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CONTAGENS DE AVES NO NATAL E NO ANO NOVO 2002/2003: Monitorização de aves de rapina e aves limícolas invernantes em sistemas agrícolas.

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CONTAGENS DE AVES NO NATAL E

NO ANO NOVO – 2002/2003:

Monitorização de aves de rapina e aves limícolas

invernantes em sistemas agrícolas.

Autoria e coordenação: Domingos Leitão

Contagens: Carlos Pereira, Domingos Leitão, Helder Cardoso, Henk Feith, João Claro, João Carvalho, José Dias, Mário Santos, Miguel Gaspar, Miguel Lecoq, Miguel Mendes, Nuno

Madeira, Patrícia Silva, Paulo Travassos, Pedro Henriques, Ricardo Tomé & Vitor Encarnação

Michal Skakuj

Julho 2003

Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves Rua da Vitória, 53, 3º esq, 1100-618 Lisboa, Portugal

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Introdução

Este é a segunda edição das Contagens de Aves no Natal e no Ano Novo. Com este trabalho a SPEA pretende lançar as bases para um programa de monitorização das comunidades de aves em ecossistemas agrícolas em todo o país. No inverno de 2002/03 os objectivos das Contagens de Aves no Natal e Ano Novo foram:

1) Continuar a monitorização das populações invernantes de aves de rapina comuns em zonas agrícolas;

2) Continuar a monitorização das populações invernantes de aves límicolas comuns em zonas agrícolas;

3) Melhorar as estimativas das populações nacionais de aves limícolas invernantes não dependentes de zonas húmidas;

4) Melhorar o conhecimento sobre as populações de aves invernantes nas àreas do inventário das IBA’s (Áreas Importantres para as Aves) que possuem habitats agrícolas bem representados.

Além destes objectivos pretendia-mos também aumentar o número de voluntários envolvidos neste programa e aumentar o número de contagens realizadas em todo o país.

Métodos

Contagens

Foi pedido aos participantes para realizarem percursos de contagem de aves e habitat predominantemente agrícola durante o período de 15 de Dezembro de 2002 a 31 de Janeiro de 2003. Foi fornecida uma ficha a todos os interessados para registar a seguinte informação

a) Nome e endereço do observador;

b) Data da realização, hora de início e hora de finalização do percurso;

c) Localização do percurso (concelhos e freguesias) e discriminação dos sítios e localidades visitadas;

d) Dimensão do percurso (em km) e modo de deslocação (a pé, de bicicleta ou em veículo motorizado);

e) Caracterização agrícola dos terrenos em ambos os lados do percurso, discriminando a cobertura aproximada (em percentagem) de searas, terrenos lavrados, pousios e pastagens, restolhos de arroz, outros restolhos, olival, vinha e pomares e floresta densa (incluindo montados);

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f) Número de indivíduos pertencente a cada espécie de ave de rapina observada dos dois lados do percurso, a qualquer distância do observador; g) Número total de indivíduos e número de indivíduos por bando pertencente

a cada espécie de ave limícola observada dos dois lados do percurso, a qualquer distância do observador.

Foram também pedidas contagens pontuais de aves limícolas realizadas em habitat agrícola. Para este tipo de censo foi registada a seguinte informação nome e endereço do observador, data do censo, localização do sitio, e número de indivíduos pertencente a cada espécie.

Foram realizados 34 percursos distribuídos na sua maioria pelo Vale do Tejo e Alentejo (Figura 1). A dimensão dos percursos variou entre 2 e 48km, totalizando 616,5km (Tabela 1). A maioria destes percursos foram efectuados com recurso ao automóvel ou outros veículos motorizados (Tabela 1).

Figura 1. Localização dos percursos (círculos fechados) e das contagens pontuais (círculos abertos).

