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A SAÚDE E SUAS RELAÇÕES COM A BIODIVERSIDADE, A PESCA E A PAISAGEM EM DUAS COMUNIDADES DE PESCADORES ARTESANAIS NO LITORAL DO PARANÁ.

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PAULO ROGERIO MANGINI

A SAÚDE E SUAS RELAÇÕES COM A BIODIVERSIDADE, A

PESCA E A PAISAGEM EM DUAS COMUNIDADES DE

PESCADORES ARTESANAIS NO LITORAL DO PARANÁ

.

Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná como pré-requisito à obtenção do título de Doutor.

Orientadores: Prof. José Milton Andriguetto Filho e Profa. Eleusis Ronconi de Nazareno

CURITIBA 2010

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Livros Grátis

http://www.livrosgratis.com.br

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PAULO ROGERIO MANGINI

A SAÚDE E SUAS RELAÇÕES COM A BIODIVERSIDADE, A PESCA E

A PAISAGEM EM DUAS COMUNIDADES DE PESCADORES

ARTESANAIS NO LITORAL DO PARANÁ

Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná como pré-requisito à obtenção do título de Doutor.

Orientadores: Prof. José Milton Andriguetto Filho e Profa. Eleusis Ronconi de Nazareno

CURITIBA 2010

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Dedico primeiro a Toda Minha Família… Em especial … Ao vô Cindo, que foi marceneiro e caçador, ao vô Paulino, que foi barbeiro no interior (ou seja, quase médico)… deles herdei algumas habilidades; às minhas Avós, Titina e Madalena; e finalmente à Paulinha, ao Claudio, ao meu Pai e minha Mãe, sem essas pessoas todas eu não teria os valores necessários, nem a firme certeza de que para levar a vida devemos apenas fazer o que gostamos de fazer…

Depois, aos que entendem que não podemos deixar essa herança... … … … learn too late the simple, karmic law of ecology: all is interdependent and all is interconnected. As bad philosophers continued to debate whether humans beings were part of nature or his butcher, a spiral of dreadful causation erased this illusory dualism, and it became evident that destiny of humanity on Earth was to be both, victim and executioner of creation. At the end all earthly beings became joined in an intimate, slow dance of death (Michael Soulé, 2002).

"O saber, a gente aprende com os mestres e com os livros... A sabedoria... se aprende é com a vida e com os humildes..." (Cora Coralina)

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AGRADECIMENTOS

Primeiro agradeço...

Ao meu orientador Prof. José Milton Andriguetto Filho, que deu um apoio fundamental, orientando no meio de alguma confusão, conduzindo boas discussões teóricas, pela confiança na equipe, pela liberdade que nos deu pra criar esse modelo e por todo o apoio imprescindível na reta final desse trabalho.

À Prof. Eleusis Ronconi de Nazareno, minha co-orientadora, e aos demais professores do MADE que contribuíram direta ou indiretamente para o andamento desse trabalho.

Ao todos os colegas da Turma 7 do MADE, pelas ajudas, troca de informações e pela experiência interdisciplinar. A Stela, que nos trouxe uma nova visão sobre as coisas entre sociedade e natureza. Tivemos boas discussões e quase conseguimos fazer esse trabalho um pouco mais transdisciplinar.

Aos todos os Moradores e Pescadores das Vilas do Superagui e do Ararapira, que foram bastante receptivos e hospitaleiros, e tiveram prazer em parar o que estavam fazendo pra conversar com a gente, também ao Sr. Rubens e Sr. Herundino sempre dispostos a colaborar.

Ao pessoal da vila de Barrancos, Fico, Taíco e Maíco, que sempre arranjam um jeito de nos levar até Currais, e Sr. Jair pelas valiosas informações complementares.

Ao Laboratório de Ornitologia do CEM/UFPR pelo apoio logístico, e de pessoal e pelos dados fundamentais sobre aves no litoral do Paraná.

À WCS – Pelo suporte financeiro, e ao desenvolvimento de pesquisas e projetos na área de Saúde e Conservação por meio do Programa One World One Health, que forneceu o Seed Money fundamental para iniciarmos os trabalhos aqui no Litoral do Paraná. Em especial aos amigos Billy Karesh e Marcy Uhart, que sempre foram companheiros apoiando algumas das minhas idéias, e à Flavia Miranda pelo amplo apoio a essa atual parceria.

Ao ICMBIO – e a figura do Diretor do PARNA do Superagui, Marcelo, que sempre viabilizou nossa estada na ilha, disponibilizando o alojamento e também pelo apoio ao projeto, por meio das licenças ambientais.

Ao CNPq pelo apoio financeiro ao pesquisador durante 20 meses desse trabalho e Ao MADE que possibilitou essa ajuda.

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iv À Tríade – Pelo apoio institucional, em particular aos amigos Jean, Fernanda, Kadu, Juliana e Cláudia que em muitas ocasiões correram para ajudar a resolver os entraves burocráticos, mas, sobretudo por serem companheiros pelos mesmos ideais dentro da Medicina da Conservação. Ao IPÊ – Por ser a instituição, a família de amigos, que me ajudou muito a entender e pensar de forma interdisciplinar, sem a experiência do Pontal do Paranapanema eu não teria alcançado muito do que tenho hoje. Para esse trabalho em particular, agradeço ao Beto Malheiros que cedeu a base de dados do projeto de gestão participativa da pesca, referente às vilas de Ararapira e Superagui.

Depois, porém nada menos importante, agradeço às meninas...

À Cris, minha Pequena, que fez de tudo um pouco para me ajudar a terminar esse trabalho, compilando dados, ajudando com resumos, coletando amostras, capturando aves, mamíferos e micuins... além de ser a pessoa que se preocupa, se dedica e sempre está lá por mim, e pelas pessoas de quem gosta.

À Paulinha, minha irmãzinha, que ajudou um bocado em campo várias vezes e no laboratório contando aquelas células e me ensinando, e por sempre ter tempo pra ajudar quando eu preciso. À Val, minha filha adotiva, que teve que adivinhar que parasitos eram aqueles (sem chance de eu aprender a fazer isso) e por sempre ter tempo pra ajudar quando eu preciso.

Às meninas do Lab de Ornito: Ana, Lu, Ju, Vivi, Elise, Mai e Dani que deram ajudas valiosas tanto em campo, quanto na hora de tabular aqueles dados todos! Mas principalmente por serem boas companheiras, competentes e bem humoradas.

À todas as meninas do Vida Livre, parte da minha família, Pê, Marcinha, May, Aline, Val e Paulinha que, mesmo de longe, muitas vezes me ajudaram também com uma série de pequenas ajudas fundamentais.

À minha pupila, Lets, que foi um dos meus estímulos pra dar este passo e que também passou pelo mesmo aperto que eu, ao mesmo tempo, mas terminou uns dias depois.

À Fufi, minha ―Afilhadinha‖, Patrícia Medici, que sempre me apoia, ou critica quando preciso, e que passou ao mesmo tempo pelo mesmo aperto que eu... mas terminou uns dias antes. Por conta da nossa parceria de trabalho de longa data, juntos aprendemos muitas coisas importantes sobre conservação da natureza e o trabalho em campo, e sobre amizades verdadeiras. Sem o exemplo da minha Afilhadinha sobre organização, dedicação e de como traçar e perseguir as metas necessárias a um trabalho de sucesso, muito do que fiz profissionalmente seria certamente diferente.

Agora os rapazes...

Ao meu Amigo e Comparsa, Ricardo Krul, o Pescadô. Sem esse parceiro essa tese não existiria! Aprendi muito durante esse trabalho. Além disso, hospedagem, churrascos, peixada em Currais, pescaria de albatroz, e muitas outras parcerias bem sucedidas, e outras que estão por vir,

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v passarinhada na vila abandonada do Ararapira, Saint-Hilaire Lange, os maçaricos, e algumas consultorias e sem esquecer aquela coleta na Ilha das Palmas...

Ao Amigo Zé Milton que nos apoiou muitas vezes mais do que um orientador teria apoiado. Ao Amigo JC que tenho certeza que se divertiu muito indo pra campo e de quebra foi uma grande ajuda nas coletas.

