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Acta n.º 14

2006.07.05

ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, SA – Relatório e Contas de 2005 – Presentes o

Relatório e as Contas referentes ao ano de 2005, bem como o Relatório

de Sustentabilidade, em anexo. ---

Deliberação – Tomado conhecimento. Remeta-se à Assembleia

Municipal para conhecimento. Esta deliberação foi tomada por

unanimidade. ---

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AdDP

guas

do

Dour

o

e

Paiva

S.A.

Relatório

e

Contas

2005

Relatório e Contas

05

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AdDP - Águas do Douro e Paiva S.A.

Relatório e Contas 2005

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Índice

5 - Composição dos Órgãos Sociais 7 - I. Relatório de Gestão 9 - Mensagem do Presidente 17 - 1. Perspectiva Global 21 - 2. Investimento

22 - 2.1. Instalações de Produção de Água 24 - 2.2. Infra-estruturas de Distribuição de Água

26 - 2.3. Sistema de Automação, Monitorização e Telegestão 26 - 2.4. Origem Alternativa

28 - 2.5. NETDOURO

31 - 3. Actividade de Exploração 31 - 3.1. Produção de Água 34 - 3.2. Distribuição de Água

41 - 3.3. Qualidade da Água Distribuída 43 - 4. Pessoas e Organização

49 - 5. Situação Económica e Financeira

49 - 5.1. Situação Económica

51 - 5.2. Situação Patrimonial e Financeira 55 - 6. Qualidade, Ambiente e Segurança

59 - 7. Investigação e Desenvolvimento Tecnológico 61 - 8. Comunicação e Imagem

65 - 9. Objectivos para 2006

69 - 10. Proposta de Aplicação de Resultados e Pagamento de Dividendos

75 - II. Contas do Exercício de 2005

103 - III. Relatório e Parecer do Fiscal Único

e Certificação Legal de Contas

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Mesa da Assembleia Geral

Presidente Dr. Paulo Ramalheira Teixeira

Vice Presidente Dr. Carlos Jorge Teixeira

Secretário Dr. Paulo Manuel Marques Fernandes

Conselho de Administração

Presidente Prof. Joaquim Manuel Veloso Poças Martins

Vogais Prof. Arménio da Assunção Pereira

Eng.º José Paulo Mendonça Silva Carvalho Eng.º Orlando de Barros Gaspar

Dr. Fernando Paulo Ribeiro de Sousa

Fiscal Único

Sociedade “P. Matos Silva, Garcia Júnior, P. Caiado & Associados, SROC”

Representado por Dr. Pedro Matos Silva (ROC n.º491)

Suplente Dr. Pedro Manuel da Silva Leandro

Composição dos Órgãos Sociais

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Na passagem do décimo ano de vida da empresa ressalta, de forma especial, a normalidade que hoje caracteriza o abasteci-mento de água aos Municípios que servimos.

Conseguimos ultrapassar a grave seca que em 2005 assolou o País e, depois, a turvação anormal da água bruta originada pelo arrastamento das cin-zas resultantes dos incêndios excepcionais do últi-mo Verão, sem qualquer interrupção de abasteci-mento e com níveis de qualidade da água de pra-ticamente 100%.

Concluímos em 2005, na sua quase totalidade, os investimentos constantes do Contrato de Concessão, incluindo os que decorrem do alarga-mento ao Vale do Sousa; a cobertura do serviço da Águas do Douro e Paiva, SA, é, actualmente, de 99,8% em relação ao projectado.

Para atingir níveis ainda mais exigentes de seguran-ça de abastecimento, temos já em curso, com fun-dos próprios, importantes obras de reforço da ETA de Lever e de interligação do Sistema Douro aos Sistemas vizinhos do Paiva e do Cávado. Com um capital próprio de 23,7 milhões de euros, os nossos activos estão avaliados em cerca de 300 milhões de euros; em 2005 facturámos e cobrá-mos 34 milhões de euros e os Meios Libertos atin-giram os 13 milhões de euros.

Os Resultados Líquidos do exercício foram de 0,8 milhões de euros, em linha com os pressupostos do Contrato de Concessão e com uma das mais baixas tarifas do país, muito inferior ao valor esta-belecido naquele contrato.

No primeiro relatório de benchmarking realizado pelo IRAR - Instituto Regulador de Águas e Resíduos, recentemente divulgado, a empresa obteve dos melhores resultados a nível nacional. Identificámos importantes oportunidades de pou-pança energética nas nossas instalações e criámos condições para melhorias adicionais em 2006. Passámos a monitorizar em tempo real os pontos de entrega aos municípios, o que nos irá permitir poupar ainda mais energia e ajudar os municípios a controlar melhor as suas perdas.

Concretizámos, com sucesso, um programa de educação ambiental que mobilizou muitos milhares de alunos e professores e que terá continuidade no próximo ano.

Os novos desafios da empresa estão relacionados com a procura da excelência organizacional, paten-te no relatório de suspaten-tentabilidade que apresenta-mos este ano pela primeira vez, em que os aspec-tos relacionados com a qualidade, a eficiência, a fia-bilidade, a segurança e a responsabilidade social são essenciais.

Apesar da apreciação positiva do que foi possível conseguir em 2005, sabemos o que podemos melhorar em 2006 e estamos preparados para isso. Dispomos de uma excelente equipa de cola-boradores, de conhecimento acumulado e de uma forte capacidade de realização de investimentos e de exploração que estarão sempre à disposição dos nossos Accionistas.

Joaquim Poças Martins Presidente do Conselho de Administração

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Principais Indicadores

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Principais Indicadores

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Principais Indicadores

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Principais Indicadores

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Principais Indicadores

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A empresa Águas do Douro e Paiva, SA, (AdDP) concretizou já a quase totalidade dos investimentos estabelecidos no Contrato de Concessão, encon-trando-se a abastecer com normalidade os 18 Municípios associados ao Sistema Multimunicipal, região onde habitam e trabalham cerca de 1,7 milhões de pessoas. A cobertura do seu serviço é, actualmente, de 99,8% em relação ao projectado. Iniciou-se, entretanto, uma nova fase de investi-mentos orientada para a melhoria do desempenho global do sistema, no que toca à sua operacionali-dade e fiabilioperacionali-dade, com o dispêndio, em 2005, de 12,4 milhões de euros.

Do conjunto de obras desenvolvidas destaca-se, em 2005, o Reforço da Capacidade de Tratamento da ETA de Lever, que passa pela instalação de filtros de pré-tratamento e pela ligação, à ETA, dos poços de captação subaluvionar existentes. Esta possibili-dade permitirá aumentar, significativamente, a flexi-bilidade e a segurança operacional da ETA de Lever e diminuir, fortemente, o volume de lamas produ-zidas.

Salienta-se, ainda, o arranque das obras da interli-gação reversível ao sistema da Águas do Cávado, SA, que permitirão assegurar o abastecimento à região em caso de emergência, por falha das cap-tações do rio Douro.

Em 2005 foi possível iniciar o abastecimento à zona Oriental de Arouca, aos reservatórios da Cruz Nova, em Lousada e de Barrosas, em Felgueiras e, ainda, às freguesias de Castro Daire, em Cinfães e da Raiva, em Castelo de Paiva.

A empresa ultrapassou com eficácia a grave seca que em 2005 assolou o País e, depois, a turvação anormal da água bruta, originada pelo arrastamen-to das cinzas resultantes dos incêndios excepcio-nais do último Verão.

Para fazer face a esta situação foi, num curto espa-ço de tempo, construída uma unidade de remoção da turvação junto à captação da Ponte da Bateira,

o que, conjugado com uma gestão rigorosa de todas as reservas de água disponíveis e com o apoio pontual do Sistema Municipal de Penafiel, permitiu evitar falhas no abastecimento às popula-ções.

A AdDP passou a contar, em 2005, com a disponi-bilidade da rede interna de comunicações em pra-ticamente todas as instalações da empresa. Esta rede suporta, também, o sistema integrado de monitorização e telegestão, incluindo alarmes, que passou a operar a partir dos centros de despacho centralizados em Lever e em Castelo de Paiva. A centralização das operações de manobra nestes dois locais conduziu a uma capacidade adicional de intervenção, com considerável economia de meios, permitindo a optimização do funcionamento do sistema adutor, nomeadamente no que se refere a custos de energia e a perdas.

