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Partes do Livro O Místico misticismo na prática, não brinque com fogo! COMUNICAÇÃO COM OS MORTOS

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Academic year: 2021

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Partes do Livro

O Místico – misticismo na prática, não brinque com fogo!

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COMUNICAÇÃO COM OS MORTOS

A alma é a essência do ser humano. O corpo é seu receptáculo temporário. Após deixá-lo, a alma passará por um longo processo. O capítulo “Os Caminhos da Alma” abordará este trajeto de forma mais abrangente. Por agora, tomemos apenas a definição básica de que existem quatro tipos principais de seres humanos. O processo de separação entre corpo e alma é distinto em cada caso, de acordo com o nível espiritual de cada um. Aquele que cometeu muitas transgressões durante seu tempo de vida terá que vagar pelo plano das almas, passando por um processo mais longo de refinamento. Em geral, essas são as almas errantes que encontram-se mais acessíveis àqueles que ousam comunicar-se com espíritos de pessoas que já faleceram.

A nenhum médium foi outorgada a força espiritual necessária para invocar uma alma elevada, de natureza boa e íntegra. Porém, toda alma possui uma parte inferior — denominada “Hevel de Garmi” (Ets Chaim P.22,82) — que permanece no túmulo apegada aos ossos após o falecimento. Um médium terá autorização para entrar em contato somente com esta porção da alma, e o fará através de uma magia que se alimenta de forças de impureza. A Torá proíbe esta prática, conforme consta no livro Deuteronômio (Devarim 18, 11): “...Não se encontrará entre vocês a [prática de] comunicação com os mortos”.

Por necessitar de alguma ajuda, ou por qualquer outro motivo, a alma de alguém que já faleceu pode desejar comunicar-se com alguém que está vivo. Conforme conta o Midrash, certa vez Rabi Akiva estava em um cemitério, quando a alma de uma pessoa muito sofrida revelou-se para falar com ele. Rabi Akiva entendeu de imediato que lhe fora concedida a permissão de ajudar esta alma a encontrar paz espiritual. O sábio então preocupou-se em saber algumas informações a seu respeito para que pudesse ajudá-la. Neste caso, a experiência de Rabi Akiva ocorreu sem que ele se esforçasse para que a alma viesse ao seu encontro, portanto lhe foi permitida.

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A alma de alguém que falece pode revelar-se através de um sonho para um conhecido. Aquele que sonha com seu ente querido deve analisar as circunstâncias nas quais se encontra a pessoa ao revelar-se. Caso não apresente uma boa aparência, é sinal de que está pedindo para ser ajudada. Neste caso, aquele que sonhou poderá ajudá-la cumprindo atos para a elevação de sua alma. Poderá, por exemplo, praticar benevolências, rezar ou estudar Torá em seu mérito. Se a pessoa encontrar-se em bom estado, a revelação no sonho possivelmente será apenas para informar que está tudo bem, e desta forma consolar o ente querido que estaria ainda sofrendo pela sua morte. Ou ainda, o motivo para tal revelação seria para mostrar que permanece unido, apoiando a família em algum outro aspecto.

Não se deve fazer nenhum pedido a uma pessoa que já faleceu. Portanto, aquele que decidir orar perante o túmulo de algum sábio, um justo — denominado tzadik — deverá dirigir seus pedidos somente a Deus, e não ao tzadik sepultado neste local (Ben Ish Chai, Rav Pealim Y”D P.2,31; Igrót Moshe, Kitsur Shulchan Aruch 128,13). A maneira adequada de fazê-lo é pedir ajuda a Deus, pelo mérito deste tzadik (Kitsur Shulchan Aruch). “O jogo do copo”

O sábio Yossef Chaim Z"l (Cabalista consagrado que viveu em Bagdá no final do século XIX, mais conhecido como Ben Ish Chai) explica em seu livro Yedei Chaim (pág.77) que — embora seja proibido segundo as leis da Torá — seria possível, segundo as leis da metafísica, comunicar-se com o espírito de alguém que já faleceu. Para tal fim, pode ser utilizado um objeto qualquer, com letras grafadas ao seu redor como veículo para a comunicação. Ele ensina, enfatizando que esta prática é proibida, que para fazer contato é necessário concentrar-se exclusivamente neste objeto e, ao sinal de instabilidade no objeto, verifica-se a presença do espírito invocado. Neste momento o espírito responderá qualquer pergunta, e esta será respondida através das letras no seu entorno. O participante conecta-se com o espírito invocado através da força de seu pensamento, canalizada para o objeto em questão, e a comunicação verbal entre eles se dá a partir de cada movimento deste objeto.

