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Em Quem Esperamos? A Quem Iremos?

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Em Quem Esperamos?

A Quem Iremos?

Por Silvio Dutra

Out/2019

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A474

Alves, Silvio Dutra

Em Quem Esperamos? A Quem Iremos?

Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.

61p.; 14,8 x21cm

1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé 4. Graça.

I. Título.

CDD 252

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Nem sempre existiu no mundo a presente condição em que os governantes das nações se encontram, pois foi a partir da revolução industrial, da formação dos grandes conglomerados financeiros, das poderosas corporações comerciais e midiáticas, e de outros agentes poderosos, que as coisas começaram a mudar drasticamente quanto a quem realmente governa as nações, pois não há reis, presidentes, governadores, deputados, senadores e juízes que não estejam debaixo da influência de todos estes poderes que não somente influenciam como até mesmo dirigem em muitos casos as ações daqueles que se encontram nominalmente no exercício público do poder.

Isto se torna um grande complicador não apenas para o adequado entendimento como sobretudo para a aplicação de ordenanças bíblicas como a de se dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus; e de os crentes se sujeitarem às autoridades e de honrá-las.

Todavia, não importa por quais poderes e os que governam exercem a magistratura são influenciados, pois encontram-se na ponta assumindo a responsabilidade que pesa sobre eles de serem justos e verdadeiros, e quando

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disto se afastam terão que prestar contas a Deus.

E de igual forma os que os influenciam para a prática do mal também serão condenados por Ele. Então, a regra geral de o crente estar sujeito às autoridades prevalece tanto agora como nos dias dos apóstolos em que se sujeitaram aos governantes e magistrados ímpios tanto da Judeia quanto do Império Romano.

A condição da prática da injustiça é o que prevalece no mundo desde o princípio, em razão da entrada do pecado, e de Satanás e os demônios agirem sobre a humanidade escravizando-a e amplificando a prática do mal.

Graças a Deus sempre houve e haverá um Rei justo sob cujo governo podemos estar, e no qual esperar por justiça, paz, bondade e amor, não somente aqui embaixo como para toda a eternidade.

Ai de nós, que amamos a justiça e a verdade se não existisse tal Governo, pois estaríamos sempre em frustração e desalento caso nossa esperança estivesse em algum governo terreno!

Nós podemos ver não somente nas páginas da Bíblia, como em toda a história secular qual tem sido a atuação dos governos deste mundo, e não é de se admirar que Jesus tenha dito

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expressamente que o seu reino não é como os deste mundo, e que a Igreja não deve proceder segundo o modo destes governantes.

Deus permite que vivamos debaixo da autoridade de tais governos injustos para que aprendamos a grande diferença que há entre o nosso Rei eterno e estes governantes terrenos, e quão diferente é a justiça perfeita do Seu reino, quando comparada com a justiça de palha deste mundo.

Além disso, aprendemos a interceder incessantemente por tais governantes para que Deus possa intervir e dirigi-los, de forma que tenhamos um viver quieto e sossegado no que se refere à proteção divina em meio a tantas ações conturbadas.

Spurgeon, em seu sermão intitulado O Governo de Cristo, assim se expressou na sua parte introdutória:

“Em 2 Samuel 23: 4, sem dúvida, em primeiro lugar, Davi estava falando dos benefícios de um sábio e justo governante sobre o homem. No Oriente, onde os governantes são despóticos, eles podem muito em breve lançar mão de uma taxação tão pesada e fazer leis tão opressivas que o povo se empobrece gravemente. Às vezes, os

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habitantes quase deixam de cultivar suas terras, pois sentem que, se produzirem colheitas, só as produzem para a mesa de um tirano. Por tais exações cruéis, o comércio de um país é frequentemente expulso, e as terras frutíferas são transformadas em um deserto. No presente momento, parece haver pouca ou nenhuma razão pela qual a Palestina, por exemplo, não deva voltar a ser tão frutífera quanto costumava ser, se não fosse o domínio turco tão severo e tão injusto que o povo não tem razão para a indústria, e nenhum motivo para a economia, uma vez que eles são tão esmagados por aqueles que estão no poder. (Devemos lembrar que nos dias de Spurgeon, Israel não havia ainda retornado à Palestina). Foi em grande parte nos dias de Davi. As nações estavam tão completamente sujeitas ao governo de seus reis que, de acordo com o caráter de seu governante, era o estado do povo. É uma feliz circunstância para nós que, como nação, tenhamos terminado tudo isso, mas foi o estado predominante das coisas nos dias de Davi. (Lembrar também que nos dias de Spurgeon não havia ainda toda a influência dos poderes que nomeamos no início deste livro). Então, suponho que, como uma descrição do que ele próprio havia sido, e de sua esperança do que Salomão seria, ele diz: “Um bom governante é para um povo como o nascer do sol.” Seus problemas desaparecem - ele

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conquista para eles em guerras estrangeiras, e ele faz justiça a eles em casa. Um bom governante remove, ou pelo menos reduz, as tristezas das pessoas sobre quem ele governa.

Ele é para eles como “uma manhã sem nuvens”.

