• Nenhum resultado encontrado

Lançando Sobre Deus as Nossas Ansiedades

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Lançando Sobre Deus as Nossas Ansiedades"

Copied!
41
0
0

Texto

(1)

Lançando Sobre Deus as Nossas

Ansiedades

Por Jonatas Alves

Out/2019

(2)

2

A474

Alves, Jônatas

Lançando sobre Deus as nossas ansiedades Jônatas Alves – Rio de Janeiro, 2019.

41p.; 14,8 x21cm

1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé I. Título.

CDD 252

(3)

3

“Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5:7)

Permita-me chamar a atenção para este versículo que, ao mesmo tempo em que é simples e de fácil compreensão, também contém uma ordem de magnitude incomensurável. Geralmente passamos os nossos olhos e não prestamos muita atenção no que o verso realmente está nos falando. Então deixe-me falar a respeito da beleza desta mensagem, que traz consigo o amor e a preocupação de Deus em proporcionar a Seus filhos, não o livramento de problemas e uma vida com a ausência dos mesmos, mas sim um descanso em saber que Deus tem um propósito em meio a qualquer problema ou adversidade, que é impossível entender ou explicar, pois é dado somente pelo poder e graça do nosso Senhor Deus.

Primeiro, vamos analisar a primeira parte do versículo, onde temos a ordem de “lançar sobre Deus toda a nossa ansiedade”. É interessante entender o que quer ser dito com a palavra ansiedade. Podemos entendê-la como todo e qualquer problema que nos conduz a este sentimento de preocupação excessiva, que nos faz perder o sono à noite e que, em muitos casos,

(4)

4

nos faz até mesmo esquecermos que temos um Deus poderoso, para quem não há impossíveis.

Tais situações podem ser oriundas de coisas do dia a dia, como emprego, saúde, vida financeira, relações amorosas ou familiares, segurança nas ruas, problemas políticos do país etc. e também podem ser originadas através de ataques satânicos para tentar nos desestabilizar e, principalmente, nos levar a esta condição de ansiedade e dúvida do poder de Deus (o que, é claro, é um grande erro), podendo acarretar, inclusive, em outros pecados que podem ir se desencadeando no processo. Há também um terceiro caso, mas não menos importante, que se dá por causa de pecados com os quais uma pessoa vem lutando e tentando vencer.

Seja qual for o caso, precisamos nos lembrar que temos um dever extremamente importante para cumprir: lançar sobre Deus esses casos, o que essencialmente significa que devemos saber e não devemos esquecer que nada podemos fazer pelas nossas mãos cansadas e impotentes, mas que existe um Deus poderoso que desfaz todo laço do mal. E este Deus está animadamente aguardando para receber estas ansiedades vindas de Seus filhos, porque isto significa que nós nos rendemos e reconhecemos nossa fraqueza e que confiamos inteiramente em Deus para que Ele possa cuidar

(5)

5

da nossa causa, assim como confiamos em um advogado em uma causa terrena, acreditando que ele irá lutar por nós perante o juiz. Ora, se fazemos assim aqui nesta Terra, confiando em homens que são falhos, então por que não haveríamos de confiar nossos problemas Àquele que tudo fez e tudo criou? A resposta é que, por causa da nossa natureza totalmente depravada e corrompida, naturalmente não gostamos de nos colocar numa posição de dependência e fraqueza. É doloroso reconhecer que somos impotentes e fracos. Mas, ao mesmo tempo que nossa velha natureza tenta nos impedir de fazermos este reconhecimento, colocando dúvidas e sentimentos de humilhação e impotência em nosso coração, a nova natureza deve nos lembrar que é justamente esta a beleza da coisa. Não há nada mais agradável para Deus do que ver alguém se rendendo a Ele, reconhecendo suas falhas e pedindo que Deus lute pela sua causa. É aí que o poder de Deus age poderosamente, quando a fraqueza é não somente reconhecida mas também entregue a Ele e para os Seus cuidados.

Entretanto, lutar pela sua causa não quer necessariamente dizer que Deus resolverá seus problemas, ou que ele apenas os resolverá, sem outro tipo de ação paralela. Isto nós veremos melhor na análise da segunda parte.

(6)

6

Ainda analisando a primeira parte “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade”, temos um fragmento de extrema importância. Devemos lançar sobre Ele TODA a nossa ansiedade. Isto significa verdadeiramente que não há qualquer restrição com relação a problemas específicos.

Não devemos esconder nada de Deus, mas sim lançar TUDO sobre Ele. Você pode dizer em algum momento da sua vida “Ah, mas este problema é tão pequeno e logo deve se resolver sozinho. Não vou incomodar a Deus com isto”.