Como esta prática funciona?

Ao concentrar-se total e exclusivamente em apenas um objeto, desejando que ele seja o receptáculo de uma entidade incorpórea, cria-se uma força espiritual que transcende a própria fonte do pensamento. Esta força pode invocar o espírito com o qual se deseja comunicar, porém, uma vez que esta foge ao controle daquele que a gerou,

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pode também invocar qualquer espírito errante que encontre-se no plano dimensional mais inferior e ligado às esferas mais terrenas.

O Ben Ish Chai descreve, neste mesmo livro, outras variáveis e maneiras diversas de comunicação com espíritos inferiores, em que se permite obter informações que não estariam ao alcance de um indivíduo de forma natural. Ele pontua, citando o nome do Sábio Yaakov Chaim Z"l: “Esta prática é expressamente proibida segundo as

leis da Torá”. Descreve também que, além de transgredir as leis da Torá, este ritual

normalmente causa um desgaste físico e espiritual muito grande àqueles que invocaram o espírito, variando de acordo com a resistência de cada um.

O sábio também nos adverte de que as informações adquiridas desta forma nem sempre são claras e tampouco deve-se conferi-las tanta credibilidade, já que espíritos menos elevados podem relatar mentiras. Ele afirma ainda que, ao perguntar-se a qualquer espírito a respeito da chegada do Messias, nenhum deles terá permissão de responder.

Na realidade seria possível auferir de textos ancestrais que os Hebreus já teriam acesso a este conhecimento há milhares de anos, através do Profeta Hoshéa (Oséias 4,12, Israel, Século VIII A.E.C.) — ele descreve a manipulação destas forças e enfatiza que não devemos fazê-lo, uma vez que o prejuízo espiritual seria muito grande.

Existem outras maneiras de canalizar a força do pensamento através de objetos ou seres vivos como, por exemplo, a sabedoria contida no “verdadeiro sorteio da areia”, prática já conhecida na época do Patriarca Avraham (Abraão). O Ben Ish Chai o traz explicado em detalhes no livro Yedei Chaim. Este é provavelmente o princípio utilizado, canalizando energias menos elevadas, em todos os métodos de especulação tais como a bola de cristal e “sorteios”, como os búzios, cartas e afins.

De fato, assim escreveu o Rambam — o famoso Sábio, médico e filósofo Maimônides, do século XIII — enumerando os métodos para investigar o futuro, proibidos pelas leis da Torá: “...alguém que conseguir esvaziar os seus pensamentos até um certo ponto, poderá revelar futuros acontecimentos, ou revelar o caminho a ser seguido, através de areia ou de pedras, ou mesmo através de imagens em metais ou em um vaso de vidro, usando o poder da mente para revelar o futuro” (Leis de A”Z 11,6).

“Eu posso responder somente segundo a minha concepção – até onde o meu conhecimento alcançar... Vocês somente conhecem o que vocês vêem, escutam e sentem. Vocês devem acreditar que existem outros mundos — de fato — mais refinados do que o mundo

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físico... vocês não terão como imaginar... este é o mundo que cheguei após o processo que vocês chamam de morte... um mundo muito real...” (Trechos do relato de um espirito — através do jogo do copo – escrito pelo pesquisador inglês Arthur Findlay em seu livro Sobre o Limite Espiritual, 108).

Incorporação

Vagar pelo mundo causa uma grande dose de sofrimento ao espírito (Shaarei Emuná 128 com.2; Bereshit Chochmá) — tema que será citado posteriormente no capítulo “Os caminhos da alma”, no que diz respeito à retificação. A alma que é incorporada em uma pessoa ou objeto geralmente pertence ao grupo de almas errantes. O processo de transferência da alma para um objeto implica em um sofrimento relativo, porém a própria incorporação proporciona um alívio generalizado para a experiência de dor e aflição de uma alma que está vagando. Porém, imediatamente ao sair do objeto onde a alma foi incorporada, ela retorna ao estado inicial, carregando novamente todo o seu sofrimento. Mesmo quando o espírito tem a permissão de encarnar em algum objeto, ele é obrigado a sair esporadicamente para dar seqüência ao seu processo individual de retificação (Shaarei Emuná em nome do Ari Z"l).