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Tabela 1. Localização, modo de deslocação e comprimento (km) dos percursos. pe – a pé, au – de automóvel ou outro veículo motorizado. * - Área Importante para as Aves (IBA) com componente agrícola bem representada no habitat.

designação concelho distrito deslocação km

Campeã Vila Real Vila Real pe 2

Ribeira Alcolobra Abrantres Santarém pe 3

Pó-Amoreira Bombarral Leiria au 12

Ribeira de Santarém Santarém Santarém au 12,5

Almeirim-Alpiarça Alpiarça Santarém au 12

Vale Santarém Santarém Santarém au 12,5

Cartaxo-Azambuja Azambuja Lisboa au 40

Lezíria Norte Benavente Santarém au 48

Lezíria Sul * V.Franca de Xira Lisboa au 35

Rib.Torrinha-Rasca* Estremo Portalegre pe 8

Qta.Leão-Cabeça Gorda* Estremo Portalegre au 15

Defesa Velha * Elvas Portalegre au 17

Passo-Rib.Atalaia* Elvas Portalegre au 12

M.Alcobaça-Misericódia * Elvas Portalegre pe 13

Casas Velhas-M.Texugo* Elvas Portalegre au 10

Frade-Torneiros* Elvas Portalegre au 17

Rebola-Rib.Mures* Elvas Portalegre pe 4

Foros Vale Figueira Montemor Novo Évora au 9

Faias-Águas de Moura Montij Setúbal au 35

Pegões Montij Setúbal pe 7

Alcácer-Sta.Catarina Alcácer do sal Setúbal au 18

Sta.Susana-S.Cristóvão Alcácer do sal Setúbal au 13

Torre Coelheiros * Évora Évora pe 4,5

Aguiar-Xarrama Viana Alentejo Évora au 23

Abegoaria* Mourão Évora au 9

Sines-Cercal* Sines Setúbal au 21

Cercal * Santiago Cacém Setúbal au 30

Alvalade-Ervidel Aljustrel Beja au 36

Cuba* Cuba Beja au 10

Sto.Amador-Safara* Moura Beja au 13

Planalto do Mira * Odemira Beja au 45

Sta. Bárbara de Padrões * Castro Verde Beja au 40

Vale Santo Vila do Bispo Far au 10

Arade Portimão Far au 20

SOMA 616,5

Foram também efectuadas 19 contagens pontuais (Figura 1 e Tabela 2).

Clima em Portugal e no Noroeste da Europa

Em Portugal no mês de Dezembro de 2002 a temperatura média mínima do ar foi superior aos valores normais em todo o território continental (Instituto de Meteorologia, www.meteo.pt). Nas capitais de distrito do Alentejo apenas num curto período de três dias, entre o dia 6 e o dia 8, as temperaturas mínimas diárias desceream abaixo dos 5ºC. O mês seguinte, Janeiro de 2003, foi caracterizado por grandes amplitudes térmicas, com temperaturas máximas diárias superiores às observadas até hoje em muitos locais e temperaturas

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mínimas diárias muito baixas (Instituto de Meteorologia, www.meteo.pt). E quase todo o território continental, com excepção da faixa costeira a Sul do Cabo Carvoeiro, a temperatura mínima diária desceu abaixo de 0ºC durante um período de 10 dias, entre o dia 9 e o dia 19 de Janeiro de 2003, em resultado de uma vaga de frio que afectou toda a Europa Ocidental. Por outro lado, já no final do mês, nos dias 27 e 28, as temperaturas máximas registaram máximos históricos em várias capitais de distrito (Viana do Castelo, Bragança, Porto, Castelo Branco, Lisboa e Évora).

Tabela 2. Localização das contagens pontuais. * - Área Importante para as Aves (IBA) com componente agrícola bem representada no habitat.