Eles não podem encontrar falhas em sua administração, pois todos os dias são bons e não fazem mal - e fazem até mesmo sua tristeza passada contribuir para seu bem presente. Sob seu domínio eles desfrutam de uma estação de claro brilho após uma longa chuva de tristeza, e por suas sábias leis, ele torna a terra tão frutífera, e as pessoas tão prósperas, que ele é para elas “como a tenra erva brotando da Terra, brilhando depois da chuva.” Sem dúvida, isso era uma parte do que Davi queria dizer. Mas, por favor, lembre-se que este foi o canto do cisne de Davi, pois o capítulo começa assim: “Estas são as últimas palavras de Davi”. E lembre-se também que estas últimas palavras de Davi são precedidas por esta importante declaração: “O Espírito do SENHOR fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua.”

Assim, sob essas circunstâncias, não podemos supor que o significado que dei ao texto possa ser a interpretação completa dele, já que não haveria necessidade de inspiração para ensinar isso, e não é necessário para o Deus de Israel, por assim dizer, e a Rocha de Israel para libertar.

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Podemos ter certeza de que deve haver algum significado mais profundo, mais completo, mais místico e espiritual aqui. E cristãos de todos os tempos e judeus também de eras anteriores concordaram que esta passagem se relaciona com o Messias. E nós, que sabemos que o Messias é Jesus de Nazaré, o Rei dos Judeus, podemos, sem a menor dificuldade, aplicar essas palavras a Ele e sentir que elas são mais verdadeiras a respeito dEle. Mesmo se elas não se referissem primariamente ao Messias, nós estaríamos bem em fazê-los, porque, se é uma regra geral que um bom governante é tudo isso para o seu povo, então Jesus Cristo, sendo o melhor dos Governantes, deve ser tudo isso para o seu povo, e Ele, governando entre os homens como Ele faz - neste dia nós O chamamos de Mestre e Senhor - e governando como Ele faz, com sabedoria, e no temor de Deus, Ele deve ser para aqueles que pertencem ao Seu reino abençoado, tudo o que qualquer outro bom governante poderia ser, e muito mais, de modo que por muitas razões estamos certos em atribuir ao nosso Senhor Jesus a linguagem do nosso texto: “Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Aquele que domina com justiça sobre os homens, que domina no temor de Deus, é como a luz da manhã, quando sai o sol, como manhã sem

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nuvens, cujo esplendor, depois da chuva, faz brotar da terra a erva.”

Até aqui as palavras de Spurgeon.

Observe que foi Deus quem falou a Davi estas palavras de 2 Samuel 23.3,4, as quais são introduzidas por: “Aquele que domina com justiça sobre os homens, que domina no temor de Deus”. E quanto a isto perguntamos: quantos são os reis, presidentes, governadores, magistrados que atuam sob um constante domínio de Deus e do Seu temor? Quando isto ocorre como foi o caso de Calvino em Genebra, tão forte é a oposição que sofrem da parte daqueles que defendem interesses injustos e escusos, que mal conseguem governar como gostariam, e acrescente-se a isto a própria rebelião e rejeição que sofrem da parte de muitos do povo que não temem a Deus.

Isto explica a razão de que quando Israel tinha sobre si reis justos, o povo continuava praticando grosseira idolatria e todas as demais formas de pecado, inviabilizando que houvesse justiça, paz e verdade sobre a nação.

Nestas condições, o Senhor se volta para os que são piedosos e faz boas promessas a eles,

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enquanto mantém os demais sob ameaças de juízos caso não se arrependam.

Nós podemos ver isto claramente no texto de Miqueias 6 e 7:

Miqueias – 6

1 Ouvi, agora, o que diz o SENHOR: Levanta-te, defende a tua causa perante os montes, e ouçam os outeiros a tua voz.

2 Ouvi, montes, a controvérsia do SENHOR, e vós, duráveis fundamentos da terra, porque o SENHOR tem controvérsia com o seu povo e com Israel entrará em juízo.

3 Povo meu, que te tenho feito? E com que te enfadei? Responde-me!

4 Pois te fiz sair da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e enviei adiante de ti Moisés, Arão e Miriã.

5 Povo meu, lembra-te, agora, do que maquinou Balaque, rei de Moabe, e do que lhe respondeu Balaão, filho de Beor, e do que aconteceu desde Sitim até Gilgal, para que conheças os atos de justiça do SENHOR.

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6 Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus excelso? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano?

7 Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma?

8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.

9 A voz do SENHOR clama à cidade (e é verdadeira sabedoria temer-lhe o nome): Ouvi, ó tribos, aquele que a cita.

10 Ainda há, na casa do ímpio, os tesouros da impiedade e o detestável efa minguado?

11 Poderei eu inocentar balanças falsas e bolsas de pesos enganosos?

12 Porque os ricos da cidade estão cheios de violência, e os seus habitantes falam mentiras, e a língua deles é enganosa na sua boca.

13 Assim, também passarei eu a ferir-te e te deixarei desolada por causa dos teus pecados.

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14 Comerás e não te fartarás; a fome estará nas tuas entranhas; removerás os teus bens, mas não os livrarás; e aquilo que livrares, eu o entregarei à espada.

15 Semearás; contudo, não segarás; pisarás a azeitona, porém não te ungirás com azeite;

pisarás a vindima; no entanto, não lhe beberás o vinho,

16 porque observaste os estatutos de Onri e todas as obras da casa de Acabe e andaste nos conselhos deles. Por isso, eu farei de ti uma desolação e dos habitantes da tua cidade, um alvo de vaias; assim, trareis sobre vós o opróbrio dos povos.