“O espírito incorporado gritava de vez em quando, fazia um escândalo, todos tremiam de medo; falava que entidades espirituais impuras estavam esperando por ele do lado de fora do corpo – “eles me causam muito sofrimento” (Relato do Rabeinu Eliahu Lupian em nome do pai da mulher incorporada por um espirito em Kelem; Shaarei Emuná cap.2, página 143).

Como é este sofrimento?

O livro Michtav MeEliahu (Parte 2, página 62) explica que a morte não altera os valores que foram construídos em vida. Aquele que, durante a vida, vinculou-se aos prazeres mais mundanos, ao deixar o corpo sua alma segue conectada aos mesmos. Seus desejos eram realizáveis antes através do corpo, e permanecerão presentes mesmo que já não esteja ao seu alcance saciá-los. Na ausência da existência corpórea, e na impossibilidade de satisfazer estes desejos, que seguem crescendo, esta alma transforma-se em um receptáculo vazio e sedento.

A alma segue procurando alívio para sua dor, e continua sem poder encontrar o que está procurando. Uma solução temporária que funciona como um paliativo instantâneo é a incorporação em algum objeto ou em um corpo.

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Existem relatos de centros espíritas onde há médiuns que praticam a incorporação de espíritos por vontade própria e que no momento em que estão incorporados, eles geralmente fumam e bebem exageradamente. Caso esta informação seja verdadeira, ela permanece coerente com a explicação supracitada. As almas que procuram ser incorporadas são de baixo nível espiritual — e por isso, provavelmente, teriam pertencido a viciados em cigarro, drogas, ou bebidas alcoólicas. Ao deixar este mundo, a necessidade de fumar e beber cresce, e no ritual da incorporação estas almas encontram a chance de consumir seus objetos de desejo.

“Após explicar o grande sofrimento em que se encontrava, o espirito encarnado começou a falar besteiras, palavras sujas; as pessoas inclusive fechavam os ouvidas para não escutar... perguntaram ao espirito: “Como pode ser, há uns poucos momentos atrás você estava gritando, pedindo ajuda pelo sofrimento que se encontrava; e agora você já está falando besteiras e palavras sujas?!

O espirito respondeu: “Saibam que, caso a pessoa não se arrependa de suas transgressões (aprimorando-se) estando em vida, a alma dela – lá em cima – deseja o mau como desejava embaixo” (Relato do Rabeinu Eliahu Lupian em nome do pai da mulher incorporada por um espirito em Kelem; Shaarei Emuná cap.2, página 143).

ÍNDICE

COMUNICAÇÃO COM OS MORTOS ... 11

“O Jogo do Copo” ... 14

Incorporação ... 17 O SONHO ... 20 O TEMPO DE VIDA ... 26 A ALMA GÊMEA ... 30 INVESTIGAR O FUTURO ... 34 Sorteios ... 35 ASTROLOGIA ... 38

A Influência dos Astros ... 40

QUIROMANCIA ... 48

CRENÇAS VÃS E SUPERSTIÇÕES ... 51

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MAGIA ... 62

CURA ATRAVÉS DE FORÇAS SOBRENATURAIS .... 66

A AURA ... 68

VIAGEM ASTRAL ... 70

OS CAMINHOS DA ALMA ... 73

O Nascimento ... 73

A Vida Neste Mundo ... 75

A Separação entre Corpo e Alma ... 78

O Julgamento ... 83

A Restauração ... 89

A Condição da Alma no mundo Espiritual .... 91

A Perpetuidade da Alma ... 94

A REENCARNAÇÃO ... 97

CONCEITOS ... 104

A Visão do Rambam (Maimônides) ... 104

As Forças Espirituais ... 105

O Arrependimento ... 108

A Origem da Magia ... 110

A Origem da Idolatria ... 113

A Cabalá ... 115

O Tempo de Existência do Mundo ... 117

E ENTÃO... ... 120 Para comprar o livro completo clique aqui:

Referências

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