designação concelho distrito

Baleal Peniche Leiria

Rio Alviela Santarém Santarém

Patacão Alpiarça Santarém

Azambuja - ETA Azambuja Lisboa

Vale Cobrão * Benavente Santarém

Vale de Gaio Alcácer do Sal Setúbal

São Leonardo * Mourão Évora

Airoso Moura Beja

Lagoa Sto. André Santiago do Cacém Setúbal

Barragem do Morgavél Sines Setúbal

Lagoa dos Patos Ferreira do Alentejo Beja

Monte Novo da Horta Ferreira do Alentejo Beja

Monte do Pereir Ferreira do Alentejo Bela

Barragem do Rôxo Aljustrel Beja

Apariça * Castro Verde Beja

São Marcos * Castro Verde Beja

Almarginho * Castro Verde Beja

Belver * Castro Verde Beja

Cerro do Bufo * Castro Marim Far

A quantidade de precipitação ocorrida em Portugal durante os mês de Dezembro de 2002 foi ligeiramente superior ou muito superior ao normal em quase todo o território Continental (Instituto de Meteorologia, www.meteo.pt). A corrência de precipitação foi regular durante quase todo o mês de Dezembro, tendo sido acentuada durante um curto período de três a quatro dias entre o Natal e o Ano Novo. Em Janeiro de 2003, a precipitação registada foi superior aos valores normais a norte do Rio Tejo e foi inferior aos valores normais a sul do Rio Tejo (Instituto de Meteorologia, www.meteo.pt). A maior parte da precipitação ocorrida neste mês registou-se antes e depois da vaga de frio que assolou o nosso território entre os dias 9 e 19. Os valores da precipitação acumulada desde 1 de Setembro de 2002 até 31 de Janeiro de 2003 variaram entre 328mm em Elvas e 1642mm nas Penhas Douradas. Estes valores foram superiores aos valores normais registados no período 1961-1990 em todo o território

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continental (Instituto de Meteorologia, www.meteo.pt). No Norte e no Centro a precipitação acumulada foi superior ao normal em mais de 50% (Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Porto, Coimbra, Penhas Douradas, Castelo Branco e Lisboa), enquanto no Sul apenas o foi em cerca de 20% (Cabo Carvoeiro, Portalegre, Évora, Beja e Faro).

No Noroeste da Europa, o Inverno foi regular, com temperaturas geralmente superiores aos valores médios, há excepção de dois períodos de frio, um entre 7 e 13 de Dezembro de 2002 e outro entre 4 e 14 de Janeiro de 2003. O período de frio da segunda semana de Dezembro quase não afectou o Sul da Grâ-Bretanha, ao contrário do período de frio da primeira quinzena de Janeiro, que levou os termómetros até aos –9,9ºC e cobriu de neve extensas áreas desta região (United Kingdom Meteorologic Office, www.meto.govt.uk). Por outro lado, no Norte da Holanda ambos os períodos de frio foram intensos (Koninklijk Nederlands Meteorologisch Instituut, www.knmi.nl). Em Dezembro as temperaturas mínimas atingiram os –6,6ºC no litoral e os –9,3ºC no interior. Em Janeiro foram ainda mais baixas, tendo atingido os –8,5ºC no litoral e os –14,3ºC no interior holandês.

Resultados

Em todos os 34 percursos realizados foram observadas aves de rapina diurnas (Tabela 3). A abundância destas aves variou entre 0,05 e 3,0 aves/km, sendo a média para todos os percursos de 0,56 aves/km (Tabela 3). Foi registado u total 346 indivíduos pertencentes a 11 espécies de aves de rapina diurnas (Tabela 3). Destas, a mais abundante foi o Peneireiro-comum Falco tinnunculu ), com 124 registos, seguindo-se-lhe a Águia-d’asa-redonda ( Buteo buteo), o Peneireiro-cinzento ( Elanus caeruleus) e o Milhafre-real (Milvus milvus), com 80, 77 e 39 registos, respectivamente. Por outro lado, no que di

respeito á presença nos percursos, a espécie mais frequente foi a Águia-d’asa-redonda, que foi registada em 88% dos percursos. Seguiram-se-lhe, o Peneireiro-comum, o Peneireiro-cinzento e o Milhafre-real, que foram registados, respectivamente, em 82%, em 68% e em 41% dos percursos realizados.

Outras espécies observadas em números relevantes foram o Tartaranhão-cinzento (Circus cyaneus), 14 registos em 24% dos percursos, o Falcão-peregrino (F. peregrinus ), cinco registos em 12% dos percursos, e a Águia-pesqueira (Pandion haliaetus), três registos em 9% dos percursos (Tabela 3). Foram também registadas três espécies de aves de rapina nocturnas.