Ao amigo Arnaud Desbiez que deu valiosos conselhos sobre a finalidade de uma tese.

Ao meu amigo a toda a prova, o Fabiano, que em 1989 resolveu conhecer melhor aquele sujeito de boné amarelo que estava sempre conversando com as meninas. Sem essa amizade, eu sei que teria estudado menos, e não sei se teria explorado essa saudável inquietação que me fez aproveitar muito melhor a graduação e o mestrado, e que me trouxe até esta etapa.

Ao meu Mestre, Pachaly, que também lá em 1990 resolveu que iria ajudar aquele moleque que queria organizar um curso de selvagens na semana acadêmica. Sem esse amigo, o seu exemplo de profissional, suas dicas e orientações, e o apoio em todas as horas, o caminho teria sido totalmente outro.

Ao Espiga, Maurício Barbanti, também um dos meus mestres, com quem aprendi muito, ainda nas épocas de estagiário, em 1992, e nas muitas conversas depois disso. Essa etapa acadêmica que se completa agora ainda guarda um tanto dessa influência. Sobretudo pelos exemplos da visão de cientista, de conservacionista e a dedicação ao trabalho.

Ao Wanderlei de Moraes, mais um dos meus mestres, com quem também aprendi muito, ainda nas épocas de estagiário, em 1993. O que aprendi lá na Itaipu Binacional e o exemplo entusiasmado e dedicado do Wander, estruturando e gerenciando aquele criadouro de fauna selvagem, certamente me ajudaram muito a gerenciar uma parcela importante das minhas atividades profissionais, a qual sempre foi economicamente relevante, e em última estância responsável por parte da minha sobrevivência durante o doutorado.

A todos os colegas e amigos da MAD_7, a melhor experiência interdisciplinar foi por conta do chimarrão, conversa na sala de aula, churrasco, festa na casa da Beth e na chácara do Gustavo, e toda a camaradagem que só tem quem senta nas cadeiras dos alunos.

A todos os outros Professores e Mestres que me deram censo crítico e me ensinaram como olhar, ler e escrever.

Ao apoio de todas as minhas famílias: Parentes, Vida Livre, IPÊ, TRÍADE e Lab.

Finalmente, às propriedades emergentes dos sistemas sem isso nada seríamos e essa tese, em especial, seria totalmente diferente...

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APRESENTAÇÃO

A presente tese aborda temas relevantes para o entendimento dos sistemas socioambientais, com atenção especial às interações entre natureza e sociedade, a partir de um modelo de estudo desenvolvido de forma interdisciplinar. O estudo aqui apresentado resulta das discussões e reflexões teóricas desenvolvidas dentro da linha de pesquisa: ―Dinâmicas Naturais dos Ambientes Costeiros: Usos e Conflitos‖, da sétima turma do Curso de Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná. Este programa de doutorado também tem como intenção promover a interação entre profissionais formados em diferentes áreas específicas do conhecimento, buscando identificação de problemas e elaboração de soluções para questões complexas atreladas ao meio ambiente e o desenvolvimento. Dentro deste contexto, o foco da discussão que originou o presente trabalho esteve direcionado às inter-relações entre a paisagem, a pesca, a biodiversidade e a saúde, considerando as atividades da sociedade, como sendo práticas de fundo material capazes de interferir no curso dessas inter-relações. Os sistemas socioambientais escolhidos para o desenvolvimento dos estudos de campo foram comunidades de pescadores do litoral do Paraná. A metodologia do estudo enfocou primariamente as implicações ambientais decorrentes dos processos de uso e ocupação de parte da faixa litorânea do estado, e foi empregada para recolher os dados necessários ao desenvolvimento de duas teses desse programa de doutoramento, desenvolvidas sob o mesmo tema. Estas teses em parte se sobrepõem, pois se utilizam do mesmo conjunto de conceitos, que originou um modelo de estudo comum aos dois trabalhos. Adicionalmente, durante a discussão dos resultados ambos os trabalhos empregaram um enfoque interdisciplinar, considerando de forma concomitante aspectos relevantes da saúde ambiental e da diversidade biológica, o que levou a uma análise integrada dos principais indicadores das relações entre paisagem, pesca, biodiversidade e saúde. Porém, as duas teses diferem substancialmente quanto ao enfoque dado aos temas saúde e biodiversidade, sobretudo na discussão referente à complexidade destes temas para o entendimento dos sistemas socioambientais, representados pelas duas comunidades em estudo.

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RESUMO

O presente estudo teve como objetivo geral avaliar as relações entre paisagem, pesca, biodiversidade e saúde, considerando as atividades da sociedade como práticas capazes de interferir no curso dessas interações. Os sistemas socioambientais escolhidos para os estudos de campo foram duas comunidades de pescadores artesanais, Barra do

Superagui e Barra do Ararapira localizadas no Parque Nacional do Superagui – litoral do

Paraná. O método de pesquisa aqui utilizado abordou 45 variáveis, que compreenderam: 1) Temas da Paisagem como condições de urbanização e tamanho das comunidades; saneamento; uso de recursos naturais; e perfil das frotas pesqueiras; 2) Temas relativos à Pesca como artes de pesca; recursos utilizados e a produção de rejeitos; 3) Temas referentes à biodiversidade abordando aves associadas aos ecossistemas florestais e marinhos; e 4) Temas referentes à Saúde, como acesso aos serviços de saúde disponível nas comunidades; condições de saúde e manejo de animais domésticos; estado de saúde e perfil parasitário de aves associadas aos ecossistemas florestais e estado de saúde das aves marinhas. Os resultados obtidos a partir das variáveis analisadas possibilitaram caracterizar as comunidades em estudo, bem como alimentar um modelo de análise que se mostrou capaz de determinar a relevância das interações entre saúde, biodiversidade, pesca e paisagem, e ainda relevar o nexo dessas relações, mediadas pelas práticas materiais. O tamanho das comunidades pesqueiras, as práticas atuais associadas às atividades de pesca, o extrativismo e uso dos espaços físicos demonstraram influenciar a Saúde e a Biodiversidade. A atividade da pesca de arrasto do camarão demonstrou impactos positivos sobre as aves associadas ao ecossistema marinho, principalmente gaivotas (Larus dominicanus) e atobás (Sula leucogaster). Por outro lado, foi comprovado que os períodos de defeso podem acarretar severa depressão nas populações de aves, o que indica que a pesca de arrasto altera a dinâmica dessas populações. Também se observou que as comunidades de pescadores influenciaram de forma negativa a Saúde e a Biodiversidade das aves associadas ao ecossistema florestal, devido principalmente aos impactos causados pelas características demográficas das vilas de pescadores, seus animais domésticos e a distribuição das suas moradias. O perfil de saúde das aves apresentou-se intimamente relacionado com impactos sobre a diversidade e distribuição ecológica dessas aves dentro de guildas ambientais e alimentares. Assim, concluiu-se que o modelo de estudo elaborado para este estudo indicou que, nas duas comunidades em estudo, as práticas materiais relativas às atividades de pesca, extrativismo, e uso do espaço físico influenciam a Saúde e a Biodiversidade. Atuando de forma positiva sobre o estado atual da população de aves associadas ao ecossistema marinho e de forma negativa sobre as aves associadas ao ecossistema florestal.

