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Análise de demonstrações contábeis de uma pequena empresa do setor industrial

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CARIN CRISTINA WEHRMANN

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE UMA PEQUENA

EMPRESA DO SETOR INDUSTRIAL

IJUÍ (RS)

2013

(2)

CARIN CRISTINA WEHRMANN

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE UMA PEQUENA

EMPRESA DO SETOR INDUSTRIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Prof. Orientador: Irani Paulo Basso

(3)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus, pela vida, por ter chegado onde estou, por me guiar, por iluminar meu caminho diariamente, abençoar-me e proteger-me todos os momentos.

Aos meus pais, pelo apoio, incentivo e compreensão, por terem acreditado em mim, agradeço também por terem me ensinado a persistir nos meus objetivos e me ajudado a alcançá-los. E ao meu irmão, minha cunhada e meu sobrinho por sempre estarem dispostos a colaborar quando precisava.

Ao meu namorado, pela paciência, compreensão, por sempre estar ao meu lado, me animando e por ter me suportado na época de provas, trabalhos, principalmente na realização deste trabalho.

As minhas colegas, queridas amigas, pelos momentos que passamos juntas, pela amizade, pelos momentos de diversão, quando possível, e pelos aprendizados socializados.

A todos os professores por cada ensinamento transmitido, em especial ao professor Irani pela orientação neste trabalho, pelo estímulo, sua disposição e paciência.

E por fim, agradeço a todos meus familiares pelo apoio e por torcerem por mim na conquista de mais essa etapa.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Resumo do Balanço de Fundos do ano de 2008 para 2009 ... 68

Quadro 2: Resumo do Balanço de Fundos do ano de 2009 para 2010 ... 69

Quadro 3: Resumo do Balanço de Fundos do ano de 2010 para 2011 ... 69

Quadro 4: Resumo do Balanço de Fundos do ano de 2011 para 2012 ... 70

Quadro 5: Análise Comparativa do Capital Circulante Líquido ... 70

Quadro 6: Análise Comparativa do Índice de Liquidez Corrente ... 71

Quadro 7: Análise Comparativa do Índice de Liquidez Seca ... 72

Quadro 8: Análise Comparativa do Índice de Liquidez Geral ... 73

Quadro 9: Análise Comparativa dos Índices de Liquidez ... 74

Quadro 10: Análise Comparativa do Índice de Composição do Endividamento ... 74

Quadro 11: Análise Comparativa do Coeficiente de Dívidas Circulantes ... 75

Quadro 12: Análise Comparativa do Índice de Participação de Capital de Terceiros ... 76

Quadro 13: Análise Comparativa do Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo ... 76

Quadro 14: Análise Comparativa do Endividamento Total ... 77

Quadro 15: Análise Comparativa de Endividamento ... 78

Quadro 16: Análise Comparativa do Taxa de Imobilização do Patrimônio Líquido ... 78

Quadro 17: Análise Comparativa da Rotação do Estoque ... 79

Quadro 18: Análise Comparativa do Prazo Médio de Recebimento de Vendas ... 80

Quadro 19: Análise Comparativa do Prazo Médio de Pagamento de Compras ... 81

Quadro 20: Análise Comparativa do Prazo Relativo das Duplicatas ... 82

Quadro 21: Análise Comparativa do Giro do Ativo ... 83

Quadro 22: Análise Comparativa de Ciclometria ... 84

Quadro 23: Análise Comparativa do Coeficiente de Overtrading ... 84

Quadro 24: Análise Comparativa do Termômetro de Kanitz ... 85

Quadro 25: Análise Comparativa de Solvência ... 86

Quadro 26: Análise Comparativa da Margem de Lucro Operacional Bruto ... 87

Quadro 27: Análise Comparativa da Margem de Lucro Operacional Líquido ... 88

Quadro 28: Análise Comparativa da Margem de Lucro Líquido do Exercício ... 89

Quadro 29: Análise Comparativa de Lucratividade ... 90

Quadro 30: Análise Comparativa da Rentabilidade do Capital Social ... 91

Quadro 31: Análise Comparativa da Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido ... 92

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Quadro 33: Análise Comparativa da Taxa de Retorno de Investimento Operacional... 94 Quadro 34: Análise Comparativa de Rentabilidade ... 95

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Balanço Patrimonial em Valores Absolutos Atualizados ... 58

Gráfico 2: Demonstração do Resultado do Exercício em Valores Absolutos Atualizados ... 61

Gráfico 3: Análise Vertical do Balanço Patrimonial ... 63

Gráfico 4: Análise Vertical da Demonstração do Resultado do Exercício... 64

Gráfico 5: Análise Horizontal do Balanço Patrimonial ... 65

Gráfico 6: Análise Horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício ... 67

Gráfico 7: Capital Circulante Líquido ... 71

Gráfico 8: Índice de Liquidez Corrente ... 72

Gráfico 9: Índice de Liquidez Seca ... 73

Gráfico 10: Coeficiente de Dívidas Circulantes ... 75

Gráfico 11: Endividamento Total ... 77

Gráfico 12: Taxa de Imobilização do Patrimônio Líquido ... 79

Gráfico 13: Dias para Girar o Estoque ... 80

Gráfico 14: Prazo Médio de Recebimento de Vendas ... 81

Gráfico 15: Prazo Médio de Pagamento de Compras... 82

Gráfico 16: Giro do Ativo ... 83

Gráfico 17: Coeficiente de Overtrading ... 85

Gráfico 18: Índice de Insolvência de Kanitz ... 86

Gráfico 19: Taxa de Margem de Lucro Operacional Bruto... 87

Gráfico 20: Taxa de Margem de Lucro Operacional Líquido ... 88

Gráfico 21: Taxa de Margem de Lucro Líquido do Exercício ... 89

Gráfico 22: Taxa de Rentabilidade do Capital Social ... 91

Gráfico 23: Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido ... 92

Gráfico 24: Taxa de Retorno do Ativo Total ... 93

(7)

LISTA DE ABREVIATURAS

BP - Balanço Patrimonial

CCL - Capital Circulante Líquido

CDC - Coeficiente de Dívidas Circulantes CDLP - Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo CFC - Conselho Federal de Contabilidade COVER - Coeficiente de Overtrading CRC - Conselho Regional de Contabilidade CS - Contribuição Social

DRE - Demonstração do Resultado do Exercício ET - Endividamento Total

FGV/RJ - Fundação Getulio Vargas/Rio de Janeiro ICE - Índice de Composição de Endividamento IGPM - Índice Geral de Preços do Mercado

IIPL - Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido ILC - Índice de Liquidez Corrente

ILG - Índice de Liquidez Geral ILS - Índice de Liquidez Seca IMB - Índice Margem Bruta IML - Índice Margem Líquida IMO - Índice Margem Operacional

IPCT - Índice de Participação de Capital de Terceiros IR - Imposto de Renda

LLE - Lucro Líquido do Exercício

NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade PC - Princípios de Contabilidade

PL - Patrimônio Líquido

PMPC - Prazo Médio de Pagamento de Compras PMRV - Prazo Médio de Recebimento de Vendas QC - Quociente Relativo

RE - Rotação do Estoque

ROE - Índice de Retorno sobre o Patrimônio Líquido ROI - Índice de Retorno sobre o Investimento

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ROL - Receita Operacional Líquida

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SUMÁRIO LISTA DE QUADROS... 3 LISTA DE GRÁFICOS ... 5 LISTA DE ABREVIATURAS... 6 RESUMO... 12 INTRODUÇÃO ... 13 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 14

1.1 Área de Conhecimento Contemplada ... 14

1.2 Caracterização da Organização ... 14 1.3 Problematização do Tema ... 15 1.4 Objetivos... 15 1.4.1 Objetivo Geral... ... 15 1.4.2 Objetivos Específicos ... 16 1.5 Justificativa... ... 16 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 18 2.1 Caracterização da Contabilidade ... 18 2.1.1 Conceitos de Contabilidade ... 18