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Tabela 3. Aves de rapina diurnas e nocturnas por percurso. E.ca – Elanus caeruleus, M.il – Milvus milvus, C.ae – C. aeruginosus, C.cy – Circus cyaneus, A.ni - Accipiter

nisus, B.bt – Buteo buteo, H.pe – Hieraaetus pennatus, P.ha – Pandion haliaetus, F.ti – F. tinnunculus, F.co – F. columbarius, F.pe – Falco peregrinus, T.al – Tyto alba, S.al

– Strix aluco, A.fl – Asio flammeus, nc – não contado.

aves de rapina diurnas a.r. nocturnas

Percurso E.ca M.il C.ae C.cy A.ni B.bt H.pe P.ha F.ti F.co F.pe soma aves/

km T.al S.al A.fl

Campeã 1 1 0,50 Ribeira da Alcolobra 1 3 1 5 1,67 Pó-Amoreira 2 1 4 3 10 0,83 Ribeira de Santarém 3 2 1 5 11 0,88 Almeirim-Alpiarça 6 2 3 1 3 15 1,25 Vale de Santarém 5 2 5 12 0,96 Cartaxo-Azambuja 8 1 7 13 1 30 0,75 Lezíria Norte 3 1 1 3 1 8 1 18 0,38 Lezíria Sul 12 nc 2 17 31 0,89 Rib.Torrinha-Rasca 3 1 2 2 2 10 1,25

Q. Leão - Cabeça Gorda 6 2 4 3 15 1,00

Defesa Velha 1 1 3 3 8 0,47 Passo-Rib.Atalaia 2 4 1 3 10 0,83 M.Alcobaça-Misericórdia 2 1 1 3 3 10 0,77 Casas Velhas-M.Texugo 3 1 1 5 0,50 Frade-Torneiros 2 3 2 7 0,41 Rebola-Rib.Mures 1 1 2 0,50

Foros Vale Figueira 6 3 1 10 1,11

Faias-Águas de Moura 2 3 2 7 0,20

Pegões 1 1 0,14

Alcácer-Sta.Catarina 2 2 1 5 0,28 1 2 1

Sta.Susana-S.Cristovão 1 1 2 0,15

Torre dos Coelheiros 4 1 2 7 1,56

Aguiar-Xarrama 3 4 2 4 1 14 0,61 Abegoaria 2 1 5 3 11 1,22 Sines-Cercal 6 2 2 10 0,48 Cercal 1 2 3 0,10 Alvalade-Ervidel 3 2 3 6 14 0,39 Cuba 1 1 1 3 0,30 Sto.Amador-Safar 1 1 0,08 Planalto do Mira 2 2 2 6 0,13

Sta. Bárbara de Padrões 7 5 2 7 21 0,53

Vale Santo 6 1 21 2 30 3,00

Arade 1 1 0,05

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A Tarambola-dourada (Pluvialis apricaria) e o Abibe (Vanellus vanellus) foram as aves limícolas mais abundantes nos percursos realizados (Tabela 4). Estas espécies foram observadas, respectivamente, em 76% e em 94% dos percursos realizados. Nestes foi registado um total de 14232 tarambolas-douradas e um total de 12820 abibes (Tabela 3). A abundância da Tarambola-dourada variou entre 0 e 220,0 aves/km, com um valor médio para todos os percursos de 23,9 aves/km (Tabela 4). A abundância do Abibe variou entre 0 e 101,31 aves/km, com um valor médio de 21,53 aves/km (Tabela 4). Para além dos percursos, foram contabilizadas mais 10921 tarambolas-douradas e mais 4077 abibes em contagens pontuais (Tabela 5).