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ABSTRACT

The present study had as general goal to evaluate the relationships among landscape, fishing, biodiversity and health, considering the activities of the society as practices that are able to interfere in the course of these interactions. The social-environmental systems chosen for the field studies were two communities of traditional fishermen, Barra do

Superagui and Barra do Ararapira located in Superagui's Park National – Paraná's Coast,

Brasil. The research methodology used 45 variables, which boarded: 1) Landscape themes as urbanization characteristics and communities' size; sanitation; use of natural resources; and fishing fleet profile; 2) Fishing themes as applied fishing techniques; fishing resources used and by-catch production; 3) Biodiversity themes boarding forest and marine birds; and 4) Health themes, like access to health services; health issues and management of domestic animals; health condition and parasitic profile of forest birds and health condition of marine birds. The results enable to characterize the communities, as well as to provide an analysis model that was able to determine the relevance of the interactions among health, biodiversity, fishing and landscape, and still reveal the connection links on these relationships, mediated by the material practices. The communities' fishing size, the current material practices associated to the fishing, forest products extraction and the land use are able to influence the Health and Biodiversity. The shrimp fishing activities demonstrated positive impacts over marine birds, mostly over gulls (Larus dominicanus) and brown boobys (Sula leucogaster). On the other hand, was proved that the shrimp fishing prohibited periods can carry severe depression in the bird’s health and reproduction, which indicates that the shrimp fishing changes the dynamics of these populations. Also the fishermen communities had negative influenced on Health and Biodiversity of the forest birds, mostly due impacts on ecosystem caused by demographic characteristics of the fishermen villages, their domestic animals profile and distribution of your domiciles on landscape. The forest bird’s health profile was intimately related with impacts on the diversity and ecological distribution of these birds inside their guild. This way, it concluded that the study model elaborated for this research indicated that, in the two communities, the material practices related to fishing activities, use of forest resources, and land use produce influence on the Health and Biodiversity, acting on positive manner to the marine birds and on negative manner to the forest birds.

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A SAÚDE E SUAS RELAÇÕES COM A BIODIVERSIDADE, A

PESCA E A PAISAGEM EM DUAS COMUNIDADES DE

PESCADORES ARTESANAIS NO LITORAL DO PARANÁ

SUMÁRIO

PARECER DA BANCA EXAMINADORA ______________________________________ i AGRADECIMENTOS _____________________________________________________iii APRESENTAÇÃO ______________________________________________________ vi RESUMO ___________________________________________________________ vii ABSTRACT __________________________________________________________ viii

1 INTRODUÇÃO, HIPÓTESE e OBJETIVOS ________________________________ 1

1.1 Hipótese de estudo ________________________________________________ 5

1.2 Objetivo Geral ____________________________________________________ 5

1.3 Objetivos Específicos ______________________________________________ 5

1.3.1 Objetivos relativos à avaliação da paisagem _________________________ 5

1.3.2 Objetivos relativos à avaliação da pesca ____________________________ 6

1.3.3 Objetivos relativos à avaliação da biodiversidade ______________________ 6

1.3.4 Objetivos relativos à avaliação da saúde ____________________________ 7

1.3.5 Objetivos relativos ao modelo _____________________________________ 7

2 REFERENCIAL TEÓRICO _____________________________________________ 9

2.1 Saúde, Meio Ambiente e Biodiversidade ________________________________ 9

2.2 Biodiversidade e a Região Costeira __________________________________ 27

2.2.1 Biodiversidade de Aves_________________________________________ 28

2.2.2 Comunidade de aves associadas aos ecossistemas florestais___________ 29

2.2.3 Aves associadas aos ecossistemas marinhos _______________________ 30

2.2.4 Interação de Aves com a Pesca __________________________________ 31

2.3 Pesca _________________________________________________________ 33

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2.4.1 Unidades de Conservação ______________________________________ 41

3 DESENVOLVIMENTO DO MODELO CONCEITUAL DE ESTUDO _____________ 44

3.1 Oficinas de Pesquisa: Identificação de um tema de pesquisa conjunto _______ 44

3.2 Desenvolvimento de um modelo interdisciplinar de avaliação das relações

natureza e sociedade em comunidades de pescadores artesanais _______________ 44

4 MATERIAL E MÉTODOS _____________________________________________ 52

4.1 Local de Estudo __________________________________________________ 52

4.2 Modelos de Coleta de Dados _______________________________________ 54

4.3 Coleta de Dados Referentes à Paisagem ______________________________ 54

4.3.1 Moradias, Urbanização e Vias de Acesso___________________________ 55

4.3.2 Resíduos e Saneamento________________________________________ 56

4.3.3 Uso de Recursos Naturais ______________________________________ 57

4.3.4 Frota pesqueira _______________________________________________ 58

4.4 Coleta de Dados Referentes às Práticas Pesqueiras _____________________ 58

4.4.1 Artes de Pesca; Recursos Utilizados e Rejeitos ______________________ 58

4.5 Coleta de Dados Referentes à Biodiversidade __________________________ 60

4.5.1 Aves Associadas a Ecossistemas Florestais ________________________ 60

4.5.2 Aves Associadas aos Ecossistemas Marinhos _______________________ 62

4.6 Coleta de Dados Referentes à Saúde _________________________________ 62

4.6.1 Acesso aos Serviços de Saúde __________________________________ 64

4.6.2 Condições de saúde e manejo dos animais domésticos _______________ 64

4.6.3 Estado Físico-Clínico e o Perfil Parasitário das Aves Associadas aos

Ecossistemas Florestais ______________________________________________ 64

4.6.4 Estado Físico-Clínico das Aves Associadas aos Ecossistemas Marinhos __ 70

4.7 Procedimentos de Análise dos Dados _________________________________ 72

5 RESULTADOS _____________________________________________________ 74

5.1 Paisagem_______________________________________________________ 74

5.1.1 Moradias, Urbanização e Vias de Acesso___________________________ 74

5.1.2 Resíduos e Saneamento________________________________________ 84

5.1.3 Uso de Recursos Naturais ______________________________________ 93

5.1.4 Frota Pesqueira _____________________________________________ 100

5.2 Pesca ________________________________________________________ 102

5.2.1 Artes de Pesca ______________________________________________ 102

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5.2.3 Rejeitos ____________________________________________________ 130

5.2.4 Destino do pescado __________________________________________ 140

5.3 Biodiversidade __________________________________________________ 143

5.3.1 Aves Associadas aos Ecossistemas Florestais _____________________ 143

5.3.2 Aves Associadas aos Ecossistemas Marinhos ______________________ 157

5.4 Saúde ________________________________________________________ 165

5.4.1 Acesso aos Serviços de Saúde _________________________________ 165

5.4.2 Condições de Saúde e Manejo Animais Domésticos _________________ 167

5.4.3 Estado Físico-Clínico e Perfil Parasitário das Aves Associadas aos

Ecossistemas Florestais _____________________________________________ 172

5.4.4 Estado Físico-Clínico das aves Associadas aos Ecossistemas Marinhos _ 187

6 DISCUSSÃO ______________________________________________________ 197

6.1 Matrizes de Variáveis ____________________________________________ 197

6.1.1 A Saúde e a Diversidade de Aves Marinhas, a Paisagem e as Atividades

Pesqueiras _______________________________________________________ 204

6.1.2 A Saúde e a Diversidade de Aves Florestais, a Paisagem Terrestre e o

Extrativismo _______________________________________________________ 220

7 CONCLUSÕES ____________________________________________________ 233

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ____________________________________ 237

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Diagrama conceitual da interação entre saúde animal, humana e do ecossistema proposto inicialmente como base para ações em medicina da conservação (Ilustração: Paulo Rogerio Mangini). __________________________________________________ 15 Figura 2: Diagrama conceitual revisado da interação entre as diferentes esferas da saúde associadas ao ambiente, proposto como base para ações em medicina da conservação (Ilustração: Paulo Rogerio Mangini)._________________________________________ 15 Figura 3: Representação esquemática das abordagens do pensamento sobre as interseções entre saúde e ambiente, ressaltando a abordagem clínica e a funcional (Ilustração: Paulo Rogerio Mangini) _________________________________________ 18 Figura 4: Representação esquemática das relações consideradas entre variáveis relativas à Paisagem, à Pesca, à Biodiversidade e à Saúde, dadas pelas práticas materiais em comunidades pesqueiras. _________________________________________________ 46