2.1.2 Objeto de Estudo da Contabilidade ... 19

2.1.3 Finalidades da Contabilidade ... 19

2.1.4 Funções e Objetivos da Contabilidade ... 20

2.1.5 Princípios e Normas Brasileiras de Contabilidade ... 21

2.1.6 Técnicas Contábeis Básicas ... 22

2.1.7 Demonstrações Contábeis Básicas ... 23

2.1.7.1 Balanço Patrimonial ... 23

2.1.7.2 Demonstração do Resultado do Exercício ... 25

2.2 Análises de Balanços ... 27

2.2.1 Caracterização, Finalidades e Metodologias da Análise de Balanços ... 27

2.2.2 Técnicas Básicas de Análise de Balanços ... 29

2.2.2.1 Análise de Balanços em Valores Absolutos ... 31

2.2.2.2 Análise de Balanços em Valores Relativos ... 31

2.2.2.2.1 Análise Vertical ... 31

2.2.2.2.2 Análise Horizontal ... 32

(10)

2.2.2.3 Análise de Balanços por Índices Econômicos e Financeiros ... 33

2.2.2.3.1 Análise de Liquidez ... 34

2.2.2.3.1.1 Capital Circulante Líquido ... 35

2.2.2.3.1.2 Índice de Liquidez Corrente ou Circulante ... 35

2.2.2.3.1.3 Índice de Liquidez Seca ... 36

2.2.2.3.1.4 Índice de Liquidez Geral ... 37

2.2.2.3.2 Análise de Endividamento ... 38

2.2.2.3.2.1 Índice de Composição do Endividamento ... 38

2.2.2.3.2.2 Coeficiente de Dívidas Circulantes ... 39

2.2.2.3.2.3 Índice de Participação de Capital de Terceiros ... 39

2.2.2.3.2.4 Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo ... 40

2.2.2.3.2.5 Endividamento Total ... 41

2.2.2.3.3 Análise de Atividade – Ciclometria ... 41

2.2.2.3.3.1 Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido ... 42

2.2.2.3.3.2 Rotação de Estoques ... 43

2.2.2.3.3.3 Prazo Médio de Recebimento de Vendas ... 43

2.2.2.3.3.4 Prazo Médio de Pagamento de Compras ... 44

2.2.2.3.3.5 Giro do Ativo ... 45

2.2.2.3.4 Análise de Solvência/Insolvência ... 45

2.2.2.3.4.1 Coeficiente de Overtrading ... 45

2.2.2.3.4.2 Termômetro de Kanitz ... 46

2.2.2.3.5 Análise de Lucratividade ... 47

2.2.2.3.5.1 Índice de Lucro Operacional Bruto ... 48

2.2.2.3.5.2 Índice de Lucro Operacional Líquido... 48

2.2.2.3.5.3 Índice de Lucro Líquido do Exercício ... 49

2.2.2.3.6 Análise de Rentabilidade ... 50

2.2.2.3.6.1 Rentabilidade do Capital Social ... 50

2.2.2.3.6.2 Índice de Retorno do Patrimônio Líquido ... 51

2.2.2.3.6.3 Índice de Retorno do Ativo Total ... 52

2.2.2.3.6.4 Taxa de Retorno do Investimento Operacional ... 52

3 METODOLOGIA DO ESTUDO ... 54

3.1 Classificação da Pesquisa ... 54

3.1.1 Do Ponto de Vista de sua Natureza ... 54

(11)

3.1.3 Quanto à Forma de Abordagem do Problema ... 55

3.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos ... 55

3.2 Plano de Coleta de Dados ... 56

3.2.1 Instrumentos de Coleta de Dados ... 56

3.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados ... 57

4 PARTE PRÁTICA ... 58

4.1 Análise das Demonstrações Contábeis em Valores Absolutos Atualizados ... 58

4.1.1 Análise do Balanço Patrimonial ... 58

4.1.2 Análise da Demonstração do Resultado do Exercício ... 61

4.2 Análise das Demonstrações Contábeis em Valores Relativos ... 62

4.2.1 Análise Vertical do Balanço Patrimonial ... 63

4.2.2 Análise Vertical da Demonstração do Resultado do Exercício ... 64

4.2.3 Análise Horizontal do Balanço Patrimonial ... 65

4.2.4 Análise Horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício ... 67

4.3 Análise do Balanço de Fundos ... 68

4.4 Análise da Liquidez ... 70

4.4.1 Capital Circulante Líquido ... 70

4.4.2 Índice de Liquidez Corrente ... 71

4.4.3 Índice de Liquidez Seca... 72

4.4.4 Índice de Liquidez Geral ... 73

4.4.5 Análise Comparativa de Liquidez ... 74

4.5 Análise de Endividamento ... 74

4.5.1 Índice de Composição do Endividamento ... 74

4.5.2 Coeficiente de Dívidas Circulantes ... 75

4.5.3 Índice de Participação de Capital de Terceiros ... 76

4.5.4 Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo ... 76

4.5.5 Endividamento Total ... 77

4.5.6 Análise Comparativa de Endividamento ... 78

4.6 Análise de Ciclometria ... 78

4.6.1 Taxa de Imobilização do Patrimônio Líquido ... 78

4.6.2 Rotação dos Estoques ... 79

4.6.3 Prazo Médio de Recebimento de Vendas ... 80

4.6.4 Prazo Médio de Pagamento de Compras ... 81

(12)

4.6.6 Giro do Ativo... ... 83

4.6.7 Análise Comparativa de Ciclometria... 84

4.7 Estudo de Solvência ... 84

4.7.1 Coeficiente de Overtrading ... 84

4.7.2 Termômetro de Kanitz ... 85

4.7.3 Análise Comparativa de Solvência ... 86

4.8 Análise da Lucratividade ... 86

4.8.1 Margem de Lucro Operacional Bruto ... 87

4.8.2 Margem de Lucro Operacional Líquido ... 88

4.8.3 Margem de Lucro Líquido do Exercício ... 89

4.8.4 Análise Comparativa de Lucratividade ... 90

4.9 Análise de Rentabilidade ... 90

4.9.1 Rentabilidade do Capital Social ... 91

4.9.2 Retorno do Patrimônio Líquido ... 92

4.9.3 Retorno do Ativo Total ... 93

4.9.4 Taxa de Retorno do Investimento Operacional ... 94

4.9.5 Análise Comparativa de Rentabilidade ... 95

CONCLUSÃO... 99

(13)

RESUMO

Este trabalho tem por finalidade calcular, analisar e interpretar indicadores econômicos e financeiros, obtidos a partir dos dados extraídos das Demonstrações Contábeis Básicas da empresa em estudo, ou seja, do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, obtidos junto a empresa.

Com base nos dados cedidos pela empresa, as demonstrações foram reestruturadas e suas contas tiveram seus valores atualizados para o último ano da série estudada. O estudo prático foi desenvolvido através da elaboração de planilhas, quadros e gráficos, que possibilitaram a análise dos resultados.

Os estudos focaram as técnicas de análise de balanços em Valores Absolutos Atualizados, em Valores Relativos - Análise Horizontal e Vertical, Análise do Balanço de Fundos, a Análise de Liquidez, de Endividamento, de Ciclometria, de Lucratividade, de Rentabilidade e Indicadores de Solvência/Insolvência. Através dos vários indicadores de análise das demonstrações contábeis, buscou-se evidenciar a situação econômico-financeira da empresa no período analisado, gerando informações úteis para serem repassadas aos administradores, essas que serão utilizadas como ferramentas na tomada de suas decisões.

PALAVRAS CHAVES: Contabilidade, Análise de Balanço, Análise das Demonstrações

(14)

INTRODUÇÃO

A análise das demonstrações contábeis é parte integrante da contabilidade, mais específica da área financeira. A mesma é considerada uma ferramenta para tomada de decisões, principalmente para análise da situação financeira e econômica de uma empresa.