Mas é aí que devemos lembrar que TODOS os problemas devem ser lançados sobre Ele. O verso não diz “alguns”, ou “os grandes” ou

“quase todos”. Muito pelo contrário, eu ouso dizer que quanto menor o problema, maior é a satisfação de Deus em recebê-lo e cuidar dele por nós, pois isto indica que estamos sendo humildes em reconhecer que não temos capacidade de lidar nem com os mínimos problemas em nossas vidas (e esta é realmente uma verdade inegável que muitos não gostam ou não querem reconhecer). Mas você pode dizer em certa ocasião “Estou com um grande problema, mas não creio que esta seja uma área com a qual Deus queira lidar. Isto deve ser assunto meu”. Mais uma vez, lemos que TODOS os problemas devem ser entregues a Ele. Não apenas problemas pequenos, médios e grandes, mas também em toda e qualquer área de nossa

(7)

7

vida. Você pode dizer, ainda “Mas eu não estou bem com Deus. Tenho vivido uma vida de abominação e não tenho coragem para orar e lançar meu problema sobre Deus”. De fato esta é uma situação que pode gerar este tipo de sentimento, mas você deve pensar que esta é uma ótima oportunidade para se arrepender e pedir perdão pelos seus pecados. Não falo, obviamente, de se arrepender e pedir perdão com a exclusiva intenção de que Deus se compadeça e cuide de seu problema, porque isto jamais seria aceito por Deus, pois seria mero interesse. Porém, é interessante pensar que esta é a oportunidade que falta para que você se reaproxime de Deus, com um coração sincero e humilde.

Agora, podemos fazer a análise da segunda parte, em que diz “pois Ele tem cuidado de vós”.

Primordialmente devemos entender que o

“cuidar de nós” não significa resolver os problemas, mas sim que Deus tem agido para o nosso bem. Entretanto, é sabido que os planos, o agir e o pensar de Deus são completamente diferentes dos nossos, de forma que muitas vezes, naturalmente falando, temos a tendência de enxergar as coisas “negativas” como coisas ruins. Em outras palavras, nosso homem natural tende a ver com negatividade tudo aquilo que aparenta ser uma perda ou um dano.

(8)

8

Porém, nosso Deus sabe exatamente o que Ele está fazendo. Nem todas as bençãos vêm em forma de benção. Deus, em sua infinita sabedoria, bondade e misericórdia, já traçou um plano e um caminho para cada um de nós, onde Ele jamais negará qualquer bem àqueles que vivem corretamente. Ainda que as circunstâncias da vida pareçam estar contra nós e nos sufocando, faríamos bem em entender que nada sai do controle de Deus, e que nada acontece sem a Sua permissão divina. E os Seus planos são perfeitos, de forma que Ele está sempre aperfeiçoando aqueles que buscam uma vida em santidade para com Ele. E este aperfeiçoamento sempre acontecerá mediante aos problemas que surgem, às doenças que nos acometem, ao dinheiro que acaba, ao emprego que se perde, ao ente querido que falece e a todas as outras situações que o homem natural vê como malefícios. O que o homem natural vê como negativo, o homem espiritual enxerga como benefício, pois sabe que a situação que se apresenta para ele foi permitida por Deus com o propósito de lhe ensinar e aperfeiçoar como filho e servo. Assim como o exemplo de um pai natural que, intencionalmente, não fazia tudo pelo seu filho, mas antes, permitia que dificuldades aparecessem e o incentivava a buscar soluções para tais dificuldades. Quão feliz esse pai ficou ao ver que seu filho tinha

(9)

9

aprendido a lição que lhe foi imposta. Ao invés de reclamar das circunstâncias, ele confiou que aquilo que o pai estava permitindo era para o seu próprio bem, pois geraria um aperfeiçoamento e o nascimento de algo que antes ele não tinha.

Por outro lado temos o seu irmão, filho do mesmo pai, que também passou pela mesma situação. Entretanto, só o que ele fez foi reclamar, proferir palavras ruins contra seu pai, alegando que era o dever dele de cuidar do filho e prover tudo, se atentando para que não houvesse o mínimo problema ou detalhe fora de ordem. Quão triste esse pai ficou ao ver que seu outro filho, não apenas não aprendeu nada da lição, como também reclamou e falou contra seu pai, o acusando de abandono e indiferença.

Meus irmãos, devemos fazer como o primeiro filho, porém não buscando meios próprios para lidar com as circunstâncias adversas, mas sim lançando sobre nosso Pai toda a nossa ansiedade. Ele está pronto para receber o reconhecimento de nossas fraquezas e a disposição de nos sujeitarmos ao ensinamento de Deus através dos problemas, quaisquer que sejam eles. Não devemos orar simplesmente para que os problemas se solucionem, mas sim que tenhamos a instrução do Espírito de Deus para aprender aquilo que Deus quer.