Miqueias – 7

1 Ai de mim! Porque estou como quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da vindima: não há cacho de uvas para chupar, nem figos temporãos que a minha alma deseja.

2 Pereceu da terra o piedoso, e não há entre os homens um que seja reto; todos espreitam para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com rede.

3 As suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o

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juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama.

4 O melhor deles é como um espinheiro; o mais reto é pior do que uma sebe de espinhos. É chegado o dia anunciado por tuas sentinelas, o dia do teu castigo; aí está a confusão deles.

5 Não creiais no amigo, nem confieis no companheiro. Guarda a porta de tua boca àquela que reclina sobre o teu peito.

6 Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa.

7 Eu, porém, olharei para o SENHOR e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.

8 Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me- ei; se morar nas trevas, o SENHOR será a minha luz.

9 Sofrerei a ira do SENHOR, porque pequei contra ele, até que julgue a minha causa e execute o meu direito; ele me tirará para a luz, e eu verei a sua justiça.

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10 A minha inimiga verá isso, e a ela cobrirá a vergonha, a ela que me diz: Onde está o SENHOR, teu Deus? Os meus olhos a contemplarão; agora, será pisada aos pés como a lama das ruas.

11 No dia da reedificação dos teus muros, nesse dia, serão os teus limites removidos para mais longe.

12 Nesse dia, virão a ti, desde a Assíria até às cidades do Egito, e do Egito até ao rio Eufrates, e do mar até ao mar, e da montanha até à montanha.

13 Todavia, a terra será posta em desolação, por causa dos seus moradores, por causa do fruto das suas obras.

14 Apascenta o teu povo com o teu bordão, o rebanho da tua herança, que mora a sós no bosque, no meio da terra fértil; apascentem-se em Basã e Gileade, como nos dias de outrora.

15 Eu lhe mostrarei maravilhas, como nos dias da tua saída da terra do Egito.

16 As nações verão isso e se envergonharão de todo o seu poder; porão a mão sobre a boca, e os seus ouvidos ficarão surdos.

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17 Lamberão o pó como serpentes; como répteis da terra, tremendo, sairão dos seus esconderijos e, tremendo, virão ao SENHOR, nosso Deus; e terão medo de ti.

18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.

19 Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.

20 Mostrarás a Jacó a fidelidade e a Abraão, a misericórdia, as quais juraste a nossos pais, desde os dias antigos.

O evangelho continua sendo interposto por Deus em meio a um mundo injusto e de trevas para que todos aqueles que suspirem por um reino justo o possam encontrá-lo em Jesus Cristo, pois se enganam todos aqueles que o aguardam em qualquer outro.

Se as coisas eram assim nos dias do profeta Miqueias, cerca de 600 a.C., quanto mais não serão em nossos dias, nos quais a iniquidade tem se multiplicado?

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Se desviarmos o nosso olhar de Jesus para os governantes deste mundo, podemos nos preparar para ter muita frustação e tristeza, porque não serão poucos os motivos para tal.

No contexto de toda a sorte de coisas terríveis e pecaminosas que estavam acontecendo na nação de Israel, o profeta diz de si mesmo: “Eu, porém, olharei para o SENHOR e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.” Devemos seguir o seu exemplo se pretendemos encontrar justiça e paz em nossos próprios dias.

Jesus sendo o criador dos céus e da Terra, sendo o governante de tudo, recebeu o tratamento que lhe foi dirigido não somente pelos governantes como do próprio povo ao qual pertencia, e temos nisto o exemplo supremo do que se pode esperar do mundo, de seu povo e governantes.

O diálogo mantido com Pilatos, em que foi ironizado em vez de ser julgado com justiça, podemos ver a linha divisória que Jesus estabeleceu entre o Seu reino e os deste mundo:

“35 Replicou Pilatos: Porventura, sou judeu? A tua própria gente e os principais sacerdotes é que te entregaram a mim. Que fizeste?

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36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.

37 Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei?

Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” (Lucas 18.35-37).

O povo sempre procura um Barrabás para livrá- lo dos poderes opressores, colocando sua esperança no homem, e não em Deus, e por isso rejeitam a Jesus que é o único e eficaz libertador do diabo, do pecado e do mundo.

Daí decorre a instrução do Senhor para os crentes:

“25 Mas Jesus lhes disse: Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores.

26 Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve.

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27 Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa?

Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve.

28 Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações.

29 Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio,

30 para que comais e bebais à minha mesa no meu reino; e vos assentareis em tronos para julgar as doze tribos de Israel.” (Lucas 22.25-30) Quantos estão dispostos a seguir de fato a Jesus e as leis do Seu Reino? Quantos amam de coração os Seus mandamentos? Quantos se encaixam no padrão dos cidadãos do Reino que está descrito no Sermão do Monte? Quantos negam o seu ego, carregam a cruz diariamente, seguindo os passos de Jesus? Os que podem responder afirmativamente são os que pertencem de fato ao Reino do céu.

Não é quem se declara cristão que é necessariamente um cidadão do Reino, porque, sendo diferente dos reinos deste mundo, não se participa deste reino por voto ou por mera declaração de apoio verbal, mas por uma

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transformação radical mediante a regeneração do Espírito Santo.