A análise das demonstrações contábeis ou análise de balanços, tem por finalidade demonstrar, através de indicadores devidamente selecionados, a situação financeira e econômica da empresa, proporcionando meios técnicos de estudo e tomada de decisões para o futuro. Também é essencial para fornecer informações confiáveis a investidores, clientes, e para a sociedade como um todo. A análise financeira pode ser utilizada para verificar o desempenho esperado da empresa e monitorar o progresso da mesma em alcançar os objetivos desejados.

O presente estudo, em sua parte prática, será desenvolvido em uma empresa de pequeno porte, localizada na zona rural da cidade de Panambi, sendo que tem por objetivo identificar quais são os principais fatores que contribuíram para a atual situação econômica e financeira da empresa, para assim verificar se a gestão da mesma está de acordo com suas necessidades, podendo desse modo contribuir para o aperfeiçoamento do processo de tomada de decisões.

Nesse sentido, o Trabalho de Conclusão de Curso apresenta no primeiro capítulo, a contextualização do estudo, abrangendo a definição da área de conhecimento contemplada, as características da organização, a problematização do tema de estudo, os objetivos e a justificativa da autora para a realização da sua tarefa de conclusão de curso na área escolhida.

Na sequência, no segundo capítulo, apresenta-se a revisão bibliográfica, a qual teve como fundamento o enfoque teórico dos temas de contabilidade e a análise de balanços.

No terceiro capítulo, estão descritos os fundamentos da metodologia utilizada no estudo, ou seja, a classificação da pesquisa, a forma que foi realizada a coleta de dados e sua análise e a interpretação dos dados.

No quarto e último capítulo, é apresentado o produto da aplicação prática das diversas técnicas de análise de balanços sobre a realidade de uma indústria de pequeno porte, que serviu de experimento prático à autora na sua tarefa de conclusão de curso e que certamente trará à empresa importantes subsídios para a compreensão da sua realidade e úteis contribuições no dia a dia de suas decisões gerenciais.

(15)

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste primeiro capítulo do Trabalho de Conclusão de Curso, apresenta-se a descrição do estudo realizado, a partir da definição do tema abordado, da caracterização da organização escolhida, seguida da problematização do tema em estudo, da fixação dos objetivos gerais e específicos a serem alcançados até a justificativa da escolha do mesmo.

1.1 Área de Conhecimento Contemplada

A contabilidade, segundo Basso (2005), é considerada uma Ciência Social que tem como objeto de estudo o Patrimônio das entidades, sendo que o patrimônio geralmente é constituído de um conjunto de bens, direitos e obrigações de um determinado ente, estudado do ponto de vista estático e dinâmico, nas dimensões quantitativa e qualitativa. Além disso, a Contabilidade estuda e analisa a situação econômica e financeira de uma organização, considerada uma importante técnica auxiliar na tomada de decisão dos gestores.

Neste contexto, uma das áreas de atuação do profissional da contabilidade é a área financeira, também conhecida como área da Análise de Balanços, sendo esse o tema do estudo proposto pela acadêmica.

1.2 Caracterização da Organização

O presente estudo foi realizado em uma empresa do setor industrial e prestadora de serviços, de pequeno porte, localizada no Rio Grande do Sul, mais especificamente na região Noroeste, na zona rural de Panambi-RS, que iniciou suas atividades em 12 de agosto de 1974. A mesma conta com dois sócios e um empregado fixo, além de contar com empregados temporários para época de “safra” que ocorre no período de agosto a dezembro.

A empresa é de pequeno porte, optante do Simples Nacional e atua no segmento de implementos agrícolas, fabrica máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária, peças e acessórios, além de fazer consertos em máquinas.

Seus principais produtos são plantadeiras de arrasto, para o plantio de sementes finas e graúdas, pelo princípio de plantio direto; também são fabricados equipamentos para adaptar máquinas convencionais para o plantio direto, bem como para a modernização dos mecanismos de plantio direto, sendo que os principais equipamentos construídos são: mecanismos de corte de palha, equipamentos subsoladores de fertilizantes e sementes, bem

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como limitadores e compactadores de profundidade da semente. Além dos produtos citados anteriormente, a empresa fabrica caçambas basculantes para serem adaptadas nos três pontos de tratores.

1.3 Problematização do Tema

A contabilidade, conforme Basso (2005), coleta, registra, acumula, resume e analisa os fatos com o objetivo de fornecer a seus usuários informações referentes à situação patrimonial, econômica e financeira de uma entidade, sendo assim considerada como uma importante ferramenta no processo de tomada de decisão.

A análise das Demonstrações Contábeis, de acordo com o pensamento da maioria dos autores da área, tem como objetivo demonstrar, através de indicadores, a situação econômica e financeira da empresa, fornecendo informações para os usuários internos e externos compreenderem a situação patrimonial, financeira e econômica da entidade analisada.

Nesse sentido, este trabalho sobre Análise das Demonstrações Contábeis na empresa, proporcionou diversos indicadores, que são fundamentais para analisar a situação da mesma, pois ela não utiliza estes indicadores no seu gerenciamento e na tomada de suas decisões.

Nesse contexto, questiona-se: Como evoluiu a situação econômico-financeira da empresa ao longo dos últimos cinco anos e quais foram os principais fatores que contribuíram para a situação atual e ainda, se efetivamente as informações geradas pelas técnicas de análise de balanços podem contribuir no seu processo decisório?

1.4 Objetivos

Através dos objetivos, busca-se delinear o que se pretende atingir com a realização do trabalho de conclusão de curso, em especial na perspectiva da acadêmica proponente, e estão divididos em objetivo geral e específicos.

1.4.1 Objetivo Geral

Aplicar os principais indicadores fornecidos pela técnica da Análise de Balanços sobre a realidade patrimonial de uma empresa de pequeno porte, identificando quais foram os principais fatores que contribuíram para a sua atual situação econômico-financeira, identificando fatores contributivos para o seu processo decisório.

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1.4.2 Objetivos Específicos

• Revisar e ampliar conhecimento de contabilidade e análise de balanços através da revisão bibliográfica.

• Levantar e reestruturar as Demonstrações Contábeis da empresa para estudos econômico-financeiros.

• Apurar os indicadores financeiros e econômicos da empresa objeto de estudo.

• Analisar os indicadores da empresa comparando-os com os indicadores consagrados pelos financistas do mercado financeiro.

• Identificar a efetiva contribuição das técnicas de análise de balanços na tomada de decisões das empresas.

1.5 Justificativa

A técnica contábil da Análise de Balanços, utiliza-se de várias metodologias e se constitui numa importante ferramenta para analisar a situação financeira e econômica de empresas, pois a análise permite que as demonstrações contábeis sejam transformadas em informações, assim demonstrando o desempenho da entidade estudada.

O assunto abordado pode trazer benefícios à empresa, pois permite que seus gestores façam uma análise do passado, para assim saber se sua gestão está de acordo com as necessidades da empresa, se ela está obtendo os resultados desejados, se está atuando dentro dos indicadores esperados. Se a empresa não estiver atingindo os resultados esperados, ela poderá fazer os devidos ajustes para assim melhorar a sua situação e seu desempenho nos próximos anos. O trabalho ainda proporcionará à empresa um conjunto de informações de ordem econômica e financeira que pode contribuir no aperfeiçoamento do seu processo de tomada de decisões no dia a dia dos seus negócios.

Para a acadêmica, enquanto concluinte do curso de Ciências Contábeis, o presente estudo oportuniza um importante momento para a ampliação de conhecimentos na área de Análise de Demonstrações Contábeis, possibilitando assim uma futura especialização nesta área, pois é considerada uma ferramenta essencial na tomada de decisões gerenciais; além de proporcionar a experiência de aplicar na prática as teorias estudadas durante o curso, sendo desenvolvido em uma empresa, assim fornecendo uma visão da realidade, ou seja, subsídios para desenvolver a carreira profissional.