(10)

10

“Mas”, alguém diz, “eu posso estar passando por um problema que não necessariamente Deus quer que eu aprenda algo dali”. Tudo o que acontece em nossas vidas, meu caro leitor, tem um propósito divino, e todas as coisas que são para o nosso aperfeiçoamento e ensinamento só poderão cumprir seu papel em nossas vidas quando estivermos na adversidade. Quantas estrelas podemos contar no céu, ao olharmos para cima numa noite sem nuvens? São incontáveis. Agora diga-me: quantas estrelas podemos contar no céu, ao olharmos para cima num dia claro e ensolarado? Nenhuma. Isto porque só conseguiremos ver e entender a preciosidade de Deus e de Seus ensinamentos na escuridão, quando os dias forem noites, e quando a adversidade bater à porta. O homem próspero dificilmente poderá aprender de Deus coisas que são ensinadas através das tribulações. E ainda que os dias sejam mais negros que a noite, nos causando temor e pavor, faremos bem em lembrar que temos um Pai, no qual devemos lançar tudo aquilo que nos assola e amedronta. Não tenha medo, meu caro, de reconhecer sua fraqueza e impotência diante do Criador do universo. Lance as suas fraquezas, lance as suas imperfeições, lance os seus problemas, lance as suas tentações e veja o poder de Deus lhe aperfeiçoar e lhe dar força em sua fraqueza, sempre confiando que você tem

(11)

11

um Pai que cuidará de você. Assim como disse o Puritano Charles H. Spurgeon: “Aquele que conta as estrelas e as chama pelos nomes não corre o risco de esquecer-se de seus próprios filhos”.

O texto fala de se lançar as ansiedades, e não apenas ou propriamente aquilo que lhes dá causa, seja algo aparente ou real.

É o espírito angustiado, ansioso e atribulado que devemos lançar sobre o Senhor, de modo, que possamos receber de volta, da Sua parte, um espírito calmo, sossegado e grato, em toda e qualquer circunstância.

É especialmente deste espírito agitado e conturbado, que o Senhor nos livra, de modo que possamos experimentar a Sua força, alegria e paz, ainda que os problemas que nos afligiam permaneçam inalterados. E a razão da nossa paz de mente e espírito reside no fato de termos a convicção de fé, pelo Espírito Santo, de que a graça de Jesus é suficiente para nós, e que Ele está conosco em todo o tempo, e não apenas isso, como também na medida em que o poder desta graça referia atua em nós, produzindo segurança e paz.

(12)

12

São variadas as passagens das Escrituras que apontam para esta verdade, como as seguintes:

“25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?

26 Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?

27 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?

28 E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam.

29 Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.

30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?

(13)

13

31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?

32 Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;

33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

34 Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados;

basta ao dia o seu próprio mal.” (Mateus 5.25-34).

“6 Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.

7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. (Observe que a paz aqui referida é dita ser obtida se estando em comunhão com Jesus, do mesmo modo que o próprio Senhor o afirma no texto de João 16.33 – a citação é nossa)

8 Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo

(14)

14

o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.

9 O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco.” (Filipenses 4.5-9).

“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16.33).

“5 Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito:

De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.

6 Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem? (Hebreus 13.5,6).

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.” (João 14.1).

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (João 14.27).

(15)

15

“28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.

29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração;

e achareis descanso para a vossa alma.

30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mateus 8.28-30).

“3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!

4 É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus.

5 Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo.

6 Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos.

(16)

16

7 A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação.

8 Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida.

9 Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos;

10 o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos,

11 ajudando-nos também vós, com as vossas orações a nosso favor, para que, por muitos, sejam dadas graças a nosso respeito, pelo benefício que nos foi concedido por meio de muitos.” (II Coríntios 1.3-11).

“1 Mas agora, assim diz o SENHOR, que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.

2 Quando passares pelas águas, eu serei contigo;

quando, pelos rios, eles não te submergirão;

(17)

17

quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.

3 Porque eu sou o SENHOR, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate e a Etiópia e Sebá, por ti.

4 Visto que foste precioso aos meus olhos, digno de honra, e eu te amei, darei homens por ti e os povos, pela tua vida.” (Isaías 43.1-4).

“16 Ouvi-o, e o meu íntimo se comoveu, à sua voz, tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e os joelhos me vacilaram, pois, em silêncio, devo esperar o dia da angústia, que virá contra o povo que nos acomete.

17 Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado,

18 todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.

19 O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente. Ao mestre de canto. Para instrumentos de cordas.” (Habacuque 3.16-19).