O funcionamento de todo o sistema adutor da AdDP depende do fornecimento de energia eléc-trica, que constitui um dos mais elevados custos operacionais da empresa. Aproveitando as poten-cialidades do sistema de telegestão e aquelas que a própria rede actualmente confere (capacidades ins-taladas e reservas) implementou-se um conjunto de medidas para minimizar os custos de energia, com economias que chegaram a 1 000 euros diá-rios.

Num contexto de grandes subidas do preço da energia eléctrica por parte dos operadores, a AdDP beneficiou, ao longo do ano, de contratos muito favoráveis, com tarifários fixos, decorrentes do concurso público internacional realizado no final de 2004.

O volume total de água produzida ascendeu a 115 milhões de metros cúbicos de água, o que corres-ponde a uma média diária de 315 000 metros cúbi-cos, um aumento de cerca de 0,7% relativamente a 2004.

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As perdas de água do sistema de distribuição fixa-ram-se em 0,8%, um dos valores mais baixos em sis-temas desta natureza, mesmo a nível internacional. Durante o ano, a empresa contratou a realização de cerca de 39 000 análises à água tratada a labo-ratórios externos, dando cumprimento integral aos requisitos da legislação em vigor. Para além destas, nos laboratórios da empresa foram realizadas mais 40 000 análises de controlo dos processos de pro-dução de água.

A tarifa média praticada durante o ano de 2005 foi de 0,294 € / m3, uma das mais baixas a nível

nacional.

O montante total das vendas ascendeu a 33,6 milhões de euros, o que constitui um acréscimo de 5,5% relativamente a 2004.

Os Meios Libertos aumentaram 26% relativamen-te a 2004, relativamen-tendo atingido 13 milhões de euros, enquanto que o EBIDTA se fixou em 17 milhões de euros.

Os Resultados Líquidos atingiram em 2005 um montante de 822 milhares de euros, valor uma vez mais em linha com os pressupostos do Contrato de Concessão.

O modelo de gestão da Águas do Douro e Paiva cumpre, desde 2003, com os requisitos dos refe-renciais normativos ISO9001, ISO14001 e OHSAS18001, respectivamente nas áreas da qua-lidade, do ambiente e da segurança. Atendendo à revisão da norma relativa aos sistemas de gestão ambiental (NP EN ISO 14001), publicada em 2004, foram desenvolvidos os trabalhos necessários de adaptação àquela nova norma.

Entretanto, para além da consolidação e da simpli-ficação dos procedimentos instalados, o Conselho de Administração decidiu fazer evoluir o Sistema de Gestão Integrado (SGI) no sentido de cumprir os requisitos da norma SA 8000, referente à res-ponsabilidade social e iniciar a metodologia de implementação da estratégia corporativa baseada no Balanced Scorecard.

A empresa deu continuidade à execução de um Plano de Investigação & Desenvolvimento Tecnológico (I&DT), com a realização de 15 pro-jectos, com a utilização de recursos internos ou através de parcerias com a comunidade científica, como é o caso das Faculdades de Engenharia e de Ciências da Universidade do Porto.

A Águas do Douro e Paiva no âmbito da sua polí-tica de comunicação, elegeu como grande priorida-de a educação ambiental, tendo como principais destinatários os públicos infantis e juvenis.

Entre as acções de sensibilização merece destaque o desenvolvimento do Programa Integrado de Educação Ambiental (PIEA), sob o tema “O Futuro da Água e dos Nossos Rios Está nas Tuas Mãos” que, pela sua abrangência, foi divulgado como “Projecto Mil Escolas”.

Este ano a empresa atribuiu especial atenção às comemorações do 10º aniversário da sua criação, assinalado com o lançamento de um livro sobre esta primeira década da AdDP, da autoria de Jorge Fernandes Alves.

Foi instituído o Prémio de Jornalismo “Saber D’Água – Água e Desenvolvimento Sustentado”, que teve como vencedor Luísa Schmidt, da RTP, com o trabalho “Portugal, um Retrato Ambiental -Episódio 3 - Águas”.

Foram editados três boletins informativos, dando conta das principais iniciativas da empresa. Nas visitas de estudo realizadas às infra-estruturas da AdDP participaram 1 326 alunos e professores do 2º ciclo e dos ensinos secundário e superior e outras entidades.

Relativamente a 2006, foi apresentado um projec-to tarifário ao IRAR, de que resulprojec-tou a aprovação, pelo Concedente, de uma tarifa de 0,3070 €/m3,

apenas 0,8% superior à taxa de inflação esperada, apesar de um agravamento previsto de 13% nos custos de energia e da incidência dos novos inves-timentos não comparticipados.

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O ano 2005 inicia uma nova fase de investimentos, depois de concretizadas as principais infra-estru-turas relacionadas com as captações, estações de tratamento e linhas de adução do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água da Região do Grande Porto e do Vale do Sousa. Esta nova fase de investimentos encontra-se orien-tada para a melhoria do desempenho global do sis-tema, no que toca à sua operacionalidade e fiabili-dade. Salientam-se os investimentos relacionados com o reforço da capacidade de tratamento do Complexo de Lever e o desenvolvimento do pro-jecto da origem alternativa de água ao rio Douro. Este ano fica marcado pela conclusão de algumas infra-estruturas que permitiram disponibilizar água em novos pontos de entrega, localizados em zonas periféricas da rede multimunicipal, tendo melhora-do, significativamente, o serviço prestado às popu-lações. Nesta situação encontram-se a linha de adução à zona oriental do Concelho de Arouca, que permitiu a ligação entre os reservatórios de Abelheira e de Provizende, e deste ao ponto de entrega de Moldes, e a linha de adução Greire – Raiva, em Castelo de Paiva. Foram, também, con-cluídas ligações destinadas a permitir o

abasteci-mento a Cruz Nova, em Lousada e a Barrosas, em Felgueiras. Com a conclusão da linha de adução desde o reservatório de Cunha até Castro Daire, criaram-se, também, as condições para se poder iniciar o fornecimento à freguesia de Castro Daire, em Cinfães.

Importante foi a conclusão da maior parte das infra-estruturas de comunicações associadas à rede de adução e, paralelamente, a implementação do novo sistema de automatização, monitorização e telegestão da rede de adução.

Foi, por isso, possível disponibilizar no Centro de Despacho um conjunto de informação em tempo real, que permite monitorizar a totalidade da rede de adução e, a partir deste local, gerir a operação da rede, realizando as principais operações de manobra da mesma.

Importa ainda referir os estudos e projectos em curso com o propósito da execução de empreita-das que ascenderão a um montante de investimen-to de cerca de 52 milhões de euros.

O valor do investimento em 2005 ascendeu a 12,4 milhões de euros, distribuídos da seguinte forma:

2. Investimento

2005 2ª Fase do Sistema: Obras Complementares

Terrenos 27 352

Estudos e Projectos e Gestão de Projecto 792 620

Promoção e Divulgação 6 471

2ª Fase – Subsistema Lever

Subsistema Lever / Sector Norte 85 949

Subsistema Lever / Sector Sul 134 073

Subsistema Lever / Sector Produção 5 534 579

2ª Fase – Subsistema Vale do Sousa

Subsistema Vale do Sousa / Sector Paiva 844 832

Subsistema Vale do Sousa / Sector Norte 477 824

Subsistema Vale do Sousa / Sector Entre-os-Rios 0

Automação, Monitorização e Telegestão do Sistema 1 087 143

Edifícios Operacionais 57 109

3ª Fase: Origem Alternativa

Terrenos 115 272

Estudos, Projectos e Gestão de Projecto 198 882

Promoção e Divulgação 5 215

Investimentos nas origens alternativas 822 556

Outros Investimentos 1 214 804

Investimentos no âmbito de Protocolos Municipais 279 261

Capitalização de custos 710 635

Total 12 394 576

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2.1. Instalações

de Produção de Água

Subsistema Lever

A Estação de Tratamento de Água de Lever é a única origem de água associada a este subsistema, que abastece cerca de 1,3 milhões de habitantes. Entre 2002 e o final de 2004, esta ETA foi objecto de um estudo tendo em vista a melhoria do seu desempenho, designadamente quanto à sua capaci-dade de resposta em momentos de menor quali-dade da água bruta do rio Douro.

Deste estudo resultou a decisão de desenvolver o empreendimento designado “Reforço da Capaci-dade de Tratamento da ETA de Lever” que, suma-riamente, pretende concretizar a ligação dos poços subaluvionares à ETA propriamente dita, com van-tagens de vária ordem:

› aumento da garantia de tratabilidade da água, sal-vaguardando possíveis deteriorações da água superficial da albufeira;

› redução dos níveis de manganês da água prove-niente dos poços;

› diminuição significativa das lamas produzidas.