Está chegando o dia em que os reinos deste mundo passarão a ser exclusivamente de Deus e de Cristo, conforme profetizado nas Escrituras:

“O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.” (Apocalipse 11.15).

“17 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis que se levantarão da terra.

18 Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, de eternidade em eternidade.

19 Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro, cujas unhas eram de bronze, que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobejava;

20 e também a respeito dos dez chifres que tinha na cabeça e do outro que subiu, diante do qual caíram três, daquele chifre que tinha olhos e

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uma boca que falava com insolência e parecia mais robusto do que os seus companheiros.

21 Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles,

22 até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino.

23 Então, ele disse: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.

24 Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino; e, depois deles, se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.

25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.

26 Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim.

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27 O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão.” (Daniel 7.17-27).

As profecias em Daniel descrevem com precisão os reinos que se levantariam sobre a Terra até que se cumprisse o tempo determinado por Deus para o reino eterno de Cristo se manifestar sobre todo mundo depois dos dias do Anticristo, o qual a propósito já deve estar até mesmo presente no mundo em nossos dias, aguardando apenas a sua manifestação para efetuar tudo o que está profetizado a respeito dele. É necessário que haja a apostasia a manifestação dele, para que Jesus possa voltar com poder e grande glória.

Deus permite que todos estes governantes injustos se levantem sobre a Terra, para sujeitar-lhes ao grande juízo no tempo do fim.

Alguém pode indagar em seu íntimo por que Deus permite que o ímpio domine por tanto tempo sobre a Terra, mas podemos antever o Seu propósito eterno nisto, principalmente para demonstrar que os homens não buscam o amor à verdade como ela é em Cristo, e amam a mentira, a par de lutarem tanto por liberdade,

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paz, segurança e justiça. Não propriamente as que são do Reino de Deus, mas as que lhes garantisse prosperidade e paz mundanas.

Por isso são submetidos ao juízo do Senhor conforme pode ser visto em várias passagens das Escrituras:

“9 Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira,

10 e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.

11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira,

12 a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.” (2 Tessalonicenses 2.9-12)

Especialmente a Europa se encaixa nesta palavra em nossos dias, em que tantos apostataram da fé, voltando as costas definitivamente para o Senhor.

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Quando a nação de Israel estava às portas do juízo que lhe viria em razão da infidelidade deles e abandono de Deus, os profetas foram levantados para anunciarem as coisas que teriam que sofrer, e pela mesma palavra somos exortados ao arrependimento para que possamos escapar do julgamento que se encontra às portas.

Veja o que Deus disse através do profeta Jeremias:

Jeremias – 2

1 A mim me veio a palavra do SENHOR, dizendo:

2 Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém: Assim diz o SENHOR: Lembro-me de ti, da tua afeição quando eras jovem, e do teu amor quando noiva, e de como me seguias no deserto, numa terra em que se não semeia.

3 Então, Israel era consagrado ao SENHOR e era as primícias da sua colheita; todos os que o devoraram se faziam culpados; o mal vinha sobre eles, diz o SENHOR.

4 Ouvi a palavra do SENHOR, ó casa de Jacó e todas as famílias da casa de Israel.

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5 Assim diz o SENHOR: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para de mim se afastarem, indo após a nulidade dos ídolos e se tornando nulos eles mesmos,

6 e sem perguntarem: Onde está o SENHOR, que nos fez subir da terra do Egito? Que nos guiou através do deserto, por uma terra de ermos e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte, por uma terra em que ninguém transitava e na qual não morava homem algum?

7 Eu vos introduzi numa terra fértil, para que comêsseis o seu fruto e o seu bem; mas, depois de terdes entrado nela, vós a contaminastes e da minha herança fizestes abominação.

8 Os sacerdotes não disseram: Onde está o SENHOR? E os que tratavam da lei não me conheceram, os pastores prevaricaram contra mim, os profetas profetizaram por Baal e andaram atrás de coisas de nenhum proveito.

9 Portanto, ainda pleitearei convosco, diz o SENHOR, e até com os filhos de vossos filhos pleitearei.

10 Passai às terras do mar de Chipre e vede;

mandai mensageiros a Quedar, e atentai bem, e vede se jamais sucedeu coisa semelhante.

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11 Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto que não eram deuses? Todavia, o meu povo trocou a sua Glória por aquilo que é de nenhum proveito.

12 Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos!

Ficai estupefatos, diz o SENHOR.

13 Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.

14 Acaso, é Israel escravo ou servo nascido em casa? Por que, pois, veio a ser presa?

15 Os leões novos rugiram contra ele, levantaram a voz; da terra dele fizeram uma desolação; as suas cidades estão queimadas, e não há quem nelas habite.

16 Até os filhos de Mênfis e de Tafnes te pastaram o alto da cabeça.

17 Acaso, tudo isto não te sucedeu por haveres deixado o SENHOR, teu Deus, quando te guiava pelo caminho?

18 Agora, pois, que lucro terás indo ao Egito para beberes as águas do Nilo; ou indo à Assíria para beberes as águas do Eufrates?

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19 A tua malícia te castigará, e as tuas infidelidades te repreenderão; sabe, pois, e vê que mau e quão amargo é deixares o SENHOR, teu Deus, e não teres temor de mim, diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos.