(18)

18

“2 Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe)

3 e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe)

4 foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir.

5 De tal coisa me gloriarei; não, porém, de mim mesmo, salvo nas minhas fraquezas.

6 Pois, se eu vier a gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas abstenho-me para que ninguém se preocupe comigo mais do que em mim vê ou de mim ouve.

7 E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.

8 Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim.

9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas

(19)

19

fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.

10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” (II Coríntios 12.2-10).

“1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;

2 por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.

3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;

4 e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.

5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”

(Romanos 5.1-5).

(20)

20

“2 Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,

3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.

4 Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.

5 Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.

6 Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando;

pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento.

7 Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa;

8 homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.

9 O irmão, porém, de condição humilde glorie- se na sua dignidade,

10 e o rico, na sua insignificância, porque ele passará como a flor da erva.

(21)

21

11 Porque o sol se levanta com seu ardente calor, e a erva seca, e a sua flor cai, e desaparece a formosura do seu aspecto; assim também se murchará o rico em seus caminhos.

12 Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” (Tiago 1.2- 12).

“17 Clamam os justos, e o SENHOR os escuta e os livra de todas as suas tribulações.

18 Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido.

19 Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra. (Não é dito que será livrado dos problemas, mas das aflições, ou seja do espírito angustiado e ansioso, pela paz sobrenatural que o Senhor supre aos que continuam confiando nEle e o servindo mesmo em meio a seus problemas – a nota é nossa).

20 Preserva-lhe todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado.” (Salmo 34.17-20).

Estamos anexando a seguir, um texto de autoria do Pr Silvio Dutra, no qual podemos observar em

(22)

22

que fundamento reside a paz espiritual a que nos referimos.

“Temos sido impelidos a explicar em termos simples e diretos o que seja de fato o evangelho, na forma em que nos é apresentado nas Escrituras, já que há muita pregação e ensino de caráter legalista que não é de modo algum o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

Há também uma grande ignorância relativa ao que seja a aliança da graça por meio da qual somos salvos, e que consiste no coração do evangelho, e então a descrevemos em termos bem simples, de forma que possa ser adequadamente entendida.

Há somente um evangelho pelo qual podemos ser verdadeiramente salvos. Ele se encontra revelado na Bíblia, e especialmente nas páginas do Novo Testamento. Mas, por interpretações incorretas é possível até mesmo transformá-lo em um meio de perdição e não de salvação, conforme tem ocorrido especialmente em nossos dias, em que as verdades fundamentais do evangelho de Jesus Cristo têm sido adulteradas ou omitidas.

(23)

23

Tudo isto nos levou a tomar a iniciativa de apresentar a seguir, de forma resumida, em que consiste de fato o evangelho da nossa salvação.

Em primeiro lugar, antes de tudo, é preciso entender que somos salvos exclusivamente com base na aliança de graça que foi feita entre Deus Pai e Deus Filho, antes mesmo da criação do mundo, para que nas diversas gerações de pessoas que seriam trazidas por eles à existência sobre a Terra, houvesse um chamado invisível, sobrenatural, espiritual, para serem perdoadas de seus pecados, justificadas, regeneradas (novo nascimento espiritual), santificadas e glorificadas. E o autor destas operações transformadoras seria o Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade divina.

Estes que seriam chamados à conversão, o seriam pelo meio de atração que seria feita por Deus Pai, trazendo-os a Deus Filho, de modo que pela simples fé em Jesus Cristo, pudessem receber a graça necessária que os redimiria e os transportaria das trevas para a luz, do poder de Satanás para o de Deus, e que lhes transformaria em filhos amados e aceitos por Deus.

Como estes que foram redimidos se encontravam debaixo de uma sentença de maldição e condenação eternas, em razão de

(24)

24

terem transgredido a lei de Deus, com os seus pecados, para que fossem redimidos seria necessário que houvesse uma quitação da dívida deles para com a justiça divina, cuja sentença sobre eles era a de morte física e espiritual eternas.

Havia a necessidade de um sacrifício, de alguém idôneo que pudesse se colocar no lugar do homem, trazendo sobre si os seus pecados e culpa, e morrendo com o derramamento do Seu sangue, porque a lei determina que não pode haver expiação sem que haja um sacrifício sangrento substitutivo.

Importava também que este Substituto de pecadores, assumisse a responsabilidade de cobrir tudo o que fosse necessário em relação à dívida de pecados deles, não apenas a anterior à sua conversão, como a que seria contraída também no presente e no futuro, durante a sua jornada terrena.

Este Substituto deveria ser perfeito, sem pecado, eterno, infinito, porque a ofensa do pecador é eterna e infinita. Então deveria ser alguém divino para realizar tal obra.

