vacinação, é coerente marcar esse sentido figurado, esse sentido especial por extensão, com aspas, conforme prescreve a regra de pontuação. Gab.C.

(CESPE / TRE-RS / 2015)

22. Assim, não será surpresa se, para substituir a fatura das “doações” empresariais, os partidos pleitearem ainda mais dinheiro do fundo partidário e a ampliação da propaganda eleitoral dita “gratuita”, que de gratuita não tem nada, pois é financiada por meio de renúncia fiscal.

As aspas foram empregadas tanto em 'doações' (l.1) quanto em 'gratuita' (l.2) com a mesma finalidade.

Comentário:

As aspas foram usadas para marcar ironia, figura utilizada para se dizer o contrário do que se pensa. A prova disso no texto é o trecho: “que de gratuita não tem nada, pois é financiada por meio de renúncia fiscal”. Gab. C.

(24)

Uso do Travessão

O travessão serve para indicar a mudança de interlocutor e muitas vezes funciona como vírgula, nos casos em que ela é usada para isolar ou destacar palavras ou orações. Prestem atenção, pois várias questões pedem para trocar um par de vírgulas isolando um termo por um travessão duplo, o que é totalmente aceito.

Mudança de interlocutor no diálogo Ex.: — Pai, tirei 7.5 no exame!

— Parabéns, filho! Qual exame?

— O exame do bafômetro. Eles ficaram com seu carro...

Ex.: Meus “queridinhos” — disse ela — quero que vocês de explodam!

Isolar termos ou orações intercaladas de caráter explicativo ou para dar destaque/ênfase Exemplos:

Esse seu carro — se é que pode ser chamado assim — é uma “carroça”.

Meus amigos —todos casados— não querem mais saber de carnaval.

Podem aparecer outros sinais de pontuação após o travessão, mas eles serão justificados por suas próprias regras de uso. Veja:

Minha filha — amor da minha vida—, não faça mais isso! (a vírgula depois do travessão está ali para isolar o vocativo minha filha, que tem dentro dele uma fala isolada por travessões. Basta ler sem o termo entre os travessões que fica claro o motivo da vírgula: Minha filha, não faça mais isso!)

(CESPE / PF / 2018)

23. Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa aventura, todos podemos compartilhar o êxtase que surge a cada nova descoberta; se não por intermédio de nossas próprias atividades de pesquisa, ao menos ao estudarmos as ideias daqueles que expandiram e expandem as fronteiras do conhecimento com sua criatividade e coragem intelectual.

No fragmento “Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa aventura, todos podemos compartilhar (...)”

(L.1) as vírgulas poderiam ser substituídas por travessões, sem prejuízo gramatical para o texto.

Comentário:

Cuidado. As vírgulas podem sim ser substituídas por travessões em termos acessórios, explicativos, normalmente intercalados, isolados, como aposto, oração adjetiva, adjunto adverbial.

Messi— o artilheiro— é um gênio. Ele— segundo os argentinos— é o melhor da história.

Messi (o artilheiro) é um gênio. Ele (segundo os argentinos) é o melhor da história.

(25)

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Messi, o artilheiro, é um gênio. Ele, segundo os argentinos, é o melhor da história.

Contudo, aqui temos vírgulas numa enumeração, então não cabe usar travessões. Portanto, não podemos trocar as vírgulas por travessões. Gab. E.

(CESPE / IFF / 2018)

24. O couro vai para Bira, Bira perde para um galalau amarelo dos “estrangeiros”, o galalau perde para Zico, Zico passa para Lucas, que perde para o capitão dos visitantes, um louro de gorro de meia.

A vírgula empregada logo após “visitantes” pode ser substituída por travessão, sem prejuízo para a correção gramatical e para o sentido do texto.

Comentário:

O termo “um louro de gorro de meia” é um aposto explicativo do termo anterior “capitão dos visitantes”, então, poderia sim vir separado por vírgula, sinal de dois-pontos, ou, mais enfaticamente, por travessão:

Zico passa para Lucas, que perde para o capitão dos visitantes, um louro de gorro de meia.

Zico passa para Lucas, que perde para o capitão dos visitantes: um louro de gorro de meia.

Zico passa para Lucas, que perde para o capitão dos visitantes— um louro de gorro de meia. Gab. C.