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Figura 5: Localização das áreas de estudo (Ilustração: Paulo R Mangini, 2009 © Google Inc.: Google Earth 5.1).___________________________________________________ 52 Figura 6: Imagem fotográfica por satélite da área da Vila do Superagui (Ilustração: Paulo R Mangini / 2009 © Google Inc.: Google Earth 5.1). ____________________________ 53 Figura 7: Imagem fotográfica por satélite da área da Vila do Ararapira (Ilustração: Paulo R Mangini / 2009 © Google Inc.: Google Earth 5.1). ______________________________ 53 Figura 8: Área de estudo controle no Penedo, município de Pontal do Paraná (Ilustração: Paulo R Mangini / 2009 © Google Inc.: Google Earth 5.1). _______________________ 61 Figura 9: Localização do Arquipélago de Currais (Ilustração: Paulo R. Mangini / Imagem Satelital de 2000: INPE). _________________________________________________ 63 Figura 10: Vista do Arquipélago de Currais (Imagem: Viviane L. Carniel). ____________ 63 Figura 11: Redes de neblina para captura de aves. A) Aspecto da rede disposta no ambiente, tornando-se pouco perceptível; B) Exemplar de Thrythorus longirostris (Arapaçu) retido em uma rede de neblina (Imagens: Ana L. M. Gomes). ____________ 65 Figura 12 Avaliação física, por auscultação, em um exemplar de Patagioenas cayennensis (Pomba-galega) capturado na comunidade do Ararapira (imagem: Ana L.G. Mendes). _ 66 Figura 13: Detalhe da amostragem de ectoparasitos, em um exemplar de Turdus

amaurochalinus (sabiá-pocá), fazendo do uso de fita adesiva incolor (imagem: Juliana

Rechetelo). ____________________________________________________________ 66 Figura 14: Atividade de preparação para colheita de material biológico de aves associadas aos ecossistemas florestais, realizada no interior da base de campo temporária (Imagem: Ana L.G. Mendes). ______________________________________________________ 67 Figura 15: Colheita de amostra de sangue de um exemplar juvenil de Ramphocelus

bresilius (tié-sangue) para realização de esfregaço (imagem: Ana L.G. Mendes). _____ 67

Figura 16: Representação esquemática da secção, em plano transversal, do osso esterno (OE) e da musculatura peitoral (MP) das aves (Ilustração: Paulo Rogerio Mangini. Adaptado de Harrison e Ritchie, 1994) _______________________________________ 68 Figura 17: Réplica reduzida da ficha de campo utilizada para registro de dados de captura de Sula leucogaster. _____________________________________________________ 71 Figura 18: Detalhe da Vila do Superagui (Ilustração: Paulo R Mangini / 2009 © Google Inc.: Google Earth 5.1).___________________________________________________ 79 Figura 19: Detalhe da Vila do Ararapira (Ilustração: Paulo R Mangini / 2009 © Google Inc.: Google Earth 5.1). ______________________________________________________ 80

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Figura 20: Vias internas de deslocamento (Esquerda: Superagui; Direita: Ararapira). Observar a diferença na distribuição da vegetação e densidade das moradias entre as duas localidades (Imagens: Paulo R. Mangini). ________________________________ 80 Figura 21: Vias internas de deslocamento (Esquerda: Superagui; Direita: Ararapira). ___ 81 Figura 22: Distribuição de moradias (Esquerda: Superagui; Direita: Ararapira). _______ 81 Figura 23: Característica de distribuição das moradias e integração destas com a vegetação (Esquerda: Superagui; Direita: Ararapira) (Imagens: Ricardo Krul; Paulo R. Mangini). ______________________________________________________________ 82 Figura 24: Característica de distribuição das moradias e integração destas com a vegetação (Esquerda: Superagui; Direita: Ararapira) (Imagens: Ricardo Krul; Paulo R. Mangini). ______________________________________________________________ 82 Figura 25: Característica de distribuição das moradias e integração destas com a vegetação (Esquerda: Superagui; Direita: Ararapira) (Imagens: Paulo R. Mangini) _____ 82 Figura 26: Característica de distribuição das moradias e integração destas com a vegetação (Esquerda: Superagui; Direita: Ararapira) (Imagens: Paulo R. Mangini) _____ 83 Figura 27: Aspecto geral dos terrenos (Esquerda: Superagui; Direita: Ararapira). ______ 83 Figura 28: Vista do Canal do Superagui. À Esquerda vista do atracadouro e edificações a margem do canal. À Direita área de erosão atingindo edificações a margem do canal na porção mais noroeste da vila (Imagens: Paulo R. Mangini e Ricardo Krul). ___________ 84 Figura 29: Vista do Canal do Ararapira. À Esquerda: Ramagem seca (setas) da vegetação arrancada das margens do canal do Ararapira, devido aos processos de erosão, em alguns pontos troncos e galhos submersos servem como ponto de referência para áreas de pesca de espécies como o robalão (Centropomus undecimalis); À Direita vista do canal do Ararapira, evidenciando pontos de erosão (seta ao fundo) e deposição de sedimentos (banco de areia em primeiro plano na imagem) ao longo da área onde se estabelece a vila do Ararapira (Imagens: Ana L.M. Gomes). ____________________________________ 84 Figura 30: Prevalência de resíduos dispersos nas comunidades de Superagui e Ararapira. _____________________________________________________________________ 88 Figura 31: Distribuição qualitativa e quantitativa de resíduos dispersos nas comunidades de Superagui e Ararapira. _________________________________________________ 89 Figura 32: Barracão destinado à manutenção temporária dos resíduos sólidos recicláveis, na comunidade do Superagui (Imagem: Paulo R. Mangini). ______________________ 89 Figura 33: Acúmulo de resíduos sólidos recicláveis as margens de uma das trilhas internas na comunidade do Superagui (Imagem: Paulo R. Mangini). ________________ 89

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xiv

Figura 34: Lixeira localizada a margem da trilha que leva à praia deserta na comunidade do Superagui (Imagem: Ricardo Krul). _______________________________________ 90 Figura 35: Limpeza de pescado em Superagui (Imagem: Ricardo Krul). _____________ 90 Figura 36: Grupo de moradores em atividade de preparo de Xiphopenaeus kroyeri (camarão-sete-barbas), para armazenagem e venda (Superagui / Imagem: Paulo R. Mangini). ______________________________________________________________ 90 Figura 37: Uma das áreas utilizadas por moradores para limpeza de pescados na comunidade do Ararapira, em geral os rejeitos decorrentes da manipulação do pescado são dispostas diretamente ao solo nessa mesma área (Imagem: Paulo R. Mangini). ___ 90 Figura 38: Edificação utilizada para processamento e armazenamento de pescados, na comunidade do Superagui, sendo o principal produto manipulado o Xiphopenaeus kroyeri (camarão-sete-barbas) (Imagem: Paulo R. Mangini). ____________________________ 91 Figura 39: Tubulação, utilizada para despejo dos rejeitos da manipulação de pescados no canal do Superagui. (Imagem: Paulo R. Mangini). ______________________________ 91 Figura 40: Vista do córrego que corta a área central da comunidade do Superagui (Imagem: Paulo R. Mangini). ______________________________________________ 91 Figura 41: Resíduos presentes no córrego que corta a área central da comunidade do Superagui (Imagem: Paulo R. Mangini). ______________________________________ 91 Figura 42: Moradias localizadas as margens da área alagada na comunidade do Superagui. Com destaque para novas habitações sendo instaladas nessa parte da vila (Imagem: Paulo R. Mangini). ______________________________________________ 92 Figura 43: Área de roça abandonada no Ararapira. (Imagem: Ricardo Krul).__________ 94 Figura 44: Área de roça de mandioca no Ararapira. (Imagem: Ricardo Krul) __________ 95 Figura 45: Área de roça no Ararapira. (Imagem: Ricardo Krul). ____________________ 95 Figura 46: Exemplo de trilhas do tipo ―A‖. (Superagui / Imagens: Ricardo Krul). _______ 96 Figura 47: Exemplo de trilhas do tipo ―B‖. (Superagui / Imagens: Ricardo Krul). _______ 96 Figura 48: Exemplo de trilhas do tipo ―C‖. (Superagui / Imagens: Ricardo Krul). _______ 97 Figura 49: Exemplo de trilhas do tipo ―C‖. (Superagui / Imagens: Ricardo Krul). _______ 97 Figura 50: Exemplo de trilhas para captura de aves. (Superagui / Imagens: Ricardo Krul). _____________________________________________________________________ 98 Figura 51: Exemplo de trilhas para captura de aves. (Superagui / Imagens: Ricardo Krul). _____________________________________________________________________ 98 Figura 52: Cavidade no solo (linha tracejada) produzida como consequência da atividade de caça tendo como objetivo espécies de tatu. (Superagui / Imagem: Ricardo Krul). ___ 99