Jesus, sendo Deus, se apresentou na aliança da graça feita com o Pai, para ser este Salvador,

(25)

25

Fiador, Garantia, Sacrifício, Sacerdote, para realizar a obra de redenção.

O homem é fraco, dado a se desviar, mas a sua chamada é para uma santificação e perfeição eternas. Como poderia responder por si mesmo para garantir a eternidade da segurança da salvação?

Havia necessidade que Jesus assumisse ao lado da natureza divina que sempre possuiu, a natureza humana, e para tanto ele foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria.

Ele deveria ter um corpo para ser oferecido em sacrifício. O sangue da nossa redenção deveria ser o de alguém que fosse humano, mas também divino, de modo que se pode até mesmo dizer que fomos redimidos pelo sangue do próprio Deus.

Este é o fundamento da nossa salvação. A morte de Jesus em nosso lugar, de modo a nos abrir o caminho para a vida eterna e o céu.

Para que nunca nos esquecêssemos desta grande e importante verdade do evangelho de que Jesus se tornou da parte de Deus para nós, o nosso tudo, e que sem Ele nada somos ou podemos fazer para agradar a Deus, Jesus fixou

(26)

26

a Ceia que deve ser regularmente observada pelos crentes, para que se lembrem de que o Seu corpo foi rasgado, assim como o pão que partimos na Ceia, e o Seu sangue foi derramado em profusão, conforme representado pelo vinho, para que tenhamos vida eterna por meio de nos alimentarmos dEle. Por isso somos ordenados a comer o pão, que representa o corpo de Jesus, que é verdadeiro alimento para o nosso espírito, e a beber o sangue de Jesus, que é verdadeira bebida para nos refrigerar e manter a Sua vida em nós.

Quando Ele disse que é o caminho e a verdade e a vida. Que a porta que conduz à vida eterna é estreita, e que o caminho é apertado. Tudo isto se aplica ao fato de que não há outra verdade, outro caminho, outra vida, senão a que existe somente por meio da fé nEle. A porta é estreita porque não admite uma entrada para vários caminhos e atalhos, que sendo diferentes dEle, conduzem à perdição. É estreito e apertado para que nunca nos desviemos dEle, o autor e consumador da nossa salvação.

Então o plano de salvação, na aliança de graça que foi feita, nada exige do homem, além da fé, pois tudo o que tiver que ser feito nele para ser transformado e firmado na graça, será realizado pelo autor da sua salvação, a saber, Jesus Cristo.

(27)

27

Tanto é assim, que para que tenhamos a plena convicção desta verdade, mesmo depois de sermos justificados, regenerados e santificados, percebemos, enquanto neste mundo, que há em nós resquícios do pecado, que são o resultado do que se chama de pecado residente, que ainda subsiste no velho homem, que apesar de ter sido crucificado juntamente com Cristo, ainda permanece em condições de operar em nós, ao lado da nova natureza espiritual e santa que recebemos na conversão.

Qual é a razão disso, senão a de que o Senhor pretende nos ensinar a enxergar que a nossa salvação é inteiramente por graça e mediante a fé? Que é Ele somente que nos garante a vida eterna e o céu. Se não fosse assim, não poderíamos ser salvos e recebidos por Deus porque sabemos que ainda que salvos, o pecado ainda opera em nossas vidas de diversas formas.

Isto pode ser visto claramente em várias passagens bíblicas e especialmente no texto de Romanos 7.

À luz desta verdade, percebemos que mesmo as enfermidades que atuam em nossos corpos físicos, e outras em nossa alma, são o resultado da imperfeição em que ainda nos encontramos aqui embaixo, pois Deus poderia dar saúde

(28)

28

perfeita a todos os crentes, sem qualquer doença, até o dia da morte deles, mas Ele não o faz para que aprendamos que a nossa salvação está inteiramente colocada sobre a responsabilidade de Jesus, que é aquele que responde por nós perante Ele, para nos manter seguros na plena garantia da salvação que obtivemos mediante a fé, conforme o próprio Deus havia determinado justificar-nos somente por fé, do mesmo modo como fizera com Abraão e com muitos outros mesmo nos dias do Velho Testamento.

Nenhum crente deve portanto julgar-se sem fé porque não consegue vencer determinadas fraquezas ou pecados, porque enquanto se esforça para ser curado deles, e ainda que não o consiga neste mundo, não perderá a sua condição de filho amado de Deus, que pode usar tudo isto em forma de repreensão e disciplina, mas que jamais deixará ou abandonará a qualquer que tenha recebido por filho, por causa da aliança que fez com Jesus e na qual se interpôs com um juramento que jamais a anularia por causa de nossas imperfeições e transgressões.