(26)

Uso do Parênteses

Essencialmente, os parênteses servem para isolar esclarecimentos acessórios. Veja:

A faculdade em que estudei (UENP) era longe do centro.

Os políticos estão sendo investigados (pela Polícia Federal) na “lava-jato”.

Atenção !!

Em vários casos, o uso dos parênteses vai ser justificado pelas mesmas regras do travessão duplo e das vírgulas que isolam termos ou orações acessórias.

(27)

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Uso do Ponto Final

Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o fim de uma frase declarativa de um período simples ou composto. Pode substituir a vírgula quando o autor quer realçar, enfatizar o que vem após (evita-se isso em linguagem formal).

– Posso ouvir o vento assoprar com força. Derrubando tudo!

O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod.

= rodovia, etc. = et cætera.

O ponto do etc. termina o período, logo não pode haver outro ponto: “..., feijão, arroz, etc..”.

Absurdo também é usar etc. seguido de reticências: “... feijão, arroz, etc....”.

Chama-se ponto parágrafo aquele que encerra um período e a ele se segue outro período em linha diferente. Esse último ponto agora (antes do Esse) é chamado de ponto continuativo, pois a ele se segue outro período no mesmo parágrafo. Ponto final é este que virá agora.

(28)

Questões de prova comentadas

1.

Ano: 2022 Banca: IADES Órgão: CAU - SE

Em “O Patrimônio Naval de Sergipe é representado pela Canoa de Tolda, de Brejo Grande, enquanto o Modo de Fazer a Renda Irlandesa – um ofício relacionado ao universo feminino e característico de municípios localizados no Vale do Rio Cotinguiba – está registrado pelo Iphan como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.”, o emprego dos travessões é correto, pois essa pontuação:

a) inicia oração que restringe o sentido do substantivo anterior.

b) é sempre usada para substituir vírgulas.

c) torna o texto mais objetivo que parênteses ou vírgulas.

d) destaca uma característica positiva das rendas de Sergipe.

e) isola a expressão que explica o que é a Renda Irlandesa.

RESOLUÇÃO:

a) Errada. Observe que o trecho contido entre os travessões não pode ser considerado como uma oração, já que não há presença de verbo. Além disso, esse trecho não está funcionando com sentido restritivo, mas, sim, explicativo.

b) Errada. Nem sempre o emprego dos travessões será usado para substituir vírgulas. Uma particularidade do travessão é que ele pode ser usado para indicar mudança de interlocutor no diálogo.

Ademais, o travessão só poderá substituir a vírgula quando for usado para isolar ou destacar palavras e orações.

c) Errada. Não existe essa associação entre a maior objetividade e o uso dos diferentes tipos de pontuação.

d) Errada. O trecho que está entre os travessões não está destacando uma característica positiva das rendas de Sergipe, mas, sim, adiciona uma explicação.

e) Correta. De fato, o emprego dos travessões está isolando a expressão que explica o que é a Renda Irlandesa.

Resposta: E.

2.

Ano: 2021 Banca: IADES Órgão: CAU - MS

Em “No entanto, apesar desses regulamentos e dessa ideia de modernidade, a cidade cresceu expandindo-se por todos os lados e ocupando áreas antes proibidas.”, o uso da vírgula:

a) é opcional logo após a conjunção “No entanto”.

b) é obrigatório apenas depois de “No entanto”.

c) seria incorreto se a oração adverbial estivesse no final do período.

d) seria viável antes de “No entanto”, desde que a inicial maiúscula fosse adequada à nova redação.

e) é obrigatório neste caso por isolar expressão adverbial deslocada.

(29)

29 de 86 | www.direcaoconcursos.com.br RESOLUÇÃO:

a) Errada. A vírgula não foi utilizada por conta da conjunção “No entanto”. Nesse caso, a vírgula foi usada para separar o adjunto adverbial deslocado “apesar desses regulamentos e dessa ideia de modernidade”. Observe que esse trecho está entre duas vírgulas.

b) Errada. Conforme explicado anteriormente, utiliza-se a vírgula para separar o adjunto adverbial deslocado que se encontra após a conjunção “No entanto”.

c) Errada. Se a oração adverbial estivesse no final do período, ela estaria na posição da sua ordem direta e, dessa forma, o uso das duas vírgulas não seria mais necessário.

d) Errada. Conforme explicado anteriormente, a vírgula não foi utilizada por conta da conjunção “No entanto”.

e) Correta. Como vimos, de fato, a vírgula foi usada para separar o adjunto adverbial deslocado

“apesar desses regulamentos e dessa ideia de modernidade”.