20 Ainda que há muito quebrava eu o teu jugo e rompia as tuas ataduras, dizias tu: Não quero servir-te. Pois, em todo outeiro alto e debaixo de toda árvore frondosa, te deitavas e te prostituías.

21 Eu mesmo te plantei como vide excelente, da semente mais pura; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada, como de vide brava?

22 Pelo que ainda que te laves com salitre e amontoes potassa, continua a mácula da tua iniquidade perante mim, diz o SENHOR Deus.

23 Como podes dizer: Não estou maculada, não andei após os baalins? Vê o teu rasto no vale, reconhece o que fizeste, dromedária nova de ligeiros pés, que andas ziguezagueando pelo caminho;

24 jumenta selvagem, acostumada ao deserto e que, no ardor do cio, sorve o vento. Quem a impediria de satisfazer ao seu desejo? Os que a

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procuram não têm de fatigar-se; no mês dela a acharão.

25 Guarda-te de que os teus pés andem desnudos e a tua garganta tenha sede. Mas tu dizes: Não, é inútil; porque amo os estranhos e após eles irei.

26 Como se envergonha o ladrão quando o apanham, assim se envergonham os da casa de Israel; eles, os seus reis, os seus príncipes, os seus sacerdotes e os seus profetas,

27 que dizem a um pedaço de madeira: Tu és meu pai; e à pedra: Tu me geraste. Pois me viraram as costas e não o rosto; mas, em vindo a angústia, dizem: Levanta-te e livra-nos.

28 Onde, pois, estão os teus deuses, que para ti mesmo fizeste? Eles que se levantem se te podem livrar no tempo da tua angústia; porque os teus deuses, ó Judá, são tantos como as tuas cidades.

29 Por que contendeis comigo? Todos vós transgredistes contra mim, diz o SENHOR.

30 Em vão castiguei os vossos filhos; eles não aceitaram a minha disciplina; a vossa espada devorou os vossos profetas como leão destruidor.

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31 Oh! Que geração! Considerai vós a palavra do SENHOR. Porventura, tenho eu sido para Israel um deserto? Ou uma terra da mais espessa escuridão? Por que, pois, diz o meu povo: Somos livres! Jamais tornaremos a ti?

32 Acaso, se esquece a virgem dos seus adornos ou a noiva do seu cinto? Todavia, o meu povo se esqueceu de mim por dias sem conta.

33 Como dispões bem os teus caminhos, para buscares o amor! Pois até às mulheres perdidas os ensinaste.

34 Nas orlas dos teus vestidos se achou também o sangue de pobres e inocentes, não surpreendidos no ato de roubar. Apesar de todas estas coisas,

35 ainda dizes: Estou inocente; certamente, a sua ira se desviou de mim. Eis que entrarei em juízo contigo, porquanto dizes: Não pequei.

36 Que mudar leviano é esse dos teus caminhos? Também do Egito serás envergonhada, como foste envergonhada da Assíria.

37 Também daquele sairás de mãos na cabeça;

porque o SENHOR rejeitou aqueles em quem confiaste, e não terás sorte por meio deles.

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Jeremias – 5

1 Dai voltas às ruas de Jerusalém; vede agora, procurai saber, buscai pelas suas praças a ver se achais alguém, se há um homem que pratique a justiça ou busque a verdade; e eu lhe perdoarei a ela.

2 Embora digam: Tão certo como vive o SENHOR, certamente, juram falso.

3 Ah! SENHOR, não é para a fidelidade que atentam os teus olhos? Tu os feriste, e não lhes doeu; consumiste-os, e não quiseram receber a disciplina; endureceram o rosto mais do que uma rocha; não quiseram voltar.

4 Mas eu pensei: são apenas os pobres que são insensatos, pois não sabem o caminho do SENHOR, o direito do seu Deus.

5 Irei aos grandes e falarei com eles; porque eles sabem o caminho do SENHOR, o direito do seu Deus; mas estes, de comum acordo, quebraram o jugo e romperam as algemas.

6 Por isso, um leão do bosque os matará, um lobo dos desertos os assolará, um leopardo estará à espreita das suas cidades; qualquer que sair delas será despedaçado; porque as suas

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transgressões se multiplicaram, multiplicaram- se as suas perfídias.

7 Como, vendo isto, te perdoaria? Teus filhos me deixam a mim e juram pelos que não são deuses;

depois de eu os ter fartado, adulteraram e em casa de meretrizes se ajuntaram em bandos;

8 como garanhões bem fartos, correm de um lado para outro, cada um rinchando à mulher do seu companheiro.

9 Deixaria eu de castigar estas coisas, diz o SENHOR, ou não me vingaria de nação como esta?

10 Subi vós aos terraços da vinha, destruí-a, porém não de todo; tirai-lhe as gavinhas, porque não são do SENHOR.

11 Porque perfidamente se houveram contra mim, a casa de Israel e a casa de Judá, diz o SENHOR.

12 Negaram ao SENHOR e disseram: Não é ele; e:

Nenhum mal nos sobrevirá; não veremos espada nem fome.

13 Até os profetas não passam de vento, porque a palavra não está com eles, as suas ameaças se cumprirão contra eles mesmos.

