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aos seus Clientes

No documento Acta n.º (páginas 164-168)

O impacto ambiental de uma captação de água depende, em larga medida, da relação entre o cau- dal retirado e os recursos disponíveis. No caso da

AdDP a relação entre o caudal captado e o caudal módulo9dos rios, onde actualmente se procede à

captação de água, é sempre inferior a 0,7%.

No entanto, a empresa mantém a promoção de programas de redução das perdas de água no sis- tema e de acções de sensibilização dos Consumi-

dores para a necessidade de poupança no consu- mo, no sentido de minimizar as necessidades de captação de água.

9 Caudal módulo (caudal médio) considerado foi obtido da seguinte forma:

rio Douro - Adoptou-se o caudal módulo indicado no Plano de Bacia Hidrográfica do rio Douro, 2001 (INAG) para a Foz do rio Douro. rio Paiva - Conforme Estudo Prévio da Barragem para Captação no rio Paiva, 2000, (Hidrorumo – Projecto e Gestão, SA).

rio Ferro / rio Vizela e rio Ferreira – Conforme o estudo - Complexo dos rios Vizela/Ferro e Ferreira. Estudos hidrológicos, 2002 (Hidrorumo

Apenas a captação do rio Douro está associada a uma albufeira (Barragem de Crestuma-Lever), de fins múltiplos, anterior à constituição da AdDP. Nos restantes rios as captações são realizadas com recurso a pequenos açudes que, com excepção da Captação da Ponte da Bateira no rio Paiva, também já existiam no local.

Como referido anteriormente (ponto 3.5), para além das actuais origens, existe patente no Contrato de Concessão a obrigação da criação de uma origem alternativa de água à principal origem do Sistema (rio Douro) que permita diminuir a dependência face à qualidade da água daquele rio. A solução, inicialmente, prevista foi a construção de uma barragem no rio Paiva e de um sistema de adução até à ETA de Lever. No entanto, após o desenvolvimento de estudos sobre várias localiza- ções alternativas para aquela barragem, não foi

ultrapassada a fase de Avaliação de Impacto Ambiental. Identificou-se, então, a possibilidade de recorrer à albufeira do Torrão, no rio Tâmega. Porém, tendo em conta o elevado valor dos cus- tos de investimento e de exploração previstos para esta solução, também esta hipótese foi aban- donada.

O novo projecto, conforme referido no ponto 3.5, que procura assegurar o abastecimento à região em caso de emergência, consiste em:

› interligar o sistema da Área Sul do Grande Porto

ao sistema da zona Norte do Grande Porto explo- rado pela Águas do Cávado AS e com origem no rio Cávado;

› interligar o subsistema de Lever ao subsistema do

Vale do Sousa, com origem principal no rio Paiva;

› reabilitar e viabilizar as antigas captações à cidade

do Porto, com origem no rio Sousa.

Entre 2003 e 2005, o consumo de energia eléctri- ca variou entre os 94.404 MWh e os 101.538 MWh11, sendo que 5 instalações (ETA de Lever e

as Estações Elevatórias de Lever Jusante, de Lever

Montante, Jovim e da Ponte da Bateira), por si só, representaram cerca de 90% do consumo total de energia eléctrica da empresa.

6.2. Consumo de Energia

Para captar, tratar e transportar a água até aos Clientes é necessário o consumo de grandes quan- tidades de energia eléctrica.

10 Os consumos de energia eléctrica aqui apresentados referem-se a Alta e Média Tensão, dado que os consumos de Baixa Tensão (BT) e Baixa Tensão Especial (BTE) são apenas contabilizados em termos de custo. De qualquer forma, em termos de custo, a BT e a BTE representam uma per- centagem muito baixa do valor de custo total de energia (3,0% em 2003; 5,6% em 2004; 1,2% em 2005), pelo que se considera que os consumos a estas tensões são negligenciáveis.

11 À data de encerramento deste Relatório faltava ainda receber uma factura do fornecedor de energia eléctrica que, assim, não foi contabilizado no valor de 2005. Contudo, o valor desse consumo estima-se ser marginal em relação ao valor global de consumo de energia eléctrica.

Relacionando a quantidade de energia eléctrica consumida com a quantidade de água distribuída, é possível observar um ligeiro aumento da energia

consumida para a distribuição da mesma quantida- de de água.

Aquele aumento justifica-se por alterações no regi- me de exploração (complementos de tratamento e o reforço do abastecimento a cotas mais altas) e tem sido atenuado por medidas de melhoria da eficiência energética do sistema, das quais se desta- cam:

› Realização de Auditorias Energéticas às instala-

ções com maior consumo de energia e a elabora- ção de um Plano de Gestão de Energia;

› Instalação de contadores nas principais Estações

Elevatórias para medição, em paralelo com os medidores de caudal e em tempo real, dos consu- mos de energia;

› Alteração dos regimes de bombagem de forma a

desviar os consumos das horas de custo mais ele- vado, recorrendo às potencialidades do sistema de telegestão e àquelas que a própria rede confere actualmente (capacidades instaladas e reservas);

› Controlo dos rendimentos efectivos dos grupos

de bombagem e definição de medidas correctivas;

› Análises sistemáticas de eficiência, utilizando o sis-

tema de telegestão, de forma a definir novas medi- das e a avaliar os seus resultados.

Em 2005, as medidas preconizadas focaram-se sobretudo nas instalações de Lever e de Jovim, tendo-se conseguido reduzir a bombagem em horas de ponta de Lever para o reservatório de Jovim. Esta medida foi alcançada utilizando a reser- va disponível no reservatório de Lagoa que, sendo previamente cheio em horas de custo energético

inferior, consegue depois abastecer Jovim gravitica- mente. A medida anterior permitiu reduzir o indi- cador de custo de energia por metro cúbico de água elevado na ETA de Lever. Para além das evi- dentes vantagens económico-financeiras, o desvio de consumos do período de ponta é benéfico para o sistema nacional de energia e reduz os impactos ambientais negativos associados à produção daquela energia.

É de notar que o esforço desenvolvido de aumen- to da eficiência energética é realizado num contex- to em que a empresa, em termos globais, apresen- ta já um valor, no indicador do IRAR que mede a eficiência energética nas instalações elevatórias, abaixo do valor referência apresentado por aquele instituto (0,4 kWh/m3/100m).

A AdDP tem também mantido um controlo rigo- roso do consumo de energia reactiva pelo que, no ano que aqui se reporta, os 1.313 MVARh, de

Em 2005, por cada kWh de

No documento Acta n.º (páginas 164-168)

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