Resposta: E.

3.

Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: CREMEB

Assinale a alternativa que reúne em um só período as orações “Doe órgãos. Salve vidas!” e expressa uma mensagem compatível com a intenção do autor do texto, além de estar de acordo com as regras para o uso da vírgula.

a) Doe órgãos, e salve vidas!

b) Salve vidas mas, sendo, um doador de órgãos!

c) Para salvar vidas doe órgãos!

d) Doando órgãos você salva vidas!

e) Se você deseja salvar vidas, doe órgãos!

RESOLUÇÃO:

(30)

a) Errada. A vírgula foi usada incorretamente, pois, nesse caso, a conjunção aditiva “e” está separando dois termos independentes que NÃO são separados por vírgula. A frase correta seria: “Doe órgãos e salve vidas!”.

b) Errada. Aqui, a vírgula precisa ser utilizada para separar uma oração coordenada adversativa que foi iniciada pela conjunção adversativa “mas”. Ademais, a vírgula encontrada após o termo “sendo” deve ser retirada. A frase correta seria: “Salve vidas, mas sendo um doador de órgãos!”.

c) Errada. A vírgula deve ser empregada após a oração subordinada adverbial final “Para salvar vidas”, que está na ordem inversa. A frase correta seria: “Para salvar vidas, doe órgãos!”.

d) Errada. A vírgula deve ser empregada após a oração adverbial “Doando órgãos”, que está na ordem inversa. A frase correta seria: “Doando órgãos, você salva vidas!”.

e) Correta. Essa redação está em consonância com as regras gramaticais. Observe que a vírgula está separando a oração subordinada adverbial condicional “Se você deseja salvar vidas”.

Resposta: E.

4.

Ano: 2016 Banca: IADES Órgão: PC-DF

Assinale a alternativa que, em conformidade com as regras de pontuação e de ortografia vigentes, reproduz com coerência a relação de sentido estabelecida entre os períodos “Não se cale. Você pode salvar uma vida”.

a) Você pode garantir a salvação de uma vida, portanto não se cale.

b) Não haja de forma omissa: você pode salvar uma vida.

c) Não se cale, por que você pode salvar uma vida.

d) Você pode salvar uma vida, por isso não fique hexitoso: denuncie.

e) Não se cale: porque assim, você salvará uma vida.

RESOLUÇÃO:

a) Correta. Essa redação está em consonância com as regras gramaticais e construiu adequadamente um período composto. A vírgula foi empregada para separar as duas orações.

b) Errada. Nesse caso, a escrita correta seria: “Não AJA”, visto que o termo está flexionado no imperativo do verbo “agir”. Os dois pontos foram empregados corretamente.

c) Errada. Nesse caso, há um erro de ortografia no termo “por que”. A grafia correta é “porque”, já que esse termo está funcionando como uma conjunção explicativa.

d) Errada. A escrita correta seria: “hesitoso”. Esse termo é um adjetivo.

e) Errada. O vocábulo “assim” deve estar isolado por vírgulas OU o trecho pode ser apresentado sem pontuação. Observe as duas possibilidades de escrita: “Não se cale: porque, assim, você salvará uma vida” OU “Não se cale: porque assim você salvará uma vida”.

Resposta: A.

5.

Ano: 2016 Banca: IADES Órgão: CRESS-MG

(31)

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Considerando a norma-padrão da língua portuguesa e os sentidos do texto, assinale a alternativa correta.

a) Na linha 12, é facultativo o uso das vírgulas que isolam a informação “aproximando o microfone do corredor espanhol”.

b) O acento gráfico da palavra “reféns” (linha 32) é opcional.

c) O trecho “o espanhol não pensou que houvesse outra coisa a ser feita que não aquilo que ele fez.”

(linhas 17 e 18) também poderia ser reescrito assim: o espanhol não pensou que tivesse outra coisa a ser feita exceto aquilo que ele fez.

d) Na frase “Eu não o deixei ganhar” (linha 20), caso o pronome “o” fosse deslocado para depois do verbo, seria criado um desvio da norma-padrão.

e) Na oração “considero essa ideia da matriz do desavergonhar uma coisa extremamente inspiradora” (linhas 36 e 37), há dois verbos — “considero” e “desavergonhar” — sendo o segundo deles uma invenção do autor, que utilizou uma palavra não dicionarizada.