A AdDP adjudicou, no início de 2005, o contrato de desenvolvimento do projecto e construção da ligação dos poços subaluvionares de montante à ETA e aumento de capacidade da etapa de pré-tatamento, cujos trabalhos se encontram já em execução.

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Ainda em 2005, desenvolveu e lançou os concur-sos para a construção, no Complexo da ETA de Lever, de um Centro de Educação Ambiental, novas instalações para os serviços técnicos de dis-tribuição e de suporte operacional e, ainda, um parque de aprovisionamento de materiais.

O Centro de Educação Ambiental tratará temas relacionados com o ciclo da água, com a necessi-dade de preservação dos recursos hídricos, com o interesse dos ecossistemas e com as potencialida-des das zonas ribeirinhas, entre outros.

Subsistema do Vale do Sousa

A empresa deu continuidade à reabilitação de uma das captações associadas à ETA do Ferro e aos tra-balhos complementares do Complexo do Ferreira.

Desenvolveram-se, ainda, diversos projectos de empreendimentos previstos no Plano a Médio Prazo da Empresa, de que se destaca a nova célula do reservatório da ETA de Castelo de Paiva e a Conduta Duas Igrejas – Sameiro.

Obra do Reforço da Capacidade de Tratamento da ETA de Lever – Dezembro de 2005

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2.2. Infra-estruturas

de Distribuição de Água

Concretizou-se um conjunto de investimentos que visaram, essencialmente, concluir as linhas de adu-ção em zonas mais periféricas do Sistema Multimunicipal. Estes investimentos acompanharam os programas de investimento municipais em infra--estruturas de distribuição de água “em baixa”, o que permitiu melhorar, significativamente, o siste-ma público de abastecimento de água nas áreas em causa.

A empresa realizou, ainda, um conjunto de outros investimentos orientados para a melhoria do desempenho global do sistema, nomeadamente quanto à reabilitação de algumas infra-estruturas herdadas das Câmaras Municipais e dos Serviços Municipalizados, no âmbito do processo de adesão ao Sistema Multimunicipal. Paralelamente, decorre-ram intervenções que visam procurar maiores níveis de fiabilidade do sistema e aumentar a capa-cidade de armazenamento e distribuição de água.

Subsistema Lever – Sector Norte

Parte significativa da adução de água à cidade do Porto realiza-se através das condutas que ligam os reservatórios de Jovim e de Nova Sintra e que pas-saram a integrar o Sistema Multimunicipal no final do ano de 1998. Este importante eixo de adução, constituído por duas condutas, uma das quais com mais de cem anos, carece de reabilitação de forma a adequá-lo às exigentes condições de funciona-mento a que está submetido.

A empresa analisou várias hipóteses de interven-ção, incluindo a reabilitação integral das condutas através do recurso à técnica de “relining”. No entanto, verificou-se que seria mais vantajosa a construção de uma nova conduta, tendo-se identi-ficado a hipótese de executar esta infra-estrutura de forma articulada com a reabilitação da frente ribeirinha do concelho de Gondomar, realizada no âmbito do Programa Polis.

Subsistema Lever – Sector Sul

Em 2005 a AdDP desenvolveu o projecto e adjudi-cou a obra de duplicação de um troço da conduta entre Seixo Alvo e Portela, designadamente entre o Reservatório de Seixo Alvo e o Largo de Seixo Alvo, troço por onde passam os maiores caudais destinados a Lever Sul.

Relativamente ao sistema de abastecimento à zona oriental do concelho de Arouca, foi possível arran-car com a operação em Maio de 2005, altura em que as infra-estruturas municipais ficaram concluí-das. A alimentação eléctrica da Estação Elevatória de Escariz foi, provisoriamente estabelecida através de um grupo gerador, até ao estabelecimento do ramal de média tensão de ligação à rede pública de energia.

Assim, passou a estar em funcionamento a linha de adução entre o Reservatório de Abelheira e o Reservatório de Provizende, bem como a linha de adução deste reservatório até ao ponto de entre-ga de Moldes.

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No final do ano de 2005, encontravam-se em fase de conclusão os projectos de três reservatórios multimunicipais do Subsistema Lever – Sector Sul, mais concretamente nas zonas da Vergada, Vila Nova e Arrifana.

Subsistema Vale do Sousa

– Sector Paiva

No designado sector Paiva do subsistema Vale do Sousa, os investimentos com maior relevância dizem respeito à realização de vários troços da linha de adução destinada às freguesias de Pedorido e de Raiva, no município de Castelo de Paiva e de Lomba, no concelho de Gondomar. Os trabalhos de construção foram articulados com os investimentos municipais relativos a redes “em baixa”, tendo sido possível iniciar o abastecimento de água, com qualidade adequada, em vários pon-tos de entrega do município de Castelo de Paiva em Julho de 2005, no período de maiores consu-mos.

Ficou, assim, concluído o troço entre Greire e Raiva, após a conclusão da empreitada de constru-ção de dois passadiços sobre o rio Sardoura e a ribeira de Sá (nos quais se instalou a conduta adu-tora), e da empreitada de instalação da conduta adutora em dois pontões da E.N. 222, realizada em simultâneo com as intervenções da Estradas de Portugal, EP.

O troço de adutora entre Raiva e Pedorido não ficou, no entanto, totalmente concluído, em resulta-do resulta-dos condicionalismos relacionaresulta-dos com a necessidade de realizar as obras de forma compa-tibilizada com os interesses de entidades externas. O abastecimento de água aos pontos de entrega a jusante de Raiva, ou seja Pedorido e Lomba, encon-tra-se dependente da construção do troço alternati-vo à E.N. 222, obra promovida pela Estradas de Portugal, EP, já em execução, e da concretização da travessia do rio Arda, que depende, ainda, das opções de projecto da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, que tem como intenção adaptar a travessia para a integrar numa via ciclo-pedonal. Para

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sar esta última questão, a AdDP vai instalar uma solução de travessia provisória no rio Arda. Em 2006, iniciar-se-ão as obras relacionadas com a empreitada da extensão à Lomba, cujo projecto e lançamento do concurso se realizou em 2005.

Subsistema Vale do Sousa

– Sector Norte

Quanto ao sector Norte do subsistema Vale do Sousa, regista-se a realização da ligação ao reserva-tório de Cruz Nova, em Lousada, que permitirá disponibilizar água ao município através da zona norte, e a conclusão de uma pequena ligação, em Barrosas, que viabilizou o abastecimento de um agregado populacional ali localizado.

2.3. Sistema de Automação,

Monitorização e Telegestão

Em finais de 2004, estavam em fase de conclusão as infra-estruturas de comunicação que suportam o sistema de automação, monitorização e telegestão do sistema de abastecimento de água.

Em 2005, procedeu-se à adaptação da configura-ção do sistema informático de monitorizaconfigura-ção e telegestão à tipologia da rede de condutas e aos equipamentos de operação e instrumentos de controlo.

Ficaram, assim, garantidas as condições para que a gestão do sistema de abastecimento de água se suportasse em meios que proporcionam uma

capacidade de intervenção em tempo real. Nesse sentido, passou a estar disponível, nos centros de despacho de Lever e de Castelo de Paiva, um con-junto de informações em tempo real, que permite monitorizar a maior parte da rede de adução e, a partir destes locais, gerir as operações de manobra.

2.4. Origem Alternativa

O Contrato de Concessão do Sistema Multi-municipal de Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto e Vale do Sousa, outorgado a 26 de Julho de 1996 (adenda de 1998), estabelece a obrigatoriedade da criação de uma origem de água alternativa ao rio Douro. Nessa altura previa--se que a origem alternativa passaria pela constru-ção de uma barragem no rio Paiva e de um siste-ma de adução até à ETA de Lever, siste-mas a solução não foi validada em sede de estudo de impacto ambiental.

A empresa procurou, então, outras soluções para a Origem de Água Alternativa, tendo-se identificado a possibilidade de recorrer à albufeira do Torrão, no rio Tâmega. Esta solução implicava a ligação, por túnel, entre a Barragem do Torrão e a ETA de Lever e o reforço da capacidade de tratamento desta ETA, o que representava um investimento de 122 milhões de euros.