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xv

Figura 53: Exemplo de extrativismo de recursos madeireiros. (Esquerda Superagui; Direita Ararapira / Imagens: Ricardo Krul). _________________________________________ 99

Figura 54: Exemplo de extrativismo de recursos vegetais, corte de exemplar de Palmito –

Euterpes edulis. (Ararapira / Imagem: Ricardo Krul). ___________________________ 100

Figura 55: Embarcações de tábua da frota pesqueira da comunidade do Superagui (Imagem: Ricardo Krul)__________________________________________________ 101 Figura 56: Canoas da frota pesqueira da comunidade do Ararapira (Imagem: Paulo R Mangini) _____________________________________________________________ 101 Figura 57: Representações das porcentagens de utilização de tamanhos de malhas de redes de pesca nas comunidades de Ararapira, em uma avaliação geral e em mar aberto, e de Superagui. _______________________________________________________ 104 Figura 58: Peixes capturados pelos pescadores da comunidade de Superagui no ano de 2009 e a contribuição destes para o total pescado. ____________________________ 107 Figura 59: Peixes capturados pelos pescadores da comunidade de Ararapira no ano de 2009 em mar aberto e a contribuição destes para o total pescado. ________________ 108 Figura 60: Peixes capturados pelos pescadores da comunidade de Ararapira no ano de 2009 em águas protegidas e a contribuição destes para o total pescado. ___________ 108 Figura 61: Análise de proximidade (n-MDS) com base nas espécies de peixes capturadas mensalmente nas Vilas Ararapira (Rio e Mar) e Superagui, durante 2009. Os dois pontos

outliers (Superagui) apresentaram captura muito baixa (em Abril e Maio) quando

comparada aos outros meses. ____________________________________________ 109 Figura 62: Variação do número de espécies de peixes explotadas ao longo do ano de 2009 pelos pescadores das comunidades pesqueiras de Superagui e Ararapira. _____ 111 Figura 63: Representações da captura de peixes, em porcentagens do peso, ao longo do ano de 2009 nas comunidades pesqueiras de Superagui e Ararapira. _____________ 112 Figura 64: Representação gráfica da porcentagem mensal do total das capturas anuais referente aos cinco principais recursos ictíacos capturados pelos pescadores da comunidade de Superagui no ano de 2009. __________________________________ 113 Figura 65: Representação gráfica da porcentagem das capturas individuais dos cinco principais recursos ictíacos em relação à captura total mensal de peixes pela comunidade de Superagui no ano de 2009. ____________________________________________ 113 Figura 66: Representação gráfica da porcentagem das capturas individuais dos cinco principais recursos ictíacos capturados mensalmente pelos pescadores da comunidade de Ararapira em mar aberto no ano de 2009. ___________________________________ 114

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xvi

Figura 67: Representação gráfica da porcentagem das capturas individuais dos seis principais recursos ictíacos em relação à captura total mensal dos recursos pela comunidade de Ararapira no ano de 2009.___________________________________ 115 Figura 68: Representação gráfica da porcentagem das capturas individuais dos quatro principais recursos ictíacos do ambiente protegido em relação à captura individual do recurso ao longo do ano pela comunidade de Ararapira no ano de 2009. ___________ 116 Figura 69: Representação gráfica da porcentagem das capturas individuais dos quatro principais recursos ictíacos de ambiente protegido em relação à captura total mensal dos recursos pela comunidade de Ararapira no ano de 2009. _______________________ 116 Figura 70: Representação gráfica dos percentuais de captura da tainha nas duas comunidades estudadas, considerando a variação na captura da espécie nos diferentes meses (A; B; C) e a sua importância mensal frente aos demais recursos em cada mês (D; E; F) ao longo do ano de 2009. ___________________________________________ 117 Figura 71: Representação gráfica dos percentuais de captura da sororoca nas duas comunidades estudadas, considerando a variação na captura da espécie nos diferentes meses e a sua importância mensal frente aos demais recursos em cada mês ao longo do ano de 2009. __________________________________________________________ 118 Figura 72: Representação gráfica dos percentuais de captura da salteira nas duas comunidades estudadas, considerando a variação na captura da espécie nos diferentes meses e a sua importância mensal frente aos demais recursos em cada mês ao longo do ano de 2009. __________________________________________________________ 118 Figura 73: Representação gráfica dos percentuais de captura do cação nas duas comunidades estudadas, considerando a variação na captura da espécie nos diferentes meses e a sua importância mensal frente aos demais recursos em cada mês ao longo do ano de 2009. __________________________________________________________ 119 Figura 74: Representação gráfica dos percentuais de captura da membeca nas duas comunidades estudadas, considerando a variação na captura da espécie nos diferentes meses e a sua importância mensal frente aos demais recursos em cada mês ao longo do ano de 2009. __________________________________________________________ 119 Figura 75: Representação gráfica dos percentuais de captura de camarão pelas diferentes artes de pesca utilizadas pelos pescadores da comunidade de Superagui durante o ano de 2009. _____________________________________________________________ 121

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xvii

Figura 76: Representação gráfica da distribuição mensal dos percentuais dos eventos de pesca conduzidos pelas artes de pesca de arrasto, lanço, gerival e caceio direcionados ao camarão pelos pescadores da comunidade de Superagui ao longo do ano de 2009. __ 121 Figura 77: Representação gráfica da distribuição mensal dos percentuais de captura do camarão-sete-barbas e do camarão-branco durante o ano de 2009 na comunidade de Superagui. ___________________________________________________________ 122 Figura 78: Número de eventos pesqueiros empreendidos pela frota pesqueira motorizada da comunidade de Ararapira no ano de 2009. ________________________________ 124 Figura 79: Número de eventos pesqueiros empreendidos por cada embarcação da frota pesqueira da comunidade de Superagui direcionados aos camarões e aos peixes no ano de 2009. _____________________________________________________________ 124 Figura 80: Amplitude, valor médio e intervalo onde se concentram 50% dos valores dos dias trabalhados por mês pelos pescadores da comunidade de Superagui e Ararapira durante o ano de 2009.__________________________________________________ 126 Figura 81: Amplitude, valor médio e intervalo onde se concentraram 50% dos eventos de pesca efetuados pelos pescadores da comunidade de Superagui e Ararapira durante o ano de 2009. __________________________________________________________ 127 Figura 82: Distribuição mensal dos dias trabalhados na pesca de camarão na comunidade do Superagui no ano de 2009. ____________________________________________ 128 Figura 83: Média diária, desvio padrão e erro padrão dos eventos de pesca realizados pelos pescadores da comunidade de Superagui de acordo com os meses de 2009. __ 129 Figura 84: Dias trabalhados e viagens de pesca mensais realizadas pela frota da comunidade de Superagui na pesca de camarão no ano de 2009. ________________ 129 Figura 85: Representação gráfica da distribuição mensal da porcentagem de captura de peixes em arrastos conduzidos na costa paranaense entre 1999 e 2010. ___________ 136 Figura 86: Representação gráfica da distribuição mensal da porcentagem de captura de camarão em arrastos conduzidos na costa paranaense entre 1999 e 2010. _________ 137 Figura 87: Representação gráfica da proporção de captura entre camarão e peixe nos diferentes meses do ano de acordo com Krul, 1999 e Cattani, 2010. ______________ 138 Figura 88: Estimativa do observado e intervalo de confiança da curva cumulativa de espécies a partir da curva de rarefação para a comunidade de Ararapira. __________ 146 Figura 89: Estimativa do observado e intervalo de confiança da curva cumulativa de espécies a partir da curva de rarefação para a comunidade de Superagui. __________ 146