Um crente verdadeiro odeia o pecado e ama a Jesus, mas sempre lamentará que não o ame tanto quanto deveria, e por não ter o mesmo

(29)

29

caráter e virtudes que há em Cristo. Mas de uma coisa ele pode ter certeza: não foi por mérito, virtude ou boas obras que lhes foram exigidos a apresentar a Deus que ele foi salvo, mas simplesmente por meio do arrependimento e da fé nAquele que tudo fez e tem feito que é necessário para a segurança eterna da sua salvação.

É possível que alguém leia tudo o que foi dito nestes sete últimos parágrafos e não tenha percebido a grande verdade central relativa ao evangelho, que está sendo comentada neles, e que foi citada de forma resumida no primeiro deles, a saber:

“Então o plano de salvação, na aliança de graça que foi feita, nada exige do homem, além da fé, pois tudo o que tiver que ser feito nele para ser transformado e firmado na graça, será realizado pelo autor da sua salvação, a saber, Jesus Cristo.”

Nós temos na Palavra de Deus a confirmação desta verdade, que tudo é de fato devido à graça de Jesus, na nossa salvação, e que esta graça é suficiente para nos garantir uma salvação eterna, em razão do pacto feito entre Deus Pai e Deus Filho, que nos escolheram para esta salvação segura e eterna, antes mesmo da fundação do mundo, no qual Jesus e Sua obra

(30)

30

são a causa dessa segurança eterna, pois é nEle que somos aceitos por Deus, nos termos da aliança firmada, em que o Pai e o Filho são os agentes da aliança, e os crentes apenas os beneficiários.

O pacto foi feito unilateralmente pelo Pai e o Filho, sem a consulta da vontade dos beneficiários, uma vez que eles nem sequer ainda existiam, e quando aderem agora pela fé aos termos da aliança, eles são convocados a fazê-lo voluntariamente e para o principal propósito de serem salvos para serem santificados e glorificados, sendo instruídos pelo evangelho que tudo o que era necessário para a sua salvação foi perfeitamente consumado pelo Fiador deles, nosso Senhor Jesus Cristo.

Então, preste atenção neste ponto muito importante, de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao pecado, mesmo depois de convertidos, que eles correm o risco de perderem a salvação deles, uma vez que a aliança não foi feita diretamente com eles, e consistindo na obediência perfeita deles a toda a vontade de Deus, mas foi feita com Jesus Cristo, para não somente expiar a culpa deles, como para garantir o aperfeiçoamento deles na santidade e na justiça, ainda que isto

(31)

31

venha a ser somente completado integralmente no por vir, quando adentrarem a glória celestial.

A salvação é por graça porque alguém pagou inteiramente o preço devido para que fôssemos salvos – nosso Senhor Jesus Cristo.

E para que soubéssemos disso, Jesus não nos foi dado somente como Sacrifício e Sacerdote, mas também como Profeta e Rei.

Ele não somente é quem nos anuncia o evangelho pelo poder do Espírito Santo, e quem tudo revelou acerca dele nas páginas da Bíblia, para que não errássemos o alvo por causa da incredulidade, que sendo o oposto da fé, é a única coisa que pode nos afastar da possibilidade da salvação.

Em sua obra como Rei, Jesus governa os nossos corações, e nos submete à Sua vontade de forma voluntária e amorosa, capacitando-nos, pelo Seu próprio poder, a viver de modo agradável a Deus.

Agora, nada disso é possível sem que haja arrependimento. Ainda que não seja ele a causa da nossa salvação, pois, como temos visto esta causa é o amor, a misericórdia e a graça de Deus, manifestados em Jesus em nosso favor, todavia,

(32)

32

o arrependimento é necessário, porque toda esta salvação é para uma vida santa, uma vida que lute contra o pecado, e que busque se revestir do caráter e virtudes de Jesus.

Então, não há salvação pela fé onde o coração permanece apegado ao pecado, e sem manifestar qualquer desejo de viver de modo santo para a glória de Deus.

Desde que haja arrependimento não há qualquer impossibilidade para que Deus nos salve, nem mesmo os grosseiros pecados da geração atual, que corre desenfreadamente à busca de prazeres terrenos, e completamente avessa aos valores eternos e celestiais.

Ainda que possa parecer um paradoxo, haveria até mais facilidade para Deus salvar a estes que vivem na iniquidade porque a vida deles no pecado é flagrante, e pouco se importam em demonstrar por um viver hipócrita, que são pessoas justas e puras, pois não estão interessados em demonstrar a justiça própria do fariseu da parábola de Jesus, para que através de sua falsa religiosidade, e autoengano, pudessem alcançar algum favor da parte de Deus.