Este cenário levou o actual Conselho de Administração a identificar novas abordagens da questão, tendo proposto seguir a solução de inter-ligar o Sistema do Grande Porto ao Sistema vizinho da Águas do Cávado, SA, ligar os Subsistemas de Lever e do Vale do Sousa e viabilizar outras origens

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ÁGUAS DO CÁVADO

ÁGUAS DO DOURO E PAIVA

Paços de Ferreira Paredes Penafiel Porto Lousada Felgueiras rio Tâmega Vizela Vale de Cambra rio Douro rio Douro rio Paiva rio Douro Valongo Maia Matosinhos

Vila Nova de Gaia

Gondomar Cinfães Castelo de Paiva Arouca Oliveira de Azeméis Ovar Espinho StaMada Feira S. João da Madeira Trofa Vila do Conde Santo Tirso rio Sousa

Sistema Águas do Douro e Paiva Sistema Águas do Cávado

Interligações a construir entre 2006 e 2011

Presente empreitada (Interligação Predrouços - Nogueira II) ETA de Areias de Vilar

ETA do Ferro

ETA de Lever

ETA de Castelo de Paiva ETA de Paços

de Ferreira

Mapa das Origens Alternativas

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vizinhas - no rio Sousa - de forma a assegurar o abastecimento à região em caso de emergência por deterioração da água do rio Douro.

Resumidamente, os investimentos a realizar, na sequência de um estudo prévio já elaborado, são os seguintes:

› Ligação AdDP/AdCávado, através da linha de adução Pedrouços - Nogueira II - Vilar do Pinheiro; › Ligação AdDP/AdCávado, através da linha de adução Freixieiro - Vilar do Pinheiro;

› Ligação do Subsistema Vale do Sousa – Sector Paiva ao Subsistema Lever – Sector Norte; e › a reabilitação da captação no rio Sousa e respec-tiva ligação à ETA de Lever.

Esta decisão teve em conta a elevada fiabilidade que a ETA de Lever apresenta e o investimento, já em curso, para o reforço da capacidade de trata-mento, tendo em vista possibilitar que a água pro-veniente dos poços de Lever passe pela fase de pré-tratamento da ETA.

A proposta obteve o parecer favorável da Assembleia Geral de Accionistas de 24 de Novembro de 2004, tendo-se estabelecido um valor orçamental de 42,7 milhões de euros, a rea-lizar faseadamente.

Ligação AdDP/AdCávado

– entre Pedrouços e Nogueira II

Tiveram início as obras de instalação da conduta de ligação entre os reservatórios de Pedrouços e Nogueira, num dos ramos da interligação reversí-vel das empresas Águas do Douro e Paiva, SA e Águas do Cavado, SA, para garantir o acesso à água proveniente do rio Cávado, em Areias de Vilar.

Ligação AdDP/AdCávado

– entre Freixieiro e Vilar do

Pinheiro

Trata-se de uma segunda ligação à origem Areias de Vilar, da Águas do Cavado, SA, através do pro-longamento até Vilar do Pinheiro da linha de adu-ção ao Freixieiro. Em Dezembro de 2005, a Águas do Douro e Paiva encontrava-se a desenvolver o estudo prévio.

Ligação do Subsistema Vale do

Sousa – Sector Paiva ao

Subsistema Lever – Sector Norte

A interligação entre os dois subsistemas da AdDP, como forma de garantir mútuo reforço de caudais, em caso de deterioração de qualquer uma das suas origens, respectivamente rios Paiva e Douro, encontra-se em fase de estudo prévio.

Ligação da captação

do rio Sousa a Lever

Trata-se da ligação da antiga captação dos SMAS do Porto, no rio Sousa, ao Complexo de Lever, por forma a viabilizar a adução de água bruta do Sousa, para ser tratada em Lever e distribuída a partir dessa instalação, em caso de deterioração da água do Douro.

2.5. NETDOURO

Com a construção das infra-estruturas do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água da Região ficou criada uma rede de comunicações, suportada em fibra óptica, com cerca de 300 qui-lómetros de comprimento, implantada em 19 Municípios da Região, onde vivem e trabalham cerca de 1,7 milhões de pessoas (cerca de 16% da População Nacional).

Parte desta infra-estrutura está implantada em zonas sem acesso fácil a redes de comunicação com características de banda larga, actualmente determinantes para o desenvolvimento económico das regiões, bem como para projectos da adminis-tração pública, como as Cidades e Regiões Digitais. Neste sentido, os Accionistas da Águas do Douro e Paiva entenderam oportuno desenvolver o pro-jecto de uma rede de comunicações baseadas na rede de fibra óptica da empresa e, para isso, criar uma entidade empresarial, detida integralmente pela AdDP – a NETDOURO, S.A.

A Equipa da NETDOURO, constituída no seio da Águas do Douro e Paiva realizou uma primeira

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avaliação dos investimentos a realizar e preparou diversos cenários de desenvolvimento do projecto. Todos os modelos económico-financeiros propos-tos para a NETDOURO, SA têm como pressupos-to que o resultado da sua actividade garanta a cobertura, na exacta medida, dos custos de funcio-namento e a remuneração do capital accionista à taxa TBA acrescida de 3%, a mesma taxa de remu-neração do capital accionista da Águas do Douro e Paiva, SA.

Este pressuposto é determinante para que não existam interferências da actividade da NETDOU-RO na tarifa da água. No entanto, as receitas deve-rão garantir recursos para a adequada gestão dos activos, bem como para os investimentos futuros, de forma a mantê-los adequados à sua função e aos interesses dos Parceiros. A viabilidade do pro-jecto, tal como foi concebido, depende da aprova-ção de uma candidatura a fundos comunitários. No final de 2005, aguardava-se a abertura do respecti-vo programa nacional.

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3.1. Produção de Água

O sector de produção da Águas do Douro e Paiva encontra-se dividido em duas unidades operacio-nais - Lever e Vale do Sousa.

Concentram-se no Complexo de Lever as instala-ções de produção de água que alimentam as redes de distribuição: a Norte, para os municípios do Porto, Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar e parte de Paredes; a Sul, para Vila Nova de Gaia, Espinho, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Ovar e Arouca. A produção de água tratada é, actualmente, proveniente, das

captações subaluvionares, designadas de Lever Montante e Lever Jusante, e da própria ETA de Lever.

O Subsistema Vale do Sousa, que abastece os Municípios de Castelo de Paiva, Cinfães, Lousada, Felgueiras, Paredes e Paços de Ferreira, conta, actualmente, com as Estações de Tratamento de Água (ETA) Castelo de Paiva, do Ferreira e do Ferro.

O gráfico seguinte apresenta a evolução dos volu-mes produzidos, nas diversas instalações de água da empresa:

As três origens de água localizadas em Lever repre-sentaram, em 2005, 94% da água produzida. A ETA de Lever correspondeu a 42,5%; a captação Lever Montante a 47,4%; e a Captação Lever Jusante a 10,1 %.

As captações e estações elevatórias de Lever Montante e Jusante operam de forma independen-te da ETA de Lever, elevando a água, respectiva-mente, para Jovim na zona Norte, e Seixo Alvo, na

zona Sul. Acautelar a possibilidade de tratamento da água proveniente dos poços de Lever, ligando--os à zona de admissão de água da fase de pré-tra-tamento é o objectivo do projecto designado como Reforço da Capacidade de Tratamento da ETA de Lever.

A primeira fase deste projecto consiste na cons-trução da ligação do poço de captação de Lever Montante à ETA de Lever, que se encontra em

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curso, prevendo-se a sua conclusão em meados de 2006.

Após a conclusão destas obras, o Complexo de Lever passará a funcionar como uma única instala-ção com as três componentes produtivas integra-das, conduzindo a uma exploração mais flexível e económica. Serão possíveis, também, reduções dos níveis de manganês da água proveniente dos poços subaluvionares e a diminuição significativa das lamas produzidas no Complexo.

A produção de água para abastecimento da Região do Vale do Sousa é maioritariamente assegurada pela ETA de Castelo de Paiva, que tem vindo, progressi-vamente, a aumentar os volumes de água tratada, desde a entrada em funcionamento da linha de adu-ção entre a ETA e a zona Norte do Vale do Sousa.

A ETA de Castelo de Paiva produziu 5 395 738 m3,

em 2005, o que representa cerca de 82,0% dos caudais consumidos pelos municípios do Vale do Sousa.

A região do Vale do Sousa conta ainda com a capa-cidade de produção das Estações de Tratamento do Ferro e do Ferreira. A ETA do Ferro é a princi-pal responsável pelo abastecimento ao Reservatório Municipal de Margaride e à zona Norte do município de Lousada, até ao reservató-rio de Barrosas. Por seu lado, a ETA de Paços de Ferreira é responsável por grande parte do abas-tecimento ao município de Paços de Ferreira. Estas infra-estruturas sofreram profundas intervenções de reabilitação, tendo passado a estar disponíveis em 2005.