Para além da Tarambola-dourada e do Abibe, foram registadas mais 11 espécies de aves limícolas em todas as contagens realizadas. De salientar o Alcaravão (Burhinus oedicnemus ), 265 aves (177 nos percursos e 88 nas contagens pontuais), a Narceja-comum (Gallinago gallinago ), 54 aves, o Milherango (Limosa limosa), 22 aves, o Pilrito-de-peito-preto (Calidris alpina), 12 aves, e o Combatente (Philomachus pugnax), 11 aves (Tabelas 4 e 5).

Discussão

O grande número de aves de rapina, tarambolas-douradas e abibes detectados nas contagens de 2002/03 revelam mais uma vez a importância dos censos em zonas agrícolas para monitorizar as populações invernantes destas espécies (ver Leitão et al. 2001, Leitão & Peris 2003). Estes censos são particularmente relevantes no Vale do Tejo e no Alentejo, onde algumas destas espécies são muito abundantes e onde os habitats agrícolas se encontram bem representados. O inverno de 2002/03 foi um inverno favorável para a invernada das aves de rapina e das aves limícolas em habitats agrícolas, uma vez que as temperaturas foram globalmente amenas e a pluviosidade abundante. Simultaneamente registaram-se períodos de frio intenso nas áreas de invernada do Noroeste Europeu, que são normalmente responsáveis por empurrar grandes contigentes de aves para o Sul de França e para a Península Ibérica (ver Byrkjedal & Thompson 1998, Trolliet 2000, Leitão 2003). O período de frio registado no Norte da Europa durante a primeira quinzena de Janeiro de 2003 em particular, poderá ter sido a causa principal da grande abundância de algumas espécies de aves de rapina e de aves limícolas observada neste inverno. As abundâncias de Milhafre-real, de Peneireiro-comum, de Tarambola-dourada e de Abibe registadas neste trabalho foram superiores às registadas em qualquer dos estudos semelhantes realizados anteriormente em Portugal (Leitão 1995, Beja et al. 1996, Leitão et al. 2001, Leitão 2002, Leitão 2003).

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Tabela 4. Aves limícolas por percurso. B.oe – Burhinus oedicnemus, P.ap – Pluvialis apricaria, P.sq – Pluvialis squatarola, V.va – Vanellus vanellus, C.ap – Calidris alpina, L.mi – Lymnocryptes minimus, G.ga – Gallinago gallinago, L.li – Limosa limosa, N.ar – Numenius arquata, T.to – Tringa totanus, T.ne – Tringa nebularia, T.oc – Tringa

ochropus.

Percurs B.oe P.ap P.ap/

km

P.sq V.va V.va/ km

C.ap L.mi G.ga L.li N.ar T.to T.ne T.oc

Campeã 0,00 0,00 4 Ribeira da Alcolobra 0,00 26 8,67 1 Pó-Amoreira 36 3,00 55 4,58 Ribeira de Santarém 25 2,00 104 8,32 Almeirim-Alpiarça 5 0,42 95 7,92 Vale de Santarém 50 4,00 242 19,36 Cartaxo-Azambuja 1075 26,88 1878 46,95 Lezíria Norte 47 0,98 1033 21,52 1 Lezíria Sul 22 0,63 3546 101,31 Rib.Torrinha-Rasca 400 50,00 338 42,25

Q. Leão - Cabeça Gorda 1537 102,47 721 48,07

Defesa Velha 1090 64,12 352 20,71 Passo-Rib.Atalaia 1400 116,67 622 51,83 M.Alcobaça-Misericórdia 2 1250 96,15 588 45,23 Casas Velhas-Texugo 2200 220,00 412 41,20 Frade-Torneiros 0,00 106 6,24 Rebola-Rib.Mures 175 0,00 143 35,75

Foros Vale Figueira 1402 155,78 303 33,67

Faias-Águas de Moura 1 0,03 2 0,06

Pegões 0,00 0,00

Alcácer-Sta. Catarina 0,00 4 175 9,72 12 2 50 2 1

Sta.Susana-S.Cristovão 58 4,46 29 2,23

Torre dos Coelheiros 562 124,89 298 66,22

Aguiar-Xarrama 646 28,09 832 36,17 Abegoaria 80 8,89 34 3,78 Cercal 0,00 5 0,17 Alvalade-Ervidel 48 1,33 122 3,39 Cuba 92 9,20 181 18,10 Sto.Amador-Safar 0,00 12 0,92 Planalto do Mira 235 5,22 123 2,73