(33)

33

Assim, quando algum deles recebe a revelação da luz que há em Jesus, e das grandes trevas que dominam seu coração, o trabalho de convencimento do Espírito Santo é facilitado, e eles lamentam por seus pecados e fogem para Jesus para obterem a luz da salvação. E ele os receberá, e a nenhum deles lançará fora, conforme a Sua promessa, porque o ajuste feito para a sua salvação exige somente o arrependimento e a fé, para a recepção da graça que os salvará.

Deus mesmo é quem provê todos os meios necessários para que permaneçamos firmes na graça que nos salvou, de maneira que jamais venhamos a nos separar dele definitivamente.

Ele nos fez coparticipantes da Sua natureza divina, no novo nascimento operado pelo Espírito Santo, de modo que uma vez que uma natureza é atingida, ela jamais pode ser desfeita.

Nós viveremos pela nova criatura, ainda que a velha venha a se dissolver totalmente, assim como está ordenado que tudo o que herdamos de Adão e com o pecado deverá passar, pois tudo é feito novo em Jesus, em quem temos recebido este nosso novo ser que se inclina em amor para Deus e para todas as coisas de Deus.

(34)

34

Ainda que haja o pecado residente no crente, ele se encontra destronado, pois quem reina agora é a graça de Jesus em seu coração, e não mais o pecado. Ainda que algum pecado o vença isto será temporariamente, do mesmo modo que uma doença que se instala no corpo é expulsa dele pelas defesas naturais ou por algum medicamento potente. O sangue de Jesus é o remédio pelo qual somos sarados de todas as nossas enfermidades. E ainda que alguma delas prevaleça neste mundo ela será totalmente extinta quando partirmos para a glória, onde tudo será perfeito.

Temos este penhor da perfeição futura da salvação dado a nós pela habitação do Espírito Santo, que testifica juntamente com o nosso espírito que somos agora filhos de Deus, não apenas por ato declarativo desta condição, mas de fato e de verdade pelo novo nascimento espiritual que nos foi dado por meio da nossa fé em Jesus.

Toda esta vida que temos agora é obtida por meio da fé no Filho de Deus que nos amou e se entregou por nós, para que vivamos por meio da Sua própria vida. Ele é o criador e o sustentador de toda a criação, inclusive desta nova criação que está realizando desde o princípio, por meio

(35)

35

da geração de novas criaturas espirituais para Deus por meio da fé nEle.

Ele pode fazê-lo porque é espírito vivificante, ou seja, pode fazer com que nova vida espiritual seja gerada em quem Ele assim o quiser. Ele sabe perfeitamente quais são aqueles que atenderão ao chamado da salvação, e é a estes que Ele se revela em espírito para que creiam nEle, e assim sejam salvos.

Bem-aventurados portanto são:

Os humildes de espírito que reconhecem que nada possuem em si mesmos para agradarem a Deus.

Os mansos que se submetem à vontade de Deus e que se dispõem a cumprir os Seus mandamentos.

Os que choram por causa de seus pecados e todo o pecado que há no mundo, que é uma rebelião contra o Criador.

Os misericordiosos, porque dão por si mesmos o testemunho de que todos necessitam da misericórdia de Deus para serem perdoados.

Os pacificadores, e não propriamente pacifistas que costumam anular a verdade em prol da paz

(36)

36

mundial, mas os que anunciam pela palavra e suas próprias vidas que há paz de reconciliação com Deus somente por meio da fé em Jesus.

Os que têm fome e sede de justiça, da justiça do reino de Deus que não é comida, nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.

Os que são perseguidos por causa do evangelho, porque sendo odiados sem causa, perseveram em dar testemunho do Nome e da Palavra de Jesus Cristo.

Vemos assim que ser salvo pela graça não significa: de qualquer modo, de maneira descuidada, sem qualquer valor ou preço envolvido na salvação. Jesus pagou um preço altíssimo e de valor inestimável para que pudéssemos ser redimidos. Os termos da aliança por meio da qual somos salvos são todos bem ordenados e planejados para que a salvação seja segura e efetiva. Há poderes sobrenaturais, celestiais, espirituais envolvidos em todo o processo da salvação.

É de uma preciosidade tão grande este plano e aliança que eles devem ser eficazes mesmo quando não há naqueles que são salvos um conhecimento adequado de todas estas verdades, pois está determinado que aquele que

(37)

37

crê no seu coração e confessar com os lábios que Jesus é o Senhor e Salvador, é tudo quanto que é necessário para um pecador ser transformado em santo e recebido como filho adotivo por Deus.