Além dos municípios de Castelo de Paiva, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, o Sistema de Vale do Sousa abastece pontualmente o Município de Penafiel.

Globalmente, a Águas do Douro e Paiva produziu 114 997 milhares de metros cúbicos de água para

consumo humano, o que corresponde a uma média diária de 315 mil metros cúbicos, represen-tando um aumento de cerca de 0,7% em relação aos valores registados em 2004.

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Verifica-se um aumento significativo do consumo nos municípios do Vale do Sousa, atendendo à dis-ponibilização crescente de redes de abastecimento na região. No entanto, em termos globais, a produ-ção de água tem tendência para estabilizar, dada a diminuição dos consumos noutros municípios, devido a políticas de controlo de perdas de água nos respectivos sistemas.

O controlo de qualidade da água bruta e dos pro-cessos de tratamento é realizado pela empresa, através de três laboratórios: - o principal, localizado na ETA de Lever, onde se efectuam a maioria das determinações analíticas necessárias; e os

laborató-rios de Castelo de Paiva e de Paços de Ferreira, que complementam o laboratório de Lever, dando apoio de proximidade à operação das ETA’s do Complexo do Vale do Sousa. No ano de 2005 foram realizadas 34 958 análises no Laboratório de Lever, 3 947 análises no Laboratório de Paços de Ferreira e 1 191 análises no Laboratório de Castelo de Paiva.

Outra nota relevante é a tendência que se verifica de diminuição da produção de lamas na Empresa. Para este resultado foi determinante a entrada em funcionamento do pré-tratamento de Lever.

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3.2. Distribuição de Água

Até ao final do ano 2004, a Águas do Douro e Paiva tinha concretizado as principais linhas de adu-ção do Sistema Multimunicipal, contando já com a quase totalidade das infra-estruturas de distribui-ção na zona Norte do Vale do Sousa, na zona oriental do concelho de Arouca e no concelho de Cinfães.

Por isso, durante o ano 2005, foi possível atingir novos pontos de entrega, nomeadamente os loca-lizados na linha Provizende - Moldes (no concelho de Arouca) e na freguesia de Raiva (no concelho

de Castelo de Paiva), bem como o ponto de entre-ga de Barrosas, em Felgueiras. A cobertura do ser-viço da Águas do Douro e Paiva é, actualmente, de 99,8% em relação ao projectado.

3.2.1. Dados Gerais

da Distribuição

Da análise dos dados históricos verifica-se que os consumos globais de abastecimento de água se encontram com tendência para estabilizar. O volu-me global de água distribuída, em 2005, foi de 114,0 milhões de m3, valor ligeiramente superior ao

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No que concerne aos concelhos de Ovar, Oliveira de Azeméis e S. João da Madeira, a Águas do Douro e Paiva manteve as diligências junto das

Câmaras Municipais, para que o abastecimento passe a realizar-se, exclusivamente, através do siste-ma multimunicipal.

A disponibilidade das infra-estruturas multimunici-pais construídas no Vale do Sousa, complementa-das com os investimentos de carácter municipal,

implicou também um aumento do volume anual de água fornecido, em todos os municípios, sem excepção.

No Subsistema de Lever, os municípios de Oliveira de Azeméis e Arouca são aqueles onde melhor se nota o crescimento dos consumos, resultado da

adaptação dos sistemas municipais às novas infra--estruturas multimunicipais, alargando significativa-mente as áreas de cobertura do sistema global.

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Quanto ao consumo anual podemos constatar que os municípios do Porto, Gaia, Matosinhos, Gondomar, Maia e Valongo constituem cerca de 85% do volume global de vendas da AdDP. O

município do Porto representa cerca de 35% do volume global e os municípios de Gaia, Matosinhos e Gondomar cerca de 17%, 13% e 10%, respectiva-mente.

Da análise comparativa entre o volume de água produzido e o volume consumido verifica-se que o indicador de perdas de água ronda os 0,83%, valor

que se mantém estabilizado e francamente abaixo do que é corrente em sistemas de índole seme-lhante.

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Note-se ainda que o valor da água não facturada é extremamente baixo, de tal modo que se localiza já dentro da gama de erro dos caudalímetros.

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3.2.2. Sistemas de Monitorização

e Telegestão

A AdDP contou, no início de 2005, com a disponi-bilidade da rede de comunicações em praticamen-te todas instalações da empresa. Esta infra-estrutura suporta, actualmente, o sistema de monitorização e telegestão, cujo funcionamento foi ajustado à gestão operacional da rede, durante o ano de 2005. Com a disponibilidade desta ferramenta, passou a estar “on-line” informação operacional da rede, sendo possível centralizar o comando das opera-ções de manobra num único local, permitindo uma maior capacidade de intervenção, que contribuirá para a optimização do funcionamento do sistema adutor e da gestão dos recursos, nomeadamente no que se refere a energia e perdas.

A empresa iniciou a alteração dos procedimentos, passando a operar a rede a partir dos centros de despacho centralizados em Lever e em Castelo de Paiva, onde passou a confluir toda a informação da rede, nomeadamente alarmes relacionados com situações de anomalia.

Este sistema permite obter também informação muito útil relacionada com os pontos de entrega aos Clientes. Permite, por exemplo, conhecer os perfis de consumos, com a unidade temporal dese-jada e, em fase posterior, disponibilizar outros dados como a pressão e o cloro residual.

Nos gráficos seguintes apresentam-se os consumos tipos, por dias da semana, em dois pontos de entre-ga, um servido por um reservatório municipal, o outro directamente em conduta distribuidora.

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Através do sistema de alarmes podem detectar-se falhas de corrente eléctrica, permitindo também, em muitos casos, operar de forma a restabelecer a alimentação eléctrica, sem necessidade de um téc-nico se deslocar ao local.

Complementarmente, estão a ser instalados Sistemas de Alimentação Ininterrupta (UPS) em cada ponto de entrega aos clientes, com cerca de três dias de autonomia, para reduzir ou mesmo eli-minar os riscos de paragem dos sistemas de con-tagem, eliminando por consequência as medições por estimativa para facturação.

Os dados do sistema de telegestão são integrados numa base de dados de gestão operacional da rede de água (GORA) que é utilizada para efeitos de facturação, controlo de perdas e optimização energética.

3.2.3. Gestão Energética

O funcionamento de todo o sistema da AdDP depende, em primeira análise, do fornecimento de energia eléctrica, que constitui um dos mais eleva-dos custos operacionais da empresa.

Nesta perspectiva e aproveitando as potencialida-des do sistema de telegestão e aquelas que a pró-pria rede actualmente confere (capacidades instala-das e reservas) encontra-se a ser desenvolvido um conjunto de medidas para optimizar o consumo energético do sistema, através de:

› Instalação de contadores, em todas as Estações Elevatórias onde se registam grandes consumos de energia, para medição, em paralelo com os medi-dores de caudal, dos consumos de energia associa-dos em cada escalão.

› Alteração dos regimes de bombagem de forma a desviar os consumos das horas de custo mais ele-vado.

› Alteração dos níveis estipulados para o funciona-mento dos reservatórios de forma a ampliar as reservas existentes e permitir uma maior flexibili-dade dos regimes de bombagem.

› Obtenção, através dos sistemas de telegestão, dos dados e gráficos em tempo real que permitem visualizar e analisar os resultados e a eficiência das acções antes descritas, e promover novas acções. Em finais de 2005, actuando sobre as instalações que representam cerca de 85% do consumo global de energia, isto é, em Lever e em Jovim, reduziu-se

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A AdDP controla sistematicamente a eficiência energética em todas as suas instalações de eleva-ção. Verifica-se que a média dos valores registados nas instalações da AdDP é de 0,35kWh/m3/100m,

que se situa abaixo do valor de referência do IRAR mas que se poderá ainda ser reduzido no futuro.

3.2.4. Gestão dos Contratos

de Fornecimento de Energia

A AdDP deu especial atenção à gestão dos contra-tos de fornecimento de energia. Neste capítulo, numa altura em que ocorreram significativos aumentos nos tarifários por parte dos operadores,

a empresa beneficiou ao longo do ano de contra-tos com tarifários fixos, decorrentes do Concurso Público Internacional oportunamente realizado no final de 2004.

Estes contratos contemplaram 9 instalações da AdDP, alimentadas em Média Tensão e permitiram obter significativas reduções dos custos de energia, de 7% a 23%, consoante as instalações.