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14 Portanto, assim diz o SENHOR, o Deus dos Exércitos: Visto que proferiram eles tais palavras, eis que converterei em fogo as minhas palavras na tua boca e a este povo, em lenha, e eles serão consumidos.

15 Eis que trago sobre ti uma nação de longe, ó casa de Israel, diz o SENHOR; nação robusta, nação antiga, nação cuja língua ignoras; e não entendes o que ela fala.

16 A sua aljava é como uma sepultura aberta;

todos os seus homens são valentes.

17 Comerão a tua sega e o teu pão, os teus filhos e as tuas filhas; comerão as tuas ovelhas e o teu gado; comerão a tua vide e a tua figueira; e com a espada derribarão as tuas cidades fortificadas, em que confias.

18 Contudo, ainda naqueles dias, diz o SENHOR, não vos destruirei de todo.

19 Quando disserem: Por que nos fez o SENHOR, nosso Deus, todas estas coisas? Então, lhes responderás: Como vós me deixastes e servistes a deuses estranhos na vossa terra, assim servireis a estrangeiros, em terra que não é vossa.

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20 Anunciai isto na casa de Jacó e fazei-o ouvir em Judá, dizendo:

21 Ouvi agora isto, ó povo insensato e sem entendimento, que tendes olhos e não vedes, tendes ouvidos e não ouvis.

22 Não temereis a mim? – diz o SENHOR; não tremereis diante de mim, que pus a areia para limite do mar, limite perpétuo, que ele não traspassará? Ainda que se levantem as suas ondas, não prevalecerão; ainda que bramem, não o traspassarão.

23 Mas este povo é de coração rebelde e contumaz; rebelaram-se e foram-se.

24 Não dizem a eles mesmos: Temamos agora ao SENHOR, nosso Deus, que nos dá a seu tempo a chuva, a primeira e a última, que nos conserva as semanas determinadas da sega.

25 As vossas iniquidades desviam estas coisas, e os vossos pecados afastam de vós o bem.

26 Porque entre o meu povo se acham perversos; cada um anda espiando, como espreitam os passarinheiros; como eles, dispõem armadilhas e prendem os homens.

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27 Como a gaiola cheia de pássaros, são as suas casas cheias de fraude; por isso, se tornaram poderosos e enriqueceram.

28 Engordam, tornam-se nédios e ultrapassam até os feitos dos malignos; não defendem a causa, a causa dos órfãos, para que prospere;

nem julgam o direito dos necessitados.

29 Não castigaria eu estas coisas? – diz o SENHOR; não me vingaria eu de nação como esta?

30 Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra:

31 os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?

Jeremias – 9

1 Prouvera a Deus a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos, em fonte de lágrimas! Então, choraria de dia e de noite os mortos da filha do meu povo.

2 Prouvera a Deus eu tivesse no deserto uma estalagem de caminhantes! Então, deixaria o

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meu povo e me apartaria dele, porque todos eles são adúlteros, são um bando de traidores;

3 curvam a língua, como se fosse o seu arco, para a mentira; fortalecem-se na terra, mas não para a verdade, porque avançam de malícia em malícia e não me conhecem, diz o SENHOR.

4 Guardai-vos cada um do seu amigo e de irmão nenhum vos fieis; porque todo irmão não faz mais do que enganar, e todo amigo anda caluniando.

5 Cada um zomba do seu próximo, e não falam a verdade; ensinam a sua língua a proferir mentiras; cansam-se de praticar a iniquidade.

6 Vivem no meio da falsidade; pela falsidade recusam conhecer-me, diz o SENHOR.

7 Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos:

Eis que eu os acrisolarei e os provarei; porque de que outra maneira procederia eu com a filha do meu povo?

8 Flecha mortífera é a língua deles; falam engano; com a boca fala cada um de paz com o seu companheiro, mas no seu interior lhe arma ciladas.

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9 Acaso, por estas coisas não os castigaria? – diz o SENHOR; ou não me vingaria eu de nação tal como esta?

10 Pelos montes levantarei choro e pranto e pelas pastagens do deserto, lamentação; porque já estão queimadas, e ninguém passa por elas; já não se ouve ali o mugido de gado; tanto as aves dos céus como os animais fugiram e se foram.

11 Farei de Jerusalém montões de ruínas, morada de chacais; e das cidades de Judá farei uma assolação, de sorte que fiquem desabitadas.

12 Quem é o homem sábio, que entenda isto, e a quem falou a boca do SENHOR, homem que possa explicar por que razão pereceu a terra e se queimou como deserto, de sorte que ninguém passa por ela?

13 Respondeu o SENHOR: Porque deixaram a minha lei, que pus perante eles, e não deram ouvidos ao que eu disse, nem andaram nela.

14 Antes, andaram na dureza do seu coração e seguiram os baalins, como lhes ensinaram os seus pais.

15 Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que alimentarei este povo com absinto e lhe darei a beber água venenosa.

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16 Espalhá-los-ei entre nações que nem eles nem seus pais conheceram; e enviarei a espada após eles, até que eu venha a consumi-los.

17 Assim diz o SENHOR dos Exércitos:

Considerai e chamai carpideiras, para que venham; mandai procurar mulheres hábeis, para que venham.

18 Apressem-se e levantem sobre nós o seu lamento, para que os nossos olhos se desfaçam em lágrimas, e as nossas pálpebras destilem água.