RESOLUÇÃO:

a) Errada. O trecho “aproximando o microfone do corredor espanhol” é uma oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de gerúndio e, dessa forma, a vírgula é obrigatória. A sua retirada comprometeria o sentido.

b) Errada. O termo “reféns” é uma oxítona terminada em “ens” e, dessa forma, o acento gráfico é obrigatório.

c) Errada. O verbo “haver” foi empregado com o sentido de ‘existir’ e o verbo “ter” costuma ser empregado com o sentido de ‘posse’. Por isso, a substituição pelo verbo “ter”, nesse contexto, não é adequada.

d) Correta. A palavra “não” funciona como uma partícula atrativa do pronome oblíquo átono. Dessa forma, a próclise (pronome antes do verbo) é obrigatória. Portanto, a alteração sugerida, de fato, criaria um desvio da norma-padrão.

(32)

e) Errada. A palavra “desavergonhar” NÃO é uma invenção do autor, ela existe nos dicionários de língua portuguesa. Esse termo significa: “fazer perder ou perder a vergonha”.

Resposta: D.

6.

Ano: 2021 Banca: IADES Órgão: CRN - 1ª Região (GO)

Em relação à pontuação no texto, assinale a alternativa correta.

a) A vírgula após a enumeração que inicia o texto justifica-se porque adjuntos adverbiais são sempre seguidos dessa pontuação, independentemente de sua extensão.

b) Em “Ao se conectar com suas memórias, Proust rompe com o incômodo vazio de sua escrita e produz a obra Em Busca do Tempo Perdido, considerada um dos principais clássicos da literatura mundial.” (linhas de 11 a 14), a primeira vírgula se justifica porque a primeira oração é adjetiva e antecede a oração principal.

c) Em “Na literatura, no cinema, nas ciências, na filosofia e religião, existem evidências da relação entre memória e comida.” (linhas de 1 a 3), a vírgula que antecederia “na literatura, no cinema, nas ciências, na filosofia e religião” não seria obrigatória se o período fosse estruturado na ordem direta.

(33)

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d) Em “O sociólogo francês Pierre Bourdieu afirma que é ‘provavelmente nos gostos alimentares que se pode encontrar a marca mais forte e indelével do aprendizado infantil. São lições que resistem por mais tempo à distância ou ao colapso do ‘mundo nativo’’ (...)”, (linhas de 3 a 7), o ponto não pode ser substituído por vírgula e nem por ponto e vírgula em razão de indicar o final de uma declaração.

e) Em “Isso porque são os únicos que se conectam diretamente com o hipocampo – o centro da memória de longo prazo do cérebro.” (linhas de 20 a 22), o travessão poderia ser substituído por parênteses, mas não por vírgula.

RESOLUÇÃO:

a) Errada. No adjunto adverbial de lugar extenso (com três ou mais palavras) deslocado do seu local de origem a vírgula é obrigatória. A alternativa erra ao afirmar que independe do seu tamanho e que, em todos os casos, o uso da vírgula é obrigatório.

b) Errada. A primeira oração é subordinada adverbial temporal e o uso da vírgula, nesse caso, é obrigatório, visto que está separando uma oração subordinada que se encontra antes da oração principal.

c) Correta. Primeiramente, vamos colocar a frase na ordem direta para, então, observar a obrigatoriedade (ou não) da vírgula: “Existem evidências da relação entre memória e comida na literatura, no cinema, nas ciências, na filosofia e religião.”. Dessa forma, a vírgula que antecederia o termo “na literatura” realmente NÃO seria obrigatória.

d) Errada. O período que está após o ponto não está indicando o final de uma declaração, mas, sim, retoma as informações que foram ditas anteriormente. Assim, dentre as particularidades de cada sinal de pontuação, o ponto e vírgula seria um substituto ideal para o ponto, já que representa uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto final.

e) Errada. Nesse caso, o travessão poderia ser substituído por parênteses E por vírgula, visto que o trecho que está sendo isolado é um aposto explicativo. Assim, esses três sinais de pontuação são adequados para isolá-lo.

Resposta: C.

7.