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Figura 90: Estimativa do observado e intervalo de confiança da curva cumulativa de espécies a partir da curva de rarefação para a área controle. ____________________ 147 Figura 91: Média e erros padrões do número de espécies de aves registradas nos censos conduzidos nas três áreas estudadas. ______________________________________ 148 Figura 92: Média e erros padrões das estimativas do número de indivíduos registrados nos censos conduzidos nas três áreas avaliadas. _____________________________ 148 Figura 93: Contribuição das 12 espécies de aves com os maiores índices de abundância relativa nas três áreas estudadas. _________________________________________ 149 Figura 94: Médias do comprimento padrão dos peixes consumidos por F. magnificens e S.

leucogaster ___________________________________________________________ 162

Figura 95: Médias da massa corporal dos peixes consumidos por F. magnificens e S.

leucogaster ___________________________________________________________ 162

Figura 96: Variação do número de ninhos de Sula leucogaster na Ilha Grapirá, no Arquipélago de Currais, no período de agosto de 1995 a julho de 1996 (adaptado de Krul, 1999). _______________________________________________________________ 163 Figura 97: Variação do número de ninhos de Fregata magnificens na Ilha Grapirá, no Arquipélago de Currais, no período de agosto de 1995 a julho de 1996 (adaptado de Krul, 1999). _______________________________________________________________ 164 Figura 98: Exemplar de Equus caballus apresentando sinais de déficit nutricional, com exposição evidente dos arcos costais (Superagui / Imagem: Paulo R. Mangini). ______ 170 Figura 99: Exemplares de Equus caballus, mantidos em área cercada com pastagem, apresentando bons escores corporais (Superagui / Imagem: Ricardo Krul). _________ 170 Figura 100: Estrutura utilizada para restrição de um exemplar de Equus caballus. Notadamente a estrutura apresenta condições inadequadas para manutenção satisfatória do conforto térmico do animal (Superagui / Imagem: Paulo R. Mangini). ____________ 170 Figura 101: Exemplar de Equus caballus, apresentando bom escore corporal, circulando livremente pela comunidade (Superagui / Imagem: Ricardo Krul). _________________ 170 Figura 102: Rastro de Equus caballus, observado em um das trilhas localizadas nas áreas florestadas adjacentes à comunidade, evidenciando a possibilidade de circulação e a capacidade de impacto da espécie nessas áreas (as setas indicam a marca da margem da úngula do animal no terreno arenoso; Superagui / Imagem: Ricardo Krul). _______ 171 Figura 103: Exemplar de Canis familiaris, apresentando bom escore corporal e sem sinais evidentes de problemas clínicos, esse indivíduo como a ampla maioria dos animais desta

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espécie circulam livremente pela comunidade do Superagui, e áreas adjacentes (Imagem: Paulo R. Mangini). _____________________________________________________ 171 Figura 104: Exemplar de Canis familiaris, apresentando bom escore corporal e sem sinais evidentes de problemas clínicos, esse indivíduo como a ampla maioria dos animais desta espécie circulam livremente pela comunidade do Ararapira e áreas adjacentes (Imagem: Paulo R. Mangini). _____________________________________________________ 171 Figura 105: Exemplares de Gallus gallus, em atividade de forrageamento no entremarés às margens do Canal do Ararapira (Imagem: Paulo R. Mangini). _________________ 171 Figura 106: Exemplares de Gallus gallus, retidos em galinheiro rudimentar. Situação incomum onde o proprietário dos animais mantém um sistema de confinamento para as aves domésticas. Nessa estrutura a totalidade dos animais avaliados apresentava escore corporal inadequado (Ararapira / Imagem: Paulo R. Mangini). ____________________ 172 Figura 107: Exemplares de Gallus gallus, circulando livremente pela comunidade. Situação mais comumente observada na Vila da Barra do Ararapira, onde as hortas e cultivos peridomiciliares são protegidos contra a invasão das aves domésticas (Imagem: Paulo R. Mangini). _____________________________________________________ 172 Figura 108: Evento de interação entre Gallus gallus, Felis catus e Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-preta) durante alimentação. O grupo de animais se reuniu para consumo de recursos alimentares provenientes de rejeitos da atividade de pesca (Ararapira / Imagem: Paulo R. Mangini). ____________________________________ 172 Figura 109: Prevalência do grau de infestação por ectoparasitos em aves nas comunidades do Superagui e Ararapira. ____________________________________ 176 Figura 110: Média do grau de infestação por ectoparasitos em aves nas comunidades do Superagui e Ararapira. __________________________________________________ 177 Figura 111: Mediana do grau de infestação por ectoparasitos em aves nas comunidades do Superagui e Ararapira. ________________________________________________ 177 Figura 112: Grau de infestação por ectoparasitos segundo o estado clínico das aves nas comunidades do Ararapira e do Superagui. __________________________________ 178 Figura 113: Grau de infestação por ectoparasitos e do estado clínico de aves conforme sítio amostral. _________________________________________________________ 179 Figura 114: Microfilária observada em esfregaço sanguíneo de Turdus amaurochalinus, capturado na comunidade do Ararapira (Imagem: Paula B. Mangini). ______________ 181 Figura 115: Plasmodium/Haemoproteus observado em esfregaço sanguíneo de Turdus

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Figura 116: Trouessartia sp. (tipo I) morfotipo com alta prevalência nas comunidades do Superagui e do Ararapira (coletado de um exemplar de Turdus rufiventris) (Imagem: Paula B. Mangini). __________________________________________________________ 181 Figura 117: Pterodectes sp. (tipo I) morfotipo com alta prevalência nas comunidades do Superagui e do Ararapira (coletado de um exemplar de Turdus amaurochalinus) (Imagem: Paula B. Mangini). _____________________________________________________ 181 Figura 118: Trombiculidae (sp. tipo I) morfotipo com alta prevalência nas comunidades do Superagui e do Ararapira (coletado de um exemplar de Zonotrichia capensis) (Imagem: Valéria N. Teixeira). ____________________________________________________ 182 Figura 119: Colônia de ectoparasitos da família Argaridae, em um exemplar de Turdus

amaurochalinus, capturado na comunidade do Superagui (imagem: Juliana Rechetelo).

____________________________________________________________________ 182 Figura 120: Detalhe da implantação cutânea da colônia de ectoparasitos da família Argasidae, em um exemplar de Turdus amaurochalinus, capturado na comunidade do Superagui. Notar a formação de uma borda elevada de pele ao redor da colônia (imagem: Juliana Rechetelo). _____________________________________________________ 182 Figura 121: Detalhe de um abscesso cutâneo decorrente da implantação de uma colônia de ectoparasitos, de hábitos semelhantes à Argasidae, em um exemplar de

Lepdocolaptes fuscus, capturado na comunidade do Ararapira. (imagem: Ana L.M.

Gomes). _____________________________________________________________ 182 Figura 122: Curva de rarefação de coleta para espécies de ectoparasitos de passeriformes nas comunidades de Superagui e Ararapira. _____________________ 183 Figura 123: Diversidade de ectoparasitos em passeriformes nas comunidades do Ararapira e do Superagui. ________________________________________________ 184 Figura 124: Dissimilaridade e agrupamento de ectoparasitos em passeriformes nas comunidades do Ararapira e do Superagui. __________________________________ 184 Figura 125: Diversidade de ectoparasitos de passeriformes distribuída de acordo com as guildas de aves observadas nas comunidades do Ararapira e do Superagui. ________ 187 Figura 126: Variação da massa dos ovos de Sula leucogaster, no arquipélago de Currais. ____________________________________________________________________ 188 Figura 127: Variação da massa dos ovos de Fregata magnificens, no arquipélago de Currais. ______________________________________________________________ 189 Figura 128: Variação da massa dos ovos de L. dominicanus, em três períodos reprodutivos distintos no Arquipélago de Currais. _____________________________ 190

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xxi

Figura 129: Variação da massa corporal de exemplares de Sula leucogaster capturados em Currais, nos meses de agosto de 2009 e janeiro de 2010. ____________________ 191 Figura 130: Distribuição da massa corporal de exemplares de Sula leucogaster capturados em Currais, nos meses de agosto de 2009 e janeiro de 2010. __________ 191 Figura 131: Distribuição percentual de registros de sinais e problemas clínicos de Sula

leucogaster, Fregata magnificens e Larus dominicanus (n=208) no PROAMAR – UFPR.