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Para a Universidade e para o curso de Ciências Contábeis, o presente trabalho fica disponível como uma base para estudos e pesquisas de acadêmicos interessados nesta área de aplicação prática das Ciências Contábeis, o qual apresenta um relato da realidade concreta de uma empresa de pequeno porte da região noroeste do estado.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo, apresenta-se a revisão bibliográfica sobre a contabilidade financeira mais específica da área de análise de balanços, sendo que esta revisão tem por objetivo buscar o embasamento teórico em livros, artigos e outros meios de pesquisa para assim compreender melhor o problema da investigação do presente estudo.

2.1 Caracterização da Contabilidade

Nesta parte do trabalho, foram apresentados os conceitos de contabilidade, seu objeto de estudo, suas finalidades, suas funções e seus objetivos, os princípios e normas brasileiras de contabilidade e as técnicas contábeis básicas.

2.1.1 Conceitos de Contabilidade

A contabilidade é uma ciência social que controla o patrimônio, ou seja, as mutações ocorridas no mesmo. Contabilidade pode ser conceituada por diversos autores de diversas maneiras.

Segundo Sá (2002, p. 46), “Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais.”

De acordo com Barros (2005, p. 17), “A contabilidade é uma ciência social que estuda e pratica as funções de controle e de registro relativas aos atos e fatos da Administração e da Economia.”

Basso (2005, p. 22), seguindo o mesmo pensamento dos outros autores, define contabilidade como,

[...] conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira.

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Considerando o exposto, pode-se dizer que a contabilidade é uma ciência que estuda e controla o patrimônio de uma empresa, e que é baseada em normas, princípios para demonstrar nos seus relatórios contábeis informações reais sobre a situação das entidades.

2.1.2 Objeto de Estudo da Contabilidade

A contabilidade tem como seu objeto de estudo o patrimônio de uma entidade.

Conforme Gonçalves e Baptista (2004, p. 23), “O objeto da contabilidade é, pois, o patrimônio, em torno do qual a ciência contábil desenvolve suas funções, como meio para alcançar suas finalidades.”

Da mesma forma, Barros (2005, p. 17), diz que “[...] o objeto é sempre o patrimônio da entidade, ou seja, o conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, pertencente a essa entidade.”

Segundo Basso (2005), o patrimônio de uma entidade pode ser enfocado de duas maneiras: o aspecto qualitativo considera os bens, direitos e obrigações do seu ponto de vista de sua natureza, ou seja, sua composição física; já o aspecto quantitativo, considera do ponto de vista monetário, sendo considerados os elementos patrimoniais com valor econômico.

Sendo assim, o objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio de uma entidade ou empresa, que é formado pelo conjunto de bens, direitos e obrigações.

2.1.3 Finalidades da Contabilidade

A contabilidade possui várias finalidades, sendo a principal, gerar informações confiáveis para seus usuários, para assim ajudar os mesmos na tomada de decisões.

Segundo Gonçalves e Baptista (2005, p. 24), “A contabilidade tem por fim registrar os fatos e produzir informações que possibilitem ao titular do patrimônio o planejamento e o controle de sua ação.”

Basso (2005, p. 24), da mesma forma, afirma que, “A finalidade fundamental da contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento.”

A partir desses conceitos, pode-se constatar que a contabilidade tem como finalidade gerar informações úteis para a administração da empresa, sendo essas sobre o patrimônio e as mutações ocorridas no mesmo, assim contribuindo no processo decisório da empresa.

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2.1.4 Funções e Objetivos da Contabilidade

A contabilidade possui funções e objetivos, para assim poder gerar informações confiáveis e precisas aos seus usuários internos e externos.

As principais funções de contabilidade de acordo com Basso (2005, p. 25), podem ser apresentadas da seguinte maneira,

• coletar os documentos comprobatórios dos atos e fatos administrativos e econômicos que ocorrem na entidade;

• classificar os documentos comprobatórios de acordo comas alterações que provocam no patrimônio da entidade;

• registrar os fatos contábeis decorrentes das alterações patrimoniais nos livros de escrituração contábil da entidade;

• acumular informações quantitativas e qualitativas do patrimônio e suas variações, ao longo do tempo;

• resumir informações do patrimônio e suas variações, em demonstrativos contábeis;

• revelar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade.

Através destas funções de coletar, classificar, registrar, acumular, resumir e revelar as informações sobre o patrimônio de uma entidade, os profissionais da área de contabilidade poderão gerar informações úteis para a tomada de decisão, assim contribuindo com a administração da empresa, ou seja, para com o gerenciamento da mesma.

Além das funções, a contabilidade também possui objetivos, com o propósito de obter as informações desejadas, para assim transmiti-las aos administradores auxiliando-os na tomada de decisões.

Segundo Iudícibus e Marion (2006, p. 53),

O objetivo da Contabilidade pode ser estabelecido como sendo o de fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade social, aos usuários internos e externos à entidade objeto da Contabilidade.

Da mesma maneira, Basso (2005, p. 25), define os objetivos de contabilidade, os quais são:

• controlar (física e monetariamente) o patrimônio da entidade;

• apurar os resultados decorrentes das variações ocorridas no patrimônio da entidade;

• evidenciar a situação patrimonial, econômica e financeira de entidade, bem como suas tendências.

• atender para o cumprimento de normas, leis e demais dispositivos emergentes de legislação aplicável aos negócios da entidade;

• fornecer informações sobre o patrimônio aos seus usuários, de acordo com suas necessidades.

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Com isso, pode-se dizer que a contabilidade tem como objetivo, possuir o controle total sobre o patrimônio de uma entidade, sabendo sempre o que está ocorrendo, ou seja, as variações ocorridas no mesmo, para assim fornecer informações reais aos seus usuários e para seu controle.

2.1.5 Princípios e Normas Brasileiras de Contabilidade

Os profissionais da contabilidade devem observar os Princípios de Contabilidade (PC) e as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), para a correta execução de suas funções, ou seja, para o pleno exercício de sua profissão.

Segundo o CRC – Conselho Regional de Contabilidade, pela Resolução do CFC 750/93, emendada pela Resolução CFC 1281/10, os Princípios de Contabilidade, são de observância obrigatória e base para as Normas Brasileiras de Contabilidade, sendo que na aplicação da contabilidade a essência dos fatos deve prevalecer sobre a forma:

Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades, (CRC, 2013, p. 17-18).

Os Princípios de Contabilidade em vigor de acordo com o Art. 3º da Resolução CFC 750/93 são:

I – o da Entidade; II – o da Continuidade; III – o da Oportunidade;

IV – o do Registro Pelo Valor Original; V – Revogado.

VI – o da Competência e

VII – o da Prudência, (CRC, 2013, p. 18).

De acordo com o Conselho Regional de Contabilidade, as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) são regidas pela Resolução CFC 1328/11.

Art. 1º As Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) devem seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas internacionais e compreendem as Normas propriamente ditas, as Interpretações Técnicas e os Comunicados Técnicos, (CRC, 2013, p. 43-44).

As NBCs, de acordo com o CRC (2013), são classificadas em Profissionais e Técnicas, sendo que as primeiras estabelecem preceitos de conduta profissional e as segundas,

(23)

padrões e procedimentos técnicos necessários para o adequado exercício profissional, sendo que as normas profissionais são regras do exercício profissional e as normas técnicas são regras e procedimentos de contabilidade. As NBCs são divididas em normas de contabilidade, normas de perícia e normas de auditoria. Nesse sentido, é essencial a correta aplicação dos princípios e das normas brasileiras de contabilidade pelos profissionais da área, para assim transmitir para seus usuários informações reais e eficazes sobre o patrimônio das entidades.

2.1.6 Técnicas Contábeis Básicas

A contabilidade se utiliza de quatro técnicas contábeis básicas, as quais são Escrituração, Demonstrativos Contábeis, Auditoria e Análise de Balanços.

Segundo Gonçalves e Baptista (2005, p. 24), “Técnica é o conjunto de métodos organizados de forma sistemática, desenvolvidos e postos em execução com o propósito de se alcançar determinado fim.”