O crescimento na graça e no conhecimento de Jesus são necessários para o nosso aperfeiçoamento espiritual em progresso da nossa santificação, mas não para a nossa justificação e regeneração (novo nascimento) que são instantâneos e recebidos simultaneamente no dia mesmo em que nos convertemos a Cristo. Quando fomos a Ele como nos encontrávamos na ocasião, totalmente perdidos e mortos em transgressões e pecados.

E fomos recebidos porque a palavra da promessa da aliança é que todo aquele que crê será salvo, e nada mais é acrescentado a ela como condição para a salvação.

É assim porque foi este o ajuste que foi feito entre o Pai e o Filho na aliança que fizeram entre si para que fôssemos salvos por graça e mediante a fé.

Jesus é pedra de esquina eleita e preciosa, que o Pai escolheu para ser o autor e o consumador da nossa salvação. Ele foi eleito para a aliança da

(38)

38

graça, e nós somos eleitos para recebermos os benefícios desta aliança por meio da fé nAquele a quem foram feitas as promessas de ter um povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras.

Então quando somos chamados de eleitos na Bíblia, isto não significa que Deus fez uma aliança exclusiva e diretamente com cada um daqueles que creem, uma vez que uma aliança com Deus para a vida eterna demanda uma perfeita justiça e perfeita obediência a Ele, sem qualquer falha, e de nós mesmos, jamais seríamos competentes para atender a tal exigência, de modo que a aliança poderia ter sido feita somente com Jesus.

Somos aceitos pelo Pai porque estamos em Jesus, e assim é por causa do Filho Unigênito que somos também recebidos. Jamais poderíamos fazê-lo diretamente sem ter a Jesus como nossa Cabeça, nosso Sumo Sacerdote e Sacrifício. Isto é tipificado claramente na Lei, em que nenhum ofertante ou oferta seriam aceitos por Deus sem serem apresentados pelo sacerdote escolhido por Deus para tal propósito. Nenhum outro Sumo Sacerdote foi designado pelo Pai para que pudéssemos receber uma redenção e aproximação eternas, senão somente nosso Senhor Jesus Cristo, aquele que Ele escolheu para este ofício.

(39)

39

Mas uma vez que nos tornamos filhos de Deus por meio da fé em Jesus Cristo, importa permanecermos nEle por um viver e andar em santificação, no Espírito.

É pelo desconhecimento desta verdade que muitos crentes caminham de forma desordenada, uma vez que tendo aprendido que a aliança da graça foi feita entre Deus Pai e Deus Filho, e que são salvos exclusivamente por meio da fé, que então não importa como vivam uma vez que já se encontram salvos das consequências mortais do pecado.

Ainda que isto seja verdadeiro no tocante à segurança eterna da salvação em razão da justificação, é apenas uma das faces da moeda da salvação, que nos trazendo justificação e regeneração instantaneamente pela graça, mediante a fé, no momento mesmo da nossa conversão inicial, todavia, possui uma outra face que é a relativa ao propósito da nossa justificação e regeneração, a saber, para sermos santificados pelo Espírito Santo, mediante implantação da Palavra em nosso caráter. Isto tem a ver com a mortificação diária do pecado, e o despojamento do velho homem, por um andar no Espírito, pois de outra forma, não é possível que Deus seja glorificado através de nós e por nós. Não há vida cristã vitoriosa sem

(40)

40

santificação, uma vez que Cristo nos foi dado para o propósito mesmo de se vencer o pecado, por meio de um viver santificado.

Esta santificação foi também incluída na aliança da graça feita entre o Pai e o Filho, antes da fundação do mundo, e para isto somos também inteiramente dependentes de Jesus e da manifestação da sua vida em nós, porque Ele se tornou para nós da parte de Deus a nossa justiça, redenção, sabedoria e santificação (I Coríntios 1.30). De modo que a obra iniciada na nossa conversão será completada por Deus para o seu aperfeiçoamento final até a nossa chegada à glória celestial.

“Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1.6).

“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.” (I Tessalonicenses 5.23,24).

“Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência,

(41)

41

desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” (Filipenses 2.12,13).

Referências

Documentos relacionados

Então, preste atenção neste ponto muito importante, de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao pecado, mesmo depois de

Então, preste atenção neste ponto muito importante, de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao pecado, mesmo depois de

Então, preste atenção neste ponto muito importante, de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao pecado, mesmo depois de

Então, preste atenção neste ponto muito importante, de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao pecado, mesmo depois de

Então, preste atenção neste ponto muito importante, de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao pecado, mesmo depois de

Então, preste atenção neste ponto muito importante, de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao pecado, mesmo depois de

Então, preste atenção neste ponto muito importante, de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao pecado, mesmo depois de

Então, preste atenção neste ponto muito importante, de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao pecado, mesmo depois de