____________________________________________________________________ 192 Figura 132: Distribuição percentual de registros de Sula leucogaster, Fregata magnificens

e Larus dominicanus no PROAMAR – UFPR, dentro e fora do período de defeso do

camarão. _____________________________________________________________ 194 Figura 133: Distribuição anual e linha de tendência dos registros de Sula leucogaster,

Fregata magnificens e Larus dominicanus no PROAMAR – UFPR. _______________ 195

Figura 134: Distribuição anual e linha de tendência dos registros por espécies de Sula

leucogaster, Fregata magnificens e Larus dominicanus no PROAMAR – UFPR. _____ 195

Figura 135: Distribuição mensal e linha de tendência dos registros conjuntos de Sula

leucogaster, Fregata magnificens e Larus dominicanus no PROAMAR – UFPR. _____ 196

Figura 136: Distribuição mensal e linha de tendência dos registros por espécies de Sula

leucogaster, Fregata magnificens e Larus dominicanus no PROAMAR – UFPR. _____ 196

Figura 137: Linha de tendência do recebimento sazonal de aves no CEM, entre os anos de 1992 e 2009 e linha de tendência de captura sazonal de camarão-sete-barbas com base nos dados de Superagui 2009. _______________________________________ 218 Figura 138: Diagrama das inter-relações observadas entre as dez variáveis mais expressivas dentro do modelo de estudo. ___________________________________ 220 Figura 139: Diagrama das inter-relações observadas entre as variáveis relacionadas à saúde e à diversidade de aves dos ecossistemas florestais. _____________________ 232

LISTA DE

TABELAS

Tabela 1: Sistemas pesqueiros identificados para o Paraná, e as características distintivas empregadas na metodologia de classificação. _________________________________ 37 Tabela 2: Tipologia vegetal na Ilha do Superagui (SCHMIDLIN, 2004) ______________ 41 Tabela 3: Localização e características das Unidades de Conservação (UCs) do litoral paranaense. ___________________________________________________________ 42

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Tabela 4: Características das Moradias, Urbanização e Vias de Acesso nas comunidades do Superagui e de Ararapira. ______________________________________________ 74 Tabela 5: Características do tratamento de Resíduos e Saneamento nas comunidades do Superagui e do Ararapira. _________________________________________________ 85 Tabela 6: Características do Uso de Recursos Naturais nas comunidades do Superagui e do Ararapira. ___________________________________________________________ 93 Tabela 7: Característica da frota pesqueira nas duas comunidades em estudo. ______ 100 Tabela 8: Artes de pesca direcionadas aos peixes e registradas nas vilas de Superagui e Ararapira no ano de 2009. _______________________________________________ 103 Tabela 9: Artes de pesca direcionadas aos camarões registradas nas vilas de Superagui e Ararapira no ano de 2009. _______________________________________________ 105 Tabela 10: Espécies, ou categorias, de peixes explotados nas comunidades do Ararapira e do Superagui. _______________________________________________________ 106 Tabela 11: Contribuição relativa e contribuição acumulada das espécies de peixe mais importantes na formação dos grupos Ararapira Rio, Ararapira Mar e Superagui. _____ 110 Tabela 12: Riqueza de espécies de peixes capturadas na pesca de arrasto no Paraná 130 Tabela 13: Lista das 24 espécies de peixes com maiores índices de captura em peso em arrastos direcionados ao camarão no litoral paranaense. _______________________ 134 Tabela 14: Resultados de cinco estudos sobre peixes capturados nos arrastos direcionados aos camarões na costa paranaense. ____________________________ 135 Tabela 15: Índices de captura de peixe por hora de arrasto, a partir de uma rede, com base em vários estudos conduzidos na plataforma continental interna do Paraná. ____ 136 Tabela 16: Índices de captura de camarão por hora de arrasto, a partir de uma rede, com base em vários estudos conduzidos na plataforma continental interna do Paraná. ____ 137 Tabela 17: Relação de captura entre peixe e camarão-sete-barbas em gramas. _____ 138 Tabela 18: Preços dos recursos pesqueiros na primeira comercialização durante o ano de 2009 nas comunidades pesqueiras de Ararapira e Superagui. ___________________ 142 Tabela 19: Lista das espécies de aves registradas e ocorrência destas na área controle, Penedo, e nas comunidades do Ararapira e do Superagui. ______________________ 143 Tabela 20: Lista das espécies de aves 11 espécies com maiores índices de abundância relativa durante as contagens por ponto conduzidas nas comunidades do Ararapira e Superagui. ___________________________________________________________ 150 Tabela 21: Lista das espécies de aves, suas categorias alimentares e estratos associados, nas comunidades do Ararapira e Superagui. _______________________ 151

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Tabela 22: Lista das guildas identificadas e número de espécies de aves classificadas em cada uma delas. _______________________________________________________ 154 Tabela 23: Lista dos estratos de obtenção de alimento e número de espécies de aves classificadas em cada um deles. __________________________________________ 155 Tabela 24: Número de espécies de aves registradas nas guildas e estratos preferenciais de ocorrência nas áreas Penedo (controle), Ararapira e Superagui. _______________ 156 Tabela 25: Lista das espécies de aves do ambiente aquático marinho da plataforma continental interna a partir de informações do banco de dados coletados pelos pesquisadores do Laboratório de Ornitologia do CEM/UFPR. ____________________ 157 Tabela 26: Lista das espécies de aves com potencial de consumir rejeitos da pesca no ambiente de praia do litoral do Paraná, com base em Carniel (2008). ______________ 158 Tabela 27: Lista das espécies de aves consumidoras de rejeitos da pesca na costa paranaense e frequência (F) e abundância relativa (A. R.) destas durante eventos de descarte, com base em Krul (2004) para o ambiente aquático e Carniel (2008) para o ambiente de entremarés. ________________________________________________ 159 Tabela 28: Espécies de peixes presentes na dieta de Sula leucogaster e Fregata

magnificens e sua contribuição (%) na dieta de ambas as espécies com base em Krul

(2004). ______________________________________________________________ 160 Tabela 29: Caracterização dos aspectos do Acesso aos Serviços de Saúde nas comunidades do Superagui e do Ararapira. __________________________________ 165 Tabela 30: Caracterização de aspectos das Condições de Saúde e Manejo Animais Domésticos nas comunidades do Superagui e do Ararapira. _____________________ 167 Tabela 31: Condições clínicas gerais de aves associadas aos ecossistemas florestais amostradas nas comunidades do Ararapira e do Superagui. _____________________ 173 Tabela 32: Prevalência do Grau de Infestação por ectoparasitos em aves selvagens nas comunidades do Ararapira e do Superagui. __________________________________ 176 Tabela 33: Morfotipos de hemoparasitos e ectoparasitos observados em aves capturadas nas comunidades de Ararapira e Superagui. _________________________________ 180 Tabela 34: Prevalência de morfotipos de ectoparasitos observados nas comunidades do Ararapira e Superagui, considerando apenas aves parasitadas. __________________ 185 Tabela 35: Prevalência de morfotipos e ectoparasitos observados nas aves de acordo com as guildas, considerando apenas aves parasitadas, nas comunidades do Ararapira e Superagui. ___________________________________________________________ 186

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Tabela 36: Massa corporal e Parâmetros Clínicos de Sula leucogaster capturados no Arquipélago de Currais. _________________________________________________ 190 Tabela 37: Perfil geral da massa corporal dos registros de Sula leucogaster, Larus

dominicanus e Fregata magnificens no PROAMAR – UFPR. ____________________ 193

Tabela 38: Matriz de valores indicadores do grau de interação entre as variáveis analisadas no componente Paisagem com as variáveis dos componentes Pesca e Biodiversidade. ________________________________________________________ 198 Tabela 39: Matriz de valores indicadores do grau de interação entre as variáveis analisadas no componente Paisagem com as variáveis do componente Saúde. _____ 199 Tabela 40: Matriz de valores indicadores do grau de interação entre as variáveis analisadas nos componentes Pesca, Biodiversidade e Saúde, com as variáveis dos componentes Pesca e Biodiversidade. ______________________________________ 200