Conforme Basso (2005, p. 31), as técnicas básicas são:

• Escrituração: trata-se dos registros dos fatos contábeis nos livros de escrituração contábil (Diário e Razão) e nos livros auxiliares;

• Demonstrativos Contábeis: relatos econômicos e financeiros originados da escrituração contábil, conhecidos como balancete de verificação, balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício...

• Auditoria: exame dos procedimentos administrativos, operacionais e das praticas contábeis, envolvendo a escrituração e as demonstrações contábeis, para certificar sua lisura, legalidade, correção e fidedignidade;

• Análise de Balanços: extração de dados e informações para a interpretação, estudos e projeções da situação patrimonial, econômica e financeira da entidade.

De acordo com Basso (2005), as técnicas contábeis básicas são utilizadas pela contabilidade para explicar a mesma e ajudar seus usuários, fornecendo informações úteis.

A partir desses conceitos, pode-se verificar que as técnicas contábeis básicas são essências para a contabilidade, pois é através delas que são feitos os registros dos fatos contábeis, os livros de escrituração, a elaboração das demonstrações contábeis, a técnica de auditoria que verifica a legalidade da escrituração e das demonstrações e a análise de balanços que extraem dados de ordem econômica e financeira para auxiliar a empresa na tomada de decisão.

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2.1.7 Demonstrações Contábeis Básicas

As demonstrações contábeis são relatórios que uma empresa emite em relação ao seu patrimônio em uma determinada data, a partir das informações coletadas através da escrituração contábil.

Segundo Iudícibus e Marion (2010), a cada fim de exercício social, a empresa deve elaborar, com base na escrituração contábil, as suas demonstrações contábeis.

O conjunto das demonstrações contábeis básicas é constituído pelo Balanço Patrimonial e pela Demonstração do Resultado do Exercício.

O Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício são dois relatórios contábeis essenciais para a contabilidade, pois eles demonstram de forma sintética a situação patrimonial, financeira e econômica de uma entidade, sendo que auxiliam a mesma no seu gerenciamento, na tomada de decisão e também fornecem informações aos usuários externos sobre a realidade da empresa, ou seja, quais os resultados que a mesma está obtendo, se está operando com lucros ou prejuízos acumulados.

2.1.7.1 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é o mais importante relatório contábil, pois demonstra quantitativamente a situação patrimonial de uma empresa.

De acordo com Basso (2005, p. 263),

O demonstrativo contábil “Balanço Patrimonial”, pode ser entendido como uma representação quantitativa e sintética dos elementos que compõem o patrimônio de uma entidade numa determinada data, revelando a sua posição financeira e patrimonial estática, isto é, da data do seu levantamento.

Conforme Iudícibus e Marion (2010, p. 217), a expressão balanço patrimonial surgiu da seguinte maneira,

A expressão balanço decorre do equilíbrio: Ativo = Passivo + PL, ou da igualdade: Aplicações = Origens. Parte-se da idéia de uma balança de dois pratos em que sempre se encontra a igualdade. Só que, em vez de denominar-se balança [...], denomina-se, no masculino, balanço.

Para Basso (2005, p. 264), “O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativamente e quantitativamente, numa determinada data, o Patrimônio e o Patrimônio Líquido da entidade.”

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Assaf Neto (2002, p. 58), relata que “O balanço compõe-se de três partes essenciais: ativo, passivo e patrimônio líquido.”

Para Iudícibus e Marion (2010, p. 214), “O Balanço Patrimonial (BP) é constituído de duas colunas: a coluna do lado direito é denominada Passivo e Patrimônio Líquido. A coluna do lado esquerdo é denominada Ativo.”

Estes mesmos autores destacam que o ativo é dividido em dois grupos, sendo eles o ativo circulante e não circulante, o passivo também é dividido em dois grupos, os quais são o passivo circulante e o passivo não circulante.

Assim, pode-se dizer, que o balanço patrimonial é um relatório contábil que demonstra a situação patrimonial e financeira de uma empresa, especificando os bens, direitos e obrigações da mesma. O Balanço Patrimonial é dividido em grupos e subgrupos os quais podem ser contextualizados da seguinte forma:

• O ativo é composto por bens e direitos que ficam no lado esquerdo do balanço e esses tem seus saldos com natureza devedora, é composto por suas contas em ordem crescente, ou seja, primeiro são expressos os valores em moeda, após os valores com prazo para conversão em disponibilidades e em seguida os valores que possuem um prazo maior ainda para conversão em disponibilidades.

• O ativo circulante é composto pelas contas que são convertidas em dinheiro, ou seja, são as disponibilidades, sendo o caixa, bancos, aplicações financeiras, clientes que são as contas a receber e estoques, de acordo com Basso (2005, p. 268), “No ativo circulante são classificadas as contas representativas de dinheiro dentro do exercício social seguinte, além do próprio dinheiro disponível da entidade, na data da elaboração do balanço patrimonial.”

• O ativo não circulante é representado pelas contas que registram os bens e direitos que possuem permanência mais longa, ou seja, mais que um exercício social, isto é, realizável a longo prazo e os bens e direitos de procedência duradoura, que podem ser divididos em três subgrupos os quais são investimentos, imobilizado e intangível.

• O passivo e patrimônio líquido ficam localizados no lado direito do balanço, com seus saldos de natureza credora, sendo que o passivo pode ser dividido em passivo circulante e passivo não circulante, e suas contas ficam localizadas no balanço em ordem crescente dos seus prazos de exigibilidade, ou seja, por ordem de vencimento.

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• O passivo circulante é composto pelas obrigações de curto prazo que vencerão no exercício social seguinte, ou seja, nos próximos 12 meses, as quais são as contas a pagar, fornecedores, empréstimos bancários, impostos a pagar entre outros.

• O passivo não circulante engloba os grupos de contas que possuem seu prazo de vencimento acima de um exercício social, ou seja, os exigíveis a longo prazo, ou seja, com vencimento para mais de 1 ano, sendo geralmente compostas pelos financiamentos.

• O patrimônio líquido representa os recursos próprios da empresa, sendo composto pelo capital social, que são os recursos cedidos pelos sócios pela integralização de capital, os lucros ou prejuízos acumulados que são decorrentes das atividades da empresa, e também pode-se encontrar neste grupo as contas de reservas de capital, de lucros e ajustes de avaliação patrimonial.

2.1.7.2 Demonstração do Resultado do Exercício

A Demonstração do Resultado do Exercício ou DRE é um relatório contábil que visa demonstrar o resultado do exercício em determinado período.

Segundo Basso (2005, p. 275), “A demonstração do resultado do exercício é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um determinado exercício social.”

Da mesma maneira, Iudícibus e Marion (2010, p. 227), descrevem que,

A demonstração do resultado do exercício é um resumo ordenado de receitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresentado de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo).

Desta maneira, pode-se verificar que a Demonstração do Resultado do Exercício tem por objetivo demonstrar de que forma a empresa obteve seu resultado em determinado exercício social, ou seja, 12 meses, especificando todas as receitas, custos e despesas. Sendo que sua estrutura pode ser demonstrada da seguinte maneira:

• Receita operacional bruta: apresenta a receita que a empresa obteve através de suas atividades do dia a dia, constituídas das vendas de produtos, mercadorias e prestação de serviços.

• Dedução da receita operacional bruta: são apresentadas as deduções sobre a receita operacional bruta, as quais deduziram as despesas de impostos incidentes sobre as

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vendas ou prestações de serviços, as devoluções bem como os abatimentos concedidos.

• Receita operacional líquida: demonstra a diferença entre a receita operacional bruta e as deduções da receita operacional bruta, sendo que o valor encontrado será utilizado para cobrir os custos e despesas da empresa.