No início de 2005 deu-se continuidade ao projec-to de Produção de Energia Solar Foprojec-tovoltaica, cujo estudo de viabilidade foi efectuado em 2004, com a entrada na DGGE dos pedidos de inscrição de a bombagem de Lever para o reservatório de

Jovim nas horas de ponta de consumo. O abasteci-mento foi realizado por gravidade através do reser-vatório de Lagoa, previamente cheio em horas de custo energético baixo. Assim, fazendo uso da reserva existente em Lagoa, foi possível diminuir os custos com energia gasta na elevação de Lever para Jovim.

Esta medida, ainda que com carácter experimental, reduziu em 10%, o indicador de custo de energia na ETA de Lever, de 0,040 para 0,036 € por metro cúbico de água elevado.

Salienta-se que esta análise permite identificar as deficiências do sistema em termos de reservas, quer multimunicipais, quer municipais, bem como da capacidade de bombagem para atingir níveis desejados de optimização dos consumos de ener-gia, sem comprometer, no entanto, a segurança do abastecimento.

Apresenta-se, de seguida, gráfico ilustrativo da eco-nomia de energia após a implementação das medi-das de racionalização da operação na estação ele-vatória da ETA de Lever:

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6 instalações da AdDP. Não existindo formalmente qualquer resposta a estes pedidos, aguarda a empresa novos desenvolvimentos sobre os pedi-dos, de forma a reequacionar o Projecto.

3.3. Qualidade da Água

Distribuída

A Águas do Douro e Paiva considera determinan-te para o bom desempenho da sua actividade a manutenção de elevados níveis de qualidade da água produzida e distribuída em patamares de alta exigência.

Para isso, optou-se por implementar procedimen-tos de controlo da qualidade da água, para

minimi-zar a probabilidade da água chegar aos reservató-rios municipais sem cumprir os parâmetros de qualidade estabelecidos.

A acção pró-activa junto dos Clientes, provendo a adequada comunicação entre as partes, tem sido considerada um factor decisivo no fortalecimento das relações ao nível das operações e no aumento do nível de confiança dos municípios nos serviços prestados.

No ano 2005, realizaram-se cerca de 39 000 deter-minações, o triplo do mínimo legal exigido. O quadro que se apresenta de seguida resume os resultados destas determinações e comprova a ele-vada qualidade da água distribuída pela empresa.

Parâmetros N.ode determinações % Conformidade

Organolépticos 5 981 99,83

Físico-Químicos 22 278 99,72

Microbiológicos 10 419 100,00

Radiológicos 348 100,00

Total 39 026 99,82

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A Águas do Douro e Paiva manteve o seu organi-grama, sem alterações durante o ano 2005, com a seguinte estrutura:

4. Pessoas e Organização

Legenda: Administração Órgão de Apoio Direcções Conselho de Administração Comissão Executiva

Sistemas de Informação Assessoria Jurídica

Qualidade Ambiente e Segurança Qualidade da Água

Planeamento e Controlo Empresarial Comunicação e Imagem Direcção de Engenharia Direcção de Produção Direcção de Distribuição Direcção de Suporte Operacional Direcção Administrativa e Financeira

Planeamento Complexo de Lever Despacho Aprovisionamento Recursos Humanos

Gestão de Projecto Complexo do Vale do Sousa

Sistema Adutor Manutenção Contabilidade

Gestão de Obras Laboratórios de Processo Tesouraria Serviços Administrativos Sistemas de Informação Geográfica

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No final do ano de 2005 eram 145 os trabalhado-res ao serviço da emptrabalhado-resa.

Analisando a variação de colaboradores de 2004 para 2005, verifica-se um acréscimo de 10 colabo-radores justificado pela alteração do regime de prestação de serviços dos colaboradores afectos às obras para contrato a termo incerto, pela entrada em funcionamento da ETA do Ferreira e dos novos

pontos de entrega do subsistema Vale do Sousa e, ainda, pela substituição de dois colaboradores em licença.

Os 145 trabalhadores ao serviço da empresa, são distribuídos pelas seguintes áreas de actividade:

A Águas do Douro e Paiva deu continuidade a polí-tica de acolhimento de estagiários, promovendo parcerias com entidades de ensino secundário e universitário com vista a conceder estágios profis-sionais. Refere-se, a título de exemplo, as parcerias estabelecidas com a AESBUC – Associação para a

Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica e o Colégio de Gaia.

Em 2005 foram acolhidos 10 estagiários, com a seguinte distribuição por área de actividade:

Quadro 1- Tipo de Contrato

2002 2003 2004 2005 Variação 2004-2005

Contratados Sem Termo 92 105 113 122 9

Contratados a Termo Incerto 1 1 3 6 3

Contratados a Termo 19 15 19 17 -2

Total 112 121 135 145 10

Quadro 2- Direcções e Órgãos de Apoio

2002 2003 2004 2005 Variação 2004-2005 Apoio à Administração 5 4 4 4 0 Órgãos de Apoio 9 11 14 15 1 Administrativa e Financeira 11 12 13 14 1 Engenharia 9 10 12 15 3 Produção 37 38 46 47 1 Distribuição 31 32 34 38 4 Suporte Operacional 12 14 12 12 0 Total 114 121 135 145 10

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Os recursos humanos, por categorias profissionais, apresentam em 2005, a seguinte estrutura:

Numa outra perspectiva, o nível de qualificação, a distribuição dos profissionais é seguinte:

O quadro seguinte representa a distribuição por nível etário:

Quadro 3 - Admissões Estagiários

2002 2003 2004 2005 Variação 2004-2005 Órgãos de Apoio 1 1 0 Administrativa e Financeira 1 1 1 Engenharia 2 1 1 Produção 2 2 7 6 -1 Distribuição 1 1 0 Suporte Operacional 0 Total 2 5 9 10 1

Quadro 4 - Categorias Profissionais

2002 2003 2004 2005 Variação 2004-2005

Director/a 5 5 5 5 0

Chefe de Serviços 6 7 7 9 2

Técnico/a Altamente Especializado 5 6 7 7 0

Técnico/a Especializado 21 20 29 30 1

Técnico/a Licenciado (Júnior) 7 8 7 8 1

Técnico/a não Licenciado 2 8 5 6 1

Secretário/a 3 3 3 4 1 Escriturário/a 8 7 7 7 0 Telefonista /Recepcionista 1 1 2 2 0 Motorista 2 2 2 2 0 Analista 5 5 5 5 0 Técnico/a de Manutenção 2 2 2 2 0 Fiel de Armazém 0 1 1 1 0 Operador/a 43 44 51 55 4 Servente 2 2 2 2 0 Total 112 121 135 145 10

Quadro 5 - Níveis de Qualificações

2005

Homens Mulheres Total

Mestrado 4 3 7

Licenciatura 22 21 43

Bacharelato 8 4 12

Técnico Profissional 7 8 15

Ensino Secundário Complementar 17 1 18

Ensino Básico 47 3 50

Total Global 145

Quadro 6 - Nível Etário

2005

Homens Mulheres Total

18-24 5 1 6 25-29 18 12 30 30-34 31 16 47 35-39 13 6 19 40-44 14 2 16 45-49 12 2 14 50-54 4 1 5 55-59 4 4 60-64 1 1 65-75 3 3 Total Global 105 40 145 Idade Média 37,36 32,77 36,09

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O absentismo em 2005, atingiu um total de 9 717 horas, representando cerca de 3,8% do tempo potencial de trabalho no ano. Este total de horas de absentismo ficou a dever-se aos seguintes motivos:

Quanto ao trabalho suplementar este atingiu um total de 6 551 horas o que representou 2,6% do total de horas de trabalho efectuadas no ano de 2005.

Ausências ao Trabalho (Horas)

Por Doença 3 712

Assistência Inadiável 359

Por Maternidade/ paternidade 3 472

Acidente de Trabalho 440

Outras Causas 1 734

Total 9 717

Trabalho Suplementar (Horas)

Dias Úteis 1 899

Dias Descanso Compensatório/Feriados 3 006

Dias Descanso Obrigatório 1 646

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Sendo política da empresa a motivação e qualifica-ção permanente do seu quadro de pessoal e dando seguimento ao Plano de Formação de 2005, pro-moveu 90 acções de formação, o que correspon-deu a uma média de 34 horas/trabalhador/ano. Relativamente a assuntos relacionados com Medicina do Trabalho, a Águas do Douro e Paiva deu continuidade a estes serviços, em regime de outsourcing, tendo sido realizados os exames refe-renciados no quadro que se apresenta:

Actividade de Medicina do Trabalho

Número de Exames Médicos efectuados 126

Exames de Admissão 24

Exames Periódicos 48

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A análise económica e financeira que se apresenta procura resumir os resultados e a situação financei-ra e patrimonial alcançados pela Águas do Douro

e Paiva no ano de 2005, devendo ser lida em con-jugação com as demonstrações financeiras do exer-cício e as respectivas notas anexas.