Ano: 2016 Banca: IADES Órgão: CRESS-MG

(34)

A respeito do uso da vírgula no texto, assinale a alternativa correta.

a) Está indevido em pelo menos uma das suas ocorrências no primeiro parágrafo.

b) É opcional antes e depois da oração “que tem como missão fiscalizar, orientar, disciplinar e defender o exercício profissional de assistente social no estado de Minas Gerais” (linhas de 2 a 4).

c) Seria obrigatório entre as orações do trecho “O documento traz um pouco do histórico de lutas da profissão e destaca as principais bandeiras da categoria” (linhas 7 e 8), caso o autor substituísse o vocábulo destacado pela conjunção no entanto.

d) Poderia ocorrer entre os termos relacionados pela conjunção destacada no trecho “Na carta, o CRESS-MG também solicita ao governo a realização de novos concursos públicos para assistentes sociais e a incorporação de assistentes sociais no quadro de servidores da educação estadual”

(linhas de 11 a 14).

e) Deixaria de ser obrigatório na passagem “em consonância com a Lei Estadual n° 16.683, de 10 de janeiro de 2007.” (linhas de 15 a 17), caso o autor substituísse o termo destacado pela oração que foi promulgada em 10 de janeiro de 2007.

RESOLUÇÃO:

a) Errada. Todas as vírgulas presentes no primeiro parágrafo foram empregadas corretamente.

b) Errada. As vírgulas duplas que isolam o trecho em destaque são obrigatórias. A sua retirada causaria alteração do sentido original → com as vírgulas o trecho tem caráter explicativo e sem as vírgulas, tem caráter restritivo.

c) Correta. De fato, o uso da vírgula seria obrigatório na seguinte redação: “O documento traz um pouco do histórico de lutas da profissão, no entanto, destaca as principais bandeiras da categoria”, pois as orações coordenadas adversativas devem ser separadas por vírgula. O termo “no entanto” é uma conjunção coordenada adversativa e, nessa localização, deve estar entre vírgulas.

(35)

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d) Errada. Nesse caso, a vírgula NÃO é admitida. O termo “e”, que está funcionando como conjunção aditiva, está adicionando informações e separando dois termos independentes que NÃO podem ser separados por vírgula.

e) Errada. A alternativa propõe a seguinte redação: “em consonância com a Lei Estadual n°

16.683, que foi promulgada em 10 de janeiro de 2007.”. Nesse caso, o uso da vírgula continuaria sendo obrigatório para manter o sentido explicativo presente no trecho original. O trecho adicionado

“que foi promulgada em 10 de janeiro de 2007” é uma oração subordinada adjetiva explicativa.

Resposta: C.

8.

Ano: 2016 Banca: IADES Órgão: Ceitec S.A

De acordo com as regras de ortografia e de pontuação vigentes, assinale a alternativa correta em relação ao período “E oferece a segmentos industriais e de logística o ‘chip CTC 13000’, que pode ser usado na indústria de equipamentos para rastrear todos os itens da produção, chegando ao controle de estoque e de pós-fabricação.”.

a) O uso das vírgulas para isolar a oração introduzida pelo vocábulo “que” é opcional

b) O autor poderia ter empregado uma vírgula logo após o termo “de logística” para destacar o termo seguinte.

c) Caso o autor quisesse acrescentar o prefixo super ao vocábulo “produção”, deveria escrever superprodução.

d) No lugar da preposição “para”, poderia ser empregada a locução há fim de.

e) No lugar do vocábulo “estoque”, o autor poderia escrever estocajem.

RESOLUÇÃO:

a) Errada. O uso das vírgulas que isolam a oração “que pode ser usado na indústria de equipamentos para rastrear todos os itens da produção” é obrigatório, pois essa oração está funcionando como um aposto explicativo.

b) Errada. Se a vírgula fosse inserida em “E oferece a segmentos industriais e de logística, o ‘chip CTC 13000’”, ela iria separar o nome do seu adjunto adnominal. Lembre-se que essa separação NÃO é permitida.

c) Correta. O termo “superprodução” está gramaticalmente correto, pois NÃO se utiliza hífen para separar consoantes diferentes. Nesse caso, temos “r” e “p”.

d) Errada. A locução que substituiria a preposição “para” corretamente seria “a fim de”. Esse termo apresenta sentido de finalidade.

e) Errada. A grafia correta seria “estocagem”.

Resposta: C.

9.

Ano: 2021 Banca: IADES Órgão: CRN - 1ª Região (GO)

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