Sta. Bárbara de Padrões 1580 39,50 340 8,50

Vale Santo 336 33,60 69 6,90

Arade 55 2,75 34 1,70 22

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Tabela 5. Aves limícolas por contagem pontual. B.oe – Burhinus oedicnemus, P.ap – Pluvialis apricaria, V.va – Vanellus vanellus, P.pu – Philomachus pugnax.

Percurs B.oe P.ap V.va P.pu

Baleal 50 120 Rio Alviela 60 1600 Patacão 100 Azambuja - ETA 1600 200 Vale Cobrão 392 Vale de Gaio 40 São Leonardo 30 2000 Airoso 850

Lagoa Sto. Andr 50 475

Barragem Morgavél 6 30

Lagoa dos Patos 2800 172

Monte Novo da Horta 66

Açude Monte Pereir 220

Barragem do Rôxo 22 92 Apariça 50 500 São Marcos 400 170 Almarginho 1800 Belver 1100 Cerro do Bufo 36 55 11 SOMA 88 10921 4077 11

O número de observadores envolvidos nas Contagens de aves no Natal e no Ano Novo de 2002/03 foi ligeiramente inferior (menos um) ao do ano anterior. No entanto, realizaram-se mais seis percursos e 13 contagens pontuais. Daqu resultaram mais 67,5km percorridos e quatro novas IBA’s incluídas (Vila Fernando-Veiros, Moura-Mourão-Barrancos, Lagoa de Santo André e Cuba). Tendo em consideração estes factos e o volume elevado de aves registadas, podemos dizer que os objectivos desta segunda edição das Contagens de aves no Natal e Ano Novo foram cumpridos.

No próximo inverno será muito importante aumentar o número de observadores de aves envolvidos neste projecto, de modo a aumentar o número de censos nas regiões do Norte e do Centro e também no Alentejo. Ou seja, os objectivos para o próximo inverno passam por aumentar o número de participantes voluntários, aumentar o número de percursos e alargar a sua distribuição no território continental.

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10 Agradecimentos

Os nossos melhores agradecimentos são devidos a todos aqueles que efectuaram contagens, sem eles este trabalho não seria possível.

Agradecemos também à coordenação dos Censos de Aves Aquáticas, do Instituto da Conservação da Natureza, pelo apoio e cedência de dados.

Agradecemos ao portal Naturlink, pelo interesse e divulgação do projecto.

Referências

Beja, P., F. Moreira, G. Oliveira & J. Palmeirim, 1996. Invernada de aves e biótopos agrícolas da Costa Sudoeste. Ciência e Natureza, 2: 115-120. Byrkjedal, I. & D. Thompson, 1998. Tundra Plovers. T. & A.D. Poyser.

London.

Leitão, D., 1995. Charadriiformes dos terrenos agrícolas do estuário do Tejo.

Airo, 6: 29-38.

Leitão, D. 2002. Contagens de Aves no Natal e no Ano Novo – 2001/2002. Não publ.. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves. Lisboa.

Leitão, D. 2003. Ecologia do Abibe Vanellus vanellus e da Tarambola-dourada Pluvialis apricaria em Portugal: a influência dos factores climáticos nas

estratégias de invernanda. Tese de Doutoramento. Faculdade de Ciências

da Universidade de Lisboa. Lisboa.

Leitão, D & S. Peris 2003. Distribuição e abundância do Abibe Vanellus

vanellus e da Taramboal-dourada Pluvialis apricaria em Portugal. Airo, 13

3-16.

Leitão, D., R. Tomé & H. Costa, 2001. Primeiros censos de aves de rapina diurnas invernantes em Portugal Continental Airo, 11: 3-14.

Trolliet, B. 2000. European Union Management Plan for the Lapwing.

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