A AdDP concluiu o seu exercício económico de 2005 com o reforço da sua situação económica tendo obtido um resultado líquido positivo de 822 milhares de euros.

De acordo com os parâmetros da concessão, a empresa deverá gerar Resultados Líquidos na medida adequada à remuneração dos capitais pró-prios e constituição das respectivas reservas legais. Tendo em vista a realização da estratégia definida em 2004, em relação à origem alternativa de água

prevista na concessão, o exercício económico de 2005 já reflectiu o consequente programa de inves-timentos, que ascende a cerca de 43 milhões de euros, o que por si só, implicaria um agravamento do preço da água, em cerca de 8%. Contudo e dis-pondo a AdDP de reservas livres no montante de 2 796 milhares de euros passíveis de serem mobili-zadas para efeitos de remuneração dos capitais, permitiu que o projecto tarifário para este ano, fosse actualizado somente em 4,9 %.

5. Situação Económica e Financeira

2003 2004 2005

Resultados Operacionais -825 -850 - 1.019

Resultados Financeiros -3 173 -3 494 - 3.660

Resultados Correntes -3 998 -4 344 - 4.678

Resultados Extraordinários 6 228 5 965 5.850

Resultados Antes de Impostos 2 230 1 620 1.172

Imposto sobre o Rendimento 778 540 350

Resultado Líquido do Exercício 1 452 1 081 822

(valores em 103Euros)

* A tarifa do Contrato de Concessão (a preços constantes de 1996) foi actualizada com base nas taxas de inflacção publicadas pelo INE.

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Esta situação teve reflexo nos Resultados Líquidos obtidos, mantendo-se contudo condições para o cumprimento do estipulado no contrato de con-cessão quanto à remuneração do capital.

Quanto aos resultados operacionais, a interpreta-ção do seu comportamento deverá ser

comple-mentada com o dos resultados extraordinários determinado pela rubrica de proveitos extraordi-nários, onde é relevada a amortização dos subsí-dios recebidos para apoio ao investimento das infra-estruturas em funcionamento na empresa.

No exercício de 2005, os proveitos totais atingiram os 40 953 milhares de euros, mais 7% (2 610 milha-res de euros) que os obtidos em 2004, em milha- resulta-do da evolução da venda de água, que atingiu os 33 574 milhares de euros, registando um acréscimo da ordem dos 6 % (1 758 milhares de euros) face ao exercício anterior.

De referir também que, e na sequência da refor-mulação do novo programa de investimentos rela-tivo à resolução da origem alternativa ao Douro, a empresa passou a capitalizar os custos da Direcção

de Engenharia afectos à programação dos investi-mentos, o que permitiu relevar o montante de 713 milhares euros na rubrica de “Trabalhos para a pró-pria empresa”.

Os Proveitos Extraordinários atingiram o montan-te de 5 950 milhares de euros e resultaram funda-mentalmente da contabilização, nesta rubrica, dos subsídios ao investimento obtidos e reconhecidos de forma consistente e proporcional com as amor-tizações das infra-estruturas e bens a que se desti-naram.

O total dos custos e perdas de 2005 atingiram os 39 782 milhares de euros, registando um agrava-mento da ordem dos 8% (3 060 milhares de euros) relativamente ao exercício de 2004. Este compor-tamento dos custos decorreu, no fundamental, do acréscimo verificado na rubrica das “Amortizações do exercício”, que foram superiores aos relevados

no exercício de 2004, de cerca de 13% (2 095 milhares de euros). Tal facto ficou a dever–se à reformulação do programa de investimento para resolução da origem alternativa à captação de água no rio Douro, dando seguimento à orientação estratégica definida em 2004. Proveitos e Ganhos 2003 2004 2005 Variação 2004-2005 Valor % Vendas 30 614 31 816 33 574 1 758 6 Prestação de serviços 0 0 1 1

Trabalhos para a própria empresa 0 0 713 713

Proveitos suplementares 36 43 49 6 14

Outros proveitos operacionais 5 2 377 375

Juros e proveitos similares 131 127 289 162 128

Proveitos extraordinários 6 437 6 355 5 950 - 405 - 6

Total dos Proveitos e Ganhos 37 223 38 343 40 953 2 610 7

(valores em 103Euros)

Custos e Perdas

2003 2004 2005 Variação 2004 - 2005 Valor %

Custo das Merc.Vend. e Consumidas 642 597 570 - 27 - 5

Fornecimentos e Serviços Externos 10 967 11 846 11 975 129 1

Custos com o Pessoal 3 817 4 129 4 908 779 19

Impostos 381 477 536 59 12

Amortizações e Provisões 15 669 15 646 17 741 2 095 13

Outros Custos Operacionais 4 16 3 - 13 - 81

Custos e Perdas Financeiros 3 303 3 621 3 949 328 9

Custos Extraordinários 209 390 100 - 290 - 74

Total dos Custos e Perdas 34 992 36 722 39 782 3 060 8

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Por outro lado a rubrica de “Custos com o Pessoal” releva um agravamento da ordem dos 19% (779 milhares de euros), decorrente no fundamental da equipa de colaboradores da empresa, nomeada-mente nos serviços de engenharia, tendo em vista a execução do programa de investimentos atrás refe-rido. A este propósito é de notar que grande parte daqueles profissionais já vinham a colaborar com a empresa, como profissionais liberais, pelo que ao agravamento verificado na rubrica dos “Custos com o Pessoal”, correspondeu um decréscimo dos cus-tos com os “Fornecimencus-tos e Serviços Externos”. É de salientar que, por estarem afectos à execução do programa de investimentos da empresa, cerca de 533 milhares de euros destes custos, foram incorporados no imobilizado através da rubrica de

trabalhos para a própria empresa, não afectando portanto, os resultados do exercício.

Relativamente aos “ Fornecimentos e Serviços Externos”, é de notar que, não obstante se terem verificado significativos agravamentos de preços, nomeadamente da energia eléctrica, aquela rubrica registou um acréscimo de somente 1% (129 milha-res de euros).

Saliente-se igualmente, uma ligeira diminuição, da rubrica do “Custo das mercadorias Vendidas e Consumidas”, explicada por uma diminuição do custo dos materiais consumidos, nomeadamente os reagentes, que decrescem cerca de 5% em rela-ção ao ano anterior.

O Activo Líquido da AdDP atingiu o montante de 293 790 milhares de euros, evidenciando um decréscimo de 5 550 milhares de euros relativa-mente a 31 de Dezembro de 2004.

Este decréscimo, que se situou na ordem dos 2%, ficou a dever-se no essencial à redução de 5 276 milhares de euros relevada ao nível do Imobilizado Líquido em consequência da transferência das amortizações acumuladas respeitantes às infra--estruturas do Sistema Multimunicipal que estavam em curso. A este propósito é de notar que, para-lelamente e pelo mesmo motivo, esta redução também se verificou no Passivo ao nível dos Acréscimos e Diferimentos.

Ainda quanto ao Activo Circulante é de dar nota que o valor relevado nesta rubrica em 31 de

Dezembro de 2005, ainda se encontra agravado pelo montante de 8 480 milhares de euros relativo aos subsídios comunitários do Fundo de Coesão referentes a investimentos já realizados e compro-vados, mas pendente de recebimento por se tratar do saldo final da candidatura F.C. 99 e cuja regula-rização se prevê para o início do exercício de 2006. Apesar desse facto o Activo Circulante decresceu em cerca de 382 milhares de euros relativamente a 2004 que traduziu, no fundamental, o cumprimen-to dos objectivos visados pela gestão atenta destes activos, com a obtenção de um prazo médio de recebimentos da ordem de somente 55 dias. Entretanto e apesar do não recebimento, como anteriormente foi referenciado, dos subsídios comunitários registados no Activo Circulante, e do

2003 2004 2005

Imobilizado Líquido 264 020 272 198 266 922

Dívidas de Terceiros a Médio e Longo Prazo 0 0 4 007

Circulante 21 000 18 264 17 822

Acréscimos e Diferimentos 7 913 8 879 4 979

Total do Activo 292 933 299 341 293 790

Capital Próprio 23.872 23.901 23 712

Provisões 103 0 0

Passivo a Médio e Longo Prazo 48 096 66 340 73 133

Passivo a Curto Prazo 61 879 56 686 51 709

Acréscimos e Diferimentos 158 983 152 414 145 236

Total do Capital Próprio e Passivo 292 933 299 341 293 790

(valores em 103Euros)

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prolongado esforço de investimento que a empre-sa tem vindo a levar a efeito, as dívidas a terceiros de curto, médio e longo prazo registaram um agra-vamento global de somente 1,5 % (1 816 milhares de euros) relativamente a 2004, sendo de sublinhar o reajustamento obtido entre as dívidas de médio e longo e curto prazo.