• Custos: apresentam os custos das mercadorias e produtos vendidos e também dos serviços prestados pela empresa. Segundo Iudícibus e Marion (2010), os custos podem variar dependendo da atividade da empresa, sendo que, para uma indústria deve-se utilizar custo dos produtos vendidos, para comércio deve-se usar custo das mercadorias vendidas e para uma prestadora de serviços custo dos serviços prestados. • Lucro operacional bruto: é obtido através da diferença entre a receita operacional

líquida e os custos, sendo que pode ser gerado um lucro operacional bruto bem como um prejuízo operacional bruto.

• Despesas operacionais: são as despesas com vendas, administrativas e financeiras. Sendo estas provenientes da atividade da empresa, pela venda de seus produtos mercadorias, despesas de manutenção da atividade da empresa, como também despesas com salários e encargos, com telefone, água, luz, despesas de juros, despesas bancárias entre várias outras despesas.

Segundo Iudícibus e Marion (2010, p. 229), “As despesas operacionais são as necessárias para vender os produtos, administrar a empresa e financiar as operações. Enfim, são todas as despesas que contribuem para a manutenção da atividade operacional da empresa.”

• Resultado operacional líquido: é encontrado pela diferença entre os valores do lucro operacional líquido e as despesas operacionais. Sendo que, quando for maior as receitas será um lucro operacional líquido e quando as despesas forem maiores será obtido um prejuízo operacional bruto.

• Resultado antes do imposto de renda e contribuição social: apresenta o valor do resultado antes do imposto, pela diferença do resultado operacional líquido, mais o valor das receitas não operacionais ou a dedução das despesas não operacionais, que não ocorrem diariamente na empresa.

• Lucro líquido do exercício: é obtido após a dedução dos impostos, das contribuições e participações sociais, sendo desta maneira demonstrado se a empresa obteve lucros

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ou prejuízos no período, no último caso, o resultado deve-se ser apresentado entre parênteses.

2.2 Análises de Balanços

A análise das demonstrações contábeis ou análise de balanços tem por objetivo extrair as informações dos demonstrativos contábeis para avaliar a situação da empresa, bem como as decisões tomadas pelos seus gestores ou administradores. A análise de balanços fornece informações para a empresa, clientes, fornecedores, credores e também para atuais e futuros investidores

Conforme Sá (2005, p. 16), “A Análise de Balanços é o estudo da situação de uma parte, de um sistema de partes ou do todo patrimonial de uma empresa [...] mediante a decomposição de elementos e levantamentos de dados contábeis.”

Sendo assim, a análise de balanços visa a extrair informações das demonstrações contábeis referente à situação econômica e financeira de uma empresa, para serem analisadas e interpretadas.

2.2.1 Caracterização, Finalidades e Metodologias da Análise de Balanços

A análise de balanço é uma ferramenta essencial para os administradores atualmente, pois ela fornece dados sobre a situação patrimonial, econômica e financeira das entidades, assim proporcionando informações que auxiliam no gerenciamento da mesma.

Segundo Marion (2009, p. 6), “[...] a Análise das Demonstrações Contábeis é tão antiga quanto a própria Contabilidade”.

Ainda conforme Marion (2009), antigamente era exigida para as empresas apenas a análise do balanço, mas hoje é necessária a análise de outras demonstrações contábeis para a concessão de crédito, devido a isso que atualmente se utiliza, ainda, a expressão Análise de Balanços. A análise começou a ter maior destaque após o surgimento dos Bancos Governamentais, pois esses exigiam a análise das demonstrações para liberar crédito para as empresas, pois através deste poderiam verificar a situação econômica financeira da mesma.

A análise também obteve maior ênfase com a abertura de capital por parte das grandes empresas, pois os investidores e futuros acionistas através dela começaram a avaliar quais as melhores decisões a tomar e empresas a investir.

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A técnica de análise das demonstrações contábeis devido à sua importância pode ser conceituada por diversos autores.

Para Bruni (2011, p. 68), “A análise financeira pode ser empregada para mensurar riscos de crédito de corrente e potenciais clientes; julgar o desempenho das firmas ou monitorar o progresso da firma em alcançar os objetivos desejados.”

Braga (2003, p. 137), destaca que,

[...] a análise das demonstrações contábeis tem por objetivo observar e confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando o conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores antecedentes e determinantes da situação atual, e, também servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da empresa.

Da mesma maneira, Walter (1981, p. 60), relata que,

A análise compreende [...] o estudo das relações entre elementos patrimoniais, econômicos e financeiros contidos nos relatórios e nas demonstrações contábeis [...] tem por finalidade básica a indicação das causas que geram aumento ou diminuição das receitas e despesas e sua influencia na modificação do patrimônio administrado, assim como do incremento ou redução da capacidade financeira da empresa.

Matarazzo (2003, p.15), complementa que “A Análise de Balanços objetiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões.”

Esse mesmo autor ainda descreve que as demonstrações financeiras são transformadas em informações para assim avaliar se a empresa merece crédito, se ela está sendo administrada de maneira correta, se tem condições ou não de pagar suas dívidas, se está obtendo lucros ou prejuízos, ou seja, demonstra a realidade de uma empresa.

Sá (2005, p. 18), afirma que,

[...] a finalidade da técnica analítica contábil é a de conseguir opinião sobre um empreendimento, para suprir a múltiplos objetivos (conceder crédito, julgar gestões, prever continuidade dos negócios, etc.) visando a conhecer a ‘capacidade patrimonial e a do empreendimento’ em pagar, lucrar, ter vitalidade, equilibrar-se, ser eficiente, proteger-se contra o risco, dimensionar-se, cooperar com os agentes transformadores da riqueza.

Matarazzo (2003, p. 18), afirma que a análise de balanços visa a produzir as seguintes informações:

• Situação financeira; • Situação econômica; • Desempenho;

• Eficiência na utilização dos recursos; • Tendências e perspectivas;

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• Quadro evolutivo;

• Adequação das fontes às aplicações de recursos; • Causas das alterações na situação financeira; • Causas das alterações na rentabilidade; • Evidência de erros da administração;

• Providências que deveriam ser tomadas e não foram; • Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras.

Ainda conforme Matarazzo (2003), a análise das demonstrações contábeis objetiva extrair os índices das demonstrações contábeis comparar os índices encontrados com os índices padrões, confrontar as informações obtidas e elaborar um diagnóstico para assim tomar decisões concretas.

Assaf Neto (2002, p. 52), ainda descreve que, “Os usuários mais importantes da análise de balanços de uma empresa são os fornecedores, clientes, intermediários financeiros, acionistas, concorrentes, governo e seus próprios administradores.”

Assim, pode-se perceber que a análise das demonstrações contábeis ou também conhecida como análise de balanços, vem sendo utilizada há anos pelos empresários, pois a mesma extrai as informações dos demonstrativos contábeis, para assim constatar a situação econômica, financeira e patrimonial de uma entidade, de modo que analisa a situação da empresa verificando se a mesma está obtendo os resultados desejados ou não, sendo que a análise é considerada uma ferramenta essencial na tomada de decisões para uma empresa, auxiliando nas decisões internas nos vários níveis e também nas decisões externas fornecendo dados reais para os investidores, fornecedores e clientes.

2.2.2 Técnicas Básicas de Análise de Balanços

Para a elaboração de uma análise, as demonstrações devem ser padronizadas, ou seja, deve ser feita uma preparação das peças contábeis para efetuar a análise.

Conforme Silva (2008, p. 172), deve ser analisada a seguinte sequência,

a) Coleta da documentação para análise. b) Conferência da documentação recebida.

c) Preparação: leitura e padronização das demonstrações contábeis. d) Processamento: cálculos dos indicadores e obtenção de relatórios. e) Análise dos indicadores e relatórios.

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Silva (2008) ainda descreve que a coleta de documentação para análise pode variar, pois as demonstrações podem ser disponibilizadas através da internet, de jornais, entre outros, dependendo do que for exigida à empresa mediante leis.