19 Porque uma voz de pranto se ouve de Sião:

Como estamos arruinados! Estamos sobremodo envergonhados, porque deixamos a terra, e eles transtornaram as nossas moradas.

20 Ouvi, pois, vós, mulheres, a palavra do SENHOR, e os vossos ouvidos recebam a palavra da sua boca; ensinai o pranto a vossas filhas; e, cada uma à sua companheira, a lamentação.

21 Porque a morte subiu pelas nossas janelas e entrou em nossos palácios; exterminou das ruas as crianças e os jovens, das praças.

22 Fala: Assim diz o SENHOR: Os cadáveres dos homens jazerão como esterco sobre o campo e

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cairão como gavela atrás do segador, e não há quem a recolha.

23 Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas;

24 mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR.

25 Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que castigarei a todos os circuncidados juntamente com os incircuncisos:

26 ao Egito, e a Judá, e a Edom, e aos filhos de Amom, e a Moabe, e a todos os que cortam os cabelos nas têmporas e habitam no deserto;

porque todas as nações são incircuncisas, e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração.

Quando lemos todo livro do profeta Jeremias encontramos ali muitos juízos contra o pecado tanto de Israel quanto das demais nações, mas também há boas promessas de restauração dos que viessem a se arrepender, especialmente pela nova aliança que seria feita com eles através de Jesus Cristo.

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Assim tem sido e será até que Cristo volte, porque, na verdade, a grande batalha que há é entre aqueles que amam a Deus e os que o odeiam. Os que amam a verdade e os que amam a mentira. Os que lutam contra o pecado e aqueles que o amam. E a raiz de tudo se encontra no grande conflito das eras entre Satanás e Cristo.

Fora de Cristo, tudo é morte e juízo. Em Cristo, tudo é vida e paz.

Quando desviamos as nossas expectativas e esperanças do Senhor, e as depositamos nos governantes e magistrados deste mundo, estamos incorrendo numa grande ilusão e nos sujeitando a sermos julgados por Deus. “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jeremias 17.5).

É sobre o Senhor que devemos lançar nossos fardos e cuidados, e não sobre qualquer outra criatura como nós, por mais investida de poder que ela esteja neste mundo. Não é sequer em anjos ou arcanjos que devemos colocar a nossa esperança, senão somente no Senhor.

“25 Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca.

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26 Bom é aguardar a salvação do SENHOR, e isso, em silêncio.” (Lamentações de Jeremias 3.25,26).

“18 Eis que os olhos do SENHOR estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia,

19 para livrar-lhes a alma da morte, e, no tempo da fome, conservar-lhes a vida.

20 Nossa alma espera no SENHOR, nosso auxílio e escudo.” (Salmo 33.18-20).

“7 Descansa no SENHOR e espera nele, não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios.

8 Deixa a ira, abandona o furor; não te impacientes; certamente, isso acabará mal.

9 Porque os malfeitores serão exterminados, mas os que esperam no SENHOR possuirão a terra.

10 Mais um pouco de tempo, e já não existirá o ímpio; procurarás o seu lugar e não o acharás.

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11 Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz.” (Salmo 37.7- 11).

“Agrada-se o SENHOR dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia.” (Salmo 147.11).

“1 Os que confiam no SENHOR são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre.

2 Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o SENHOR, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre.

3 O cetro dos ímpios não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda a mão à iniquidade.

4 Faze o bem, SENHOR, aos bons e aos retos de coração.” (Salmo 125.11)

“4 Nossos pais confiaram em ti; confiaram, e os livraste.

5 A ti clamaram e se livraram; confiaram em ti e não foram confundidos.” (Salmo 22.4,5)

Que liberdade é a que o mundo procura e que deixa Deus do lado de fora? Que amor? Que

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justiça? Que paz? Que segurança? Se for apenas de coisas ruins que lhe possam ocorrer aqui embaixo, o que será depois quando se encontrar lançado fora do céu para sempre? Nossa esperança em Cristo não é apenas para este mundo, mas para a vida eterna.

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Apêndice:

O Evangelho que nos Leva a Obter a Salvação Estamos inserindo esta nota em forma de apêndice em nossas últimas publicações, uma vez que temos sido impelidos a explicar em termos simples e diretos o que seja de fato o evangelho, na forma em que nos é apresentado nas Escrituras, já que há muita pregação e ensino de caráter legalista que não é de modo algum o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

Há também uma grande ignorância relativa ao que seja a aliança da graça por meio da qual somos salvos, e que consiste no coração do evangelho, e então a descrevemos em termos bem simples, de forma que possa ser adequadamente entendida.

Há somente um evangelho pelo qual podemos ser verdadeiramente salvos. Ele se encontra revelado na Bíblia, e especialmente nas páginas do Novo Testamento. Mas, por interpretações incorretas é possível até mesmo transformá-lo em um meio de perdição e não de salvação, conforme tem ocorrido especialmente em nossos dias, em que as verdades fundamentais

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do evangelho de Jesus Cristo têm sido adulteradas ou omitidas.

Tudo isto nos levou a tomar a iniciativa de apresentar a seguir, de forma resumida, em que consiste de fato o evangelho da nossa salvação.