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Componentes, grupos de variáveis e variáveis específicas selecionadas. ___ 49 Quadro 2: Dados recolhidos pelos pescadores nos cadernos de anotação de dados da pesca. ________________________________________________________________ 59 Quadro 3: Dados registrados no Caderno de campo para captura de aves associadas aos ecossistemas florestais___________________________________________________ 69 Quadro 4: Matriz das médias dos valores que indicam grau de interação entre as variáveis com os componentes do modelo. __________________________________________ 201 Quadro 5: Matriz das 10 variáveis que obtiveram maiores médias nos valores que indicam interação entre os componentes do modelo. _________________________________ 202 Quadro 6: Matriz que apresenta as 10 variáveis que obtiveram os maiores valores dentro de cada componente do modelo. __________________________________________ 203

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1

A SAÚDE E SUAS RELAÇÕES COM A BIODIVERSIDADE, A

PESCA E A PAISAGEM EM DUAS COMUNIDADES DE

PESCADORES ARTESANAIS NO LITORAL DO PARANÁ

1 INTRODUÇÃO, HIPÓTESE e OBJETIVOS

A aceleração nos processos de desenvolvimento, a maior demanda por recursos naturais, e um maior adensamento populacional em centros urbanos são tendências globais. Suprir os recursos necessários para uma população crescente, que atinge quase sete bilhões de pessoas, tem gerado uma pressão extraordinária sobre os ambientes naturais. Hails, et al. (2008) consideram que, caso essa tendência não se reverta, em meados de 2030, será necessário duas vezes a capacidade de suporte do planeta, para sustentar as atividades humanas.

Globalmente os ecossistemas estão sujeitos a diferentes formas e intensidades de pressão antrópica, diretas ou indiretas. O crescimento e o adensamento populacional humano são acompanhados por mudanças na composição de todas as comunidades biológicas, tanto em centros urbanos como nos hábitat naturais. Essas comunidades bióticas se mantêm em constante mudança, e nelas se inserem as pessoas, animais e plantas domésticas e selvagens, além de uma diversidade extraordinária de microrganismos. As mudanças ocorrem constantemente, tanto em sistemas naturais quanto antrópicos, contudo, podem ser positivas, quando as mudanças promovem um realce, ampliando ou rejuvenescendo o ecossistema, ou negativa quando as mudanças excedem a resiliência do ecossistema (TRESS e TRESS, 2008).

Contudo, a situação de adensamento das populações humanas e animais, acrescidas de mudanças expressivas em fatores abióticos dos sistemas, como alterações na qualidade do ar, água, condições de umidade, temperatura e radiação eletromagnética e outros componentes estruturais geram severas mudanças nos processos ecológicos, que se estabelecem entre os elementos das comunidades biológicas. O desbalanceamento dos processos ecológicos leva a um aumento significativo do risco do surgimento de doenças, que podem se manifestar em qualquer um dos componentes biológicos dessas comunidades (DASZAK e CUNNINGHAM, 2002).

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Diferentes abordagens atuais sobre as relações entre a saúde e ambiente compartilham da ideia comum de que muitas das doenças da atualidade estão associadas às mudanças nas relações ecológicas entre as espécies, o que ocorre em consequência de rápidas e severas mudanças de origem antrópica no ambiente. Esses ambientes, ou ecossistemas, constantemente expostos a agentes estressores externos e perturbações internas tendem a se tornam menos saudáveis, gerando altas prevalências de doenças nos grupos bióticos que o compõe (TABOR, 2002; COSTANZA, NORTON e HASKELL 1992; MANGINI e SILVA 2007; RAPPORT 1998; KOCH, 1996).

Atualmente, todas as comunidades biológicas estão sujeitas a um maior risco de surgimento de doenças, o que é evidenciado por situações com o declínio global das populações de anfíbios e agentes polinizadores, proliferação de algas tóxicas e o surgimento de doenças infecciosas emergentes, como Hantavirose, Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS ou Pneumonia Asiática), e outras sendo observadas em vários grupos taxonômicos (EPSTEIN, 2002; DASZAK e CUNNINGHAM, 2002). Sobre as relações atuais entre saúde e biodiversidade deve se considerar que as atividades humanas, reduzindo a diversidade biológica, e outros distúrbios antrópicos têm consequências, sobretudo, para a distribuição das doenças infecciosas (CHIVIAN, 2002). Assim, a partir do momento que os seres humanos passaram a ser uma variável muito importante nos ecossistemas, o entendimento da capacidade de resposta do ambiente requer a consideração também das atividades antrópicas (TROSPER, 2002). Bem como, a importância emergente das zoonoses reforça a necessidade de um melhor entendimento sobre relações epidemiológicas entre animais e pessoas (TABOR et al., 2001; DASZAK e CUNNINGHAM 2002; TABOR, 2002; EPSTEIN, 2002).

Os sistemas de saúde, vigilância epidemiológica e sanitária de maneira geral não estão adaptados para responder as novas ameaças à saúde, originadas pelas mudanças ambientais. O manejo dos problemas atuais de saúde, tanto de pessoas quanto de animais, requer mudanças nos modelos de profilaxia e vigilância, incorporando conceitos atualizados de epidemiologia da paisagem e medidas integradas de manutenção da saúde pública e animal, abordando as inter-relações entre espécies domésticas e selvagens. Bem como uma abordagem integrada das relações entre biodiversidade e saúde (GARRETT, 1994; EPSTEIN, 2002; ELSE e POKRAS, 2002; MANGINI e SILVA, 2007).

No que se refere aos aspectos da conservação da diversidade biológica, o litoral paranaense possui atributos positivos, como extensas áreas de remanescentes florestais,

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de relevante importância, e uma presença expressiva de unidades de conservação abrigando uma grande diversidade de fisionomias vegetais e de espécies da fauna. Bem como, áreas prioritárias para a conservação de aves marinhas, devido à presença de sítios de reprodução de espécies coloniais, e áreas de alimentação importantes para aves costeiras (KRUL, 1999). Adicionalmente, a constante atividade local de pesca de arrasto do camarão e a disponibilidade de rejeitos proveniente desta pesca têm se mostrado importante variável na estruturação e dinâmica de populações de aves marinhas no Estado (KRUL, 1999; KRUL, 2004).

No Estado do Paraná a atividade de pesca é considerada, principalmente, como artesanal ou semi-industrial, desenvolvida por uma frota composta, em grande parte, de embarcações de pequeno a médio porte, sendo bastante direcionada à arte do arrasto para captura de camarão (ANDRIGUETTO FILHO, 1999). A maior parte da atividade pesqueira é conduzida por pescadores artesanais, que se distribuem em diferentes comunidades ao longo da costa e no interior dos estuários. Em relação ao número de comunidades pesqueiras presentes no litoral do estado há indícios do desaparecimento e de forte redução de uma parcela representativa delas. Esse fenômeno demográfico parece estar associado à localização mais afastada dos pólos urbanos e da margem do estuário. É também possível reconhecer diferenças marcantes entre as comunidades remanescentes, demonstradas por aspectos relacionados à demografia, ao caráter urbano ou rural, aos sistemas técnicos, à comercialização e a presença de agricultura (ANDRIGUETTO FILHO, 1999).

A pesar da expressividade da pesca do camarão, a pesca no Paraná conta também com uma diversidade adicional importante de recursos explorados, onde são empregados sistemas e técnicas de pesca variadas. Reconhecer que há diferentes comunidades utilizando esses recursos leva a considerar que há também diferentes formas de interação com o ambiente e, por consequência, emprego de diferentes práticas materiais, as quais influenciam a evolução dos sistemas socioambientais como um todo. Assim como, a utilização dos equipamentos de pesca tem caráter cíclico, o que ocorre devido à disponibilidade temporal de recursos pesqueiros, associada aos interesses dos próprios pescadores na escolha das espécies-alvo. Cada comunidade pesqueira possui características próprias, explorando o ambiente em forma distinta das outras (ROBERT, 2008). A interação entre as comunidades de pescadores, suas práticas materiais sobre ambiente e os recursos que utilizam cria uma paisagem particular. Nas vilas de pescadores as interações entre a sociedade e o ambiente, bem como os padrões de

Referências

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