A conferência de documentação recebida visa a verificar a qualidade da documentação, ou seja, das demonstrações contábeis a serem analisadas. Nesta etapa, o analista pode possuir algumas dificuldades, pois os demonstrativos podem possuir irregularidades, descritas por Silva (2008, p. 173-174):

a) Falta de identificação da empresa nas demonstrações, ou seja, constam os números, mas não há identificação da empresa.

b) Falta a assinatura do contador nas demonstrações contábeis, ou do número do CRC, isto é, do seu registro profissional no Conselho Regional de Contabilidade [...]

c) Falta de assinatura do responsável pela empresa [...] nas demonstrações contábeis.

d) Demonstrações incompletas. Falta do ativo ou do passivo, ou mesmo da demonstração do resultado.

e) Balanços excessivamente sintéticos sem possibilitar o conhecimento das principais contas.

f) Recebimento de balancetes sem apuração dos estoques e do custo da mercadoria ou do produto vendido.

g) Total do ativo do total do passivo mais o patrimônio líquido [...]

i) Recebimento de duas versões diferentes das demonstrações contábeis de um mesmo exercício.

Silva (2008) destaca ainda que a padronização das demonstrações contábeis tem por objetivo trazer as demonstrações para um padrão, para que as mesmas sejam apresentadas da mesma forma para facilitar o entendimento.

Já Matarazzo (2003, p. 136-137) relata que a padronização é feita pelos seguintes motivos:

a) Simplificação b) Comparabilidade

c) Adequação aos objetivos da análise d) Precisão nas classificações das contas e) Descoberta de erros

f) Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa.

Segundo Assaf Neto (2002, p.51), “[...] a análise de balanços é não somente desenvolvida por meio de aplicações de técnicas, mas também orientada, em grande parte, pela sensibilidade e experiência do analista.”

A partir do exposto, verifica-se que a análise é realizada através das técnicas e também pelo conhecimento do analista, de sua experiência, o qual deve conhecer a empresa, saber qual o segmento que ela atua sendo necessário possuir a capacidade de interpretação para

(32)

poder elaborar o relatório relativo à análise. A análise das demonstrações contábeis se utiliza de várias técnicas para extrair as informações desejadas, sendo elas a Análise de Balanços em Valores Absolutos, em Valores Relativos e por Índices Econômicos e Financeiros.

2.2.2.1 Análise de Balanços em Valores Absolutos

A análise de balanços em valores absolutos tem por objetivo fazer uma comparação dos demonstrativos contábeis para verificar as alterações que ocorreram na situação da empresa, que podem ser favoráveis ou desfavoráveis para a mesma constatar ao que se devem estas alterações, sendo que, quanto mais anos sucessíveis forem comparados, melhores serão as conclusões.

Os valores que constam nas demonstrações vão ficando defasados com o passar do tempo, devido à perda do valor aquisitivo da moeda, desta maneira os mesmos devem ser atualizados ao último ano da série analisada.

Braga (2003, p. 144) ressalta que a análise de balanços em valores absolutos é a “[...] comparação entre duas situações de cada vez, mediante a apuração das diferenças absolutas entre os valores monetários de uma mesma conta ou de um grupo, de uma data para outra.”

Franco (1978, p. 214) afirma que “Os índices absolutos mostram a variação do valor dos elementos patrimoniais em exercícios sucessivos [...].”

Assim, pode-se verificar que a análise de balanços por valores absolutos atualizados é feita através da comparação das demonstrações contábeis como o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício de anos sucessivos com valores atualizados pelo indexador. Por exemplo, o IGPM - Índice Geral de Preços do Mercado, do último ano da série analisada, para assim avaliar as variações que ocorreram de um ano para outro, de modo que se possa conhecer o passado e o presente, para verificar as tendências futuras.

2.2.2.2 Análise de Balanços em Valores Relativos

Depois das demonstrações contábeis serem transformadas em valores absolutos, com seus valores atualizados, pode-se fazer a análise em valores relativos, essa que se divide em análise vertical, horizontal e balanço de fundos.

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A análise vertical tem por finalidade verificar a estrutura que compõe os itens das demonstrações contábeis a serem analisadas.

Para Iudícibus (2010, p. 86), a análise vertical “[...] é importante para avaliar a estrutura de composição de itens e sua evolução no tempo.”

De acordo com Matarazzo (2003, p. 249), os objetivos da análise vertical são “[...] mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais.”

Assaf Neto (2002, p. 108), ainda destaca que “A análise vertical, é também um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo.”

Conforme Hoji (2010, p. 281), “O cálculo do percentual de participação relativa dos itens do Ativo e do Passivo é feito dividindo-se o valor total do Ativo ou do Passivo.”

Hoji (2010, p. 281), ainda escreve que “O cálculo do percentual de participação relativa dos itens da Demonstração do resultado é feito dividindo-se cada item pelo valor da Receita Líquida, que é considerada como base.”

Nesse sentido, verifica-se que a análise vertical tem por objetivo demonstrar a situação financeira da empresa, se a mesma está obtendo Lucros ou Prejuízos nas suas operações, demonstrando detalhadamente a composição das contas e o que cada uma influencia na sua situação.

2.2.2.2.2 Análise Horizontal

A análise horizontal busca fazer uma análise comparativa dos últimos anos dos elementos que compõem as demonstrações contábeis, para assim verificar a evolução que essas contas tiveram no decorrer dos exercícios analisados.

Conforme Bruni (2011, p. 110), “A análise horizontal estuda a evolução das contas patrimoniais ao longo do tempo, onde o ano inicial assume um valor-base igual a 100% e os valores nos demais anos são calculados em relação ao valor do ano-base.”

De acordo com Matarazzo (2003, p. 250), os objetivos da análise horizontal são “[...] mostrar a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre a evolução da empresa.”

Para Assaf Neto (2002, p. 100), “A análise horizontal é a comparação que se faz entre os valores de uma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais.”

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Assaf Neto (2002, p. 104-105), ainda descreve que,

[...] a análise horizontal é um processo de estudo que permite avaliar a evolução verificada nos diversos elementos das demonstrações contábeis ao longo de determinado intervalo de tempo [...] permite que se analise a tendência passada e futura de cada valor contábil.

Assim, a análise horizontal é importante, através dela pode-se verificar a evolução dos itens das demonstrações contábeis, ou seja, as contas ou grupos do balanço que aumentaram ou diminuíram, observando as alterações que ocorreram nos elementos das demonstrações, e também verificar onde a empresa está investindo mais e avaliar se a mesma está tomando as decisões corretas, analisando a evolução e o desempenho da mesma.

2.2.2.2.3 Balanço de Fundos

O balanço de fundos tem por objetivo demonstrar a variação dos elementos patrimoniais ocorrida no ativo, passivo e patrimônio Líquido, podendo ser favorável ou não para a situação financeira da empresa.

Segundo Vertes (1977, p. 87), “O balanço de fundos tem como objetivo demonstrar as alterações havidas nos valores de dois inventários através das variações sofridas durante o exercício, especialmente as alterações ocorridas nos valores correntes.”

Para verificar se houve fonte ou aplicação de fundos, é necessária a comparação do saldo inicial com o saldo final de uma conta em determinado período, sendo que, quando o saldo for devedor será uma fonte de fundos e se o saldo for credor será uma aplicação de fundos.

2.2.2.3 Análise de Balanços por Índices Econômicos e Financeiros

A análise de balanços por índices econômicos e financeiros pode ser encontrada pela elaboração de coeficientes, quocientes ou índices, que serão obtidos através de relações entre duas grandezas.

Assaf Neto (2002, p. 55) destaca que os indicadores econômicos e financeiros “[...] procuram relacionar elementos afins das demonstrações contábeis de forma a melhor extrair conclusões sobre a situação da empresa.”

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O uso de quocientes tem como finalidade principal permitir ao analista extrair tendências e comparar quocientes com padrões preestabelecidos. A finalidade da análise é, mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornecer algumas bases para inferir o que poderá acontecer no futuro.

Sá (2005, p. 93) compartilha dessa mesma ideia afirmando que “Analisar por quocientes é adotar um critério de coerência com a metodologia das ciências, pois é considerar ‘relações’ de acontecimentos [...]”