A este propósito é de sublinhar que no seguimen-to do processo de reestruturação financeira da empresa iniciado durante o exercício de 2004, mantêm–se as diligencias tendentes à contratação de um financiamento a médio e longo prazo, junto do Banco Europeu de Investimento, através da

Águas de Portugal, SGPS, S.A., no montante de 40 milhões de euros a pagar em 20 anos.

Devemos contudo, dar nota de que o nível de endividamento relevado pela AdDP configura uma situação típica do regime das concessões que con-templam a concepção e construção das infra--estruturas que a integram, prevenindo a sua regu-lamentação os mecanismos necessários à planifica-ção e obtenplanifica-ção dos níveis de rentabilidade tenden-tes a promover, ao longo dos anos que restam à concessão, o reequilíbrio económico e financeiro das respectivas concessionárias.

Salienta-se, pela sua relevância na avaliação da situação económica de uma empresa deste tipo, os valores dos meios libertos e do EBITDA, que subi-ram cerca de 26% e 15%, respectivamente, em relação a 2004.

Seguros

A carteira de seguros da Águas do Douro e Paiva cobriu um amplo conjunto de riscos, sendo o nível

geral de “security” elevado e abrangendo nomea-damente, no ramo real: multirriscos comerciais e industriais, perdas de exploração, responsabilidade civil de exploração e frota automóvel; e no ramo vida, seguro de doença, vida e acidentes pessoais e acidentes de trabalho.

INDICADORES 2003 2004 2005

Liquidez Geral (%) 34 32 35

Fundo de Maneio (milhares de euros) -51 997 -52 936 -47 703

VAB (milhares de euros) 18 209 18 433 21 879

Meios Libertos (milhares de euros) 10 441 10 270 12 962

EBITDA (milhares de euros) 15 006 14 706 16 971

Taxa Autofinanciamento (%) 36 51 89

Rentabilidade das Vendas (%) 5 3 2

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O modelo de gestão da Águas do Douro e Paiva cumpre, desde 2003, com os requisitos de normas reconhecidas internacionalmente, como é o caso da ISO9001, na área da qualidade, da ISO14001, na área do ambiente, e da OHSAS18001, na Segurança.

No início de 2005 realizou-se um profundo exercí-cio de simplificação de procedimentos do Sistema de Gestão Integrada (SGI) com particular relevân-cia nos processos relativos ao planeamento e con-trolo, gestão de recursos, gestão de empreendi-mentos, produção e distribuição de água.

Esta revisão, para além de conduzir a um aumento de eficiência, foi sujeita a uma auditoria externa, a terceira desde a certificação da empresa, que con-firmou a sua adequabilidade às normas de referên-cia.

No âmbito do projecto de implementação do sis-tema HACCP (Hazard Analysis Critical Control Point) foi desenvolvida a metodologia de avaliação

do Risco, tendo para tal sido utilizado o Guia n.º 7, do IRAR, intitulado de “Planos de Segurança em Sistemas Públicos de Abastecimento de Água para Consumo Humano (IRAR)” e as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Atendendo à revisão da norma relativa aos siste-mas de gestão ambiental (NP EN ISO 14001), publicada em 2004, foram desenvolvidos os traba-lhos necessários de adaptação do SGI àquela nova norma.

No sentido de manter o envolvimento dos colabo-radores da AdDP na melhoria do desempenho da empresa, foram realizadas várias acções de sensibi-lização, colocados cartazes de ambiente e seguran-ça nas instalações e promovidos três grandes exer-cícios simulados de acidente:

› Conduta Lever Jovim – Ruptura de grandes dimen-sões;

› ETA do Ferreira – Fuga de Soda Cáustica; › ETA do Ferro – Fuga de Cloro.

6. Qualidade, Ambiente e Segurança

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Ainda relativamente à segurança, foram revistos os Planos de Emergência, que se apresentavam muito orientados para situações relacionadas com danos no ambiente e de segurança dos colaboradores, tendo o seu âmbito passado a contemplar tam-bém situações de crise relacionadas com eventuais interrupções do abastecimento.

Alguns números atestam bem a dimensão do tra-balho desenvolvido para a gestão da qualidade, ambiente e segurança. Em 2005, realizaram-se 25 auditorias, tendo sido identificadas cerca de 54 Não Conformidades para as quais foram definidas acções correctivas e cerca de 60 Acções de Melhoria.

No que concerne à análise dos riscos de ambiente e segurança, há a destacar as inspecções efectuadas

a todas as instalações da empresa, incluindo novas instalações que entraram em funcionamento, tendo-se constatado uma redução do nível de risco e de significância dos aspectos ambientais da empresa.

Tendo em conta a importância da comunicação com a comunidade em que se insere, a empresa publica pela primeira vez um Relatório de Sustentabilidade que substitui os Relatórios de Ambiente e de Segurança, apresentados nos dois exercícios anteriores.

Apesar de terem sido realizadas simplificações ao SGI, em termos de arquitectura global, o modelo de processos adoptado mantém-se, esquematica-mente, o seguinte: P03 › Incorporar as Necessidades e Expectativas dos Clientes P10 › Gestão de Empreendi-mentos P04 › Produção de Água Tratada P05 › Distribuição de Água Tratada P06 › Facturação ao Cliente P07 › Serviço ao Cliente P01 › Desenvolver a Visão e Estratégia

P02 › Compreender Mercado e os Clientes P08 › Gestão da Manutenção P09 › Gestão de Recursos P11 › Gestão de Riscos e das Emergências

P12 › Gestão das Relações Externas P13 › Desenvolver e Gerir Recursos Humanos

P14 › Gestão de Tecnologia de Informação P15 › Gestão de Melhorias e Alterações

P16 › Gestão de Documentos e Dados P17 › Gestão dos Resíduos

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Durante o ano de 2005, a empresa deu continui-dade à execução de um Plano de Investigação & Desenvolvimento Tecnológico (I&DT).

Dada a necessidade de garantir uma permanente actualização dos conhecimentos técnicos da empresa, decorreram durante 2005, 15 projectos, principalmente relacionados com:

› Bioindicadores na gestão da qualidade da água no rio Douro;

› Análise dos Dados de Qualidade da Água dos rios Ferro e Vizela;

› Caracterização da Qualidade da Água da AdDP quanto a Enterovírus, Bacteriofagos e Legionella;

› Estudo da Evolução de Parâmetros não-Conservativos ao Longo da Rede de Distribuição; › Estudo da eficiência de remoção de fitoplâncton da Unidade de Pré-Tratamento da ETA de Lever; › Estudo da eficiência do Pré-Tratamento da ETA de Lever;

› Influência da Central Termoeléctrica da Turbogás na Temperatura da Água do rio Douro.

Os vários estudos e projectos foram desenvolvidos com a utilização de recursos internos ou através de parcerias com a comunidade científica, como é o caso das Faculdades de Engenharia e de Ciências da Universidade do Porto.

7. Investigação

e Desenvolvimento Tecnológico

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A Águas do Douro e Paiva, no âmbito da sua comunicação, elegeu como grande prioridade, a educação ambiental, com ênfase na preservação dos Recursos Hídricos e no Desenvolvimento Sustentável, tendo como principais destinatários os públicos infantis e juvenis. As principais acções de comunicação partiram de iniciativas próprias, pro-curando-se contudo a colaboração de entidades externas, públicas e privadas, accionistas, organis-mos estatais da área do ambiente e associações não governamentais.

Este ano foi atribuída especial atenção às comemo-rações do 10º aniversário da criação da empresa, assinalado, entre outras formas, com o lançamento de um livro sobre esta primeira década da AdDP, da autoria do professor universitário Jorge Fernandes Alves.

Entre as acções de sensibilização merece destaque o desenvolvimento do Programa Integrado de Educação Ambiental (PIEA), sob o lema “O Futuro da Água e dos Nossos Rios Está nas Tuas Mãos”.

8. Comunicação e Imagem

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