Em primeiro lugar, antes de tudo, é preciso entender que somos salvos exclusivamente com base na aliança de graça que foi feita entre Deus Pai e Deus Filho, antes mesmo da criação do mundo, para que nas diversas gerações de pessoas que seriam trazidas por eles à existência sobre a Terra, houvesse um chamado invisível, sobrenatural, espiritual, para serem perdoadas de seus pecados, justificadas, regeneradas (novo nascimento espiritual), santificadas e glorificadas. E o autor destas operações transformadoras seria o Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade divina.

Estes que seriam chamados à conversão, o seriam pelo meio de atração que seria feita por Deus Pai, trazendo-os a Deus Filho, de modo que pela simples fé em Jesus Cristo, pudessem receber a graça necessária que os redimiria e os transportaria das trevas para a luz, do poder de Satanás para o de Deus, e que lhes transformaria em filhos amados e aceitos por Deus.

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Como estes que foram redimidos se encontravam debaixo de uma sentença de maldição e condenação eternas, em razão de terem transgredido a lei de Deus, com os seus pecados, para que fossem redimidos seria necessário que houvesse uma quitação da dívida deles para com a justiça divina, cuja sentença sobre eles era a de morte física e espiritual eternas.

Havia a necessidade de um sacrifício, de alguém idôneo que pudesse se colocar no lugar do homem, trazendo sobre si os seus pecados e culpa, e morrendo com o derramamento do Seu sangue, porque a lei determina que não pode haver expiação sem que haja um sacrifício sangrento substitutivo.

Importava também que este Substituto de pecadores, assumisse a responsabilidade de cobrir tudo o que fosse necessário em relação à dívida de pecados deles, não apenas a anterior à sua conversão, como a que seria contraída também no presente e no futuro, durante a sua jornada terrena.

Este Substituto deveria ser perfeito, sem pecado, eterno, infinito, porque a ofensa do pecador é eterna e infinita. Então deveria ser alguém divino para realizar tal obra.

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Jesus, sendo Deus, se apresentou na aliança da graça feita com o Pai, para ser este Salvador, Fiador, Garantia, Sacrifício, Sacerdote, para realizar a obra de redenção.

O homem é fraco, dado a se desviar, mas a sua chamada é para uma santificação e perfeição eternas. Como poderia responder por si mesmo para garantir a eternidade da segurança da salvação?

Havia necessidade que Jesus assumisse ao lado da natureza divina que sempre possuiu, a natureza humana, e para tanto ele foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria.

Ele deveria ter um corpo para ser oferecido em sacrifício. O sangue da nossa redenção deveria ser o de alguém que fosse humano, mas também divino, de modo que se pode até mesmo dizer que fomos redimidos pelo sangue do próprio Deus.

Este é o fundamento da nossa salvação. A morte de Jesus em nosso lugar, de modo a nos abrir o caminho para a vida eterna e o céu.

Para que nunca nos esquecêssemos desta grande e importante verdade do evangelho de que Jesus se tornou da parte de Deus para nós, o

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nosso tudo, e que sem Ele nada somos ou podemos fazer para agradar a Deus, Jesus fixou a Ceia que deve ser regularmente observada pelos crentes, para que se lembrem de que o Seu corpo foi rasgado, assim como o pão que partimos na Ceia, e o Seu sangue foi derramado em profusão, conforme representado pelo vinho, para que tenhamos vida eterna por meio de nos alimentarmos dEle. Por isso somos ordenados a comer o pão, que representa o corpo de Jesus, que é verdadeiro alimento para o nosso espírito, e a beber o sangue de Jesus, que é verdadeira bebida para nos refrigerar e manter a Sua vida em nós.

Quando Ele disse que é o caminho e a verdade e a vida. Que a porta que conduz à vida eterna é estreita, e que o caminho é apertado. Tudo isto se aplica ao fato de que não há outra verdade, outro caminho, outra vida, senão a que existe somente por meio da fé nEle. A porta é estreita porque não admite uma entrada para vários caminhos e atalhos, que sendo diferentes dEle, conduzem à perdição. É estreito e apertado para que nunca nos desviemos dEle, o autor e consumador da nossa salvação.

Então o plano de salvação, na aliança de graça que foi feita, nada exige do homem, além da fé, pois tudo o que tiver que ser feito nele para ser

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transformado e firmado na graça, será realizado pelo autor da sua salvação, a saber, Jesus Cristo.

Tanto é assim, que para que tenhamos a plena convicção desta verdade, mesmo depois de sermos justificados, regenerados e santificados, percebemos, enquanto neste mundo, que há em nós resquícios do pecado, que são o resultado do que se chama de pecado residente, que ainda subsiste no velho homem, que apesar de ter sido crucificado juntamente com Cristo, ainda permanece em condições de operar em nós, ao lado da nova natureza espiritual e santa que recebemos na conversão.

Qual é a razão disso, senão a de que o Senhor pretende nos ensinar a enxergar que a nossa salvação é inteiramente por graça e mediante a fé? Que é Ele somente que nos garante a vida eterna e o céu. Se não fosse assim, não poderíamos ser salvos e recebidos por Deus porque sabemos que ainda que salvos, o pecado ainda opera em nossas vidas de diversas formas.

Isto pode ser visto claramente em várias passagens bíblicas e especialmente no texto de Romanos 7.

À luz desta verdade, percebemos que mesmo as enfermidades que atuam em nossos corpos

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