Para Matarazzo (2003, p. 147), “Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa.”

Em síntese, a análise de balanços por índices econômicos e financeiros tem por objetivo analisar as demonstrações de uma empresa, seja por índices, coeficientes ou quocientes para desta maneira verificar a situação econômica e financeira da mesma, averiguando suas capacidades, ou seja, se a mesma tem como pagar suas dívidas, se possui capital de giro próprio.

2.2.2.3.1 Análise de Liquidez

Existem vários indicadores para o estudo da liquidez, sendo eles o Capital Circulante Líquido, o Índice de Liquidez Corrente, o Índice de Liquidez Seca e o Índice de Liquidez Geral.

Segundo Marion (2009, p. 71), os índices de liquidez “São utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos.”

Para Assaf Neto (2002, p. 52), “[...] o estudo da liquidez visa conhecer a capacidade de pagamento da empresa, isto é, suas condições financeiras de cobrir no vencimento todos seus compromissos passivos assumidos.”

Nesta mesma visão, Braga (2003, p. 154), define que “A análise de liquidez tem o objetivo de avaliar a capacidade de financiamento da empresa em relação a suas exigibilidades.”

Dessa maneira, pode-se perceber que análise de liquidez visa verificar a capacidade da empresa em liquidar seus compromissos financeiros no seu vencimento.

(36)

2.2.2.3.1.1 Capital Circulante Líquido

O capital circulante líquido é a quantidade do valor que sobra ou falta no ativo circulante da empresa, após o pagamento do passivo circulante.

O capital circulante líquido é encontrado pela diminuição entre os valores do ativo e do passivo circulante, que segundo Silva (2008), pode ser obtido pela aplicação da seguinte fórmula:

࡯࡯ࡸ = ࡭࢚࢏࢜࢕ ࡯࢏࢘ࢉ࢛࢒ࢇ࢔࢚ࢋ − ࡼࢇ࢙࢙࢏࢜࢕ ࡯࢏࢘ࢉ࢛࢒ࢇ࢔࢚ࢋ

Onde:

CCL = Capital circulante líquido

Segundo Matarazzo (2003, p. 270), “O capital circulante líquido é a folga financeira da empresa.”

Vertes (1977, 199), relata que, “[...] quanto mais sobra do ativo corrente após a liquidação do passivo corrente, tanto melhor é a situação financeira da entidade e consequentemente, quanto menor o capital de trabalho, tanto pior a possibilidade de liquidar seus compromissos a curto prazo em dia.”

Nesse sentido, quando o capital circulante líquido for positivo, pode-se dizer que a situação financeira da empresa é favorável, pois a mesma possuirá condições de liquidar suas dívidas de curto prazo no vencimento. Mas, se a mesma possuir um capital circulante líquido negativo, significa que a empresa terá maiores dificuldades em pagar suas dívidas em dia.

2.2.2.3.1.2 Índice de Liquidez Corrente ou Circulante

O índice de liquidez corrente visa a evidenciar a proporção entre os valores do ativo e do passivo circulante de uma empresa em um período.

Conforme Bruni (2011), encontra-se esse índice através da seguinte fórmula:

ࡵࡸ࡯ = ࡭࢚࢏࢜࢕ ࡯࢏࢘ࢉ࢛࢒ࢇ࢔࢚ࢋ ࡼࢇ࢙࢙࢏࢜࢕ ࡯࢏࢘ࢉ࢛࢒ࢇ࢔࢚ࢋ

(37)

Onde:

ILC = Índice de liquidez corrente

Segundo Iudícibus (2010, p. 94), “Este quociente relaciona quantos reais dispomos, imediatamente disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo.”

Bruni (2011, p. 130), afirma que, “Alguns autores chegaram a sugerir que um índice de liquidez corrente aceitável deveria ser superior a 2.”

Já Marion (2009, p. 73), descreve que “Isoladamente, os índices de LC superiores a 1,0, de maneira geral, são positivos.”

Assim, verifica-se que o índice de liquidez corrente recomendado por Bruni deve ser superior a 2,0, já Marion sugere que o índice seja superior que 1,0, mas para que a empresa tenha condições de liquidar suas dívidas, ou seja, o seu passivo circulante, a mesma deve alcançar pelo menos o índice 2,0, pois o ativo circulante deve ser duas vezes maior que o passivo circulante, para que dessa maneira possa liquidar suas dívidas e ainda sobre 1,0 em disponibilidade para a empresa.

2.2.2.3.1.3 Índice de Liquidez Seca

O índice de liquidez seca busca saber a capacidade da empresa em liquidar suas obrigações de curto prazo reduzindo o valor de seus estoques do ativo circulante, se no caso a empresa estagnar as suas vendas. Segundo Bruni (2011), pode ser calculado mediante a seguinte fórmula:

ࡵࡸࡿ =࡭࢚࢏࢜࢕ ࡯࢏࢘ࢉ࢛࢒ࢇ࢔࢚ࢋ − ࡱ࢙࢚࢕࢛ࢗࢋ࢙ ࡼࢇ࢙࢙࢏࢜࢕ ࡯࢏࢘ࢉ࢛࢒ࢇ࢔࢚ࢋ

Onde:

ILS = Índice de liquidez seca

Ainda segundo Bruni (2011, p. 131), o índice de liquidez seca é encontrado “[...] subtraindo dos ativos circulantes os valores registrados no estoque. Representa o quanto a empresa possui a realizar no curto prazo, sem considerar a venda dos estoques, para cada real registrado.”

(38)

Conforme Assaf Neto (2002, p. 172), “[...] a liquidez seca determina a capacidade de curto prazo de pagamento da empresa mediante a utilização das contas do disponível e valores a receber.”

Seguindo o conceito de Marion (2009), como no índice de liquidez corrente, o índice de liquidez seca deve ser sempre superior a 1,0, para que a empresa consiga pagar suas dívidas de curto prazo sem necessidade de vendas de seus estoques, ou seja, quanto maior for esse índice, melhor será para a empresa, pois se esse for menor, a mesma terá dificuldades para liquidar suas obrigações no seu vencimento, se caso venha paralisar suas vendas.

2.2.2.3.1.4 Índice de Liquidez Geral

O índice de liquidez geral mostra a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo, ou seja, é considerado um indicador de liquidez total da empresa.

É calculado segundo Marion (2009), através da seguinte fórmula:

ࡵࡸࡳ = ࡭࢚࢏࢜࢕ ࡯࢏࢘ࢉ࢛࢒ࢇ࢔࢚ࢋ + ࡾࢋࢇ࢒࢏ࢠá࢜ࢋ࢒ ࢇ ࡸ࢕࢔ࢍ࢕ ࡼ࢘ࢇࢠ࢕ ࡼࢇ࢙࢙࢏࢜࢕ ࡯࢏࢘ࢉ࢛࢒ࢇ࢔࢚ࢋ + ࡱ࢞࢏ࢍí࢜ࢋ࢒ ࢇ ࡸ࢕࢔ࢍ࢕ ࡼ࢘ࢇࢠ࢕

Onde:

ILG = Índice de liquidez geral

Para Silva (2008, p. 283), “O Índice de Liquidez [...] indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens e serviços realizáveis a curto e longo prazo, para face às suas dívidas totais.”

Bruni (2011, p. 125), complementa que,

[...] o índice de liquidez geral representa a relação entre os ativos realizáveis de fato, que poderiam ser convertidos em dinheiro como os ativos circulantes e as aplicações realizáveis a longo prazo, com os passivos onerosos, que demandarão o desembolso de recursos financeiros para sua quitação.

Assaf Neto (2002, p. 173) afirma que, “A liquidez geral é utilizada também como uma medida de segurança financeira para a empresa a longo prazo, revelando sua capacidade de saldar todos seus compromissos.”

Quanto maior esse índice, melhor será a situação da empresa, sendo que, para a tranquilidade da mesma, o índice de liquidez geral não deve ser inferior a 1,5, ou seja, a

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